Será Possível? escrita por Bibs Elric


Capítulo 21
Capítulo 21 - As pedras... Revivendo o passado


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem, o título já diz tudo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129518/chapter/21

POV Marilyn

Estava ali, conversando com quatro estranhos que tinham as pedras. As pedras que eu e minha turma criamos. Embora fosse ruim admitir, Sirius, Remo, James e Jake eram pessoas legais. Logo eu vou explicar porque era ruim admitir isso. Voltando, eu estava ali com eles, até que James fez a pergunta crucial, a pergunta que eu não queria que fosse feita:

- Como essas pedras foram criadas?

Suspirei. Sabia que uma hora, essa pergunta seria feita. E por mais que eu quisesse enterrar o passado, eu nunca iria conseguir. Ele estaria comigo sempre, pois eram as únicas épocas que eu tinha com meus amigos.

- Vamos começar pelo começo, é claro. Tudo começou quando duas jovens se encontravam em um trem, prontas para saírem de casa...

“- Vamos Lory!! Vamos!

- Já estou indo Mary! Calma!

Gritou uma jovem garota de curtos cabelos ruivos e olhos laranja, para sua prima que, ao contrário, tinha um cabelo longo com mechas rosa e belos olhos rosados. Bom, a jovem de cabelos longos sou eu, Marilyn, e a outra é minha prima, Lorilyn.

- Finalmente!

Eu disse, quando Lory chegou e entramos no trem. Procuramos um lugar vago. Eu e minha prima estávamos deixando nosso lar, nossos pais, para irmos morar com nossa madrinha, uma mulher jovem que mora sozinha no interior de uma cidade longínqua. Nossos pais disseram que seria melhor assim.

- Você acha que vai dar tudo certo Mary? Afinal, ela nunca cuidou de crianças!

Essa era Lory: preocupada e sempre achando defeitos em um plano bem-elaborado.

- Eu acho que vai dar certo sim prima, pare de se preocupar.

- Ok.

E o resto da viagem foi quieto. Eu e Lory tínhamos dez anos nessa época. Quando chegamos na casa de nossa madrinha, ela nos recebeu muito bem, mas tinha muito trabalho e disse para irmos brincar no vilarejo, disse que haviam muitas crianças por ali.

- Sim senhora, tia.

E nós saímos. Encontramos, ali perto, dois garotos conversando.

- Oi! – Resolvi tomar partido – Sou Marilyn White, e essa é minha prima, Lorilyn White.

- Muito prazer! – Disse um dos garotos – Sou Godric Griffindor! E esse é...

- Salazar Slytherin, encantado.

Ele disse, beijando a minha mão. Era um garoto educado, mas não muito animado. Já Godric parecia ter esquecido a gentileza e dado lugar a animação.

- Bom, como querem que as chamemos?

- Pode me chamar de Mary, e pode chamar minha prima de Lory. Ela é tímida no começo, mas logo ela se solta.

- Legal. Quantos anos vocês tem?

- 10, e vocês?

- Nós dois temos 11. Bom, se quiserem andar com a gente podem andar, vai ser legal andar em seis!

- Seis?

Perguntei confusa, mas dessa vez foi Salazar que respondeu.

- É, seis. Andamos com mais duas meninas. Se não gostarem delas podem ir embora.

- Olá pessoal! Novas amigas?

Duas garotas haviam chego. Uma delas tinha um ar divertido, animado, amigável. A outra parecia uma pessoa tímida, porém simpática e legal. Pelo jeito, elas eram as outras duas meninas.

- É. Essas são Marilyn e Lorilyn.

Respondeu Salazar.

- Que legal! Vocês querem andar com a gente?

- Ãn... Pode ser.

- LEGAL! – Gritou a garota – Meu nome é Helga, Helga Hufflepuff. E essa é minha amiga, Rowena Ravenclaw.

- Prazer. Marilyn e Lorilyn White. Somos primas.”

- Apertamos as mãos – Eu disse, no fim de minha narração. Eu já tinha lágrimas nos olhos – Era o início de uma nova amizade. Uma amizade que duraria eternamente. Pelo menos, era o que eu pensava.

Agora, as lágrimas já corriam pelo meu rosto sem parar. Olhei para eles, sem vergonha, e vi que todos também choravam. Eu não queria esse silêncio, e Remo me fez o favor de acabar com ele.

- Marilyn, você nos contou como conheceu eles. Mas não contou como criaram as pedras. E... Como você pode ser amiga dos fundadores de Hogwarts?

- Vamos avançar um pouco... Para quando já tínhamos dezenove anos...

“- Helga?

Perguntei. Estávamos no quintal da casa de Godric, que havia virado um grande amigo.

- O que foi Mary?

Ouvi ela responder, do fundo do quintal. Fui até lá e vi um lindo jardim, onde Helga colhia belos girassóis.

- Nossos poderes são bem fortes, não acha?

- Tenho certeza Mary.

- E juntando eles, daria algo fenomenal, concorda?

- Plenamente.

- E se nós fizéssemos isso?

