Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 11
Capítulo 10 - beijo da morte


Notas iniciais do capítulo

boa leitura....



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Cap. 10 – Beijo da morte

-Como esta se sentindo Nala? As dores voltaram?

-Estou bem Carlisle, estes dois aqui estão se comportando direitinho. – passei a mão pela barriga e segui para o lado de Seth -

Já estava tarde e agora no quintal estávamos apenas em família. Carlisle e Esme, Edward e Bella, eu e Seth, os outros tinham ido embora ou se retirado para algum lugar afastado. Terminamos de arrumar a casa há uma hora e nós reunimos no quintal para jogar conversa fora. Ter poderes mágicos e uma velocidade vampirica é muito útil na hora da faxina.

-Esta vai ser a primeira gestação normal da família. Finalmente teremos tempo de preparar todo o enxoval. – Bella esta empolgada com a idéia de mais bebes na casa -

-É maninha, serão longos 9 meses de espera para ver estes rostinhos lindos. – Seth estava sentado e me apoiava em seu colo sem tirar as mãos da minha barriga. Nossa relação era engraçada, ambos chamávamos Bella de irmã já que o pai dela tinha se casado com a mãe dele-

-Na verdade só 8 agora. Estou tão ansiosa para ver meus netinhos, vão ser tão lindos. –Esme estava toda sorrisos –

-Sempre quis ter uma família grande e feliz, mas nunca pensei em uma família enorme com direito a herdeiros genéticos. –Carlisle abraçou Esme e beijou o alto de sua cabeça com carinho –

-E eu pai, que ganhei uma mulher linda, uma filha maravilhosa e antes dos meus 200 anos já tenho um netinho.

-Netinho nada, sou maior que você vovô. –Kali se aproximou e sentou-se junto a nós na roda que havíamos formado.-

-Ainda tenho que agüentar isso. – todos nos rimos – Foi expulso de casa é?

-Nem me lembre, certas coisas são traumatizantes, independente da idade! –Kali balançava as mãos frente ao rosto e fazia caras de nojo ao se lembrar do que havia acontecido em sua casa antes de sair correndo daquele lugar.-

-Por favor não fala mais nada, sua mãe em primeiro lugar é minha filia e eu nem quero imaginar o que o tirou da casa.

-Não vai querer mesmo, pena que pode ler meus pensamentos. –Kali sorriu sem jeito e mudamos de assunto –

-Ei, ainda tem bolo? – perguntou já se levantando e indo em direção da casa -

-Claro querido, esta na geladeira.

-Bisa, você faz o melhor bolo que eu já provei.

Esme ficava encantada com os elogios do seu bisneto e ate esquecia que ele a chamara de bisavó, ela odiava o titulo, mesmo que não tivesse aparência de avó ou bisavó a palavra carregava a imagem da idade avançada com ela e isso nenhuma mulher suporta.

-Sobrinho lindo?

-Fala tia Nala!

-Voce pode me trazer a taca de musse de chocolate que seu vovô fez? – fiz um biquinho implorativo e marejei os olhos.-

-Como você resiste a estes olhinhos tio Seth?

-Não resisto Kali, sou um brinquedinho na mão desta bruxa. –ele me apertou mais em seus braços e beijou minha nuca me deixando corada no mesmo segundo –

Arrumem um quarto! Já basta la em casa. –Kali rolou os olhos e sorriu seguindo para a cozinha para pegar nossas guloseimas.-

Kali voltou com nossos doces e comi a musse com tanto desejo que quando acabou quase chorei.

-Não adianta raspar mais o pote Nala, não tem mais chocolate ai. – Edward não conseguia segurar o riso –

-Eu sei cunhadinho! – desisti colocando o pote com a colher no chão ao meu lado – Eu queria mais! – fiz um bico e suspirei alto.

-Ta parecendo uma criança mimada tia.

-Eu né, olha quem quase esta lambendo o prato de bolo.

Todos começaram a rir se divertindo com as caras e bocas que nós chocólatras fazíamos quando um vento frio passou zunindo por nós e senti um aperto no peito.

---

- NA CLAREIRA -

-Aqui é lindo Samy.

Estávamos em uma clareira não muito distante de casa, apenas o suficiente para nãos sermos ouvidos, a noite, mesmo muito escura, não nós impedia de ver a beleza do local. Muitas arvores altas cobriam o céu estrelado e nós deixavam apenas alguns poucos metros de mata aberta, neste pequeno espaço Samy já havia deixado montada nossa barraca e os colchonetes estavam do lado de fora ao lado de dois lampiões a óleo. O cheiro do óleo misturado a essências dava um ar mágico ao local.

Próximo aos colchonetes, pequenas bandejas de madeira estavam enfeitadas com flores e tinham os mais diversos doces e alguns pratos salgados de petiscos. Ficamos abraçados sobre os colchonetes e desfrutávamos do isolamento. As mãos quentes de Samy deslizavam pelos meus braços e então desciam para minha barriga, cada toque despertava uma sensação nova em meu corpo, seu cheiro era inebriante, seu hálito quente tocava  minha nuca me fazendo arrepiar.

-Amor, este esta sendo o melhor presente de aniversario que eu já ganhei – eu queria ter falado isso de uma maneira normal, mas não consegui conter alguns gemidos –

-Luna – Samy se afastou de mim e imediatamente reclamei de sua ação, ele sorriu e me colocou de frente a seu corpo – eu te amo minha bonequinha. Não te amo só por que sofri um imprinting, eu te amo pelo prazer de te conhecer a cada dia. Nunca imaginei que aconteceria tão rápido, que conheceria minha razão de viver e teria a chance de crescer a seu lado observando suas mudanças, aprendendo seus gestos, conhecendo cada olhar...

