Céu de Sangue escrita por Pricililica


Capítulo 31
Capítulo 31, Escondendo...


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, tb?
Boa leitura...



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- Como assim você parou.... - Tenten levantou-se abruptamente da cadeira na qual estava sentada batendo as mãos na mesa á minha frente. – Não posso acreditar que voc... – Apontando o dedo indicador em minha direção continuou. – Você perdeu a melhor chance da sua vida, com... Como você faz isso comigo? Perguntou sentando-se novamente. 


Ela parecia extremamente frustrada.

Naquele momento tenho certeza que meus olhos deveriam estar do tamanho de pratos e meu rosto mais vermelho do que tomates maduros. Eu estava praticamente debaixo da mesa de tanta vergonha que estava sentindo, pois havia rostos irritados virados em nossa direção.

Um “Shiiiii” irritado soou na biblioteca fazendo-me encolher mais na cadeira.

- Qual é o problema de vocês? Tenten levantou-se irritada. – Estou tentando ter uma conversa particular com minha amiga.

Agradeci aos céus pela senhorita Ryoko não estar na biblioteca naquele momento, pois se não já teríamos sido expulsas. 

- Tenten... Chamei baixo, mas, ela não ouviu. – Tenten... – Chamei novamente, um pouco mais alto do que na primeira vez.

- Que que é...? – Virou–se para mim irritada. Encolhi mais na cadeira.

- Estamos em uma biblioteca - Falei o obvio a ela. – Você não pode gritar.

- Cuidem de suas vidas! - Ela gritara irritada para os alunos que ainda nos encaravam fazendo-os voltarem sua atenção para o que estivessem fazendo e sentara-se novamente.
Os olhos cor de chocolates dela fitaram-me lacrimejantes. – Como você pode pedi-lo para parar bem na hora H?

Olhei para os lados para ter certeza que não havia ninguém prestando atenção a nossa conversa. – Tenten, seria a minha primeira vez, quero que seja especial. –Respondi.
Ela olhou-me chocada.

- Sakura... – Disse. – Você parece uma criança sonhando com o príncipe encantado da Disney.

Meus lábios formaram um chocado “O”.

- Nenhuma garota da nossa idade sonha com uma primeira vez especial, só queremos que o cara seja quente e nós de no mínimo três orgasmos. 

- De onde você tirou isso? Perguntei, não querendo acreditar no que ela havia dito.

- Sou uma garota moderna, Barbie, você é que ainda continua acreditando em contos de Cinderela. 

Ela fora sarcástica, percebi. 

Não a respondi por que fiquei totalmente sem graça. Tenten era minha amiga e por isso a contei o que havia acontecido. Ela sempre me contava o que acontecia entre Neji e ela, então, achei que deveria agir do mesmo modo. 

Mas, eu estava arrependida de ter contado por que me senti realmente uma menininha idiota depois do que ela havia me dito.

“Acho que até um garoto teria sido mais sensível do que ela, mesmo que pensasse praticamente da mesma maneira”

- Bom... - Falei depois de um tempo. – Vou para o meu quarto, vê se dou uma arrumada nele por que tá uma bagunça. 

- Vou ficar por aqui - Respondeu-me. – Tenho que ler uma matéria que não entendi bem em Biologia.

- Tudo bem, se precisar de ajuda é só pedir. Falei antes de me levantar e sair praticamente correndo da biblioteca.

Na realidade aquilo foi uma mentira. Eu não tinha que arrumar o quarto, por que ele já estava totalmente limpo.

Na realidade eu estava chateada com a Tenten. Ela não precisava ter sido tão maldosa na biblioteca.

“Sou uma garota moderna, Barbie, você é que ainda continua acreditando em contos de Cinderela”

Aquilo havia me magoado. Eu não acreditava em contos de fadas.

Nada do que se passava na minha vida naquele momento era como nos contos de fadas.

Quando chequei a porta do meu quarto desejei que Sasuke não estivesse lá.
Ele não estava. 

Entrei e fechei a porta e desviei minha atenção para a cama.

Lembranças do que havia acontecido na parte da manhã inundaram minha mente com coisas que eu não havia dito a Tenten.

Acordei presa entre os braços fortes de Sasuke. Com meu rosto enterrado na curva de seu pescoço inspirei o cheiro de pinho e neve que exalava de sua pele fria e firme. Eu podia sentir a respiração dele como uma quase imperceptível brisa fria no topo da minha cabeça. 

Inclinei minha cabeça lentamente para fita-lo. Meus olhos passearam pelo queixo másculo e depois pelos lábios finos e pálidos, o nariz desenhado e depois por seus olhos cobertos pelos fios negros e rebeldes de sua franja. 

Lindo! Ele estava tão lindo que perdi a respiração por um momento.

Inconscientemente levei meus dedos a altura dos olhos dele afastando os fios rebeldes que teimaram em continuar cobrindo suas pálpebras fechadas.

Ele parecia dormir profundamente.

Meus dedos contornaram sua sobrancelha, olhos nariz e boca, contornei a linha do maxilar que era um pouco máscula demais para aquele rosto, mas, que estranhamente lhe deixava real. 

Ele era lindo. Lindo demais para ser real. Mas ele era real demais até.

Tudo nele me atraia. Minhas mãos atrevidas desceram pelo seu pescoço, contornei todos os músculos do peito frio dele em uma curiosidade excitante. Trilhei o caminho dos gominhos da barriga até chegar ao cós da boxe preta que ele usava.

