O Jogo escrita por Saito


Capítulo 7
Boss # 2


Notas iniciais do capítulo

Peço milhões de desculpas pela demora em postar o novo capítulo!!! Sabe aquele maldito bloqueio imaginativo que dá na cabeça de vez em quando? Pois é, foi isso o que aconteceu.

Boa leitura!



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Uma selva lotada de insetos nunca pareceu ser tão assustadora quanto a selva de O Jogo. Insetos vermelhos e verdes devoravam-se mutuamente, mastigando-se com força e fazendo ruídos nojentos. Karina despertava nos braços de Richard.

– Uh... que barulho é esse?

– Melhor nem saber, Karina – Irma caminhava ao lado de Richard, segurando com força a arma. Henrico ia na frente, juntamente com Arcana e Madelyne. Alessa e Helena fechavam a fila.

A enfermeira não parecia estar se sentindo bem. Tiveram que parar por alguns momentos. Arcana mantinha-se o mais distante possível da enfermeira. Parecia que algo nas duas as repeliam.

Mesmo com o rosto escondido pelo capacete, Anabelle não reprimia sua vontade de socar Arcana.

– Quem foi que colocou esse NPC idiota? Isso não estava no programa! De onde ela surgiu?

– Ei, calma aí! Não vá destruir a aparelhagem! Você sabe que custou milhões de dólares arrumar tudo isso! – Paul tirou o capacete e acendeu as luzes, revelando um rosto pálido e olheiras enormes. – Vou pedir para a Catherine tirar a gente daqui.

– Ah, cala a boca! É muito divertido vê-la ficar irritada com uma falha no jogo... – David, o Coringa, ainda estava com o capacete, mas era possível enxergar lágrimas pelo seu rosto.

– Vamos pessoal... continuem jogando! – Nathan, ou Raven, abriu a porta. Com a luz acesa, era mais fácil vê-lo. Olhos azulados, pele bronzeada e cabelos morenos. – Vamos sair. A chefia falou para mudarmos de lugar. Tem espiões na nossa cola. Catherine, pisa fundo!

– Ok, Nate! – Catherine, uma garota de olhos cor de mel, cabelos azuis e compridos ligou uma van preta com um cartaz afixado a porta e saiu em disparada. Uma van branca passou a segui-los, enquanto Catherine desviava dos carros que circulavam pela Las Vegas Strip. Era muito difícil não perder a direção, uma vez que já passava das sete da noite. – Conectem-se ao jogo! Rápido! Eles tem que terminar logo!

Arcana sentiu um puxão, ao mesmo tempo em que Helena se jogava no chão e vomitava.

– Helena! Meu Deus! O que está acontecendo? – Alessa levantou-a com a ajuda de Henrico e de Madelyne.

– Estou bem... é só... nojento olhar para esses insetos. – Helena respirou com calma e deu um sorriso – podemos continuar.

Levantaram-se. Karina estava apoiada em Richard e dava em cima dele. O rapaz apenas sorria, mas estava surdo quanto as cantadas da loira.

– Fiquem parados.

Arcana estava de costas para eles. Súbito, uma luz forte ficou entre eles e a NPC. Uma garota, um anjo de asas azuladas, surgiu. Arcana olhou para eles e disse:

– Essa é Angel, a chefe número 2. Voltaremos a nos ver após o término do jogo. Boa sorte...

Sorriu e uma névoa passou a envolvê-la. Pouco depois, ela sumiu.

– Maldita NPC. Pensei que ia conseguir destruí-la... – sua voz era aguda.

Angel virou-se para eles e estalou os dedos. Diversas armas surgiram a sua volta.

– Fiquem à vontade. Apenas uma dessas armas pode me derrubar. Essa é a única regra para passarem por mim.

Um a um foram aproximando-se e pegando uma arma. Por fim, Angel escolheu um punhal dourado. E lançou-se em direção a eles. Suas asas aumentaram e tornaram-se afiadas. Quando ela deu um rasante, o escudo de Henrico foi cortado, junto com uma parte de sua orelha esquerda.

Ela voou até o alto, de modo a ficar de costas para o sol. Estava analisando quem seria o próximo alvo quando uma luz começou a cegá-la. Eram Alessa, Richard e Madelyne. Os três usaram suas armas para refletir a luz do sol. Angel teve que se afastar de sua posição privilegiada.

– Foi mesmo uma boa idéia, Madelyne! – Alessa sorria.

– Não disse? Agora, temos que tirá-la do alto.

– Deixa comigo. – Karina arrastava um lança-mísseis, com a ajuda de Irma. As duas posicionaram a arma. A loira fez mira e acertou uma das asas da Angel. Quando a fumaça se dissipou, a asa estava intacta. – Caral... mas que droga! Isso não mata gente? Por que não detonou com a asa dela?

– Por quê não é a arma certa. – Helena pegou um tridente branco do chão e esperou até que Angel atacasse novamente.

Ela preparou o punhal e o atirou na direção de Henrico, que estava afastado do grupo e, por isso, estava indefeso.

– Um a menos... – ela passou a língua nos lábios, enquanto atirava-se contra o grupo, novamente.

O cabo do tridente aumentou e o punhal ficou preso. Como Angel estava indo muito rápido, ela não conseguiu parar e teve não só a asa arrancada, mas também um dos braços. Ela caiu com um grito.

– Meu braço... – ela se levantou, cambaleante. – Deixa eu te entregar a chave, Helena. É a única que conseguiu pensar em usar a única arma que ninguém mais usaria.

Dizendo isso, a pena prateada que Alessa havia encontrado na igreja voou de sua mochila. Quando Angel a apertou com força, a pena se desfez e uma chave prateada tomou seu lugar.

– A chave é minha responsabilidade... mas vocês praticamente ganharam. Podem passar... – ela começou a tombar, enquanto ia desfazendo-se.  


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Notas finais do capítulo

Lembrete: faltam apenas dois níveis para o término do jogo.

Beijinhos!



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