Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores.....demorei um pouco com este capitulo....tenho dificuldades em escrever sobre os Volturis, mas acho que o texto ficou muito bom.....vcs poderao conhecer um pouco mais de Micaella...será que ela merece uma chance? Merece continuar viva? rs.....bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130443/chapter/22

Cap. 21

Itália

-Eu quero matá-la Aro. Quero fazê-la sofrer muito, ouvir seus gritos. – sua voz suave contradizia a aspereza das palavras, as feições antes delicadas de uma criança estavam distorcidas pelo ódio, raiva e desejo, sim  desejo,  minha adorável criança sentia-se completa ao infligir dor. -

-Se acalme Jane, não devemos chamar atenção para nós nesta situação. Devemos seguir os prazos estipulados. Cautela minha menina

Jane estava nervosa, o brilho em seus olhos lembrava chamas sendo atiçadas pelo vento, aquilo me preocupava, sua imaturidade poderia entregar minha real intenção. O traidor seria apenas a isca para minha rede, o destino de toda a família já estava traçado em minha mente. Foi como um presente ouvir que aquela bruxa estava cuidando da filha dele.

Meu principal empecilho é Marcus, seu carinho pela família de Carlisle não permite que nosso plano se amplie punindo a todos que tenham encoberto a criança imortal. Paulo não estava com eles, provavelmente a família não saberia a historia por traz da criança, conto com minha perspicácia para virar o jogo a meu favor e Caius é um bom aliado neste sentido, sua sede por sangue e maior que sua razão.

-Alec  me preocupa. Ele esta diferente, distante! Temo não poder contar com ele. Não sabemos se seu poder será anulado pela bruxa como foi por aquela humana. – a impaciência de Jane fez com que meus pensamentos voltassem ao presente e ouvi os passos distantes de minha amada em um corredor próximo ao quarto. -

-Não e a única a se preocupar. Acredito que ele possa se voltar contra nós. Abáe esta nos escondendo algo e protege também a mente de sua irmã. Alec parece não conhecer a verdade e se limita a ficar no escuro, aparentemente já escolheu seu lado e sua escolha envolve sua parceira.

-Por que não envolveria amor? – sua voz envolveu meus ouvidos como uma caricia -

-Sulpicia! – com gestos delicados, minha reclusa mulher entrou em nossos aposentos deitando-se languidamente na cama, esbanjando uma sensualidade só comum a nossa raça. Meus olhos cobiçavam seu corpo e percebendo minhas intenções um gemido saiu de seus lábios rosados em pura antecipação ao desejo que seu corpo sentia-

-Estes assuntos não devem preocupar sua mente minha querida. – Meu olhar malicioso percorreu por seu corpo, a pele pálida e sedosa coberto apenas por um longo vestido de seda em tons de marrom, sentei-me a seu lado na cama tocando levemente seus cabelos dourados –

-Por que não? Tudo que envolve aquela bruxa maldita me diz respeito querido – suas mãos serpenteavam por minhas pernas provocando leves arrepios de prazer – ela lhe fez perder um braço, não me fará viúva após tantas décadas. – de forma jocosa ela se livrou de meus carinhos, acendendo mais a chama que ardia dentro de mim -  Quero estar presente quando Jane a matar, pela forma que seus olhos brilham será uma morte dolorosa – passou a língua pelos lábios finos -.

 -Será um prazer servir a felicidade da senhora. – Só então senti a presença de Jane entre nós. Havia-me esquecido completamente dela. –

As palavras que saiam de sua boca foram gentis, mas o brilho de seus olhos refletiam o ciúmes que sentia de não ser ela em minha cama. Dando-se por vencida, retirou-se sem nada dizer.

-Porque estava conversando com Jane em nosso quarto? – suas mãos me despiam de meu manto –

-Não quero desviar a atenção dos outros, minha posição entre eles ainda é frágil devido aos últimos acontecimentos. Serei apenas um cordeirinho – minha amada se afastou segurando as alças do vestido entre os dedos, deslizando as mesmas por seu ombro permitindo que o leve tecido tocasse todo seu corpo enquanto descia ao chão – encobrindo o lobo sedento. – sorri maliciosamente seguindo em direção a minha amada já pronta para me receber-

(...)