O fitei novamente para ter certeza que ele ainda dormia.

Eu estava preste a começar a fazer todo o caminho de volta quando suas mãos frias envolveram meu pulso e eu me vi sendo deitada bruscamente na cama.

- O que você acha que esta fazendo? A voz dele me pareceu irritada e ansiosa.

- Eu... não... - Minha voz tremeu e eu o olhei nos olhos e meu coração parou uma batida quando fitei aquelas estrelas vermelhas de cinco pontas. 

- Achei que você tinha dito que não haveria uma segunda vez, Sa. Ku. Ra. - Ele disse pausadamente enquanto levava os lábios frios até o lóbulo da minha orelha. Sentir meu rosto queimar de vergonha.

- Sasuke... Eu...

- Shiii! - Ele levou um dos dedos aos meus lábios fazendo-me calar. Eu podia ouvir o barulho do meu coração juntamente com minha respiração irregular enquanto Sasuke retirava a colcha que cobria meu corpo. 

Arrepiei-me quando sentir seu corpo frio roçar o meu que estava quente por causa da colcha que me cobria.

- Qual o problema, Sakura? Perguntou quando estremeci por causa do frio de sua pele. – Você não estava se importando com a temperatura quando se divertia pensando que eu estava dormindo, não é?

Os olhos dele estavam a centímetros dos meus, minha boca a centímetros da sua. A única coisa que desejei naquele momento foi que ele me beijasse... Que me tocasse como me tocara antes.

Mas, ao contrario do que eu desejei. O rubro das íris dele se apagou dando lugar ao negro. A expressão de divertimento de sua face tornou-se séria.

- Você diz não saber o que sente por mim... – Disse-me. – Mas, seu corpo parece não ter duvidas...

- Sas... - Eu ia dizer algo, mas, ele não deixou.

- Você se engana... Contradiz, mas, terá que aceitar, você terá que aceitar o que sente por mim...

- E o que você ... – O cortei. – O que sente por mim, Sasuke? Perguntei.

- Eu te odeio com todo o meu coração que você quebrou... – Ele disse. - Mas,

Meu coração se apertou com a expressão do olhar dele. Ele parecia tão cansado... Ferido. 

Eu pensei que preferia vê-lo irado, cruel, frio, do que vê-lo daquele jeito. 

- Sasu...

- Eu ainda te quero com a mesma intensidade de duzentos anos atrás, eu ainda quero fazê-la pagar por tudo que me fez...

- Eu... E... - Gaguejei.

- Eu quero machuca-la tanto, Sakura, e quero fazer isso pela eternidade.

Naquele momento cheguei a conclusão que Sasuke e eu nunca conseguiríamos nos entender. Cheguei a conclusão que mesmo que eu não lutasse contra ele, mesmo que fizesse o que ele mandava nada iria mudar entre nós.

Eu nunca iria entendê-lo por que nunca lembraria ou saberia os motivos que me fizeram deixa-lo. Eu nunca saberia os motivos que me levaram a me matar e ele sempre me culparia.

Nada iria mudar entre nós. Seria sempre como se estivéssemos em uma montanha russa. 

Uma vez eu havia lido em um livro que o amor era compreender, perdoar, se entregar e aceitar. 

Eu concordava literalmente com o que havia lido. Então foi por isto que naquele momento eu 
decidi que nunca iria deixar Sasuke saber o que sentia por ele.

Sim. 

Por que eu sabia. Eu soube desde o primeiro momento que o amava. O amava sem motivo e explicação.

Eu havia estado mentindo por todo aquele tempo. Mentindo para mim mesma dizendo que não sabia o que sentia por ele.

Mas, eu sabia.

Mesmo que não quisesse aceitar. O amor que sentia por ele estava ali, ele sempre esteve ali 
dentro de mim. 

E, era ali que ele continuaria. Escondido.

O “toc toc” na porta me fez voltar ao presente.

Quando a abri me surpreendi com Tenten se jogando em meus braço, em um abraço.

- Me desculpe... – Ela disse. – Me desculpe por ter sido uma “Naja” com você lá na biblioteca?

- Tudo bem... – Disse sincera.

- Eu não sei o que me deu... – Ela continuou. – Na verdade eu sei... – Corrigiu-se. – Fiquei com inveja por que você e o Sasuke estão se entendendo e eu o Neji mal nos falamos.

- Mas, você me disse que estava tudo bem, não foi? Perguntei.

- Eu achei que estava, mas, ele nem fala comigo, ele só se alimenta e tchau, quero dizer nem tchau, por que nem pra dar tchau aquele arrogante presta.

Eu não pude deixar de sorrir.

- O que foi? Tenten perguntou estranhando-me.

- Nada - Respondi. – Acho que deveríamos escrever um livro. - Brinquei.

- Acha que ganharíamos muito dinheiro? Perguntou-me seria.

- Tenten. – Chamei a atenção dela.

- O quê???

- Eu estava brincando, tá?

- Ahh, mas não custa nada tentar. Ela disse me fazendo revirar os olhos.

- Você não existe. 

Continua.... 


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Notas finais do capítulo

Gente!!!!! Nem sei o pq do capitulo ter saído desta maneira mas, espero que tenham gostado. Finalmente a Sakura resolveu admitir o que todos nós ja sabiamos, pena que ela ainda quer esconder mas, não escondam suas opiniões sobre o capitulo, tá?
Bjos até a proxima...