Capitulo 4 – Jasmine City

A semana corria rapidamente, Riza sentia-se amaldiçoada, Por que ela simplesmente não dissera um não para Mustang? O que a impediu? Que raios de situação ela foi se meter? Agora já era! Iria pra Jasmine City e nem sequer sabia porquê.

/Flashback

- Iremos no sábado de manhã tenente. – Roy dissera no dia depois dela ter aceitado

- Sim.

- Leve roupas quente. Nessa época lá é muito frio.

- Sim.

- Não se preocupe com a passagem do trem. Eu vou pagar.

- Sim...

- Não sabe dizer outra coisa além de ‘sim’?

- Sim.

- GRRR!!!

- Coronel...

- Sim? (Quem foi que falou ‘sim’ agora?! XD)

- Por que eu estou indo mesmo?

- Você quer saber o motivo pela qual está indo para Jasmine City?

Ela fez que sim com a cabeça. Ele sorriu maliciosamente.

- Você logo saberá, tenente. Não se preocupe.

- E quanto tempo vamos ficar lá?

- Por volta de duas semanas.

- Duas semanas?

- Sim.

/Fim do flashback

- Droga... – ela dizia enquanto jogava uma peça de roupa dentro da mala. – Você é uma idiota, Riza Hawkeye! Idiota!!!!

Riza tinha o dia livre para arrumar suas coisas. Teria que pôr tudo em ordem antes de ir na manhã seguinte. Combinou com Fuery para que ele cuidasse de Hayate, tinha que adiantar seu trabalho e o do coronel e ainda tinha que comprar umas roupas decentes! Por que ela não era igual a qualquer mulher e comprava roupas novas sempre que recebia seu salário? Que se dane! O que mais tinha vontade no momento era de esganar Mustang ou atirar nele!

- Bom dia, Riza. – O coronel disse ao ver a tenente chegar na estação. Estava diferente sem a farda azul e pesada. Usava uma calça azul celeste e uma camiseta branca.

- Bom dia, senhor. – ela disse timidamente.

- Nada de tratamentos formais, ok? O que meus pais vão pensar? Que eu trouxe você para trabalhar! Me chame de Roy ou é algo tão difícil?

-Não C... Roy!

- Ótimo! O nosso trem chega em dois minutos. – ele pegou a enorme mala de Riza numa mão e pegou a dele na outra.

- Eu posso carregar isso sozinha, coronel! –ela exclamou

- Hoje não! E já disse pra parar de me chamar de coronel!

-Sim...

As imagens passavam rápidas pela a janela do trem, aquilo aumentava o cansaço de Riza, Ela ficara acordada boa parte da noite arrumando suas coisas e nisso acabou adormecendo.

- Riza? – Roy chacoalhou a tenente – Riza, chegamos.

- Hm... Chegamos?

- Isso. Vem – ele estendeu a mão para ela e a ajudou a se levantar

- Obrigado.

- De nada. Agora vamos.

Roy carregou a mala de Riza. Como não encontraram nenhum táxi, andaram até a casa que era um pouco distante do Centro.

- Puxa! É aqui? – Riza mirava a frente da casa admirada.

- Aham. Achou grande?

- Bastante.

- Tem uns 25 quartos aí. Era ótimo brincar de esconder quando eu era criança… Minhas irmãs nunca me achavam!

- Você tem irmãs? – Riza ergueu uma sobrancelha

Ele olhou confuso pra Riza

-Ah! Verdade! Quando você conheceu meus foi num natal que eles foram na sua casa! Mas eu tenho duas irmãs mais velhas e 1 caçula.

- Puxa…

Roy tocou a campainha, alguns segundos depois uma moça apareceu. Ela tinha longos cabelos castanhos que batiam no meio da cintura, os olhos eram grandes e azuis. Ela o encarou um tanto surpresa.

- Oi. – Roy disse.

- Será que eu tô com febre ou realmente estou vendo Roy Mustang na minha frente? – A moça disse.

- Faz tempo, hein Lu!

- Roy!!!!

Ela se atirou nos braços do coronel. Riza teve ganas de puxar aquela atrevida, mas tinha manter sua compostura.

- O que fizeram com você pra você aparecer aqui?

- O papai me ligou e exigiu que eu viesse.

- Claro! Tinha que ser!

- Lu, essa é Riza Hawkeye. – apontou para Riza.

- A filha do cara que te treinou! – ela exclamou, parecia saber bastante sobre a vida dele.

“A filha do cara que te treinou?! Ela não tem respeitos aos mais velhos não?” – Riza pensava, mas seus pensamentos foram interrompidos quando a mulher estendeu a mão para ela.

- Luciana Mustang. A irmã caçula do Roy.

“Irmã?! Mas ela nem sequer parece com ele!!!” – Riza pensou envergonhada por imaginar que ela fosse outra das ‘amiguinhas’ de Roy.

- R-Riza Hawkeye. – apertou a mão de Luciana

- Ah! Não precisa ficar encabulada! – A moça ‘arrastou’ Riza pra dentro de casa enquanto Roy sofria carregando as malas. – Sente-se. – apontou o sofá para Riza.

- Obrigado.

- Então. O Roy fez chantagem pra te trazer aqui, ou vocês têm um relacionamento íntimo?

- Não… Eu vim porque quis… Ele me convidou.

Luciana laçou um olhar desconfiado pra Roy.

- Estamos falando da mesma pessoa?

- Creio que sim.

- Meu maninho está mal.

- Como é? – Riza estava confusa, Luciana se levantou e se pôs na frente de Roy.

- Ele nunca traz uma mulher pra cá… Ou melhor: Ele nunca vem! Algo está acontecendo! Será que tem o numero do sanatório na lista telefônica?

- Eu estou bem. Não estou louco! – Roy se defendeu.

-Sei.

- Droga! Quer saber? Eu vou pro meu quarto. – ele se levantou e foi até a escada – Vem Riza.

- Tá.

Subiram as escadas. Realmente aquela casa tinha muitos quartos. Roy mostrou a Riza seu quarto, a terceira porta logo depois do quarto dele. Colocou as malas dela lá e foi pra seu próprio quarto.

“ Hum… Isso vai interessante… Muito interessante! Ah, Roy Mustang, o que está planejando?”

Luciana pensava, sorria maliciosamente, conhecia bem seu irmão e com certeza ele estava escondendo uma carta na manga.