Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 21
Obrigada Deus do volei!


Notas iniciais do capítulo

Rápido, né?

Aqui está um novo capítulo.

Aviso: Se você tem zumbiofobia, por favor, afaste-se dessa página. Obrigada pela atenção.

(He he, brincadeirinha)



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- Ah! – Gritou Flávia acertando mais um zumbi – Eles não vão parar de vir?!

- Não! – Respondeu Ares focado na estrada – Eu disse para vocês! Uma vez que sentem o cheiro, nunca vão parar! A não ser...!

- A não ser que matem a gente?! – Adivinhou Mariana espetando um com a sua lança. O zumbi gritou e acabou caindo do carro.

- Isso mesmo! – Confirmou Ares – Continuem! Estou tentando manter uma distância...!

- Não está dando certo! Ah! – Exclamou Amanda.

Um dos zumbis pulou encima dela. Ela o chutou com força e ele foi para trás cambaleando. Amanda não perdeu tempo. Com um movimento rápido cortou a garganta do monstro. Aí... Foi estranho.

O corpo do zumbi caiu para fora do carro, enquanto a cabeça caiu no banco bem na frente dela. Amanda soltou um grito e lançou a cabeça para frente.

- Ah! Não joguei isso para cá! – Exclamou Mariana chutando a cabeça.

Ela acabou caindo no colo de Ares, que também gritou por ser pego de surpresa.

- Tire isso daqui! – Berrou ele jogando para trás.

Enquanto a cabeça estava no ar, Amanda deu um corte (como os de vôlei) e ela saiu do carro atingindo outro zumbi.

- Mandis, isso foi demais! – Exclamou Flávia.

Mais zumbis se aproximaram deles. Um pulou na direção do carro, mas Flávia o acertou com a flecha bem entre os olhos. Era impressionante como sua mira era perfeita, mesmo nunca tendo praticado antes. Ela olhou para o horizonte.

Não havia mais pontinhos pretos, pois todos eles estavam perto do carro naquele momento. Ela ficou se perguntando como eles chegaram tão rápido, pois os zumbis dos filmes andam mancado e bem devagar, mas então surgiu uma pergunta mais importante.

- Ahm... Eu sou a única que notou que eles não estão virando pó dourado?! – Perguntou Amanda nervosa.

- É verdade! – Exclamou Mariana. Todas olharam para Ares. Ele estava completamente concentrado na estrada, mas mesmo assim respondeu.

- Eles não podem ser mortos. Já estão mortos! – Respondeu ele – Quando vocês os destroem, as partes caem no chão e... Se recompõem.

- Então nunca vamos ganhar deles! – Gritou Flávia nervosa – Nós vamos morrer?!

- Não! Nada disso! – Mariana tentou parecer confiante, mesmo que por dentro pensasse o mesmo que Flávia – Nós vamos chutar o traseiro desses zumbis. Qual é?! Nunca jogou coisa parecida no videogame?! Nós vamos dar um jeito!

- Espero... – Pensou Amanda, mas não disse nada.

Então algo voou. Era algum tipo de bastão de madeira. Ele passou por elas cortando o ar e acertou o vidro da frente do carro.

- Meu carro! – Berrou Ares furioso – Acabem com eles!

- Amanda! Troca de lugar comigo! Eu tenho um escudo, se eles continuarem atacando eu posso defender! Vem para a frente! – Falou Mariana.

Amanda concordou sem idéia melhor na cabeça, mas assim que passou para o banco da frente um zumbi apareceu na janela do carro e derrubou as duas. Elas caíram no colo de Ares, que por sua vez estava tentando ao máximo continuar dirigindo em linha reta enquanto um zumbi tentava matar as duas.

- Ah! – Gritou Amanda – Sai daqui!

- Amanda! No três! – Falou Mariana, e Amanda soube o que ela quis dizer.

- Três! – Berrou ela.

Mariana ergueu sua lança na barriga do zumbi e Amanda a sua espada. O monstro uivou de dor. As duas deram um chute na barriga dele ao mesmo tempo e ele voou para fora do carro.

