O Amor Supera Tudo 3 escrita por Bibih


Capítulo 9
Capítulo 9 - Fortes Emoções


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas. Muito tempo sem conversarmos não é mesmo?
Sei que querem me esganar, me bater, xingar, mas nós conversamos lá me baixo.
Esse capítulo surgiu num surto de criatividade depois de muitos meses sem escrever nada. Espero que gostem
Boa Leitura!!



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O dia amanheceu e eu acordei sentindo como se estivesse presa a algum peso. Minha cabeça latejava, meus músculos doíam e meus olhos ardiam sem parar. Só depois de algum tempo que consegui associar tudo que havia acontecido e a “ultima” noite que tivera com Edward.

Ao me virar para espreguiçar, me deparei com um bilhete na caligrafia perfeita dele.

“ Amor,

É com lagrimas nos olhos que lhe escrevo este bilhete. Nunca cheguei a imaginar que nosso casamento um dia pudesse chegar a esse ponto, mas como lhe amo mais que minha própria vida, ficarei longe para que possa refletir sobre tudo e finalmente decidir acreditar em mim.

Converse com nossos filhos e explique a situação, mais não os deixe achando que será para sempre, pois, mesmo se não me quiser mais implorarei seu perdão e te conquistarei novamente.

Essa noite que tivemos foi tão magica quanto as milhares de outras, porem o sentimento de dor que se apoderou de ambos, não nos permitiu deixa-la ainda mais perfeita.

Se me permitir, quero poder vir aqui em casa às vezes, e ver como andam Julie, Sophie e Anthony.

Amo-te e sempre Amarei.

Cuide bem do meu coração, ele ficará com você. E quando se sentir pronta, me devolva-o para que eu possa enchê-lo ainda mais de amor por você

Para Sempre de seu, Edward Cullen”

Quando terminei de ler, mais uma vez chorei como uma criança. Como eu gostaria que as coisas fossem feitas para durar a eternidade. Nunca imaginei uma situação como essa, não teria nem coragem de abrir o closet e não encontrar suas roupas lá. O pior ainda seria como comunicar as crianças sobre o fato.

Levantei-me com um enorme esforço, e fui tomar um banho para tentar relaxar e principalmente tentar tirar aquele cheiro dele que ficara impregnado em minha pele. A banheira estava quase cheia quando entrei e encostei a cabeça em sua borda fechando os olhos.

Imagens daquela noite e do bilhete rondavam minha cabeça, seria difícil esquecer. Mais foi quando abri os olhos e olhei para o armário próximo a pia que me lembrei algo extremamente importante. Edward e eu não tínhamos nos prevenidos, provavelmente pelo fato de eu tomar anticoncepcionais. A questão era que eu havia esquecido de toma-lo uns três ou quatro dias, durante toda confusão com Sophie.

Isso realmente me assustava, Edward e eu sempre tomamos cuidados excessivos por sermos férteis de mais, já tínhamos quatro filhos e isso era o suficiente. A decisão agora estava em minhas mãos.

Ou tomava a pílula do dia seguinte e evitava qualquer surpresa futura. Ou deixava rolar e ver no que resultaria. Uma decisão muito difícil de ser tomada, mais que precisava de urgência.

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Pov Carol

Depois que deixei Edward em casa, fui com um de seus seguranças para o hotel onde Felype estaria me esperando. Contei a ele como meu patrão era uma ótima pessoa e bem humorado, como nos demos bem de cara, e a parte em que Bella sua mulher iludiu-se que tínhamos um caso.

Ele simplesmente riu e disse que ela era louca por ter tirado conclusões tão precitadas, sem ao menos ter visto algo comprometedor. Porem tentei convencê-lo ao contrario, pois, não sabíamos o que havia acontecido a eles antes de nos conhecermos.

Namoramos um pouquinho também, mais eu logo dormi, pois, entraria cedo na empresa.

[..]

- Bom Karen. Edward já chegou?

- Ainda não Carol.

- E o senhor Hale?

- Perguntando por mim? – Logo que me virei dei de cara com ele. Pela primeira impressão, parecia um homem bonito. Porte físico um pouco menos que Edward, cabelos loiros e olhos azuis. – Você deve ser a senhorita Andrade, estou certo?

