Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 20
Abra a caixa


Notas iniciais do capítulo

Tam tam tam taaaam!

Mais um eletrizante capítulo!

(Sentiu a piadinha, Nina? Haha... Tá bom... Não teve graça.)



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- Como é que é? – Perguntou Bruna franzindo o cenho – Quem é você?

- Que indelicado da minha parte, não é? Não me apresentar desse jeito... – Ela andou pelas movimentando as mãos perto das caixas suavemente como uma bailarina – Meu nome... Ah. Isso não interessa. O que precisam saber é que eu sou igual a vocês.

- Igual... A gente? – Repetiu Nina hipnotizada pelos passos dela.

Todas baixaram suas armas e relaxaram um pouco, menos Apolo.

- Ei, gente...! – Apolo tentou falar alguma coisa, mas ela o impediu.

- Sim, igual á vocês. Eu sou uma semideusa também. Já fui ao Acampamento, já visitei vários lugares... – Ela estava praticamente cantando aquilo. Cada palavra fazia a mente das três girarem. – Eu já até parti em missões como as de vocês.

- Mesmo? – Quis saber Bia.

- Claro, minha pequena corujinha. – Sorriu ela e Bia sorriu de volta involuntariamente – Eu até já saí com alguns... Semideuses gatões. Mas isso é passado.

Ela olhou para Apolo e pareceu sentir vontade de vomitar, mas decidiu que aquilo não seria gracioso ou sutil, por isso voltou a sorrir para as garotas.

- Na verdade... Nada disso importa mais. – Sorriu ela – Eu já fechei os meus dias como heroína. Já terminei as minhas missões, e já dispensei os garotos. Agora... Eu fico aqui. Essa é a minha casa.

- Você mora em um supermercado? – Perguntou Nina distraída.

- Ah, não. Isso não é um supermercado. É só uma fachada para os mortais não me incomodarem. Quase ninguém entra em supermercados abandonados, mas... Aqui estão vocês! – Sorriu ela abrindo os braços em sinal de boas-vindas.

- Estamos em uma missão. – Contou Bruna.

- É... Uma missão perigosa. – Assentiu Nina.

- Eu pensei em um plano.- Contou Bia sorrindo distraída.

- Ah... Vocês são mesmo uns amores. Ártemis teria orgulho de você. Athena ficaria imensamente satisfeita com esse seu cérebro, e tenho certeza que... É. Zeus ia sorrir também. – Estava na cara que ela não gostava de falar em personagens masculinos, mas mesmo assim tentava ser simpática ao máximo – Então... Vocês conhecem a minha casa? Sabem o que querem?

- Provavelmente não deve estar aqui. – Falou Apolo tentando puxar as garotas – Venham... Nós vamos voltar.

- Pare. Sem intervenções diretas... Lembra? Deus do Sol. – Disse ela fazendo um movimento com a mão. As três garotas deslizaram para longe de Apolo. – E não seja grosseiro. Estava conversando com as senhoritas, por isso fique quieto.

- Como ousa mandar um Deus ficar quieto? – Perguntou Apolo juntando toda a seriedade que ele não tinha – Não fale desse jeito comigo, senão...!

- Apolo! Por favor! – Pediu Nina – Deixa ela falar!

- É! Ela tem uma voz tão bonita! – Concordou Bia.

Apolo olhou para elas surpreso. Há poucos minutos ele era o centro das atenções, e agora fora trocado por uma completa estranha.

- O que?! – Falou ele sem acreditar – Gente! Vocês não podem...

- Você ouviu as moças, Apolo. – Falou ela se aproximando. A mulher andou pelo corredor 4 com a mesma graciosidade de uma bailarina tem ao dançar – Agora, por que vocês não me dizem do que precisam para essa sua missão?

- Ahm... Essa caixa... – Nina franziu o cenho, mas não conseguiu terminar de falar. O olhar cinza dela era simplesmente hipnotizante.

- Ah sim! A caixa, é claro. – Ela assentiu muito interessada – O guia de vocês não vai gostar muito dela. Pertenceu á Morfeu, o titã do sono. Ela é tão poderosa que precisava ser protegida 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas depois da queda dos titãs... Ela foi esquecida.

