Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer


Capítulo 12
Capítulo 12: Desafio




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O dia amanhece como todos os outros: um sol agradável, uma brisa refrescante e os estudantes indo ao colégio com uma incrível disposição. Shikamaru já havia conquistado a simpatia de praticamente todos daquela escola pela sua bela aparência e sua grande inteligência, o que era apreciado por todos, principalmente pelas garotas. Gaara também foi à escola nesse dia para vigiar as portadoras e o seu novo inimigo, porém, havia parado de usar os óculos escuros o que deixava a mostra seus belos olhos glaucos e seu olhar intimidador. Ele se preparou para essa fase da missão aplicando parte do dinheiro que ganhou com as recompensas ( cerca de 130 milhões de dólares ) com um sistema de segurança altamente sofisticado para sua casa, ampliação do laboratório e reforço no seu armamento; mas ainda não era o bastante, faltava algo importante.

_ O que acham desse detetive novo? – pergunta Sasuke enquanto batia bola no campo que havia ali
_ Ele é estranho. – responde Naruto – Ele está mais preocupado em fazer amizades do que investigar.
_ Será que ele também está investigando o caso dos parasitas?
_ Acho que não. Não ouvi dizer que contrataram mais alguém para esse caso.
_ Sabem o que eu acho? – interrompe Neji – O que ele está procurando não são amigos, mas aliados.
_ Aliados? Explique melhor Neji.
_ Eu observei que ele ganhou a simpatia de todo mundo menos da Ino, da Kiyomi e da Mayu, justamente as que ele precisava.
_ Como sabe que ele precisa delas?
_ Porque ele insiste muito em conseguir a amizade delas não notaram?
_ É verdade. Então você está dizendo que ele veio atrás do Gaara?
_ Exatamente. E tenho certeza que ele já notou isso há muito tempo.

Gaara também estava observando o ritmo que os portadores tomavam as cápsulas inibidoras que havia desenvolvido. Enquanto andava em uma parte gramada do colégio ele se sentiu vigiado e rapidamente localizou o que lhe incomodava. Sacou a arma, apontou para um certo lugar e disse:
_ Saia logo daí!
_ Estou impressionado. – responde Shikamaru saindo de onde estava – Seu poder de dedução é maior do que eu imaginava.
_ Acha mesmo? – disse Gaara guardando a arma – Não acha que está me subestimando achando que eu não ia notar a sua presença?
_ Está enganado. Eu nunca subestimo meus oponentes.
_ Apesar de ser detetive você não veio investigar nada aqui certo?
_ Mais uma vez sua dedução está correta. Realmente minha missão não é investigar.
_ E qual seria seu objetivo então?
_ Não tenho porque esconder. O meu objetivo é matar você. Creio que já sabia disso também.
_ Eu já esperava isso.
_ O seu irmão me ofereceu quatro milhões de dólares para eliminar você.
_ Foi o Kankurou que te mandou?
_ Exatamente.
_ É bem típico dele. Mas agora é demais.
_ Eu estou disposto a cumprir minha missão e levar esse dinheiro.
_ O que te leva a acreditar que vai conseguir me matar?
_ Admito que vai ser um grande desafio. Mas você seria perfeito para ser a minha milésima vítima.
_ Lamento, mas vou ter que recusar a sua oferta.
_ Você não tem escolha. O confronto é inevitável.
_ Eu tenho uma investigação importante para terminar. Se você tem algum amor pela sua vida não cruze o meu caminho.
_ Eu vou repetir. Você não tem escolha.
_ Escuta aqui que eu só vou falar uma vez. Não me atrapalhe ou vou ter que adicionar você na minha lista de vítimas.
_ Eu quero uma disputa difícil. Fique atento ou posso roubar a sua vida. – se afastando do local – A gente se vê por aí.

