O Amor Supera Tudo 3 escrita por Bibih


Capítulo 8
Capítulo 8 - É o fim?




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Pov Alice

Estávamos tomando café pela manhã, quando ouvimos um grito de mamãe. Logo, larguei tudo sobre a mesa e subi para vê-la.

- Vocês ficam! – Ordenei.

Encontrei-a toda encolhida na cama, com um semblante de espanto.

- Mãezinha o que aconteceu?!

- S-e-eu p-a-ii.

- O que tem o papai mãe?

- Eu sonhei com ele, me dizendo umas coisas. Aii – Me assustei quando ela se curvou um pouco mais. – Um aperto grande no peito.- Ela sussurrou com dificuldade. – Preciso ver Edward.

Desci novamente correndo para buscar o celular e encontrei pares de olhos esperando alguma explicação.

- Ela quer falar com Edward. – Disse apenas, enquanto já ligava para o celular de meu irmão, e o mesmo estava desligado. Liguei então para casa, e Bella me contando algumas coisas, disse que não sabia onde ele estava.

- Onde aquele cabeça dura se meteu?!

- Amor, se nem a mulher dele sabe, imagina se nós saberemos. Vou ligar para Karen e pedir que ela desmarque a reunião que teria agora cedo. – Assenti e novamente tentei ligar para Edward. Meia hora mais tarde o telefone tocou, e na esperança que fosse ele corri para atender.

- Alô?!

- Dá para você ne explicar por que a mamãe passou mal, e ninguém me avisou? Que droga Alice, fiquei a ponto de quebrar tudo. – Disse num tom revoltado.

- Nós simplesmente não conseguimos falar com você em casa e no celular. Bella disse que não sabia onde estava, depois de ter dado um showzinho ontem à noite. – Tive de falar isso, Edwards achava que sempre ele era o maior e melhor.

- O que Bella está pensando? Onde mais eu poderia estar se não na empresa? – Mais uma vez ele gritou comigo.

- Ela deve ter seus motivos não? – Instiguei mais um pouco.

- Tudo bem Alice. Mas afinal, o que a mamãe tem?

- Ela acordou sentindo um aperto no coração, meio desorientada, falando que sonhou com o papai essa noite. – De repente tudo ficou mudo, e logo após veio um barulho que julguei ser algo caindo. – EDWARD! EDWARD! NÃO BRINCA COMIGO. O QUE ESTÁ ACONTECENDO? RESPONDA.

- Alô?!

- Edward?!

- Desculpa senhora Hale, mas é Karen.

- Karen, onde está meu irmão? Eu falava com ele agora pouco ao telefone.

- Eu não sei o que aconteceu, mas acabei de encontra-lo deitado no sofá, e muito pálido. Acho que agora ele dormiu.

- OMG! – Dois passando mal. – Estou mandando alguém para ai, fique tranquila. – Virei-me para Jasper. – Amor, vá a empresa e leve Edward ao hospital.

- Desculpe querida, mas não posso fazer isso. Sabe que ele não gosta de hospitais. – Ele apenas virou-se e saiu.

Quando abri os olhos percebi que ainda estava em minha sala, e Jasper sentado na minha poltrona. Que bom que era ele ali, pois, se fosse Alice aposto que acordaria em um hospital.

- Dá para você me explicar o que aconteceu? Alice me liga de segundo em segundo, perguntando por você.

- Foi apenas uma tontura Jasper, e acho que depois peguei no sono.

- Tonturas não acontecem do nada Edward.

- Deve ter sido pela minha falta de alimentação, o exagero do álcool, e a noite em claro. – Disse tentando me levantar, e sentindo uma fraca vertigem. Jasper então me entregou um copo de agua. – Obrigada.

- De nada. Agora, explique-se direito: por que está sem comer e dormir?

- Fiquei trabalhando no projeto do nosso mais novo lançamento.

- Você sabe que não havia necessidade disso.

- Precisava e eu comecei. Olhe, está salvo no pen drive. – Jasper logo conectou, abrindo meu projeto. – Ainda precisa de alguns ajustes, por isso preciso que alguém da equipe de criação de umas das filiais venha me auxiliar. Não confio em ninguém desta sede, e preciso que ele saia perfeito.

