O Jogo escrita por Saito


Capítulo 9
GAME OVER


Notas iniciais do capítulo

Enfim, pessoas. Aqui vai uma notícia (só não sei se triste ou não): o Jogo acaba nesse capítulo. Sei que deve ter decepcionado muita gente que esperava algo melhor, mas... fazer o que, né? Ninguém é perfeito. Pelo menos, vão evitar mais decepções com essa fic...



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– Os dois foram mesmo buscar o grupo? – David ajudava Catherine a tirar algo de dentro da van e colocar em uma mesa. O corpo de Madelyne. David suspirou. – Essa é a segunda a morrer desde que iniciamos os testes, não é? O primeiro foi aquele serial killer...

Catherine não dizia nada. Não sabia dizer o que a havia matado. Seria todo o tempo que havia passado dentro do Jogo? Ou algum fator, um personagem... ? Catherine só sabia que o cérebro da moça havia parado de responder a estímulos elétricos. Provavelmente, já estava morta dentro do Jogo.

– O que será que a matou?

– As regras são falsas. Nós dois sabemos muito bem que podemos tirar qualquer jogador dali, ou quando o cérebro deles age mais devagar. – David ajeitava um lençol branco sobre o corpo da ruiva. – Mas no caso dela... nunca deixamos alguém morrer lá dentro, né? O efeito parece bem devastador para o cérebro do jogador.

– A porta não fica muito longe daqui. Vocês só tem que passar por um... mar de mortos. – 3DG parecia bastante calmo apesar de falar sobre “mar de mortos”. – Desculpem, eu sei que parece assustador, principalmente...

– Vocês só tem que jogar a tocha no mar. – Raven queria acabar logo com aquilo. O Jogo era tão pavoroso quando se estava dentro dele? – A jangada está aqui. Subam logo.

O grupo subiu, seguidos de Raven e 3DG. Richard era quem mais sentia a perda de Madelyne. Ela também havia recebido o recado, e tinha insistido em participar. Ela poderia não ter participado, eles a libertariam no fim.

A jangada começou a andar velozmente sobre a água. Mãos tentavam parar o barco, sem sucesso. Raven apontou para algo que brilhava na outra margem do lago. A tocha era enorme.

– Tá brincando... – Henrico olhou para a tocha. Ela tinha um brilho azulado e suas chamas saltavam para os lados. – Vamos ter que empurrar isso?

– Pois é.

Todos, com exceção dos Criadores, empurraram a tocha. O mar inteiro tornou-se vermelho.

– Só isso? – Karina estranhou a facilidade com que haviam terminado a missão incumbida.

Mal acabara de dizer, uma criança se agarrou às pernas dela. Era fácil dizer quem era.

– Karina! Mas essa é você... quando nos conhecemos! – Irma pegou uma pedra, mas sua mão tremia. Sentiu que alguma coisa a puxava para debaixo da pedra em que se encontravam. Um braço extremamente pálido a puxava rapidamente.

– Putz... isso é realmente sem graça. – 3DG pisou com força na pedra, causando um impacto muito forte. Irma abriu os olhos.

– O que aconteceu? Por que estou caída?

– Era uma ilusão. Mas é muito sem graça. De qualquer forma... olhem. – o rapaz apontou para o meio do lago. Raven ajudou Karina a se levantar. Os outros também levantaram-se, e pareciam muito assustados.

Um brilho muito forte no meio do mar surgiu. Era a porta.

– Entrem um por um. – Raven foi o primeiro a entrar, seguido de Richard e Karina. Alessa sentiu muita dificuldade para se aproximar passar pela porta, mas Helena a empurrou. Depois que os outros três entraram, a porta se fechou.

– Estou... enjoada... – Karina abriu os olhos. Estava tudo escuro. Alguém tirou o capacete da cabeça dela.

– Finalmente acordou. – Catherine sorria. A loira notou uma semelhança entre a garota e algum conhecido, mas quem? – David e os outros estão acordando seus companheiros...

– Mas quem é você?

– Sou um Criador. Ou Criadora, como preferir. Vocês já brigaram com meus amigos dentro do Jogo. Quem de vocês detonou com o Coringa?

– Foi a Irma... mas o que ela tem a ver com tudo isso? – Karina conseguia andar. Era incrível. O ferimento havia ocorrido apenas no Jogo.

– Conversaremos lá fora.

Uma mesa cinza e enorme estava encostada na van. O cartaz sobre o falso filme havia sido arrancado, e um grupo de pessoas estava afastado. Karina logo reconheceu Henrico.

– Você viu? Vencemos o Jogo! – Henrico puxou a garota e a abraçou com força.

– O único problema agora são eles. – Richard estava sentado no chão, ainda abalado pelo que havia acontecido à Madelyne. – Não dizem quem são ou o que querem.

– E a Helena? Alguém a viu? – Alessa estava perto de Richard e já havia bebido a última gota de vodka. – Droga... acabou.

Os Criadores se aproximaram do pequeno grupo.

