“ Possessivo... Dominador..”.

Essas seriam umas das palavras que descreveriam Sasuke.
Os beijos dele sempre eram intensos e me dominavam por completo.

Creio que, era uma necessidade que ele tinha em me mostrar que pertencia a ele.

Mas, não que eu me importasse com o grau de possessividade que ele colocava nos beijos em que trocávamos. 

Era incrível, e naquela época eu não entendia.  O modo como parecia que tudo estava bem, o modo como esquecia-me de tudo que Sasuke representava naquele momento em minha vida quando ele me beijava.

Era como se minha mente nublasse e se confundisse deixando somente meu corpo reagir ao toque dele.

Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser em corresponder ao beijo. Era como se algo me impulsionasse a me entregar... A querê-lo.

Nem me lembrava que, aquilo, estar nos braços dele, era errado. Por que parecia tão certo estar no colo dele, com meus dedos brincando com os fios cor de ébano da cabeleira dele.

Era tão certo o jeito com que  nossas línguas duelavam para dominar. O jeito que parecia que descargas elétricas atravessavam meu corpo quando ele deslizava as mãos frias por debaixo da minha blusa.

O jeito como ele me excitava.

Parecia tão certo que nem me importei quando ele rasgou a blusa do uniforme da Escola no meu corpo. Eu só pensava na sensação que era quando ele descia beijos pela minha clavícula e pescoço.

As mãos dele alisavam minhas coxas e eu soltei um gemido quando elas se enfiaram debaixo da minha saia e apertaram minhas nádegas me trazendo para mais perto dele, me fazendo ficar sobre sua ereção.

Eu sentir meu centro pulsar quando sentir a ereção dele roçar minha intimidade. E  foi totalmente inconsciente quando me mexi causando um atrito entre nós.

Um som parecido com um rosnado escapou dos lábios de Sasuke. E ele me fitou com os rubis em brasas.

- Sas... suke... – Sussurrei quando ele me deitou na cama. Os olhos dele estavam fixos no meu  e eu pude ver algo como uma estrela carmim brilhar em suas íris.

Ele se inclinou em direção a mim e roçou seus lábios gelados nos meus. Eu  o puxei  para mim o beijando.

Eu não sei como, nem quando, mas, quando Sasuke interrompeu o beijo me dei conta que estava praticamente nua.

Eu não percebi quando ele tirou minha saia e sutiã, mas eu estava somente com a calcinha.

E por mais incrível que pareça depois de tudo que já havia acontecido até ali, eu me senti envergonhada.

Eu tinha certeza que estava mais vermelha que um pimentão quando um presunçoso sorriso de canto enfeitou o belo rosto de Sasuke.

Mordi meus lábios e fechei os olhos tentando conter um gemido  quando suas mãos acariciaram meus seios e arqueei meu corpo em direção a ele.

Logo suas mãos foram substituídas por sua boca. E Sasuke sugou meus seios com volúpia.

Se minha mente já estava nublada antes, naquele momento eu não tinha mais consciência. Minha consciência era somente as sensações que Sasuke causava ao meu corpo.

Era como se um incêndio se alastrasse dentro de mim enquanto eu sentia a língua dele brincado com meus mamilos. Ele desceu  beijos pelo meu  abdômen chegando até o cós da minha calcinha, e foi naquele momento que voltei a mim.

- Sasuke... – Chamei. Minhas mãos já tentando afasta-lo. – Sasuke não...

Foi como um estalo. Em um momento eu estava tão entregue e envolvida com ele, mas no outro eu estava em pânico. Eu mal havia começado a me relacionar com o sexo oposto. Quer dizer, eu mal havia beijado dois garotos em toda a minha vida e já estava quase fazendo sexo com Sasuke.

O mais estranho era que eu vivia dizendo a mim mesma que não sentia nada em relação a ele, mas, bastava um simples toque para que eu me rendesse totalmente.

Era contraditório e enervante.  Eu não tinha nada com Sasuke. Quer dizer, tirando todo o nosso passado no qual não me lembrava de nada, Sasuke era um estranho para mim.

Nos não tínhamos um relacionamento. Nós nem sequer conseguíamos nos entender. Então, era inaceitável eu me comportar como se sempre tivéssemos sido íntimos. Era inaceitável eu gostar dos toques dele, das mãos dele passeando pelo meu corpo, da boca dele nos meus  seios,  na minha boca, no meu pescoço. Era inaceitável eu gostar do jeito possessivo com que ele me tratava. Era errado eu desejar lá no fundo realmente ser dele. 

-Não... –Tentei novamente afasta-lo de mim. – Sasu...
 Ele voltou a colar seus lábios frios no meu me calando, as mãos dele brincaram com o cós da minha calcinha e eu voltei a entrar em pânico quando percebi que ele não iria se afastar.

- Sasu... Não... – Eu podia sentir o  peito gélido dele contra os meus seios, a ereção dele criando um atrito contra mim, os lábios dele nos meus. – Por favor... Não...