- Mais ele está muito bom, inovador e com um designe excelente. Por que precisa da perfeição?

- Farei uma homenagem a Bella na festa de lançamento dele. Acredito que nosso Belle venderá muito. Ela nunca aceitou algo assim, mas eu preciso fazer isso.

- Querendo se redimir depois de ontem?

- Alice já te contou? Que fofoqueira. Mas a resposta é não. O de ontem eu pretendo me redimir de outra forma. – Jasper revirou os olhos. – Mas mudando de assunto, me conte o que realmente aconteceu com mamãe.

- Eu não sei direito, pois não a vi, só conversei com Alice. Pelo que parece, ela sonhou alguma coisa séria que envolve você e seu pai. Acho melhor vê-la, sua mãe não aparenta a idade que tem, mais há certos cuidados que devem ser tomados em relação a ela. – Eu sabia que deveria conversar com mamãe, mas tinha medo de onde isso poderia dar. Estava assustado, como nós poderíamos ter sonhado com papai na mesma noite?

- Tenho consciência disso Jasper, mamãe realmente não aparenta a idade que tem.

[..]

- Karen preciso que mande um buque de rosas vermelhas, outro de tulipas brancas, e uma caixa do bombom Suíço que você sabe que Bella gosta, lá para casa.

- Quer que eu mande um cartão para o senhor escrever?

- Vou lhe mandar a letra de uma musica está bem?

- Perfeito senhor Cullen. Mais alguma coisa?

- Não, obrigada.

 Tinha plena consciência que a tinha magoado, mas os assuntos da empresa me tiram do serio, e eu acabo descontando no primeiro da minha frente.

- Edward. – Jasper entrou na minha sala, levando minha atenção a ele. – Consegui o que queria. Chamei uma pessoa para te ajudar aqui.

- E quem seria?

- Uma mulher. Ela foi considerada uma das melhores na época que fez faculdade, e indicada como a pessoa perfeita para este cargo. Ela é brasileira, tem 26 anos e estará embarcando em vinte minutos.

- Vou espera-la chegar. Você pediu que ela viesse diretamente para empresa?

- Não. Achei melhor que vocês se vissem amanha, pois ela deve chegar tarde aqui.

- Jasper, eu preciso desses projetos o mais rápido possível, estamos perdendo dinheiro e clientes assim.

- Você é quem sabe. Vou ligar para ela e comunicar sua decisão.

- Obrigado cunhado. – Disse sorrindo, e ele saiu da sala no mesmo momento que Karen entrava.

- Já decidiu o que vai escrever no cartão? Vou mandar enviar as flores e o bombom.

- Sim, aqui está. – Disse lhe entregando as flores com a musica.

Pra Você

Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você
A confiança, o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz a melodia capaz
De fazer você dançar

Eu quero ser pra você
A lua iluminando o sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você

Eu sabia que Bella também gostava de musicas brasileiras, principalmente depois das varias viagens que fizemos por lá e nos encantamos.

Horas depois..

Eu estava realmente na expectativa de conhecer essa mulher, esperava que ela pudesse me ajudar nas questões que precisava. Bela também não havia me ligado para dizer se tinha ou não gostado do presente, ela realmente deveria estar chateada comigo.

Já passavam das dez, e logo minha mais nova funcionaria chegaria. Encarreguei o motorista da empresa para ir busca-la no aeroporto, juntamente de Karen que fez questão de estar presente para lhe dar boas vindas.

Fora todo esse problema, ainda havia muitas coisas no qual eu devia me preocupar. A saúde de Sophie era uma delas. Eu sinceramente gostaria de estar presente no tratamento, mas meu tempo estava se tornando cada vez mais escasso. Tentava por tudo em ordem, preparar todas as documentações se algo viesse a me ocorrer.

Tinha também o aniversario de 15 anos, da minha querida irmãzinha mais nova. E o de 16 das meninas, que queriam um modelo novo de carro para cada.

Não demorou muito e Kate entrou em meu escritório acompanhada de uma mulher belíssima, devo dizer. Ela era alta, olhos claros, cabelos negros, uma boca carnuda e curvas que qualquer homem amaria. Enfim, fazia bem o tipo brasileiro.