Reunidos em uma pequena sala, livres da guarda ou olhares curiosos, passamos a discutir os pontos frágeis em nossos planos. Mantive-me em minha posição submissa, as feições calmas e contemplativas enquanto Marcus e Caius expunham suas incertezas. Ainda com o corpo recostado a cadeira e as mãos sobre o queixo, ouvi atentamente o pedido de Caius.

-Já se passaram meses desde que Micaella iniciou seus trabalhos e as informacoes que nos envia são muito vagas. Precisamos que a humana se lembre do acordo, você faria esta gentileza por nós Jane?

-Será um prazer meu senhor. – a satisfação era evidente em sua postura. Todo seu corpo estava exultante com a idéia de servir a corte novamente. -

-Sua resposta nós agrada minha cara. E nossa decisão não sairá desta sala, hoje mesmo partirás para a America resolver este contratempo.

-Estão desconfiados de traição entre os nossos? – o olhar de Jane recaiu apenas sobre mim, como quem confirma seus receios em relação ao irmão. -

-Confiamos desconfiando minha cara. Todos, um dia, podem vir a trair, não é mesmo?   

Marcus e Caius caminharam lentamente deixando para trás os dois ainda com as cabeças baixas sentindo a dor das palavras lançadas como se um tapa tivesse sido desferido em suas faces.

(...)

Itália - Alec

A portas fechadas uma reunião foi marcada entre os lideres e Jane. Estranhei estarmos ausentes em tal encontro e Abáe ficou preocupado com as possíveis implicações deste fato. Eu ainda não conhecia toda a verdade por trás de suas palavras e não fazia questão de conhecê-la para não os colocar em risco mais uma vez. Evitava ouvir as conversas cifradas dos dois, mas uma frase de Miroir continuava a ocupar minha mente ‘’ ela pode se ferir. Não somos mais eu e você irmão, há duas vidas inocentes em jogo agora’’, o que ela queria dizer com aquilo?

-Esta distante hoje meu amor! – seus braços envolveram meu corpo e senti seu hálito doce em minha pele e suspirei me deixando envolver por sua ternura e tranqüilidade. -

-Desculpe. Estou preocupado com as decisões que os quatro tomarão hoje, minha irmã não tem limites em seu ódio por aquela humana transformada e a bruxa só irá aumentar sua irá. – toda a tensão de antes voltou forte a meu corpo, os músculos rijos impunham a fúria contida em minha mente. Desejava apenas fugir deste local, deixar tudo para trás e esquecer que um dia fiz parte deste inferno. -

-O que uma bruxa pode contra nós? – suas palavras eram mais um gracejo. - Sua mente e seu corpo são controláveis querido. Fiquemos tranqüilos, nós venceremos.

-Esta certa disso? – Miroir me olhou com ar de zombaria ficando seria logo em seguida. -

-Sim. Não há mais volta. Meu único medo é perder você. – suas mãos se entrelaçaram as minhas e ela manteve firme seu olhar no meu como que buscando uma saída diferente –

-Irei para onde seus braços me levarem. – seus olhos de um bordo inebriante faiscaram e seu sorriso só fez crescer a certeza em meu coração. Aquela seria minha companheira para toda a eternidade. –

(...)

Em Forks – alguns meses antes

Ao desembarcar em Port Angeles aluguei um carro e segui em direção a pequena cidade de Forks - Washington. O ar deste lado do continente é completamente diferente e a brisa fresca e úmida irritava minha pele ao mesmo tempo em que bagunçavam meus cabelos. Estava acostumada ao frio e ao sol escaldante da Europa, só não contava com a irritação provocada pelo excesso de umidade.

Não tinha família ou quem pudesse sentir minha falta, então morar em uma pequena cidade não me traria desconfortos. Avistei a placa com o nome da cidade e desacelerei, já tinha o endereço de minha nova casa nas mãos e procurava por algo que me indicasse o local, mesmo sendo uma cidade pequena, me perdi pelas ruas e demorei algo em torno de meia hora para encontrar a casa, qual não foi minha surpresa ao perceber que havia passado por ela diversas vezes antes.