Ela levantou as mãos um tipo de fumaça fina e verde ilustrou a sua história. Ela era tão delicada e doce que prendia a atenção delas.

- Ela acabou sendo perdida por um tempo. Ninguém nunca mais ligou para essa caixa, embora seu poder ameaçasse até mesmo os Deuses. – Ela fuzilou Apolo com o olhar, e depois voltou a sorrir para as garotas – É ela mesmo que vocês procuram?

- Não! – Respondeu Apolo.

- Sim! – Responderam todas juntas. Bruna olhou para Apolo franzindo levemente o cenho – Apolo... Esse é o objeto perdido. Nós o achamos! Qual o problema?

- Ei! Me escutem... Vocês não vão querer nada desse lugar, e muito menos dela. – Falou ele imitando o tom de repugnância que fora usado nele antes – Vamos embora.

- Nã, na, na! – Fez ela – Sem intervenções! Deuses só podem assistir. Mas... Então me conte, filha de Zeus. Você sabe o preço dessa caixa?

Nina se lembrou vagamente do seu sonho. Ela pensou nas quatro caveiras que apareceram na frente da caixa.

- Quatro de nós? – Chutou ela.

- Bem... É o que a sua profecia diz. Mas... Se vocês realmente querem muito essa caixa... Por que não? Isso é inevitável, não é mesmo? – Ela sorriu tentadora.

Por um minuto, nenhuma delas viu nada de mais. Poderiam aceitar o preço e provocar a morte de quatro amigos. E daí? Iam morrer uma hora ou outra mesmo. Todos morrem um dia. Por que não adiantar um pouco para que completassem o objetivo?

- Não! Esse não é o objeto perdido! Vamos embora... Agora! – Exclamou Apolo tentando ao máximo.

- Mas ele foi perdido, e é um objeto. – Afirmou ela – Querem conferir? Abram a caixa e verão.

- Não! – Interveio Apolo, assim que Nina levantou a mão para abrir a caixa. Ele olhou para a tal semideusa e lançou um olhar severo – Você não tem o direito de...!

- Eu tenho mais direitos que você, Deus do Sol! Posso não ser tão poderosa quanto você, mas sou muito mais persuasiva! – Sorriu ela malignamente – Garotas... Abram a caixa!

- Não escutem ela! – Berrou Apolo rapidamente – Ela é filha de Circe!

- O que...? – Perguntou Bruna piscando os olhos. As outras não tinham nem idéia do que Apolo estava falando, mas Bruna entendeu. – Não...! Larguem a caixa!

- Acertou. – A filha de Circe virou-se para Apolo – Meu nome é Grace. Eu sou filha de Circe, Deusa da feitiçaria. Tenho esse leve dom de encantar as pessoas, mas não de enganar, não é mesmo Apolo?

- Apolo... Está enganando a gente? – Perguntou Bia em transe.

- Garotas, pensem bem. – Falou Grace em um tom realmente persuasivo – Os deuses fizeram vocês entrarem em uma missão, que sabem muito bem que não vão sair com vida, para procurarem algo até eles desconhecem. Eles estão usando vocês como piões. Querem que se movam na direção que eles apontam por isso o seu querido Apolo está guiando vocês. Mas isso pode mudar...

- Deixe-as em paz! Estou avisando...! – Apolo foi interrompido.

- Se vocês ficarem aqui. – Sorriu ela – Para sempre. Tomando conta dessa caixa. Assim podem impedir que caia em mãos erradas. Pensem bem... Poderia lutar do nosso lado. Poderia ter poderes muito maiores, principalmente você, Filha de Athena.

- Mesmo? – Perguntou Bia.

- Claro... – Assentiu Bruna – Todos falam isso quando querem que você passe para o lado dos titãs!

Bruna apontou a flecha para Grace, que olhou para o lado sem muito interesse.

- Como você pode me julgar, Caçadora de Ártemis? – Perguntou ela – Eu não sou diferente de você. Ganhei a imortalidade quando comecei a servir á forças mais fortes que os Deuses. E quanto á você? A mesma coisa.