- Boa Noite Senhor Cullen. Essa é Carolina Andrade, nossa mais nova funcionaria. – Karen disse sorrindo, e abriu espaço para que eu pudesse me aproximar.

- É um prazer conhece-la Carolina.

- Apenas Carol, por favor. E o prazer é todo meu senhor Cullen. – Disse ela sorrindo.

- Bom meu trabalho está feito, posso ir agora senhor Cullen?

- Sim Karen, e obrigada por tudo. Até amanha. – Voltei a sentar, e fiz um gesto para que Carol me acompanhasse. – Podemos começar, ou está muito cansada da viagem?

- O senhor Hale já havia me avisado que começaríamos trabalhando, por isso descansei bem durante o percurso. Podemos começar.

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O dia passou corrido como outro qualquer. Sophie parecia que se adaptaria bem com o novo modo de vida, e todos os exercícios que teria de fazer dali para frente. Georgia sua fisioterapeuta era uma pessoa excelente e bem humorada, tornando todas as coisas um pouco mais fáceis.

Quando Alice me ligou pela manhã dizendo que Esme havia passado mal, fiquei super preocupada e logo fui vê-la. Graças a Deus quando cheguei, Alice me disse que ela já estava melhor, e havia parado de ficar olhando para o nada.

Passei um bom tempo ali, que serviu até mesmo para me esquecer um pouco do que tinha acontecido na noite passada. Chegando em casa me surpreendi com dois buques e uma caixa de bombom Suíço do que eu era apaixonada. Isso só poderia ser coisa de Edward.

Minha intuição foi confirmada quando abri o cartão e me encantei logo de cara. Aquele filho da mãe sabia como realmente me agradar e deixar balançada. A letra da musica brasileira era realmente belíssima, e me fazia retomar nossas varias viagens e juras de amor feitas no Brasil. Foram tantas essas, que até resolvemos que seria perfeito se aprendêssemos aquela língua fascinante, e assim fizemos. Hoje ambos sabíamos, e tínhamos uma dicção perfeita.

Decidi deixar nossa briga de lado, e fazer algo especial com Edward hoje. Não liguei para ele agradecendo, iria fazer isso pessoalmente. Como tinha certeza que a empresa o prenderia mais uma vez, eu me dirigiria a Cullens,

[..]

Já passava das 10:30 quando comecei me arrumar. Tomei um banho de banheira com sais relaxantes, passei o hidratante que Edward mais gostava, sequei meus cabelos deixando-os um pouco ondulado nas pontas.

Fui até o closet parecendo uma garota de 17 anos que teria o primeiro encontro com o namorado. Escolhi um vestido um pouco mais justo que Alice desenhara certa vez, coloquei saltos, e me maquiei.

Sinceramente não tinha noção do porque estar fazendo isso. Nosso casamento vinha bem, e essa foi uma briga como algumas outras que já tivemos durante nossos tantos anos de casados. Mais algo dentro de mim, parecia aceso querendo me alertar algo que eu não conseguia definir o que. Será que eu deveria ser mais amorosa que já estava sendo? Ou mais atenciosa? Não sabia ao certo, mais algo deveria ser feito.

Avisei a todos da minha saída e disse que não teria hora para voltar, mais se precisassem estava no celular. Meu estomago estava revirando de preocupação caso Edward não gostasse de ser interrompido, e em vez de fazermos as pazes brigássemos novamente.

Dirigi com mais cautela que o normal até a empresa, tentando de maneira inútil aliviar toda aquela tensão. Chegando, só encontrei alguns seguranças, que logo me reconheceram e abriram a garagem para que eu pudesse entrar.

Sai do carro apenas segurando minha bolsa de mão, e me dirigi ao elevador. Quando finalmente cheguei ao ultimo andar, observei que a única luz acesa realmente era a sala de Edward. Ele realmente não tinha jeito, já era quase meia noite e o trabalho ainda o prendia.

Me pus a caminhar, mais logo parei diante de algumas risadas que escutei. Como assim ele não estava sozinho? Aquele por acaso era um sorriso de mulher? Calma Bella, Edward com certeza não está te traindo, ele que sempre foi tão fiel, não seria capaz de tamanha atrocidade.

