Céu de Sangue escrita por Pricililica


Capítulo 32
Capítulo 32, Mosaico...


Notas iniciais do capítulo

Oie, como estão?, Espero que bem e primeiramente quero agradecer por cada review que vcs (lindas, fofas e tudodebom) deixam para mim, eu leio cada um deles e amo tanto elesque nem sei o que dizer só MUITO OBRIGADA E claro...
Boa leitura....



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– Estamos sentindo sua falta... – A voz de Chiharu me pareceu desanimada naquele momento fazendo-me apertar o telefone até que os nós dos meus dedos ficassem brancos.

– Também sinto a de vocês. - Respondi.

– Se sentisse realmente não teria ido estudar tão longe. Era perceptível a acusação explicita naquelas palavras.

– Chiharu...

– Não é saudável para uma criança crescer sem sua one-chan por perto. - Ela disse fazendo-me sorrir.

– Bom... –Disse-lhe. – Levando em conta que você é praticamente da minha idade, então acho que está tudo bem.

–Mas, você ainda é a mais velha.

– Mas, você é a mais esperta. - Brinquei.

– Sabe... - Ela começou. – Essa coisa de dizerem que com o tempo a gente se acostuma é tudo mentira... Já faz mais de dois anos que você estuda longe e ainda não me acostumei a não ter você por perto quando preciso.

– Sinto muito... – Sussurrei.

– O único consolo que tenho é que este é seu último ano, então ano que vem você estará aqui novamente... Mal vejo a hora.

Tinha vezes que pegava-me pensando que não era saudável todo o apego que Chiharu tinha em relação a mim. Não que eu não retribuísse o mesmo tipo de sentimento, era só que não havia como eu ter certeza que tudo seria como antes quando eu terminasse o ensino médio na Pétala Negra.

Antes não havia Sasuke na minha vida, então a única coisa em que me preocupava era minha família. Mas, naquele momento eu não possuía certeza de nada. Não fazia a mínima ideia de como seria quando saísse da Escola.

Não era como se eu pudesse fazer algo que impedisse Sasuke de me trancar em uma masmorra, levando em conta as atitudes dele em relação a mim, não era como se eu esperasse que ele fosse me deixar fazer o que quisesse com a minha vida.

Em momento algum eu havia me esquecido de suas ameaças, e nada me faria colocar minha mãe e Chiharu em perigo, nem que isso significasse que eu teria que viver como um cachorro preso em uma coleira... Mesmo que isso significasse que eu não poderia voltar para casa no final do ano.

– Também mal vejo a hora... Foi a última coisa que disse a Chiharu antes de me despedir. Eu havia ficado uma hora ao telefone sendo que havia utilizado trinta minutos com minha mãe e trinta minutos com ela. A Escola permitia a nós, alunos, trinta minutos ao telefone uma vez ao mês, o motivo de eu ter tido mais tempo foi por que Tenten nunca ligava para sua família e sempre me dava seus trintas minutos.

Quando sair para o pátio já estava escuro, o céu estava estrelado e sem nuvens. Era uma noite bonita se eu tivesse parado para aprecia-la.

O vento frio era como um calmante para o meu espirito inquieto.

A incerteza do meu futuro era preocupante.

Não era como se eu não tivesse certeza de que tipo de faculdade faria quando terminasse o segundo grau, o meu tipo de incerteza era “que tipo de vida eu teria” se é que eu poderia chamar de vida.

Levando em conta todo os acontecimentos até aquele momento. Eu não havia precisado pensar muito sobre o que me aguardava. Era tão certo na minha mente que Sasuke iria me prender de todas as formas possíveis.

Ele queria me fazer sofrer, me fazer pagar por todo o sofrimento que causei a ele durante dois séculos.