- Não é não! Eu sirvo á Deusa da caça. E nunca vou me aliar aos titãs! – Bruna lançou uma flecha na direção de Grace, mas ela desviou facilmente.

- Ora... Então eu terei que esmagar você. – Ela olhou para Apolo, e sorriu maldosamente – Vamos ver se os seus Deuses vão ajudá-la.

A filha de Circe pegou uma caixa com desenhos de pássaros na suas superfície, e a abriu. De dentro dela saíram várias gralhas, que voaram pelo teto da loja.

- Acabem com a caçadora. – Ordenou ela.

Bruna começou a atirar flechas, mas eram muitas gralhas. Era não eram como gralhas comuns... Eram enormes! Elas mergulhavam o tempo todo e, volta e meia, tentavam cortá-la.

Ela viu que suas amigas ainda estavam enfeitiçadas. Elas seguravam a caixa, enquanto a filha de Circe tentava convencê-las de abrir. Apolo se esforçava ao máximo para impedir Nina, mas não ia adiantar por muito tempo. Ele ás vezes lançava um olhar esperançoso para Bruna, mas... O que ela podia fazer?

- Ah! – Exclamou ela ao sentir uma gralha fazer um corte no seu braço direito. Bruna correu para perto das amigas quando os monstros recuaram.

Ela esticou as mãos e fez aparecer um arco íris.

- Oh Deusa Íris, mostre-me o grupo de Afrodite! – Exclamou ela. A imagem se retorceu, e Apolo entendeu o que ela queria fazer.

Bruna saiu correndo tentando acabar com as gralhas, enquanto Apolo olhou para a mensagem de Íris.

- Afrodite! – Chamou ela – Precisamos de uma mãozinha!

 A Deusa estava se olhando no espelho, mas desviou os olhos rapidamente e notou como a situação estava. Ela estava em sua limusine, enquanto Rita, Mateus e Vinícius estavam dormindo.

- Apolo? O que houve? – Ela perguntou, mas então notou a caixa, e a filha de Circe. Se tinha uma coisa que a Deusa do amor e da beleza conseguia fazer era persuardir as pessoas. Mil vezes mais que uma filha de Circe. – Ah! Fala sério! Tipo assim... Vocês realmente vão abrir essa coisa?! Sono de beleza tudo bem, mas dormir para sempre, já é demais não é?

Sua voz mexeu com elas. Bia piscou os olhos com as palavras “dormir” e “para sempre” e acabou se tocando da besteira que iria fazer. Nina, entretanto, era uma dorminhoca de primeira. Mesmo assim, acabou piscando os olhos quando ouviu o som da voz de Afrodite.

- Não! – Gritou Grace irritada – Não se intrometa nisso!

Ela bagunçou a imagem e a ligação foi interrompida, mas já era tarde demais. Nina estava segurando a caixa, mas seu olhar dizia que ela não ia abrir de jeito nenhum.

- Onde está a...? – Grace ia perguntar onde estava a filha de Athena, mas parou quando a faca de Bia tocou a sua garganta. – Invisível?!

- Presente da minha mãe. – Sorriu Bia confiante – Agora, pare aqueles pássaros!

- Vocês vão ser o meu presente para eles. – Sorriu malignamente para Bia. Com um ágil movimento ela jogou Bia sobre Bruna, que estava á uns 15 metros de distância.

- Bia! – Gritou Nina, mas ela foi a próxima. Grace moveu a mão para ela, e depois para as amigas e Nina foi lançada até lá.

As três estavam caídas no chão uma sobre a outra, e os pássaros se aproximavam cada vez mais. Nina piscou os olhos, e resolveu que devia fazer alguma coisa.

Ela se levantou fez uma cara ameaçadora para os monstros que mergulhavam na direção delas.

- Eu é que mando no céu! Se afastem! – Ela jogou seus braços na direção deles, e uma rajada de vento começou a soprar contra eles vinda de lugar nenhum.