Quase não conseguia ouvir suas palavras, enquanto ele falava daquela forma apaixonada, minhas lagrimas caiam por meu rosto e eram limpas por seus lábios quentes, havia inocência em cada gesto. Nosso desejo era apenas estar unido, juntos em meio a escuridão da noite, embalados pelos sons das batidas aceleradas de nosso coração.

Trocamos leves beijos cobertos vezes por chocolate, vezes por morangos ou caldas de frutas, nossas mãos ficaram livres no exercício de conhecer nossos corpos, os risos iam e vinham de acordo com as partes tocadas, descobri que Samy era muito sensível na lateral de sua barriga e sempre que podia o fazia se contorcer de tanto rir e acabávamos emaranhados em nossos corpos trocando leves beijos.

-Samy, você é meu presente para toda a vida.

Nossos doces beijos foram se tornando mais prolongados e senti sua língua em meus lábios, os contornando e pedindo passagem, eu permiti que ele explorasse minha boca e mesmo sem saber direito o que fazer, movi delicadamente minha língua na sua buscando pelo prazer de seu gosto, um desejo quente correu por minhas veias,  sugava, buscando mais daquela sensação, os braços de Samy se apertaram em volta de minha cintura...

Aquela sensação me preenchia, sentia o gosto de Samy por todo meu corpo e buscava por mais e mais até que senti seus braços caírem frouxos ao lado de meu corpo. Afastei meus lábios dos seus e seu corpo caiu mole a meu lado.

-Samy, amor? Acorda amor? O que eu fiz? SAMY!

Comecei a chorar desesperada, ouvia seu coração batendo, mas estava muito fraco. Não tinha forcas em meu corpo para me levantar, para levá-lo para casa, buscar por ajuda, só conseguia murmurar palavras desconexas e já sem forcas sussurrei o nome de minha mãe implorando ao vento para que a trouxesse ao meu encontro.

  

---Pov Anala---

Nada mais me importava, a voz de minha filha ecoava em minha mente e eu só conseguia correr mais e mais, forçava meu corpo em direção a seu choro, sentia sua agonia cortando o ar e buscando por mim, minha filha precisava de mim agora e as imagens da vegetação a minha volta não eram mais que borrões sem forma.

---Pov Seth---

-Edward, para onde ela esta indo, o que aconteceu? –Estava já em minha forma de lobo correndo ao lado de Edward e Kali, éramos os mais rápidos e por isso estávamos a metros  de distancia dos outros, Nala estava correndo de forma violenta sem se preocupar com o caminho e em sua mente não havia nada, estava silenciosa.

-Seth, algo aconteceu com Luna, não consigo entender, a mente dela some e vejo apenas flexes.

---Pov Anala---

Senti minha filha perto, já ouvia seu choro, seu coração acelerado contrastava com um coração quase silencioso, a respiração de Samy estava fraca. Aconteceu, seu poder despertou, agora fazia sentido, seu poder era a morte, sentia seu gosto naquele local, a clareira estava coberta por  uma nevoa quase imperceptível e gelada, sentia a energia de Samy no corpo de Luna, ela o avia sugado, sugado sua vida. Minha filha carregava o dom da morte em sua alma.

-Shiiiii – abracei minha pequena e embalei seu corpo no meu – Shiiiii, se acalme, vai dar tudo certo pequena. Ele ficara bem.

-Nala?

-Apenas a acalme Seth. – passei minha filha para seu braços e fui em direção a Samy – Edward, afaste todos.

Cheguei bem próximo ao garoto desfalecido e coloquei a palma de minha mão em seu peito, suguei para mim toda aquela sensação ruim que estava em seu corpo e liberei seu corpo para que se restaurasse da morte. Samy despertou e engasgou com o ar que entrou em seu pulmão após uma forte inspiração. O apoiei em meus braços e tentei lhe passar calma e trazer de volta o ritmo de sua respiração.

Luna vendo a cena se desvencilhou dos braços do pai e correu em nossa direção e com enorme dor no coração tive que impedi-la de aproximar-se.

-Não filha, não o toque. – baixei a cabeça fugindo de seu olhar – Voce não pode tocá-lo.

-Seth, Edward, Kali....apenas levem Samy, digam a Carlisle que ele só precisa de soro e muito descanso. Logo vamos para casa, preciso conversar com Luna por alguns momentos

Todos já haviam se afastado e Luna não se aproximou de mim, continuava de joelhos no chão chorando em silencio.

-Filha...

-O que eu sou mãe? O que eu fiz?

-Filha, eu juro que não sabia que isso iria chegar....eu esperava que fosse diferente...não sei como lhe dizer...

-Apenas diga mãe. Voce já sabia de tudo não é? Sabia que eu era uma aberração? – ela gritava e batia com as mãos fechadas em meu corpo buscando por algum alivio –

-Não filha, você não é uma aberração. Sim eu sabia que você carregava algo, um dom poderoso! Não sabia o que era até hoje. – a abracei mais forte em meus braços e ela se deixou envolver.-

-O que eu fiz mãe? O que eu sou?

-Filha, você carrega um dom. O dom da morte.


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