Eu não me importaria se ele me machucasse, torturasse, no fundo eu desejava que o tipo de castigo que ele me infligiria seria aquele, dor física. Mas, eu poderia dizer que começava a entender como a mente de Sasuke funcionava, ele me conhecia, bem demais, então ele sabia que o único modo de me fazer sofrer seria tirar as pessoas que amo.
Eu havia entendido perfeitamente o recado que ele havia me passado a duas noites atrás.

“Vou machuca-la onde mais dói, Sakura... Você irá sentir na carne a dor de ser privado do que lhe é precioso” Sasuke disse-me.

Sasuke era tão imprevisível e instável que as vezes ele me parecia mais humano do que vampiro, seu humor variava em instantes, ele mudava de indiferente para furioso em questão de segundos.

Não havia tido uma noite sequer após nossa última discussão em que eu decidira nunca revelar-lhe o que sentia, que ele não passasse a noite no quarto comigo.


Em algumas noites ele trocava algumas frases comigo, em outras ficava calado com os olhos fechados e em outras, ele parecia inquieto e irritado.
Na noite em que ele me dissera aquelas palavras ele havia acabado de se alimentar.

No primeiro momento eu não havia entendido bem sobre o que ele estava falando. Talvez devido a fraqueza que sentia em meu corpo devido a grande quantidade de sangue que ele havia tomado, mas, lentamente as palavras foram fazendo sentido em minha mente.

– Vai prender-me em uma torre? -  Perguntei, desafiando-o.

Os olhos deles estavam na cor nanquim, e mesmo naquele momento eu não pude deixar de perceber como ele era lindo.

– Posso fugir dela... – O provoquei obtendo os vividos escarlates em suas íris.

– Não, você não escapara de mim... – Disse-me baixo, se aproximando novamente.

– Quem lhe garante? Continuei a provoca-lo, apesar de saber que não deveria, algo em mim sempre me atiçava á enfurece-lo, a buscar algum tipo de expressão em sua face indiferente.

Mesmo sabendo que ele era inconstante e seu humor mudava assim, como o vento. Sempre que o via indiferente algo me fazia provocar uma nova expressão em seu rosto ou em suas atitudes, mesmo sabendo que com certeza me arrependeria depois, era mais forte do que meu senso. Era quase uma necessidade provoca-lo, torna-lo alcançável, torna-lo real.

– O seu amor a sua família... – Sussurrando cruelmente respondeu-me.

O arrependimento me bateu naquele momento, meu coração falhou uma batida e o fitei.

O sorriso em seu rosto era sarcástico. Como de uma maliciosa vitória.

– Mas... – Sasuke continuou. – Talvez na realidade eu esteja apenas lhe fazendo um favor... – Disse. – Afinal, é tão natural para você se sacrificar pelos outros.

Um leve tremor em seus lábios foi percebível a mim, a maldade de suas próprias palavras também lhe doía.

Talvez, pensei, que toda a magoa que ele guardava em seu coração lhe fizesse mal.

Percebi que por mais que ele se sentisse vingado ao me fazer sofrer, não seria uma vingança satisfatória, por mais que eu não o entendesse tão bem como julgava que ele me conhecia, ficou claro naquele momento que ódio que ele sentia em relação a mim não o permitiria me perder.

Eu guardei aquela descoberta para mim. Eu sabia que em um futuro próximo precisaria usar aquilo ao meu favor.

– É natural proteger a quem amamos. Respondi-lhe. - Nunca protegeu aqueles que lhe são importantes... Nunca pensou em colocar sua vida a prova para manter aqueles que lhe são preciosos bem, Sasuke?


Não houve nenhuma resposta saindo de seus lábios pálidos.

Ele pareceu-me perdido em pensamentos.

O vivido escarlates de seus olhos perderam o brilho, se apagando, transformando-se em opacos negros.

Houve um tempo antes daqueles dias em que eu preferia o negro em seus olhos ao
vermelho sangue que os deixavam vivo.

Mas, já havia um tempo em que eu os passara a preferir vermelhos, quentes, reais.