Respirei fundo umas três vezes e tentei relaxar com a idéia de estar ansiosa com toda a mudança e nervosa por desempenhar um papel desconhecido. Quem não estaria? Estou sozinha em uma cidade conhecida por seus moradores vampiros e lobos e estou prestando serviços a vampiros poderosos sem nem ao menos entender seus objetivos. Só desejo uma coisa. Imortalidade. Ser forte e linda seria a solução de meus problemas, nunca mais a garota pobre, estudante de colégio publico e esquecida pela sociedade em becos escuros. Fui rejeitada em diversas escolas de dança por não ter roupas adequadas ou um corpo bem feito, eu conhecia as reais intenções em cada uma das negações, garota pobre e com as curvas que tinha em meu corpo não passava de uma oportunista em busca de seu pé de meia.

O passado ficaria para trás, teria que me ater apenas ao presente. Não haviam muitos locais disponíveis para se morar em Forks, a cidade realmente é pequena e tive a sorte de encontrar uma pequena casa no centro e me instalar. O endereço é muito próximo ao salão onde daria minhas aulas e não teria preocupações com transporte, manteria o carro mais por capricho e também como uma forma possível de evitar a chuva constante, não queria ter que comprar uma capa de chuva ou galochas.

De acordo com o contrato com a escola a qual prestaria serviços, uma funcionaria seria encaminhada a cidade e acompanharia os trabalhos. Toda a documentação quanto a minhas qualificações foram falsificadas, eu sabia dançar e poderia muito bem ensinar as técnicas que li em livros, mas devo toda minha desenvoltura as ruas, tudo que sei hoje eu devo a elas e as noites em claro assistindo a filmagens de eventos e espetáculos. Tive alguns namorados que me ensinaram as danças clássicas e também a importância de se ter um corpo leve, entregue  para as danças mais pesadas como as das rua, tudo pode ser resumido em um único ato – conhecer a si mesmo – os limites são impostos por sua alma e não por seu corpo.

Estava ansiosa em conhecer o espaço e liguei para Paola, minha futura funcionaria, marcando um encontro após o almoço. Precisei andar apenas uma quadra ou um pouco mais e já avistei a loja dos Newton e ao lado de uma porta de madeira, uma jovem de traços delicados e um pesado casaco vermelho me olhava sorrindo, era algo tão espontâneo vindo dela que retribui da mesma maneira. Diferente de tempos outros onde as pessoas me mediam dos pés a cabeça e pareciam ter nojo, me senti bem com a recepção feita a Micaella - professora de dança.

-Paola? – questionei a garota sorridente a minha frente –

-Sim. Você deve ser Micaella. Carmella me encaminhou seu currículo e tudo mais que deveria lhe dizer para que começássemos nosso trabalho. Não imaginei que há veria tão cedo, chegou ontem não foi? – a jovem a minha frente deveria ter 20 anos e era muito espontânea, sua alegria contagiante não me deixava vê-la sem sorrir. –

-Eu estou ansiosa, quero começar logo meu trabalho, organizar o espaço.

-Então vamos entrar. 

A porta foi aberta por uma pequena chave dourada, não havia trancas pesadas ou barras de segurança, apenas uma chave simples e pequena abria as portas para meu futuro. O espaço era lindo, muito amplo e iluminado, boa parte das paredes eram de vidro e logo imaginei que deveriam ter sido vitrines antes; como o céu da cidade vivia nublado seria muito bom ter estas aberturas e permitir a entrada de aluminação natural, daria um ar aconchegante ao espaço. Um dos salões tinha piso frio e fácil de ser substituído por madeira assim como sua acústica também era boa e poderia ser melhorada apenas com a colocação de alguns tecidos.

Ao fundo um espaço era destinado a cozinha e aos banheiros e poderíamos modificá-lo transformando em uma cafeteria, como também tinha aberturas em vidro e uma outra saída para a rua, poderíamos ampliar as possibilidades e dar aquela cidade um café com opções de alimentos naturais. Uniríamos a curiosidade pelo comercio recém inaugurado na cidade a sensualidade da dança chamando assim a atenção de adolescentes e casais apaixonados.