E de repente acabou.

Sasuke se afastou de mim rápido demais para minha mente processar. Mas, antes mesmo de eu ter tempo para tentar me cobrir ele estava de volta.

Sobre mim.

Os olhos rubros fixos nos meus.

- Sasu... -  Colando sua boca na minha. Deixando-me sem ar.
Eu tentei afasta-lo, novamente sem sucesso.  Eu estava sendo praticamente esmagada por seu corpo forte e frio.

A boca dele monopolizava a minha com desespero e eu me sentia sufocar. Lagrimas rolaram de meus olhos e foi naquele momento que Sasuke parou.

Não fechei os olhos enquanto puxava o ar para meus pulmões, as íris escarlates dele queimaram as minhas.

Eu senti o polegar dele traçar o contorno dos meus lábios enquanto ele dizia baixo:

- Não comece o que você não pode terminar...
 Ele parecia selvagem e frustrado... Ansioso e extremamente... Sexy.

- Não brinque comigo  - Advertiu. – Eu posso não querer me controlar da próxima vez.

O fitei alarmada.
- Não vai haver uma próxima vez... – Respondi enquanto me sentava.

Um sorriso irônico se formou nos lábios dele.

- Não deixarei que me toque   - Continuei. Os olhos dele não se desviavam dos meus um minuto sequer, deixando-me  sem graça. – Eu...

- Me odeia...  - A voz de Sasuke aumentou um tom e me calei. – Ira dizer que me odeia, Sakura?

Eu não respondi. Eu não estava esperando aquela mudança de sentimentos. Na verdade o que eu esperava naquele momento era uma discussão, uma briga  ou talvez, algo que ainda nos mantivéssemos naquele grau de desentendimentos ao qual estava acostumada.

- O que sente por mim, Sakura? Perguntou-me, pegando-me de surpresa.

- E... Eu... – Gaguejei.

O que eu sentia por ele? 

Eu não sabia o que responder. Não havia como  respondê-lo, por que nem mesmo eu sabia a resposta.

Eu o odiava... Amava ? Talvez, não sei.

Era uma incógnita.

Como eu poderia ama-lo?

Ele havia entrado na minha vida sem pedir licença. Havia decidido que eu pertencia a ele sem  perguntar se eu queria. Decidia as coisas por mim. Ele me prendia, me podava como se tivesse o direito de fazê-lo.

Mas por outro lado, como eu poderia dizer que o odiava se quando ele não estava por perto eu sentia sua falta?, Falta de seu olhar gélido e estranhamente quente sobre mim, falta de sua voz arrogante e irônica, falta da sua possessividade, falta de sua presença...  Falta dele.
Não definitivamente eu não o odiava, mas, também não poderia dizer que o amava.

- Eu não sei... – Respondi mais como um sussurro.

Ele me fitou tão intensamente que por um momento pareceu que ele podia ver através de mim. Por um momento pareceu que ele sabia de tudo que ia dentro de mim. Todas as minhas dúvidas, medos anseios.

Ele me conhecia. Talvez bem mais do que eu própria. E aquilo me assustava por que eu não o conhecia, eu nunca sabia o  que esperar dele, eu não tinha controle, ele me confundia.

Eu o vi se afastar lentamente. Os olhos dele já não mais fitavam os meus.

Seu rosto era uma máscara, os fios negros de sua franja rebelde deixavam seus olhos invisíveis para os meus.

Ele se virou e eu fitei suas costas. Ele deu dois lentos passos em direção a janela e então eu percebi que ele esta se afastando. Ele estava indo embora. E algo dentro de mim se angustiou. E foi inconsciente quando eu o...

- Sasuke – Kun.... – Chamei. E ele parou no mesmo momento, mas não  virou- se para fitar-me. – Sasu...Ke –Kun... – Voltei a chama-lo.

- Diga...

- Fique... – Pedi. E  algo como medo e insegurança brotou dentro de mim.

Eu senti medo dele não me atender, eu senti medo dele não ficar.

- Por que deveria... - Ele disse sem me fitar.

- P... Por que estou pedindo?

Naquele momento ele me fitou, e fiquei tensa esperando sua resposta, mas, ele não me deu.

Eu o vi tirar a blusa branca a qual ele vestia  e se livrar da calça jeans escuro ficando só de boxer e foi ali que me lembrei que ainda estava praticamente nua no meio da cama.

Sentir meu rosto quente e puxei a colcha para me cobrir.

- Um pouco tarde para isso, não acha? Assustei-me quando o sentir rodear seus braços fortes ao redor de minha cintura.

- Sasu...

- Shii!!! - Calou-me.

Ele me fez deitar de lado, de costas para ele. Eu podia sentir minhas costas nuas contra seu peito definido e gélido, suas mãos rodeando minha cintura possessivamente.

Aquela não era a primeira vez que dormíamos juntos, mas, de alguma forma foi diferente... Mais intimo... confortável.

Continua...