As gralhas lutavam com todas as suas forças, mas era inútil. Um por um, os monstros foram se transformando em pó dourado que foi levado pelo vento. Grace berrou de raiva. Elas estendeu a mão para pegar outra caixa, mas Bruna acertou sua mão com uma flecha.

- Ah! Maldita seja! – Rugiu ela, e foram suas últimas palavras, pois segundos depois Bruna acertou uma flecha na testa dela. Grace virou poeira dourada no chão da loja, e acabou sumindo.

- Wow! – Exclamou Nina – Isso foi... Demais!

- Ficou louca?! Ela quase nos fez dormir para sempre! – Protestou Bia, mas então ela acabou sorrindo. – Mas eu fui bem, não fui?

- Aham! Você quase arrancou o pescoço dela com uma faca! – Comemorou Apolo orgulhoso – E você, Nina, fez aquilo com o vento e detonou todos os monstros de uma vez só!

Bruna estava se levantando, e Apolo ajudou-a.

- E você... Cara! Como a minha irmã deve ter orgulho de você! – Sorriu Apolo – Conseguiu pensar rápido em uma situação dessas! E ainda por cima lutar com aqueles monstros! Sua mira também arrasa!

Bruna, por um segundo, esqueceu que devia odiar Apolo e todos os outros garotos, por isso acabou abrindo um sorriso. Mas isso só durou alguns segundos.

- Não preciso de ajuda. – Falou ela soltando a mão dele.

- Bruna! Ele acabou de te elogiar! Você não pode odiar ele um pouco menos? – Disse Bia.

- Ah! Que isso! – Riu Apolo – As caçadores só têm que “fingir” me odiar. No fundo eu sei que elas me amam.

Ele abraçou Bruna e ela lançou-lhe um olhar sério.

- Não. – Falou simplesmente.

- Ah... Talvez... Nem todas. – Riu Apolo sem graça – Mas... Quem quer ficar aqui um pouco?

- Espera! – Exclamou Nina – Ela não tinha dito que... Era imortal? Então como ela morreu?

- Eu até que poderia explicar... Mas acho que deixar a Bruna contar ia ser mais legal, não é? – Falou Apolo piscando para Bruna.

- Tá bom... – Ele revirou os olhos – Ela não imortal no sentido que nunca morre. Ela só... Não fica velha. O tempo não passa para ela, mas ela pode muito bem morrer em batalha.

- Assim como você? – Adivinhou Bia – Então o que você fez foi extremamente arriscado!

- E preciso. – Completou Bruna – Eu não ia deixar vocês morrerem.

- Aaw, Bruninha! Abraço em grupo! – Pediu Bia com um sorriso de criança feliz.

- Aee! – Comemorou Nina – Vamos nessa, galera! Nós não morremos! Fuck yeah!

Todos se abraçaram. Até Apolo, embora Bruna tenha chegado para o lado fazendo-o abraçar somente Bia e Nina. Nina estava abraçando Bia e Apolo, mas depois de alguns segundos achou melhor aproveitar o momento, e abraçar só o Apolo. Bia pensou assim também, e largou a Bruna.

Quando Bruna se tocou do que elas estavam fazendo, soltou os as duas e deu um passo para trás. Apolo perdeu o equilíbrio e caiu junto com elas.

Nina estava do lado direito dele, e Bia no lado esquerdo. As duas olharam para o Deus com cara da “Ops! Foi tããão sem querer!” e Apolo riu.

- Tudo bem... Eu vou me deitar para lá. Aqui tem muitos colchões, e graças á vocês não tem mais nenhum perigo aqui. Só não toquem em nada. – Falou Apolo se levantando e indo para o corredor 12 de colchões – Boa noite, garotas!

Nina e Bia estreitaram os olhos uma para a outra.

- Ela é o seu tio. – Lembrou Nina.

- Ele é o seu meio-irmão. – Lembrou Bia.

- Vocês são umas manés. – Lembrou Bruna – Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Ufa... Por pouco, né?

Mas e quanto aos zumbis?

E quanto aos outros? Será que estão realmente se dando bem?

Descubram! E mandem reviews, é claro.



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