Tomei coragem e continuei o percurso, agora percebendo que eles falavam português. Espera ai, ela era brasileira? Precisava de uma mulher que viesse de tão longe? Será que ela tinha opinado no cartão? Não. Edward não seria capaz de pedir outra mulher para escrever algo para mim.

A sensação de perda me apoderou totalmente, e quando estava próximo, coloquei a mão na maçaneta criando coragem para virá-la. Ao abrir a porta encontrei-os ainda sorrindo, pareciam estar se divertindo. A mulher o olhava de uma forma diferente, parecia admirada. Ou seria apaixonada?

Uma lagrima involuntária caiu, e junto meu mundo ia abaixo. Edward estava me traindo, e a desculpa de chegar tarde não era por conta do novo projeto, mais sim por causa de uma mulher. Preparei-me para ir embora antes que eles pudessem me ver, mas minha falta de coordenação ainda existente, fez com que eu batesse na porta e atraísse a atenção deles. Apenas dei uma ultima olhada, antes de sair dali.

- BELLA. BELLA ESPERE. – Entrei novamente no elevador, e ele parecia não querer me ajudar. Fechou-se exatamente na hora que Edward estava prestes a entrar.

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Carol era uma pessoa extraordinária, tirando o fato de também ser uma excelente profissional. Ficamos conversando sobre amenidades, deixando assim o inicio do trabalho para amanha. Ela dissera que meu projeto já estava perfeito, mais entendia o motivo de ter de melhorá-lo um pouco mais.

Ela sorria feito boba quando contei que faria uma homenagem a minha esposa, e ela disse que o marido também a surpreendia uma vez ou outra, mais não em tamanha magnitude. Seu marido trabalhava no ramo de engenharia, e teria adiado alguns de seus projetos só para vir com ela.

Até me senti um pouco culpado de ter causado toda essa mudança em sua vida, mais ela me garantiu que faz qualquer coisa para subir mais um pouquinho na carreira. Neste ponto me identifiquei com ela.

Combinamos também que um dia sairíamos em casais, para que ambos companheiros conhecessem um ao outro. Depois, engatamos em conversas sobre nossas infâncias e como era a vida no Brasil. Eu simplesmente me encantei ainda mais pelo país, e dei boas risadas. Carol realmente seria uma amiga, ela até me lembrava Alice na agitação.

Ainda nós divertíamos quando escutei um barulho, e rapidamente minha atenção foi a porta. Lá estava Bella, linda como sempre mais com um olhar de raiva, indignação. Não podia ser. Não podia. Ela provavelmente confundira as coisas. Já tínhamos passado por tantas coisas juntos, mais ela ainda tinha aquela maldita insegurança.

- Desculpe-me Carol, mas eu preciso ir atrás dela. – Ela assentiu e eu comecei a correr. Mas ela já estava dentro do elevador. – BELLA. BELLA, ESPERE. – Mas infelizmente o elevador fechou-se quando cheguei.

Aquilo não podia estar acontecendo, e como um passe de magica minha cabeça voltou a doer. Puxei meus cabelos com força total, e voltei totalmente cabisbaixo para minha sala.

- Aconteceu alguma coisa Edward?

- Bella provavelmente tirou conclusões precipitadas. Ontem tivemos uma briga feia, por causa do meu tempo excessivo na empresa. E agora ela provavelmente vem aqui para fazermos as pazes, e nos encontra super interagidos e rindo feito loucos. Pensou coisa errada, se não se importa eu realmente preciso ir atrás dela.

- Não nesse estado. Você está com uma cara péssima, tem algo que eu posso fazer?

- Apenas pegue dentro do armário a esquerda, todas as caixinhas de comprimidos que encontrar. – Ela assentiu, tirando todos lá de dentro e me entregando um copo de agua.

- Desculpe a intromissão, mais para que são todos esses remédios?

- Tenho um tumor no cérebro. Descobri há pouco tempo, e ele está custando minha vida. – Disse tomando os comprimidos.

Flash Back On

- Edward infelizmente os resultados não são os melhores. Você tem um tumor no cérebro que precisa ser tratado com urgência.

- Urgência Willian? E como seria esse tratamento? Não que eu venha fazê-lo.

- Não será teimoso em uma hora dessas vai? Sua saúde merece atenção Edward.

- Vai me dizer que não há milhares de pacientes que resistem ao tratamento?