Eles não notaram que a conversa fora ouvida pelas garotas agentes, juntamente com a Ino, que estavam em cima de uma árvore próxima. Elas entendiam muito bem o que significava um desafio entre dois detetives com sangue frio como eles e o final dessa disputa era facilmente previsível: o mais esperto e ousado seria o vencedor, já a punição para o derrotado seria a morte.
Enquanto voltavam para casa ( lembre-se que elas moram juntas ) as garotas ( e todo o pequeno país ) viam a guerra crescer e tomar dimensões cada vez maiores. Os países vizinhos não viam com bons olhos essa ameaça e vigiavam de perto a situação e a movimentação nas fronteiras. Ino, Mayu e Kiyomi eram as mais “próximas” ao ruivo e estavam preocupadas com o rumo que aquilo estava tomando.

_ Isso está pior do que eu pensava. – disse Mayu suspirando
_ Como assim? – perguntou Ino
_ Nós viemos para cá resolver o caso dos parasitas e de repente vira uma competição de quem mata o Gaara primeiro...
_ Eu não sabia que ele era tão odiado assim.
_ Isso não tem nada a ver com ódio Ino. – esclareceu Kiyomi – Acontece que o Gaara é um problema para dois grandes detentores de poder.
_ O irmão dele?
_ Ah, o imperador de Suna... não se contentou em expulsá-lo agora faz o que for preciso para acabar com a vida dele.
_ Por que ele foi banido de lá?
_ É uma história longa que só ele pode te contar.
_ Nossa... mas eles estão tão longe um do outro... por que querem tanto que ele morra?
_ Quando o Gaara saiu do país dele, ele jurou que voltaria e se vingaria do irmão. Ele teme essa vingança, por isso não poupa esforços para se livrar dele.
_ Ele me disse que era caçado também, mas não imaginei que fosse desse jeito.
_ Aquele cara é muito forte e nunca demonstra que está triste ou abalado. – admite Mayu – Mas não sei se ele escapa dessa com vida.
_ Tem razão. – concordou Kiyomi – A pressão está grande demais e ele está sozinho agora. Acho que mais tarde eu vou visitá-lo.

Ino ouviu tudo isso e começou a entender o motivo de tanta revolta e da grande resistência que ele oferecia em ter amigos: era puro medo de se decepcionar de novo. Assim ela também resolveu visitá-lo, ajudada pelo fato do detetive “amolecer” o coração quando a olhava.
Enquanto isso os garotos, encabeçados por Neji, chegaram a inúmeras conclusões baseando-se apenas nas poucas informações que possuíam. Como sabiam que não poderiam fazer nada a respeito resolveram repassar suas suspeitas à rainha que, após verificá-las e separar alguns dados importantes, mandou chamar o investigador Kakashi para se informar a respeito da movimentação que havia na cidade.

_ Mandou me chamar? – perguntou Kakashi
_ Mandei sim. – respondeu Tsunade – Qual o motivo desse alvoroço na cidade?
_ É que chegou um cara novo aqui. E pelo jeito as garotas gostaram.
_ Acho que não devemos nos preocupar com isso.
_ Pois eu acho o contrário. Pelo que descobri ele também é um detetive do mesmo estilo do Gaara.
_ Detetive? Mas o que ele quer aqui?
_ Parece que a missão dele é matar o Gaara. A recompensa por ele é de quatro milhões de dólares.
_ O Gaara é importante para eliminar os parasitas. Não vou deixar que o matem.
_ É melhor não interferir. Ele parecia muito seguro quando aceitou o desafio dele, além de estar determinado a cumprir o seu dever.
_ Entendo. Mas quem é esse detetive novo?
_ O nome dele é Shikamaru.
_ Shi-Shikamaru?

Ino estava a caminho da casa do Gaara com um embrulho na mão. Dentro dele havia um bolo que ela havia feito, pouca gente sabia, mas a loira tinha muita habilidade com doces. Ino tocou a campainha e esperou resposta, mas não percebeu que Gaara a estava vendo pela câmera que havia na entrada. Ele não entendeu o motivo dessa visita repentina, mas resolveu deixa-la entrar; desceu e abriu a porta.

_ Oi! – disse Ino com um sorriso
_ Não é comum você vir aqui.
_ Eu quero conversar com você.
_ É raro eu receber visitas. – saindo da frente da porta – Entra.

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