A garota no espelho não parecia ser eu. Ela usava uma minissaia preta, uma blusa cheia de caveirinhas brilhantes, uma meia calça arrastão e com uma bota oxford preta.

Respirei fundo.

- Calma, você está uma gata. Vai arrasar.

Ouvi a buzina, desci as escadas correndo e quase caí.

Abri a porta num rompante, tamanho era o nervosismo.

E eles estavam lá, lindos e maravilhosos.

O Tom me olhou muito maliciosamente e perguntou:

- Oi, você poderia chamar a May?

- Ah, claro! - revirei os olhos - sou eu idiota.

- Nossa, como uma roupa faz diferença em uma pessoa.

- Muito obrigada pelo elogio impressionante!

- Tá, vamos logo - disse Gustav.

O Gustav falando? Nossa, a noite promete hein.

~//~

A boate estava lotada, nó dançamos, bebemos e nos divertimos muito.

As pessoas achavam estranho só uma garota dançando com outros três garotos, e eu admito que isso é meio estranho sim. Pra quem vê.

- Aí garçom, me dá mais um martini aí vai - pedi, eu já até tinha perdido a conta de quantos tinha tomado.

Ele me serviu e disse:

- Olha moça, este vai ser o seu último - moça? Quantos anos ele achava que eu tinha?

- Aaah, porque último? - choraminguei.

- Por que você já está mais do que bêbada e também porque a festa já está acabando.

- Eu não estou bêbada não - falei com incerteza.

Os vislumbres vieram de novo e esse espalhou uma corrente elétrica pelo meu corpo, eu estava com uma vontade louca de beijar alguém.

Ataquei o primeiro que vi, depois foi que percebi que era o Tom, também bêbado.

- Nossa Tom, você tá tão gato hoje. Ai me deixou excitada.

- Ow ow, o que tá acontecendo aqui? - perguntou Bill também bêbado.

Eba, formamos o trio dos bebuns!

- O Bill, Bill, a May me beijou, rá.

Começamos a rir.

- Gente, o que vocês acham da gente ir pra casa e... vocês sabem - Bill começou a rir.

- Huum, eu acho ótimo - eu disse com uma voz sexy.

Agora a atacada fui eu. Ele me beijou com ímpeto e eu retribuí.

- Cade o Gustav? GUSTAV! - gritou Tom.

- Eu estou aqui - ele disse. Aaah, não íamos formaro quarteto bebum, mas isso era bom, afinal, algu´pem tinha que dirigir.

- Você vai dirigir - falou Tom.

- É, já que eu sou o único plenamente consciente aqui.

Nós o ignoramos e fomos na maior suruba para o carro

- Ah não, eu quero que vocês se comportem pelo menos no carro - O Gustav tava bravo. E isso nos fez cair na gargalhada, e depois não paramos mais, fomos rindo o trajeto inteiro.

~//~

Quando chegamos, fomos para o quarto do Tom, calmamente, mas ainda rindo.

 Quando fechamos a porta do quarto, começou a nossa segunda festa.

Aquilo estava muito divertido, era o Bill beijando de um lado, o Tom tirando minha roupa do outro. Olha gente, eu nunca tinha tido uma noite tão explosiva como essa na minha vida.

Nos jogamos na cama e... não lembro de mais nada depois disso.