- Não estamos falando dos outros, e sim de você. Pois bem, nós precisamos fazer uma cirurgia e se tudo der certo retirar o tumor.

- Não farei uma cirurgia Willian. Já parou para pensar nos milhares de riscos que existem nela? Eu simplesmente não posso me arriscar.  E se eu não resistir, como será da minha família?

- Você não saberá o resultado se não tentar. Suas dores de cabeça e desmaios por mais que ninguém mais saiba, estão ficando cada vez mais constantes, precisamos realizar a cirurgia em breve.

- Se não..

- Se não Edward sua vida estará em risco, e poderá chegar ao fim muito mais breve que imagina. Desculpe-me, mas tenho que ser franco.

- E se eu decidir fazê-la, quais serão as possibilidade de cura. Ou quais serão as sequelas?

- Não posso te dar uma resposta concreta Edward. Tudo vai depender do decorrer da cirurgia. Mais uma vez não posso mentir, é uma operação de risco e qualquer coisa pode vir acontecer.

- Entendo. E quanto tempo eu tenho para pensar?

- Posso te dar alguns dias apenas. Ligue-me qualquer decisão. – Demos então um aperto de mão, e eu deixei a sala.

Flash Back off.

- Desde então, eu decidi que não iria fazer a cirurgia. E para me manter “vivo” por mais algum tempo, tomo diversos comprimidos ao dia.

- Você não pode fazer isso Edward. Você já parou para imaginar como sua família irá sofrer se morresse?

- Já pensei nisso varias vezes. Mas tenho certeza que seria mil vezes pior, se depois da cirurgia eu adquirisse alguma sequela e eles tivessem que me aguentar.

- Não posso discutir com você agora, pois tem que ir atrás da sua mulher. Mais tenha certeza que você não escapara dessa conversa.

- Eu realmente tenho que ir, e tentar resolver toda essa situação. – Sai meio trôpego da sala, e logo percebi Carol atrás de mim.

- Não posso deixa-lo dirigir dessa maneira, está todo grogue por conta dos remédios.

- Realmente não precisa, seu marido deve estar preocupado com você. E tem mais, como ira para o hotel depois?

- Não acredito que o poderoso Cullen não tem um motorista para levar sua querida funcionaria para o hotel. – Só Carol para me fazer sorrir nesse momento. - Ual, belo carro. Espero ganhar um como recompensa pelo meu trabalho.

- Vou pensar no seu caso. Agora me diga; você sabe mesmo dirigir?

- Olhe para mim, e me diga o que eu não sei fazer.  Sei dirigir desde muito nova, meu pai era da policia e conduzia aqueles comboios enormes, e me ensinou cedo. Modéstia parte sou uma excelente motorista, você só terá de me ensinar o caminho de casa.

O resto do caminho se passou com minhas explicações de como chegar em casa, e piadas de Carol que tentava me animar. Chegando, ela fez questão de parar e acenar para Jofre que já tinha aberto o portão por ter reconhecido o carro.

- Será ele que me levará Edward?

- Infelizmente não. Pedirei alguns dos seguranças para fazerem isso.

- Meu Deus meu patrão é muito mais importante que eu imaginava.

Quando estávamos chegando próximo a casa, automaticamente meus olhos foram para a sacada do nosso quarto, e lá estava ela com a mesma roupa de agora pouco e olhando para as estrelas. Percebi também que ela chorava.

- Obrigado por tudo Carol, e se importaria de ficar no carro até Bella sair da sacada? Estou tentando diminuir um pouco a confusão e tenho certeza que ela não a viu, o vidro é bem escuro.

- Sem problema Edward. Nos vemos amanha?

- Espero que sim. – Disse saindo do carro e correndo as escadas.

Como eu esperava a porta estava trancada. Chamei varias vezes e Bella não atendeu, por isso fui até o escritório e peguei as chaves reservas do quarto.

Quando entrei ela já estava dentro do quarto, sentada na poltrona e olhando para o nada.

- Bella meu amor, por que você saiu correndo daquela forma?

- Não me chame de amor Edward. – Ela disse de forma rancorosa.

- Você entendeu tudo errado, e nem esperou que eu lhe explicasse o que estava acontecendo.