Todas as idéias foram anotadas por Paola em sua agenda e ambas conversávamos animadamente ao mesmo tempo que passávamos pelos salões medindo as paredes e pensando nos materiais que iríamos usar. No meio da conversa Paola me contou que estava morando na cidade vizinha e que teria que fazer a viagem todos os dias para trabalhar, não racionalizei direito e estava tão animada com a possibilidade de uma amiga que dividiria comigo os sonhos de infância que lhe perguntei em um rompante.

-Quer dividir a casa onde estou morando, há dois quartos no local, um banheiro apenas e os espaços são pequenos, mas para nós duas estaria perfeito.

Sua fisionomia foi de espanto para alegria em segundos e me surpreendi sendo capaz de perceber estes detalhes, todo o corpo da jovem ficou tenso e relaxou em segundos e a vi saltitar a minha frente sorrindo muito.

-Seria perfeito. Não tenho muita coisa, só preciso pegar minhas roupas, alguns filmes e livros. Posso me mudar hoje mesmo....-sua alegria derrepente sumiu e ela me olhou envergonhada – Desculpe, eu me empolguei, não sei se desejaria ter uma estranha em sua casa apenas um dia após chegar de viagem, deve querer descansar e .... – não a deixei terminar. –

-Eu adoraria ter sua compania ainda hoje e inclusive será bem melhor assim. Amanha teremos que correr as cidades encomendando matérias e os serviços necessários, assim como a decoração de nossa casa, aquele lugar esta mais vazio que estes salões.

Nós rimos e nos abraçamos, uma amizade muito bonita surgiria ali e uma nova vida para mim também, mesmo que algumas mentiras tenham sido contadas eu ainda era a mulher descrita nos documentos que Carmela recebera por intermédio de Alec, apenas não tinhas as formações formais.

Minha primeira semana se passou assim, organizando tudo com Paola, a inauguração foi marcada e Carmela nós ligou informando que havia indicado o local a algumas jovens da cidade. Nosso café era mais conhecido que a escola de dança e ansiávamos pela chegada das jovens. O que não tardou a acontecer, dois dias depois da ligação um grupo grande de pessoas estava em nosso salão para uma aula experimental e qual não foi minha surpresa ao ver uma jovem de pele pálida e cabelos escuros usando um colar um tanto diferente. A imagem de uma chama e um lobo, será que todos na cidade tinham uma adoração por lobos e então as lendas?

Eu sabia que não eram só lendas, o colar poderia ser apenas algo sem significado ou também um gosto da jovem pelo animal, não me deixaria levar apenas por suposições eu tinha um trabalho a desempenhar, na realidade dois trabalhos, mas hoje eu era apenas a professora e dei minha aula.

Ao final do dia estava exausta, alem da aula deliciosa que tive com os jovens que vieram nos procurar, também treinei um pouco e fui para a cozinha preparar as delicias que servíamos no café, ao chegar em casa não consegui nem subir as escadas, larguei meu corpo cansado no sofá e fechei os olhos buscando tranqüilidade no silencio que era aquela cidade, nade de trafego, buzinas, gritos. Senti um par de mãos muito leves em meu ombro e logo um toque mais forte na altura do pescoço.

-Deseja uma massagem senhorita? – a voz tranqüila de Paola invadiu o ar sereno da casa e meu corpo se agitou com a presença dela, logo relaxando novamente e aproveitando seus toques fortes nos nós em meus músculos. –

-Isso é ótimo Paola, eu realmente preciso relaxar hoje, provavelmente teremos que elaborar aulas de dança para o grupo de hoje e estou empolgada, preciso apresentar algo estimulante para que eles possam indicar o local a outros.

-Foi mesmo um dia produtivo, nunca imaginei um Cullen em nossas aulas.

-Um Cullen, você se refere a família Cullen? – me virei do sofá afastando seus braços de forma brusca, meus olhos ardiam tamanha a surpresa que senti com suas palavras, senti minha boca seca e meu coração batendo freneticamente. –

-Sim, isso mesmo. Mas por que o espanto? – a confusão era evidente em suas feições e logo me puxou para sentar a seu lado no sofá, não havia percebido que estava em pé. –

-Qual deles?

