Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem da leitura...bjs



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                               Dez anos depois...........

Nos mudamos novamente, agora vivíamos em Sidney – Austrália e estávamos divididos. Após a morte de Emily, Sam perdeu o foco e Samy assumiu seu posto como Lobo Alfa, mesmo a idéia não o agradando. A dor da perda de um imprinting é pior que a morte, a sensação é de morrer duas vezes tamanha a dor, isso porque eu senti apenas uma parte do que se passava com Sam. Por não ser de seu bando, ele só mostrava a nós o que queria e tenho certeza que ele só deixou escapar uma parte de seu sofrimento.

Com isso, Kali decidiu por auxiliar Jacob com a matilha mudando-se definitivamente para La Push – Washington. Pouco mais de seis meses depois, Kali e Helen se casaram. Admito que já passava da hora de casarem, ambos viviam juntos a muitos anos; a demora se deu pois Helen queria se formar antes de casar e como a vida de um lobo tem lá suas peculiaridades, a faculdade de 5 anos demorou um pouco mais que isso para ser concluída.

Edward parecia ser o que mais sentia com a distancia de Kali, vivia pelos cantos reclamando que o netinho não tinha mais tempo para visitá-lo. Também, a Alemanha não fica logo ali né! Carlisle conseguiu vaga em um importante hospital de Hamburgo – Alemanha e toda a família o seguiu.

Algumas empresas que criamos anos atrás, agora, foram fechadas. Apenas a oficina criada por Jacob e Rose ainda estava na família e tinha como acionista majoritário Caliel Cullen Black. As demais atividades se tornaram trabalhos autônomos, como minha Nala fazia com o seu.

Mesmo sentindo falta de todos, a mudança foi necessária. Anala ocupava sua mente trabalhando para uma joalheria local voltada a criação de pecas para o cinema. Todos os dias, diferentes materiais chegavam a nossa casa para serem moldados de acordo com a imaginação de diretores e roteiristas e minha responsabilidade era separá-los e despachar as pecas prontas, mas meu trabalho mesmo era o de babá.

Nossos filhos, já com 18 anos, freqüentavam a universidade local. Sun optou pelo curso de historia da arte e Kham por engenharia civil, nem preciso dizer que a criatividade e os dons para criar da mãe pareciam fluir pelos poros de ambos.

Thomas é o mais reservado e ainda estava no colégio, seu sonho é cursas letras e escrever romances. Um de seus textos já fora publicado usando-se um pseudônimo. A historia fez muito sucesso e vendeu exemplares pelo mundo todo. No começo ficamos com medo de publicá-la, ‘’diário de um lobisomem’’ era mais um relato fiel ao nosso estilo de vida do que uma ficção. Apresentamos o texto primeiramente a Marcus e suas palavras nós levaram a uma editora.

‘’-seu neto escreve de forma cativante, prendeu minha atenção em todos os capítulos. Não acredito que os humanos acharão possível existir um amor assim, onde envolva personagens como vampiros, filhos da lua, bruxos e humanos. Será uma ótima ficção.’’

Estas foram suas palavras durante a conversa que tivemos sobre o assunto e ele estava certo, foi considerada a melhor ficção pela revista Times, entre outras de tamanha importância mundial.

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Após as mudanças ocorridas na matilha de Sam, Luna passou a viver mais conosco do que com Samy e isso estava matando a ambos. A felicidade de seu filho falou mais alto quando este completou 10 anos e então decidiram que a guarda dele seria passada aos avós maternos oficialmente, na realidade foi a única forma que encontramos de evitar problemas quanto a documentação de Thomas. Hoje eu, com aparência de um jovem de 25 anos - só aparência é claro – sou responsável por três adolescentes e dois deles se tornaram a razão de meus cabelos brancos imaginários.

Sun era a perfeita bonequinha da tia Alice, viciada em moda deixava o irmão louco de ciúmes toda vez que saia de casa.

-Surya! Onde pensa que vai com este pedaço de pano na cintura? – minha filha, agora um pouco mais alta que a mãe, havia desenvolvido um belo corpo. Quadris largos, cintura fina e seios mais desenvolvidos do que eu gostaria –

-Vou me encontrar com Thomas na sorveteria. Esta quente hoje. – deu de ombros – Quer ir?