- Own. A mesma frase que todos os cafajestes como você usam. Eu vi Edward, vocês estavam tão interagidos, sorrindo e ela o olhava com admiração.

- Admiração de colegas de trabalho Bella. Nós somos apenas isso, colegas de profissão.

 - E por que não me falou sobre ela? Você nunca deixou passar uma coisa dessas. – Bella estava em prantos, o que eu faria agora?

- Eu te falaria quando chegasse agora a noite.

- Você está mentindo para mim Edward. Me explique sobre ontem então: por que demorou tanto na empresa, e ainda ficou bravo comigo por nada?

- Meu amor eu estava apenas preocupado com assuntos da empresa. Desculpe-me.

- EU JÁ DISSE PARA NÃO ME CHAMAR DE AMOR.

- Quer que eu e chame de que então? Isabella? Você está cega de ciúmes e não consegue compreender a situação.

- ESTÁ ME CHAMANDO DE MALUCA AGORA?

- Pare de gritar, por favor. Eu estou falando no meu tom normal com você.

- Edward não dá, eu preciso de um tempo para digerir essa historia toda. E ter certeza de que você não está mentindo.

- Como assim um tempo? Amanha você já pode me responder?

- Não. Eu quero um tempo no nosso casamento, preciso que você me deixe pensar sozinha.

- Eu não posso deixar vocês.

- Mas eu preciso disso. Pegue algumas roupas e vai para sua mãe, será apenas por alguns dias. – Não adiantaria discutir, Bella não abriria mão da sua decisão.

- Posso pelo menos pedir uma coisa? – Ela assentiu. – Me dixe ficar com você está noite.

- Sim. – Ela demorou alguns segundo até responder, e meu coração já estava em disparada. Ela limpou o rosto e apenas uma lagrima solitária voltou a cair.

- Tem certeza disso? Posso ir embora se preferir.

- Eu quero apenas que me ame como antigamente. – Dito isso, ela abriu o fecho do vestido, e deixou que esse deslizasse sobre seu corpo mostrando a perfeita lingerie de renda preta. – Não se acanhe, faça o que lhe der vontade.

Eu também me despi, continuando apenas de boxer e diminuindo a distancia entre nós a beijei. Era um beijo cheio de saudade, amor, companheirismo e principalmente angustia pela perda. Nossas lagrimas salgadas se misturam naquele momento.

Lentamente eu a deitei na cama e beijando varias partes de seu corpo, e dizendo que a amava. Fiquei muito tempo lhe fazendo caricias e ela nada respondia. Tirei então as ultimas peças que nos separavam.

- Tem certeza que podemos continuar.

- Pelo amor de Deus Edward, acabe logo com esse nosso sofrimento. – As palavras dela realmente me magoaram, mais eu não podia deixa-la sem sentir quão grande era meu amor por ela. Sem esperar muito a penetrei e ambos choramos como crianças.

Depois de finalmente conseguirmos chegar ao ápice do nosso prazer, Bella encostando a cabeça em meu peito, fechou os olhos e adormeceu.

Fiquei observando seu rosto vermelho por conta do choro por mais algum tempo. Porem chegaria a hora que deixar aquela casa, e seguir uma vida diferente enquanto Bella não me quisesse novamente.

Segui para o closet tentando fazer menos barulho possível. Peguei duas malas, coloquei algumas roupas e pertences pessoais dentro, e por fim peguei uma blusa de Bella que fizesse-me sentir seus cheiro.

Antes de me despedir, fui até o jardim escolhi a flor mais bonita, e pus juntamente com um bilhete em cima de meu travesseiro.

“ Amor,

É com lagrimas nos olhos que lhe escrevo este bilhete. Nunca cheguei a imaginar que nosso casamento um dia pudesse chegar a esse ponto, mas como lhe amo mais que minha própria vida, ficarei longe para que possa refletir sobre tudo e finalmente decidir acreditar em mim.

Converse com nossos filhos e explique a situação, mais não os deixe achando que será para sempre, pois, mesmo se não me quiser mais implorarei seu perdão e te conquistarei novamente.

Essa noite que tivemos foi tão magica quanto as milhares de outras, porem o sentimento de dor que se apoderou de ambos, não nos permitiu deixa-la ainda mais perfeita.