-A jovem de cabelos castanhos avermelhados, Renesmee ou  Nessie como prefere ser chamada. Ela foi professora da minha irmã no jardim de infância de Port Angeles, se afastou a pouco tempo, achei que tinha mudado de cidade. – Paola não parecia se importar com minha reação um tanto exagerada e me contou a historia. –

-E a jovem de cabelos pretos? – ela me fitou curiosa, mas respondeu a pergunta. –

-A que se chama Luna? – apenas afirmei com a cabeça. – Não há conheço, pelo que vi nas fixas de inscrição o sobrenome e de uma família que vive em La Push, ela não tem a aparência dos índios locais, mas pode ser parente de algum deles.

-Entendo. Bom já esta tarde e temos muito trabalho amanha. Vou me deitar, boa noite Paola.

-Boa noite Micaella.

Subi para meu quarto tentando manter um ar indiferente, mas era impossível, estava muito nervosa com tudo, sem fazer qualquer esforço esbarrei em uma Cullen e agora tinha aquela jovem que me intrigava, com certeza seria ela a procurada pelos Volturis. Liguei meu computador e enviei os dados ao e-mail que Alec me passou, não aguardava uma resposta tão rápida, mas minha caixa de mensagens piscava indicando a presença de uma mensagem.

‘’Pela descrição que passou e pelo nome, a jovem Nessie é a filha de Edward e Bella. Você deve manter distancia de Edward  e evitar pensar em Voltera estando próximo a ele, não esqueça que ele tem o dom de ler mentes.

A jovem de nome Luna é a garota que procuramos, precisamos apenas saber como chegar a ela e quem são os homens que nos indicou como Gabriel e Fred, não conhecemos estes vampiros e precisamos saber como se uniram a família.

 A.V.‘’

Não consegui mais dormir, a mensagem foi seca e muito formal, nenhuma informação diferente da que recebi em Voltera, imagino ser melhor assim, me coloco menos em perigo, mas se eles não conhecem os dois homens, será que esta família teria o poder de me transformar em imortal também? Seriam tão ruins assim a ponto de merecerem a morte? Todos pareciam tão felizes, pacíficos e conviviam bem entre tantos humanos, não fiquei sabendo de nenhuma morte inexplicável ou crimes hediondos na cidade ou próximo a ela. Seus olhos também eram diferentes, um tom de âmbar muito próximo a ouro derretido, bem diferente do vermelho sangue de Jane, Alec e Aro.

Acho que toda a preocupação deixou minha mente cansada e cai no sono sem perceber. Segui com meus dias agitados revezando entre aulas e o café, alguns moradores da cidade nós procuraram e agora tanto eu como Paola dávamos aulas. Com o passar dos dias descobri algumas outras coisas sobre os Cullens e os Clearwater, a jovem Luna foi adotada por Seth – um índio – e sua mulher Anala, uma jovem pouco vista na cidade.

Anala era a bruxa que eles procuravam e que Aro temia, minhas descobertas não passaram de fatos simples já que não podia me expor procurando pela família e mesmo nas visitas turísticas que fiz a La Push pouco podia perguntar sobre todos. Em uma destas visitas conheci Seth e ele não tinha nada que lembrasse os traços de Luna, com certeza ela seria mais parecida com a bruxa, o que descobri também não ser possível, já que teoricamente Anala era humana e Luna uma meia vampira como Nessie.

Já tinha esquecido completamente os Volturis e estava empenhada em minhas pesquisas sobre a família apenas por curiosidade, passei a amar cada um deles de uma forma estranha, na verdade era um grande carinho o que sentia. Em minhas pesquisas pela internet apenas encontrei o sobrenome envolvido com atividades normais como decoração, mecânica e até desenvolvimento de jóias. Um família tipicamente americana.

Estava na escola de dança cuidando da limpeza quando Paola me chamou.

-Uma jovem a espera na entrada.

-Sabe quem é? –perguntei já apoiando o pano no balde e retirando as luvas de limpeza –

-Não, nunca a vi. Só me pediu para chama-la.

-Tudo bem. Vamos até lá. – seguimos normalmente até a entrada e sai sozinha a calcada buscando pela jovem desconhecida.

-Jane? – o espanto em minha voz a fez rir de forma solta –

-Micaella. – falou debochada – Pensou que nunca mais me veria? Esqueceu nosso acordo? – todo meu corpo tremeu e pela primeira vez senti medo em estar na presença de um vampiro. -


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beijo da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.