Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

esta curtinho...desculpem...bjs



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Narrado por Gabriel

-Anala! Droga Anala. Volta. – não estava acreditando no que acontecia, não sabia mais como agir, não podia gritar ou chamar atenção para o carro onde estava, Jane poderia sentir nosso cheiro se o vento virasse. O que eu faria?

-De a volta, vamos para casa de Carlisle. – A voz que saia da boca de Anala não era dela e isso me assustou. Seus olhos ainda brancos deixavam um ar sombrio em sua face, as veias pareciam saltar pela lateral de seu rosto em grandes vincos arroxeados,  os lábios retorcidos não encobriam os dentes travados em seu maxilar. –

Dei a volta com o carro da forma mais tranqüila que consegui, não chamei atenção de ninguém aparentemente. Sentia o cheiro de lobo bem próximo e logo que seguimos para a parte mais distante da floresta o cheiro também se distanciou. Se meu corpo respondesse de forma humana agora estaria tremendo e com o sangue gelado, sentia arrepios estranhos passarem por meus membros e todo aquele estresse também afetava Seth que corria com passadas firmes próximo a estrada. Quando chegamos na saída da cidade falei um pouco mais alto para que Seth me ouvisse e indiquei para onde iríamos, obtive um uivo em resposta e acelerei.

Entrando na estrada de terra observei Anala através de minha visão periférica, a visão era limitada e só percebi que a mesma mantinha as feições ainda mais firmes e posso dizer severas, sentia medo de encará-la de frente, o que sentia fluir de seu corpo arrepiava o meu, era como se tudo me indicasse que estava em perigo e precisava fugir, a única coisa que me mantinha a seu lado no carro era lembrar a cada segundo que ao meu lado estava uma amiga, mesmo que ela não me liberasse em nada a Anala que guardava em minha mente.

Chegando a casa desliguei o carro sem me preocupar com a forma que o estacionei e não consegui me levantar do acento. Anala havia saído do carro e andava de forma estranha, uma de suas mãos estava levantada e apontava para a parede lateral da casa. Seu corpo parou de forma abrupta, seu braço se lançou com forca para traz e uma luz prata seguiu a direção contraria ao movimento, seu braço se movia de forma tão estranha que o imaginei quebrando pelo movimento.

Um som forte e uma lufada de vento seguiram o caminho de seu braço e só então eu olhei em direção a casa, um grande buraco na parede deixava seu interior exposto e um vampiro desconhecido lutava pela vida tentando se desvencilhar do aperto de ferro causado pela magia de Anala. Um circulo prata apertava seu pescoço enquanto seu corpo se debatia freneticamente no ar.

-Por que a trouxe? – a voz que ouvia era muito calma para a situação a minha frente. –

-Nã...o...nã...Não fui eu. – a voz do vampiro desconhecido estava abafada e suas palavras saiam cortadas e fracas. Logo seu pescoço seria separado do corpo se Anala não o soltasse.

- Não minta para mim. Só você sabia onde encontrá-la. – sua voz continuava calma e podia perceber a movimentação dos outros no jardim. Seth estava nervoso, todo seu corpo tremia e pude ver que Luna estava com medo e lagrimas caiam de seus olhos.-

-CHEGA. Pare com isso Anala, deixe-o se explicar, olhe o que esta fazendo com sua filha! – Não sei de onde tirei forcas, mas sai do carro indo a sua direção enquanto gritava tentando trazê-la de volta a razão. –

Seu rosto desviou por um segundo do vampiro e buscou por sua filha. Só ao ver o desespero de Luna e a agonia no rosto de todos foi que a mesma voltou ao normal, seus olhos voltaram a ter cor e o brilho azul voltou a faiscar, sua face voltou lentamente as cores normais e seu braço fez um movimento brusco, soltando o pescoço do vampiro, mas ainda o deixando preso ao solo de alguma forma que desconheço.

-Não vou a lugar nenhum Sra. Sammonicus. Estou aqui apenas atendendo a seu chamado. Nunca faria mal a minha filha. – o vampiro tentava se mover sem êxito e sua voz agora saia forte e áspera, parecia até possuir ironia. -

O nome dito chamou a atenção de todos. Como ele conhecia o sobrenome dela? De que filha ele se referia? Todos naquele jardim pareciam fazer as mesmas perguntas e Anala pareceu se irritar com a referência do sobrenome odioso.

-Não tenho mais nada com os Sammonicus. Ícaro esta morto e a não ser que você colabore Paulo, também estará.

- Paulo? – o nome saiu mais como um sussurro e foi dito por todos ali presentes. -  

Anala se deu por vencida e expirou o ar com forca ao mesmo tempo que liberava o vampiro de sua magia.

-Vamos conversar. – Seguiu a passos rápidos para dentro da casa sendo seguida por todos. Em momento nenhum olhou para um de nós. –

Já na sala todos estavam em posição defensiva, Luna estava no meio de um circulo formado por Edward, Emmett e Carlisle, enquanto Anala se mantinha a frente de Seth observando cada passo de Paulo.

-Eu te juro Anala, eles não estão aqui por minha causa. – suas mãos estavam abertas em sinal de rendição e seus olhos estavam presos aos de Luna, os sentimentos estavam perdidos ali, curiosidade, amor e medo, poderia dizer que a curiosidade estava no olhar de todos naquela sala. A tensão naquele pequeno espaço também afetava a todos. Caliel mantinha uma conversa muda com Seth, Jacob e Edward pelo que percebi no movimento de seus olhos. Os quatro estavam posicionados de forma a destruir Paulo rapidamente ao menor sinal de ataque. -

-Ninguém mais sabe sobre ela. Eles não tinham porque voltar, não sem motivo e eles tomaram muito cuidado para que Alice não visse nada. – Anala quase rugia as palavras -

-Um amigo sabia da existência dela e ele pode ter contado. – nunca duvidaria de sua lealdade, mas só ele poderia ter dito algo aos Volturis. –

-Quem é o seu amigo? – A calma nas palavras de Anala ainda me surpreendiam, eu sabia que era forte e sua magia muito poderosa, mas nunca a imaginei controlando um vampiro com tanta facilidade sem utilizar o poder do fogo. –

-Nosso amigo devo dizer, você também o conhece. – deu de ombro - Aryana. – O nome não pareceu fazer sentido para nenhum dos outros, apenas Anala esboçou reação ao ouvi-lo. Seu rosto perdeu a cor, as pupilas dilataram e a respiração ficou irregular, seu corpo cedeu encontrando apoio nos braços de Seth e então no sofá. –

-Por que ele faria isso? – sua voz saiu tão fraca que acredito que os que não eram vampiros na sala não conseguiram ouvi-la –

-Eu não sei. – o corpo de Paulo também cedeu como se suas palavras tivessem o mesmo efeito causados a um soldado em meio a uma batalha épica onde suas forcas foram exigidas ate a exaustão. Aos mãos sobre o rosto cobriam as feições envergonhada e os movimentos de seu peito flagravam o choro impossível. -


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