Ela parou de colher as flores e, pela primeira vez naquela conversa, resolveu prestar atenção em mim.

- O que?

- Eu disse que...

- Não, eu entendi o que você disse. O que eu quis dizer é que não podemos fazer isso! Perder os poderes! Iam rir de nós Marilyn!

- Eu não quis dizer juntar tooodos os poderes. Eu quis dizer que a gente podia pegar o que temos restando de poderes e juntar. Imagina só?! Meu poder de sonhar, de Lory de ter o que procura, o seu de dar bondade, Salazar o poder, Godric a coragem e Rowena, a inteligência! Helga, isso seria o sonho de qualquer um!

- Mary... Você pode até estar certa, mas precisamos verificar se os outros concordam.

Entramos, encontrando Rowenan jogando xadrez de bruxo com Salazar (Outra vez, porque ele sempre perdia, e sempre desafiava ela de novo), Godric lutando com algo invisível e Lory meditando.

- Gente!

Helga disse, chamando a atenção de todos.

- O que houve Helguita?

Disse Godric. Helga riu.

- Mary propôs uma idéia.

Todos olharam para mim. Falei minha idéia, e a reação de cada um foi inesperada.

- Adorei!

Disse Godric.

- É uma ótima idéia. Odeio admitir, mas preciso.

Disse Salazar. Depois dessa, eu sorri. Lory apenas sorriu para mim, mostrando que aceitava. Já Rowena teve que pensar em tudo, claro.

- Teremos grandes conseqüências. Temos que lembrar disso. É arriscado, podem descobrir, podemos perder todos nossos poderes...

- Ei Ro! Calminha! Vai dar tudo certo!

Disse Helga. Então, Rowena sorriu e aceitou.

- Agora, precisamos de um recipiente - Disse Salazar – E não podemos deixar isso cair em mãos erradas.

- Uma grande pedra é a melhor maneira, não acha?”

- E foi assim que juntamos todo o poder que tinha sobrando em nós naquela grande pedra. – Eu disse, as lágrimas não pararam de cair – E sou mais velha do que pensa Remo. Apenas gosto de manter a aparência que tinha quando conheci eles. Eram meus melhores amigos. Se minha vida tivesse sido com eles...

- Você disse que “Era uma amizade que duraria eternamente, pelo menos era o que eu pensava” – Remo disse, tentando fracassadamente imitar minha voz – Por que “Eu pensava”?

É, Remo era inteligente demais para deixar isso passar.

- Bom, ocorreu que um dia, quando tinhamos 25 anos...

“- Marilyn! O que você fez!!

Eu chorava. Meus amigos estavam botando em mim a culpa de algo que eu não fiz!

- Eu não fiz nada! Eu juro!

- Então me diga – Disse Salazar, com o maior tom de desprezo – Por que você contou o segredo das pedras para aquele nojentinho do seu namorado?

- Ele não é meu namorado! – Gritei, chorando – E eu não disse nada para ele! Eu estou falando a verdade!

Olhei para o rosto de meus amigos. Helga, sempre tão boa, demonstrava tristeza. Rowena demonstrava decepção. Godric tinha um olhar tão irritado... E Salazar, nojo, desprezo. Lory não estava ali.

- Não, não está. Se estivesse falando a verdade, não estaria gritando assim!

Disse Rowena, jogando as palavras na minha cara.

- Mas eu estou falando a verdade... Juro...

Caí de joelhos. Vi Rowena ir embora. Depois, Salazar.

- Mary... Você era tão brilhante... Eu esperava que você...

Helga não completou a frase. Foi embora, chorando. Godric ainda ficou lá, e Lory havia acabado de chegar. Ela sabia a verdade, então estava comigo. Ela trazia a pedra, ou melhor, as pedras. Elas tinham se separado. Olhei para Godric.

- Por que ainda está aqui?

Ele sorriu fracamente.

- Porque jurar é algo muito forte. A pessoa não jura se não estiver falando a verdade, a não ser que ela seja muito má. E você é boa.

Sorri fracamente, como ele.

- Obrigada. Não era o papel de Helga esse? Ser justa?

- Helga é justa, mas também é bondosa. Fica triste quando alguém a magoa.

- Entendi.

- Mary?

Lory falou.

- Sim?

- O que fazemos com as pedras?

Olhei para Godric. Ele respondeu simplesmente:

- Esconda-as.”

- E foi o que fizemos. Depois, eu disse para ele ir atrás dos outros. Ele ia questionar, mas Salazar, Helga e Rowena eram mais importantes. Ele foi atrás deles e nunca mais nos falamos. Eu e Lory começamos a viver sozinhas, nunca mais falamos com nenhum deles. E eu sabia que havia perdido a confiança de Godric quando a pedra dele se separou da minha e da de Lory. Godric apenas não admitia, era bom e gentil demais para isso. A minha e de Lory se separou quando nós nos separamos. Já faz tanto tempo...

Perdi minha voz nessa parte. E logo depois, senti um abraço forte, e as lágrimas voltaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo, espero que tenham gostado



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Será Possível?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.