O Jogo escrita por Saito


Capítulo 8
Dose dupla


Notas iniciais do capítulo

TCHARAM!!! Sei que demorei (de novo?), como sempre. Mas, juro!, dessa vez tive milhares de simulados, provas, o mundo! Mas o capítulo 8 está aqui.



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De volta ao mundo real, Anabelle não parava de gritar. Ela segurava o braço que havia sido decepado no Jogo, mas que estava intacto. David, que estava atento, tirou o capacete da garota. Ela continuava gritando, apesar do mundo real ser completamente diferente da realidade virtual.

– Meu braço! Aquela enfermeira arrancou meu braço! Ela é muito mais do que uma jogadora, MUITO MAIS!

– Relaxa. – Catherine deu um calmante para a morena; ela engoliu toda a água e o comprimido de uma só vez.

– Onde estamos? – David podia ver através das cortinas muitas luzes.

– Dentro de um armazém da minha família. O Richard nunca gostou especificamente desse – Catherine olhava as luzes pelas cortinas e sorria – é o meu preferido.

Apesar de sorrir externamente e tentar acalmar os outros, a garota estava preocupada. Será que ter mandado a mensagem para Richard não fora uma boa idéia? Então, se Helena Marco não era uma jogadora comum e sabia como arrancar a chave da Angel, isso queria dizer que ela era uma Criadora? Mas não era possível. Também havia o problema da Arcana. Ninguém havia colocado nenhum NPC no sistema do Jogo, ela poderia ser apenas um bug? Ou talvez não.

Helena e Arcana. Dois problemas de uma só vez. E os testes. Aquele grupo estava indo bem demais. Nenhum outro grupo conseguira ir tão longe quanto eles. E se eles chegassem até o final? Então Raven teria razão: eles teriam que se tornar Criadores também, para que o segredo não pudesse ser revelado...

A floresta deu espaço a uma praia linda e deserta. Karina conseguia andar devagar, embora tropeçasse de vez em quando.

– Irma! A água está perfeita! – Henrico tirou a camiseta, mostrando uma tatuagem de caveira no peito. – Podem entrar!

Irma tirou a jaqueta preta e também entrou na água, até que as ondas batessem em seus joelhos. Richard ajudou Karina a se sentar. Madelyne também se jogou na água, mas foi andando na direção do moreno.

– Sua orelha está melhor?

– Ah, obrigado. Está sim. O que foi que você passou?

– Babosa. Sempre ajuda. – a ruiva sorriu, demonstrando segundas intenções.

Da areia, Richard gritava, usando todo o ar dos pulmões.

– ALESSA!

Realmente. A última vez que a viram fora quando estavam saindo da floresta, e chegando à praia.

[MODE ON]

– Helena? Podemos dar uma descansada? Estou com um pouco de dificuldade para respirar...

– Calma, Alessa. Logo descansaremos. – Richard segurava o braço da ruiva, para que ela não caísse.

Mas assim que viram a praia, todos saíram correndo. Um milagre! E era mesmo. Estava tudo calmo. Nenhum monstro ou jogador. Um lugar pacífico.

[MODE OFF]

– Esperem! E a Helena? – Henrico segurava a camiseta, receoso. E se elas tivessem morrido no intervalo de... dois minutos? Seria tempo suficiente para uma morte acontecer?

Alguns segundos se passaram. Ouviram Helena berrar ao longe. Ela carregava Alessa. A garota havia perdido a consciência. Estava desidratada e cansada. Richard e Henrico correram na direção das duas e voltaram até a faixa de areia em que estavam, carregando a jovem. Encontraram alguns cocos, com bastante água, e deram para Alessa beber. Ela acordou minutos depois.

– Ah, Alessa... eu já te falei para não beber vodka quando está nervosa. Faz mais mal do que bem. – a enfermeira tinha colocado a mochila da ruiva embaixo da cabeça dela, para que servisse de travesseiro.

– É vodka que você carrega nessa latinha? Que mancada! – Irma tirou a corrente do pescoço da garota. – Posso tomar um pouco?

– Hm... pode, fazer o quê...

– Fumaça? – Karina olhava em volta. Madelyne também havia percebido.

– Abaixem-se. – Madelyne sussurrou. – Deixem comigo.

Ela puxou um revólver do bolso da calça e o segurou com uma das mãos, enquanto a outra servia de apoio. Um tiro.

Um rapaz vestido de preto apareceu no meio da fumaça.

 – Ow, caramba! Não precisa ser tão agressiva, senhorita Kyle! – o rapaz era acompanhado por outro. – Deixem a gente se apresentar. Eu sou 3DG e esse é meu amigo, Raven.

– Prazer em conhecê-los. Mas podem nos dar licença? – Richard ajeitou a arma em usas mãos. – Tem um dragão logo atrás de vocês.

Os dois rapazes saíram da linha de fogo, enquanto o pequeno grupo atirava contra o enorme dragão acinzentado. Ele não parecia possuir escamas, mas suas garras eram fortes o suficiente para cortar uma pedra.

– Richard! – Madelyne parecia ver que a pesada pata da fera ia cair em cima de Richard. Instintivamente, ela atirou várias vezes nas garras, antes de empurrar o rapaz. Eles rolaram e foram parar perto da água. Alessa, que já estava melhor, pegara uma arma de dentro da mochila e também atirou contra o dragão.

– Madelyne?

Richard ficou estático. Ele não sabia dizer se o vermelho era dos cabelos da secretária ou se era do sangue dela.

Helena destacou-se do grupo, correndo o mais rápido que podia.

– Eu... não posso fazer nada, senhor Michael. – a enfermeira virou o rosto para o lado, apesar de ainda continuar pressionando o ferimento na jugular da mulher. – Não é um ferimento leve, foi muito profundo. A garra cortou a artéria principal.

– Deixem comigo. – Raven dirigiu-se à frente da criatura. Com um comando, vários corvos surgiram e devoraram o dragão. – Não somos como vocês. Nós somos Criadores.

– E vamos guiá-los até o fim desse jogo. Você passaram por mais coisas que qualquer outro grupo. – 3DG aproximou-se do corpo de Madelyne e fechou os olhos dela. – Assim que acabarmos e vencermos, vamos contar toda a verdade. Mas queremos que prometam uma coisa.

– O que for preciso... – Irma aproximou-se devagar, junto com Karina.

– Vocês nunca poderão revelar a ninguém sobre a verdade por trás do Jogo.


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Notas finais do capítulo

Pessoas... essa fic está quase no fim. Não sei quantos capítulos ainda escreverei, mas posso dizer que estou quase terminando!

Beijos!



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