Kham me saiu um ótimo guarda costas. Nem sempre eu estava em casa para controlar os hormônios em ebulição do casal e ele me ajudava muito.

-Não, preciso estudar. Tenho prova amanha. Mas você poderia vestir algo só um pouquinho maior né? – seu questionamento já saiu derrotado, ele sabia que não conseguiria fazer a irma voltar ao closet, e mesmo se voltasse, as roupas lá eram minúsculas. Sun tinha duas ótimas desculpas. A primeira: minha mãe também se veste assim. A segunda: esta cidade é muito quente.

Ela tinha razão nas duas. Usar a mãe de exemplo era golpe baixo, mas era a mais pura e simples verdade. Anala tinha um guarda roupas bem semelhante em relação a tamanhos, a única diferença nas duas eram os tons. Sun gostava de tudo muito colorido.

-Irmaozinho – disse fazendo charme – você precisa sair mais, encontrar alguém para namorar.

-Você sabe que nenhuma garota vai querer ficar com um cego. – o tom de sua voz saiu áspero e ele saiu da sala, batendo em seguida a porta de seu quarto.

-Papai! – Sun veio em minha direção se sentando em meu colo, estávamos na sala vendo o jornal local quando toda a discussão começou.

-Porque ele insiste nisso?

-É mais fácil assim amor. Com o tempo ele se solta. Você teve o seu imprintig, ele também terá o dele.

Recebi um beijo na bochecha e minha pequena se foi. Aquela situação não agradava a ninguém, mas como explicar ao mundo que meu filho enxerga tendo os olhos brancos como eram. Nós, da família, ainda conseguíamos ver os tons de azul de sua ires, mas os humanos não a viam e como as lentes de contato irritavam seus olhos a melhor saída foi dizer que nosso filho era cego.

Muitos médicos ficavam abismados com sua liberdade motora e desenvoltura para desenhos gráficos, queriam fazer testes e estudá-lo, ainda são lutas que travamos todos os dias para impedi-los.

(***)

-Seth. Querido, me ajuda com as compras. – nala me chamava já na porta de casa –

-Será que desta vez ira durar para a semana? – questionei de forma brincalhona já com quatro sacolas grandes na mão e muitas outras no chão –

-Até parece que não conhece a família que tem! O dono do supermercado só falta beijar o chão que eu piso quando entro em sua loja. – Nala sempre se divertia quando era bajulada por gastar muito em alguma loja –

-Da próxima vez vou com você. – falei já com a cara fechada indo para a cozinha –

-Porque ? – questionou já me abraçando – ta com medo da concorrência – a olhei assustado –

-Porque pergunta? Tenho algum concorrente?

-Tem sim. – falou sorrindo e desfez o abraço – você não me da atenção, não me leva mais para sair ou jantar fora ! – ela só podia estar brincando, saímos ontem mesmo, fomos ver uma espetáculo no centro da cidade, muito chato por sinal, mas ela adora, fazer o que! –

-Ta brincando né?

-Nopp!

-Anala! – fui para próximo dela e novamente ela se afastou. o medo me invadiu e fiz a pergunta que me corroia a alma –

-Voce vai ficar com ele?

-Vou sim. – a resposta me chocou. Cai sentado na cadeira a meu lado sem nenhuma outra reação –

-A propósito amor, ele esta aqui e quer conhecê-lo. – Como assim ‘’ele esta aqui e quer conhecê-lo? Ela queria vê-lo morto? Porque era isso o que eu iria fazer se visse o desgracado que estava levando minha mulher embora. ‘’

Acredito que o ódio era tão grande que nem percebi quando Nala se afastou em direção a porta dos fundos da cozinha.

-Seth, quero lhe apresentar ‘’yellow’’! – nisso um filhote de labrador surgiu de uma caixinha de papelão que havia no chão. Totalmente descoordenado o mesmo se esforçou para sair da caixa a derrubando em seguida e correndo em minha direção.

Não preciso dizer que quase a matei por me dar um susto daquele. Fui impedido de concretizar o fato quando o monstrinho pulou sobre mim me lambendo o rosto. Como resistir aquilo?

                              


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