Amores Fatais escrita por biatarosso


Capítulo 1
O casamento


Notas iniciais do capítulo

Publiquei esta história em vários sites. Espero que gostem da introdução.



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Prólogo:

"Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando."

Machado de Assis

Elena se olhava pelo espelho com seu vestido de noiva. Ela sorria. No dia seguinte seria seu casamento com Stefan. Ela estava tão feliz. Ela entraria com Damon no altar e Stefan entraria com Tia Judith.

__Damon... –lembrou-se ela com peso na consciência.

Ele se sentia muito mal desde que havia sido avisado do casamento. Elena sabia que naquela noite ele havia saído para extravasar sua raiva matando pessoas inocentes...

“__Eu e Stefan vamos nos casar! -- disse Elena radiante enquanto observava a reação das pessoas em volta da mesa.

Tia Judith afogou com o vinho, Alaric ficou com cara de espanto, Bonnie e Matt puseram a mão sobre a boca e Bonnie não pode conter um gritinho. Damon ficou sério de repente e se levantou da mesa e saiu. Nesta hora, Elena pode ver a dor em seus olhos e se sentiu mal... Queria ir atrás dele, mas Stefan a segurou sussurrando para ela.

__Deixa ele sozinho um pouco... Depois falamos com ele.

Suspirei.

__Mas já Elena?? – perguntou Tia Judith.

__Em quinze dias.

Bonnie se levantou para dar parabéns aos noivos e Matt se demorou um pouco mais na mesa digerindo a novidade nada esperada, mas por fim se levantou e foi parabenizar Elena e Stefan.

O resto da noite foi só festa comemorando a notícia, mas Elena não se esquecia da expressão de tristeza misturada à raiva de Damon. Ele havia saído... Não demoraria muito para dar nos noticiários o aviso de mais mortes de pessoas inocentes.”

Balançou a cabeça afastando essas lembranças de sua cabeça. Só o que importava era Stefan! A pessoa que ela mais amava neste mundo...

O vestido era em tom de gelo, simples, mas extremamente lindo. O vestido era tomara que caia com alguns brilhos na altura do busto. Nos braços, luvas até a altura do cotovelo. Seu cabelo estaria arrumado em cachos. E o buquê seria de rosas vermelhas simbolizando o amor e o sangue.

Bonnie e Tia Judith a arrumariam e um motorista a levaria até a casa dos Salvatore, onde encontraria Damon e de lá, seguiria com ele até a Igreja.

O dia foi baseado em verduras e frutas para que no dia seguinte ela estivesse em forma e bem disposta. Ela se sentia nervosa conforme a hora foi passando e a noite foi chegando... Não sabia se conseguiria dormir.

Eram duas da manhã quando ela conseguiu dormir. Enquanto dormia sentiu uma mão leve roçando seu rosto, mas não abriu os olhos porque acreditava ser um sonho... Até que sentiu duas lágrimas pingarem em seu rosto e sentiu um aperto no coração inexplicável. Abriu os olhos e passou a mão no rosto enxugando as lágrimas e procurando por alguém. Enxergou Damon olhando-a. Rapidamente ela se sentou na cama com uma mão no rosto ainda sentindo as lágrimas.

Ele tentava esconder, mas ele estava com os olhos lacrimejantes.

__Damon... O que faz aqui?

__Eu só queria te ver Elena...

__Vamos nos ver amanhã!

__Eu não posso esperar! –Ele então se aproximou dela colocando sua mão no rosto dela. Elena tremeu.

__Não Damon!

Ele se recolheu e só ficou olhando-a.

__Elena... Porque escolheu a ele e não a mim?-disse ele com toda a sinceridade.

Elena não sabia o que responder. Ela apenas o olhou assustada com a pergunta.

__Só sairei daqui quando me der uma resposta.

__Damon... Por favor - implorou ela.

__Diga Elena... Eu preciso saber!

Ela permaneceu em silêncio.

__Eu te amo Elena!

O coração de Elena disparou sem que ela controlasse.

O que ele estava dizendo? Ele dizia que a amava a poucas horas de seu casamento com o irmão dele.

__Damon! Vá embora por favor... Amanhã nos veremos.

Ele se aproximou dela novamente e sem que ela pudesse impedir, ele beijou-lhe a boca. Elena resistiu e deu um tapa no rosto de Damon que se transformou chegando a dar medo.

__Nunca mais faça isso!—rugiu ele.

Elena tremia, mas não hesitou em gritar.

__Vá embora! Sabe porque não te escolhi? Porque você é um idiota! Você me dá medo... Eu te odeio Damon! Saia daqui!

Logo depois, a luz acendeu e Elena viu Tia Judith parada, totalmente sonolenta, na porta sem saber para o que Elena gritava.

__Elena o que houve?

Não havia mais ninguém no quarto.