– Houve um tempo... – Sua voz soou suave aos meus ouvidos. – Que amei sem pedir nada em troca, mas... – Suas mãos frias envolveram meu rosto, desejei desviar meu olhar de suas íris negras, mas, fora impossível. – Eu fui traído pela pessoa a quem mais amei... – Continuou. Seus dedos frios contornaram meus lábios. – Agora, eu não a oferecerei nada, não a darei nada... Eu levarei tudo dela, eu a deixarei sem nada, sozinha... Perdida...

– Isso o fara feliz? Arrisquei.

Suas mãos deixaram meu rosto.

Seu nariz gelado deslizou acariciando a pele próxima ao meu ouvido.

– Isso a trará para mim.

O vento gelado bateu forte contra o meu rosto despertando-me. Cruzei os braços em uma vã tentativa de me aquecer quando me dei conta de onde estava.

Precipício.

Como eu havia ido para ali.

Nem eu mesma fazia ideia.

Estava escuro, nem é necessário dizer que não conseguia enxergar um palmo diante do meu nariz.

Talvez, você pergunte como sabia onde estava.

Eu lhe digo que não sabia. Talvez fosse devido ao jeito que o vento açoitava a pele do meu rosto, ou, talvez tenha sido o instinto.

Acho que nunca chegarei a saber.

Mas, o que realmente importava é que me encontrava ali, na beira do precipício onde tudo havia começado.

Ou talvez não.

Talvez ali não tenha sido o começo, talvez ali tenha sido só uma continuação do que deveria ter acontecido... Do que deveria acontecer.

“Pagamos nossos pecados em uma nova vida”

Lembrei-me de uma frase que havia lido em um livro, tudo me parecia tão verdadeiro naquele momento.

Talvez, Sasuke tivesse razão.

Talvez eu realmente tivesse reencarnado para pagar por todo o mal que lhe fiz no passado, mas, ainda sim, que tipo de lição podemos aprender ao pagar por algo que não lembramos que causamos.

O cheiro de pinho despertou-me dos meus pensamentos.

Eu não podia vê-lo, mas, tão estranho como possa parecer eu sabia que ele estava ali.

– Sasu... Ke...

Não houve resposta. Nem mesmo o vento tocou-me naquele momento, somente suas mãos frias rodearam minha cintura me puxando para si.

Quando rodeei meus braços em seu pescoço pude sentir sua pele bem mais gélida do que o normal, sua textura não era mais lisa e sim, áspera, seus cabelos tocavam meus braços e pareciam mais longos.

Não havia o vermelho em seus olhos, talvez houvesse um amarelo doentio, mas não me importei.

Estávamos no ar. Flutuando.

– O que você vai fazer? – Perguntei mais como um sussurro.

– Eu menti... - Respondeu. – Vou lhe dá algo.

– O que?

– A eternidade...

A queda foi rápida. A única coisa que minha mente registrou foi a dor excruciante no meu corpo.

Meu coração batia tão forte que parecia querer rasgar a pele do meu peito.

Eu estava morrendo. Cru, era cru o sentimento.

Doía e ao mesmo tempo era reconfortante.

A escuridão era como uma colcha quente em uma noite fria. Eu desejei me embrulhar nela e dormir para sempre.

Mas, o sempre vivido vermelho chamou minha atenção e como um último instinto de sobrevivência eu o segui.

– Venha para mim... – Sua voz foi a última coisa que ouvi.


Continua...
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Notas finais do capítulo

Nossa!!!!, Bem, eu gostei deste capitulo, kkk, hum simplesmente tenho uma noticia para vcs, O SASUKE NÃO VAI FICAR BONZINHO(pelomenosaindanão,tá?)aiai, eu não resisto a ele mallllll, kkkk , eu sei que muita de vcs querem romance mas, aguentem só mais uns capítulo, viu. .... E me digam o que vcs acham que aconteceu???
Não deixem de me dizer nestes adoraveis reviews que tenho o maior prazer de receber, tá?
bjos e bjos....