– Então você se lembra de tudo? – Nico perguntou pela milionésima vez.

– Aham. – Respondi rindo.

– Está rindo por quê? – Resmungou.

– Porque você só fica me perguntando se eu lembro realmente. É claro que eu lembro, seu emo! – Eu ainda ria, ele até sorriu, mas ainda assim disse:

– Achei que você tinha parado de me chamar de emo!

– E eu tinha, mas acabei de lembrar de como é divertido te irritar. – Ele riu e me puxou pela cintura, quase me fazendo sentar em seu colo.

– Agora que você se lembra, não tem problema eu matar as saudades, não é? – Sussurrou, passando o nariz pelo meu pescoço.

– Uma ótima ideia. – Falei.

– Que bom. – E me beijou, a memória não fazia jus à sensação real, é inexplicável.

Quando nos separamos, ouvi a frase que eu mais poderia querer ouvir, pelo menos vindo de Nico.

– Eu te amo, Thalia. – Ele me olhava nos olhos quando disse isso, então eu podia ver a sinceridade e o amor ali.

– Eu também. – Respondi com lágrimas nos olhos.

– Sabe, Ártemis podia ter sido mais compreensiva, não acha? – Disse passando a mão por meus cabelos, ainda me olhando nos olhos.

– Podia, mas não foi. Apesar de tudo, o tiro saiu pela culatra. Estamos juntos de novo. – Sorri abertamente para ele.

– Verdade. E espero que seja assim por muito tempo.

– Sim, por mim vai ser. E por você, Nico? – Perguntei.

– Claro. – Ele me soltou e quando estava indo para sua cômoda, eu perguntei:

– O que você está fazendo, Nico? – Curiosidade era evidente na minha voz.

– Fazendo uma coisa que eu queria já ter feito. – Com isso ele tirou uma caixinha de veludo preto e quando chegou na minha frente, se ajoelhou.

– Thalia Grace, filha de Zeus, meu amor e ex-caçadora de Ártemis, eu te amo mais que tudo. Não aguentaria passar o resto de minha vida sem você ao meu lado; não aguentaria ver você triste sem te acalmar e deixá-la chorar em meu ombro. Faria de tudo por você. Aceita ser minha namorada? – Quando ele terminou de falar eu já chorava muito, apenas pulei nele o derrubando pra trás enquanto o abraçava.

– Sim, sim, sim, mil vezes sim! – Dizia, entre cada “Sim” o dava um selinho enquanto sorria.

– Thalia! – Exclamou rindo enquanto me levantava no colo e me rodava.

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Essa foi uma experiência que eu poderia não ter passado, mas, se fosse para viver com o amor de minha vida, eu perderia a memória milhões de vezes.

Pois por Nico, eu fazia tudo.

FIM.