__Eu tive um pesadelo... Desculpe se te acordei.

__Aproveite dormir... Tem apenas mais uma hora!

Elena ficou sozinha novamente no escuro e sentou na cama chorando. O que ela dissera? Ela havia sido tão mal educada... Ele a beijara a força, a ameaçara quando ela lhe deu um tapa, mas... Ele não era sempre assim... Tinha vezes em que ele era um perfeito cavalheiro. Resumindo, ele não merecia ao ver de Elena. Ela enfiou o rosto no travesseiro para estancar o choro de culpa, porque afinal, amanhã seria o dia mais lindo e mais feliz de sua vida e ela precisava estar maravilhosa para Stefan.

__Elena, que olheiras são essas? –perguntou Bonnie.

__Pesadelos.

__Mas não se preocupe, trouxe maquiagem suficiente... Deixa comigo. Onde está o seu vestido?

E assim começou a manhã da noiva. Enquanto Bonnie arrumava o cabelo, Tia Judith fazia as unhas e assim foram até que ela ficou pronta. Ela estava linda. Não pode deixar de sorrir ao se ver no espelho... Ela realmente estava deslumbrante.

__Obrigada Bonnie e Tia Judith! E não chorem, senão vou chorar também!

Bonnie e Tia Judith limparam o rosto.

__Não vamos chorar, mas por você Elena. Não queremos que borre toda a maquiagem!

Elena as abraçou muito forte.

Um carro buzinou. O motorista estava lá para levá-la até a casa dos Salvatore, onde colocaria a tiara de brilhantes que havia ganhado de Damon. O casamento era daqui uma hora.

Ela entrava no carro quando Bonnie gritou lá de cima.

 __Elena! Espere! O buquê!

Como poderiam ter esquecido o buquê? Bonnie o entregou nas mãos de Elena e correu para dentro, afinal ainda tinha que se arrumar.

__A senhorita está linda!—disse o motorista

__Obrigada senhor.

Ele sorriu.

O motorista abriu a porta do carro e a ajudou a descer. Tocaram a campainha e nada.

__Acho que não tem ninguém. —informou o motorista.

Elena tremeu.

Tentou a porta e ela estava aberta. Olhou para o motorista.

__Eu vou esperá-la por um tempo. Se ele não estiver ai, eu a levo à Igreja.

Elena balançou a cabeça confirmando e entrou vagarosamente. Ele ainda estaria magoado com ela?

Ela entrou na sala de estar e não havia ninguém. Ouviu o barulho de uma porta batendo e muitas risadas. Antes que Elena pudesse entender, Damon apareceu sem camisa cercado de mulheres seminuas, às quais ele beijava sem dó nem piedade.

Quando uma das mulheres a viu exclamou:

__Quem é a noivinha ali? É mais uma que você chamou seu garanhão!?

Damon se virou para ela ciente que a fazia mal ver aquilo. Ele queria que ela sofresse. E estava conseguindo. Mesmo sem saber o porquê, Elena sentia o coração doer e o ar faltar nos pulmões.

__O que foi Elena? Veio buscar a tiara? Ela está bem ali...

Elena moveu o rosto para a caixinha toda enfeitava que guardava a tiara. Abriu a caixa, pegou a jóia e a atirou em direção à Damon.

__Seu idiota!—gritou Elena possessa.

Ele segurou a tiara não deixando que ela o atingisse.

__Porque está chorando? Você me odeia não é? Então não deveria se importar!

Ele então agarrou uma das mulheres e começou a beijá-la sensualmente.

Elena deu alguns passos para trás e caiu sobre um vaso de flores, fazendo ferimentos em um dos braços. Ela nem percebia o sangue escorrendo de seu braço. Não se importava. Ela começou a rastejar pelo chão enquanto Damon apenas a olhava, fingindo não se importar.

__Damon... Não acredito que fez isso! Era o meu casamento e eu ia entrar com você.—disse ela com a voz melosa de choro contido.

__Menina não pode ir embora? Está atrapalhando... -disse uma das prostitutas.

Elena não podia acreditar... Ela estava se sentindo mal por tê-lo magoado e ele não estava nem um pouco triste. Ela era uma burra!

Elena então não pode mais agüentar e se esqueceu do buquê no chão. Naquele momento ele olhou-a e se sentiu envergonhado com tudo aquilo. O que ele tinha feito? Acabara com qualquer chance com Elena. Ele então deu um passo em direção à ela. Elena saiu correndo aos prantos. Entrou no carro e pediu para o motorista ir para qualquer lugar muito longe dali.

Ele então obedeceu. Ligou o carro e partiram. Elena olhou para trás e viu Damon indo até a porta para tentar alcançá-la. Ela chorava a dor de uma mulher traída, mas por quê? Damon não era nada seu... Ela não deveria estar chorando, mas estava.

__O que houve Elena?—disse uma voz que não era do motorista que a trouxera. Elena levantou o rosto e mirou o rosto refletido no espelho. Não podia ser...


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Comentem.



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