Se me permitir, quero poder vir aqui em casa as vezes, e ver como andam Julie, Sophie e Anthony.

Amo-te e sempre Amarei.

Cuide bem do meu coração, ele ficará com você. E quando se sentir pronta, me devolva-o para que eu possa enchê-lo ainda mais de amor por você

Para Sempre de seu Edward Cullen”

Beijei seus lábios de maneira leve para não acordá-la, e peguei minhas malas. Passei também no quarto de todos eles, lhe dando beijos e dizendo que os amava.

Minha cabeça ainda estava meio confusa, e doía sem parar. Eu sabia que o estresse me deixava ainda pior, mais era quase impossível evita-lo. Liguei o carro, e por uma ultima vez olhei aquela casa, que nos proporcionou momentos indescritíveis e de plena felicidade.

Chegando ao portão, abaixei os vidros do carro.

- Jofre, precisarei ficar fora por uns tempos, e como sabe que confio plenamente em você peço que cuide de tudo e principalmente de Bella e as crianças.

- Sim senhor Cullen. Será um enorme prazer cuidar de sua família. Desculpe- me a intromissão, mais o senhor ficará fora por muito tempo?

- Infelizmente eu não sei, mais espero sinceramente que não. Obrigado desde já, e qualquer coisa pode me ligar.

- Fique tranquilo senhor, tudo estará sob controle enquanto estiver fora. – Assenti, e levantando os vidros do carro segui para algum lugar sem rumo.

Eu precisava ligar para alguém, ou explodiria a qualquer momento. A única pessoa mais adequada que veio a minha mente foi Gabriel. Espero que ele não ligue que eu o acorde em plena 03:40 da manhã.

Disquei e esperei um bom tempo até ele atender, estava quase desistindo.

- Alôô. – Disse com uma voz totalmente sonolenta.

- Filho desculpe de acordar, mais eu preciso falar com alguém.

- Aconteceu alguma coisa pai?

- Tudo que você possa imaginar Gabriel. Sua mãe e eu brigamos ontem, e hoje acredito eu que quando ela foi até a empresa era para aceitar meu pedido de desculpas, mas não. Ela chegou no escritório e me encontrou rindo com uma nova funcionaria, a Carol e acabou entendendo tudo errado. Saiu de lá correndo sem esperar nenhuma explicação.

- Vocês estavam somente fazendo isso mesmo?

- Até você filho? Achei que soubesse que sou incapaz de trair sua mãe. Carol simplesmente me encantou, ela é muito divertida. É brasileira e casada fique sabendo.

- E ai o que mais aconteceu. Você e mamãe já brigaram tantas vezes e depois se acertaram.

- Ela simplesmente me pediu um tempo, e agora aqui estou eu procurando um hotel para ser minha nova casa.

- OMG. Não acredito que chegaram a esse extremo. Pai, isso não pode acontecer.

- Mais já aconteceu. Desculpe se eu tiver lhe atrapalhando, já vou desligar.

- Espere pai. Não acha melhor ir para casa da vovó?

- Não quero e nem posso dar esse tipo de trabalho a alguém. Sua vó não está bem, imagina se eu apareço lá dizendo que Bella pediu um tempo.

- Tudo bem, acho melhor que vá mesmo para um hotel. Não dou nem uma semana para mamãe reconsiderar e te chamar de volta.

- Será mesmo que não chegará ao fim?


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouquinho, minhas férias foram mais conturbadas que eu imaginei. Mas como prometi, estou aqui postando durante elas .
Esse capitulo foi o maior que eu escrevi até hoje, até me surpreendi.13 páginas do Word :):)
Sei que muitas vão querer me matar depois desse capitulo, mas ele é essencial para o final da fic. O próximo capitulo já é o final, e depois só teremos o prólogo. Por isso aproveitem e comentem muito, acho que é merecido depois de um capitulo grande desses. Quem quiser também pode fazer uma recomendaçãozinha. Sei que talvez vocês estejam cansados dessa mesma historia, afinal já estamos na terceira temporada. Mas prometo que mudarei totalmente o meu foco daqui para frente.
Desde já gostaria de agradecer a todas vocês que me aguentaram todo esse tempo.

Espero que apesar de tudo gostem do capitulo, pois, eu amei escrevê-lo.


Beijos e até a próxima