- Ufa... – Suspirou Amanda aliviada.

- Ótimo... Agora saiam de cima de mim! – Exclamou Ares.

- Ah! Desculpa! – Falou Mariana esquecendo que estava deitado sobre as pernas dele. As duas se levantaram. Mariana passou para os bancos de trás bem a tempo de defender as amigas de outro tipo de clave de madeira.

Amanda ficou a postos esperando pelos monstros, mas nada. Eles estavam atacando a parte de trás do carro. La antes achava que sendo só 6 não seria difícil, mas quando parou para pensar... Dava 2 zumbis para cada uma delas. Sendo que elas nunca nem mesmo treinaram luta antes.

Mariana parecia extremamente feroz enquanto destroçava os zumbis com a sua lança. Flávia estava realmente focada nos alvos, e sempre que atirava uma flecha, conseguia acertar. Amanda... Nem tanto. Talvez por ainda ser indeterminada, não tivesse um talento especial como os das amigas.

Ela parou de pensar naquilo. Só iria deixá-la mais desanimada, e naquele momento ela precisava urgentemente de ânimo e força para vencer os zumbis. Um deles tentou acertar o volante do carro, mas ela rapidamente o acertou na cabeça com a espada.

- Isso é por tentar nos matar! – Flávia acertou uma flecha dentro da boca de um zumbi, e ele caiu no chão se debatendo.

Aos poucos os monstros foram ficando para trás, o que era um ótimo sinal. Ares pisou fundo mesmo. O carro estava mais rápido do que aqueles que passavam na fórmula um.

Quando os zumbis ficaram para trás, Mariana e Flávia deixaram-se afundar no banco do carro. Amanda também relaxou um pouco no banco da frente.

- Nossa... Se eu contar para a minha mãe que eu lutei contra zumbis, ao invés de ir para a droga do museu... Uau! Eu é que vou virar uma morta-viva. – Riu Amanda tentando animar as amigas.

- É mesmo... Acho que a mamãe ia me matar. – Comentou Flávia – Mas o meu papai lindão deve estar muito orgulhoso de mim.

- Eu sei que o meu pai está muito orgulhoso de mim, certo pai? – Mariana sorriu para ele, mas Ares fingiu que não tinha ouvido nada. Ela chutou o seu banco e usou a sua voz irritante de novo. – Oh paaaaaaaaai!

- Estou! – Gemeu Ares – Pronto! Feliz agora?!

- Sim. – Sorriu Mariana – Não se preocupe Amanda... O seu pai ou mãe também deve estar muito orgulhoso de você.

- Ah ta bom. – Amanda riu revirando os olhos – Eu não fiz nada demais.

- Você deu aquele golpe de vôlei na cabeça do zumbi! – Disse Flávia sorrindo.

- Golpe de vôlei?! – Riu Amanda – Flávia... Isso não existe. Mas... Sim. Eu dei um corte na cabeça dele, mas... Que tipo de Deus ia ficar orgulhoso de mim?

- O Deus do vôlei. – Sugeriu Mariana – Pai, existe um Deus do vôlei, né?

- O que?! Não. – Respondeu Ares – Deus do vôlei?! De onde você tirou isso?!

- Podia existir sim. – Afirmou Mariana – Mas... Se tem algum Deus do esporte.. Deve ser o Apolo.

Amanda abriu um sorriso sonhador.

- Apolo está orgulhoso de mim... Ai ai. Me animei agora. – Brincou ela sorrindo.

- Ei! É o meu papai lindão! Fique longe dele! – Protestou Flávia.

- Não estou entendendo... Não foi você quem disse que ele podia me adotar?! – Perguntou Amanda gostando da idéia.

- Ei! Eu também disse que o meu pai podia te adotar! – Protestou Mariana.

Amanda olhou rapidamente para Ares. Ela não gostou muito dessa idéia, mas agora que estava sentada ao lado dele, era melhor não fazer nenhum comentário.

- Mudando de assunto... – Falou ela – Para onde estamos indo? Os zumbis vão atrás de nós não é?