– Parabéns! Vocês mandaram bem. Agora, onde está a de cabelos cor de rosa? – Anabelle, ou Angel, bateu palmas com um belo sorriso estampado no rosto, mas não conseguia esconder a raiva que tinha de Helena.

– Muito bem, o que vocês fazem? Dois de vocês nos fizeram uma promessa e já tá na hora de pagar a dívida! – Irma foi em direção aos Criadores e parecia que derrubaria qualquer um deles a tapas.

– Calma, calma. Eu sou o 3DG, mas meu nome mesmo é Paul Corrigan. Vocês brigaram com meu meio-irmão, David. Vocês o conheceram como Coringa.

– Sei que vai parecer algo como “teoria da conspiração”, mas foi o governo dos Estados Unidos que nos pagou para criar esse jogo... – Catherine se destacava do grupo. Richard correu até ela e abraçou com força.

– Catherine! Você está viva! Ah, meu Deus! É um milagre! – o rapaz não conseguia mais parar de chorar; era realmente bom ver que sua querida irmã mais nova estava viva – e bem.

– Richard... também senti sua falta. Mas...

– Por quê? Por quê não voltou pra casa?

Catherine olhou para os colegas. Nate, o Raven, fez que sim com a cabeça.

– O que vou te contar está incluso na promessa que fizeram ao Raven e ao 3DG. Não podem contar nada do que aconteceu no Jogo. É uma questão de segurança nacional.

“Há três anos, os comandantes do exército dos Estados Unidos procuraram uma maneira mais eficaz de proteger o país e, de quebra, matar inimigos do Estado. A oportunidade surgiu quando um técnico de computadores novato, Nate, deu a idéia de um programa especial, que simulasse um jogo. Porém, se você morresse dentro dele, seu ‘eu’ real morreria, mas sem causar nenhum dano externo ao corpo. A causa mortis seria desconhecida. Ninguém jamais suspeitaria de nada.

Os testes começaram um ano e meio depois. O primeiro “voluntário”, por assim dizer, foi um serial killer condenado à prisão perpétua. Nathan fez a primeira versão do Jogo a mais letal possível. E funcionou. Os legistas do governo até hoje não conseguiram descobrir como ele morreu; o mais provável é que, pelo fato do jogo ser tão real, seu cérebro deve ter enviado sinais de perigo extremo ao resto do corpo, causando sua morte. Nate regulou o Jogo,deixando-o menos letal. Foi a partir daí que os verdadeiros testes começaram.

Os vencedores de cada grupo, ou seja, os que conseguissem ir mais longe, passaram a ser escolhidos como Criadores. Nós refazemos modelos que nosso chefe havia criado antes e melhoramos. Mas vocês chegaram longe. Muito longe. E ainda não entendemos o por quê.”

– Muito simples. – Helena surgiu na porta do galpão, usando uma jaqueta preta e algumas armas. – Sou um dos novos comandantes do exército. Meu nome verdadeiro é Christine Vandon. E também sou boa com computadores.

– AHÁ! Então aquele NPC é criação sua? – Anabelle apontou o indicador para Christine.

– Pois é. Por quê acha que fiquei tão mal com nossa proximidade? Não dá pra controlar um NPC e minha mente ao mesmo tempo. Mas é melhor vocês entrarem na van logo. Os russos estão vindo com seus carros blindados.

Paul correu para a direção da van e ligou-a o mais rápido que pôde. Os outros subiram correndo, enquanto Christine posicionava-se para atirar nos inimigos.

– HELENA! VEM LOGO! – Alessa berrou, esticando o braço o máximo que podia. – Tem que subir!

– Mas que coisa... já disse que não sou Helena... – E subiu na van. – Garoto! Vá até a Casa de Armas que fica ao leste de Vegas! Lá teremos a proteção do exército.

– E por quê eles estão nos perseguindo? – Irma perguntou a David.

– Bem... o serial killer era russo. E nós tiramos o prazer deles de matá-lo. Acho que é por isso.

Karina e Henrico pegaram algumas granadas que Christine havia trazido consigo.

– Estão loucos?!

– Claro que não. Assim que chegarmos na estrada, as explosões vão ficar por nossa conta! – Karina deu um sorriso sarcástico. Divertia-se ao ver a cara de espanto da ex-enfermeira.

Chegaram a estrada principal. Karina atirou uma granada o mais longe que conseguia. Mas não acertou nenhum dos dois carros. Henrico, que era jogador de futebol americano na escola, pegou outra granada e acertou um dos carros em cheio. Não o destruiu, mas fez com que eles se atrasassem.

Uma estrada secundária surgiu do nada na estrada. Paul girou o volante rapidamente e seguiu a estrada, até ir parar em uma cerca elétrica, onde se lia “Campo de Treinamento – Afaste-se” .

Christine saiu da van e mandou que os cadetes abrissem os portões. Dito e feito. A salvo, eles ouviram os tiros e os russos sendo mortos.


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Notas finais do capítulo

Sei que o final ficou uma droga. E sei que ficou bem plágio de Harry Potter. Mas não era essaa intenção. Enfim, foi bom escrever mais uma fic pra vocês. Beijos e até meus próximos projetos!



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