- Vamos deixar o carro para trás e pegar um trem. – Disse Ares – Tem uma estação ali na frente. Se seguirmos de carro, eles vão nos encontrar com mais facilidade.

- Saquei... Belo plano. – Assentiu Amanda. Ela pegou o seu caderno e começou a escrever. Mariana começou a falar como o pai dela era “boladão” e “irado”, enquato Flávia fez aparecer uma flauta e começou a tocar.

Ares revirou os olhos algumas vezes. O carro ia voltar a ser um inferno.

Rodrigo olhava para a paisagem que passava pela janela. Estavam andando em uma estrada totalmente longe de qualquer centro urbano. Dos dois lados só dava para ver uma floresta enorme. Parecia um pouco com a estrada que eles tinham pego quando estavam indo para o museu, que ele pensava agora que nem mesmo devia existir.

- Para onde você está nos levando? – Perguntou Rodrigo.

- Uhm... Eu sei que são só 8 horas, mas acho melhor nós pararmos para dormir um pouco não é? Afinal... Tivemos um dia cheio. – Comentou Hermes olhando para a estrada – Tem uma loja ali na frente. Fica... Perto de um posto, eu acho. Se me lembro bem, tem comida lá.

- Loja de que? – Quis saber Rhamon achando completamente estranho existir uma loja de qualquer coisa no meio de um estrada isolada como aquela.

- É uma loja de estátuas de jardim. – Respondeu Hermes com grande naturalidade.

- Loja de... Estátuas de jardim? Aqui? – Perguntou Natália franzindo o cenho, e Hermes assentiu.

- E o que tem nela? – Rodrigo estreitou os olhos para o Deus.

- Como assim “O que tem nela?”? – Repetiu Hermes sem entender – Estátuas de jardim, ora.

- São o que? Estátuas de jardim mutantes que cospem fogo? – Perguntou Rodrigo ainda com os olhos estreitados – Ou lá tem gnomos sanguinários que lançam flechas radioativas?

- Ahm... Estátuas de jardim. – Respondeu Hermes franzindo o cenho.

- Ah, para com isso! Você quer mesmo que eu acredite que lá não tem nada de estranho? Que é uma loja normal que só fica no meio do nada e vendo inocentes estátuas de jardim? – Perguntou Rodrigo incrédulo – Tem alguma coisa lá.

- Estátuas de jardim. – Riu Hermes – Quer que eu repita?

- Você começa a rir do nada. – Natália achou engraçado – Me lembra alguém...

- Algum artista de cinema? – Quis saber Hermes sorrindo de leve.

- Não... Eu não me lembro direito, mas... – Natália foi interrompida.

- Porra! Para com isso! – Berrou Rodrigo – O que tem nessa droga de loja?! Fala a verdade!

- Estátuas de jardim! – Repetiu Hermes se segurando para não rir.

- Isso eu já sei, merda! – Exclamou Rodrigo – O que tem com as estátuas de jardim?!

- Agora você me pegou... – Falou Hermes ainda tentando não rir – Acho que todas elas levam cimento, mas...

- Você está de sacanagem com a minha cara, né?! – Perguntou irritado.

- Você ainda não notou isso?! – Riu Rhamon.

Rodrigo soltou alguns palavrões, mas por fim resolveu parar de perguntar. Hermes estava ocupado demais rindo da cara dele para levar sua pergunta a sério. Mesmo assim... Talvez realmente não tivesse nada demais naquele lugar, embora ele tivesse lá as suas dúvidas.

Teisk continuava tentando lambê-lo, o que o irritava muito. Natália não parava de imaginar como o seu pai seria. Se ele se parecia com um pirata, ou se usaria roupas de marinheiro. Ia ser engraçado se fosse assim.

Rhamon por outro lado estava pensando em quem seria a sua mãe ou pai. Não tinha idéia de quem poderia ser o que só o deixava cada vez mais ansioso.

Por fim... Hermes parou o carro na frente de uma loja. Ao lado tinha um posto abandonado, e um cinema velho e fechado. Ainda tinha a placa de um filme dos anos 80.

Eles desceram do carro. A loja era muito estranha, pois as estátuas de jardim expostas (logo no caminho para a entrada) eram completamente bizarras. Eram pessoas paradas nas mais diversas posições. Umas estavam com medo, outras com cara de “What the fuck?!” como diria Rhamon.

Mesmo assim, eles não tinham para onde ir mesmo. Já estavam lá, e Hermes estavam entrando no lugar. Rodrigo resolveu ficar de olho nele. Ela ainda achava que aquela loja tinha algo de estranho.

- Bem-vindos ao Empório de estátuas de jardim da Tia Eme. Ou coisa parecida. – Falou Hermes apontando para um letreiro na fachada da loja – Vamos entrar logo.

Natália e Rhamon seguiram Hermes, enquanto Rodrigo observava mais atentamente as estátuas. Teisk começou a latir para uma de uma senhora gorda.

- Para com isso. – Falou Rodrigo.

O cão rosnou para a loja e soltou mais alguns latidos. Rodrigo meio que entendeu o que ele queria dizer. Pela primeira vez ficou feliz (ou quase) por ter ficado com aquele cão.

- Você acha que tem algo de estranho aqui, né? – Perguntou ele, e o cão assentiu – Eu sabia! Vamos infernizar Hermes para poder saber o que tem de errado com esse lugar.

Rodrigo correu para dentro da loja. O lugar estava horrível. Todo cheio de poeira nas prateleiras. Hermes moveu a mão em círculos e toda a poeira desapareceu. As prateleiras se encheram de comida e refrigerante.

- Prontinho. – Ele sorriu, e depois olhou para Rodrigo – Ei garoto. O que estava fazendo lá atrás? Vendo as estátuas de jardim cospem fogo? 

- Engraçado. Há há. – Riu Rodrigo em sarcasmo – Tem algo de errado com esse lugar, e você sabe disso. Fala logo. Até o cachorro sentiu isso.

- O cachorro sentiu é? – Perguntou Rhamon olhando para Teisk – Hermes... Tem algo de errado mesmo com esse lugar?

- Não. – Falou ele encolhendo os ombros, mas então resolveu contar um pocuo – Bem... Não agora.

Todos pararam e olharam para ele com cara de “Ah! Legal isso, né?!” e o Deus revirou os olhos.

- Podem ficar calmos. Esse lugar não representa mais perigo. – Contou Hermes – Aqui... A dona da loja...

- Era uma estátua mutante radioativa de jardim que cuspia fogo? – Chutou Rodrigo e Hermes franziu o cenho.

- Ahm... Não. – Falou ele – Era um... Monstro. Devem conhecê-la pelas histórias. Todo mundo conhece. Ela transforma todos que olham para ela em pedra. O olhar dela tem esse poder.

- Você nos trousse para a casa da Medusa?! – Berrou Rodrigo, e Hermes ficou tenso de repente.

- Não fale o nome dela! – Exclamou Hermes olhando em volta – Nomes são poderosos! Você não pode sair por aí os falando desse jeito.

- Mas... É isso, não é? É a casa da M... Tia Eme?! – Rodrigo se tocou para que servia aquele apelido. Ninguém compraria estátuas de jardim em uma loja com o nome de “Empório de Jardim da Medusa”.

- Sim. Mas ela não está mais aqui. Não vai voltar por um bom tempo. – Falou Hermes tomando um refrigerante – Ela está...

Ele parou de falar. Seus olhos representaram terror e surpresa ao mesmo tempo, como aquelas vítimas de filmes de terror que são mortas pelo psicopata bem de repente.

- Vamos embora. Algo está errado. – Falou Hermes com uma voz tensa – De volta para o carro!

- Mas para que tanta pressa? – Perguntou uma voz feminina carregada com um sotaque. Vinha logo de trás de Hermes. – Não querem ver a minha coleção antes?


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Notas finais do capítulo

Medusa! Fujam para as montanhas!

Ha ha! O que vocês acham?

Eles vão virar estátuas de jardim?

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