- Apenas Carol, e sim está certo. É um prazer finalmente conhece-lo.

- O prazer é todo meu. Então, vamos ao trabalho? – Assenti e o acompanhei a sua sala. – Fique a vontade. Vou procurar alguns outros projetos para que você possa dar uma olhada. Acho melhor chamarmos Edward também.

- Ele ainda não chegou, já perguntei a Kate.

- Como assim não chegou? Edward nunca se atrasa sem avisar.

Foi então que eu relate para ele todo o acontecido de ontem, omitindo a parte da doença de Edward. Ele como qualquer outra pessoa ficou chocado, e sem ação assim como eu estava. Não sabíamos que rumo a conversa deles teria tomado, e não podíamos ligar para sua casa e mostrar que tínhamos conhecimento sobre tudo.

- Acho que poderia ligar para casa dele e perguntar se ele está. Você não será suspeito senhor Hale.

- Somente Jasper, por favor. E farei isso imediatamente.

Enquanto Jasper ligava e pelas expressões que ele fazia, deduzi que as coisas não haviam dado certo e que Edward não estava lá.

- Então? – Perguntei assim que ele desligou o telefone.

- Ninguém o viu hoje ainda e Bella estava no banho.

- Talvez o Jofre saiba de alguma coisa. Quando levei Edward ontem ele era quem estava lá.

- Sim, mas Jofre sai as cinco e outro porteiro entra. Posso tentar falar na casa dele.

- Perfeito.

2 dias depois..

Todos já haviam se mobilizado para achar Edward que estava a dois dias sem dar noticias. Chegamos a procurar saber se ele havia embarcado em algum voo neste tempo, mais infelizmente nada.

Jasper não conseguiu se conter e contou a Alice. Por causa dessa confusão toda eu a conheci e me encantei de cara, ela se parecia comigo na agitação. A vontade que eu tinha de contar o que realmente me preocupava era grande, mais esse segredo não era meu.

Procuramos por todos os hotéis da cidade, menos o que eu estava hospedada. Pois, se ele tivesse lá eu poderia ter o visto, ou não. Logo me veio a mente a possibilidade de ele ter passado mal e estar sozinho. Pedi a Jasper se podia sair por um instante e rumei em direção ao hotel.

- Bom dia senhora, deseja a chave do quarto? Seu marido saiu e deixou aqui.

- Não. O que eu preciso é de uma informação. Por acaso o senhor Cullen deu entrada aqui?

- Desculpe senhorita, mas não posso te dar essa informação.

- Eu trabalho na empresa da família dele. – Mostrei meu crachá a ela. – O senhor Cullen está sumido tem dois dias, e como ele não tem passado bem ultimamente acredito que tenha passado mal sozinho.

- Isso não me parece bom. Tudo bem, o senhor Cullen está no 15º andar.

- Obrigada. Será que poderia me dar a chave reserva, ou pedir alguém para me acompanhar?

- Vou pedir que acompanhem a senhora.

- Mais uma vez obrigada.

Subi nervosa e preocupada com o que poderia encontrar.

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Narrado em 3º pessoa-

Carol entrou rapidamente quando a porta foi aberta pelo funcionário, e encontrou seu patrão dormindo na cama. Será que ele havia desmaiado? Chegou a pensar ela. Se aproximando, sentou-se na cama e começou a chamá-lo de leve.

- Edward. Edward acorda.

- Hum Bella. Me deixe dormir mais um pouco, estou cansado.

- Não é Bella Edward, sou eu Carol. Vamos lá, abra os olhos. – Edward com muito esforço abriu os olhos lentamente, se deparando com uma Carol apavorada em sua frente. – Fiquei tão preocupada que pudesse ter acontecido algo pior chefe. Você simplesmente não aparece na empresa a dois dias.

- Dois dias? Eu estive apagado por todo esse tempo?

- Ao que parece sim. Cheguei a pensar em algo pior, mais o que parece você apenas dormiu de mais. Está sentindo mais alguma coisa, quer algo?

- Acho que estava cansado realmente, nunca dormi tanto assim. E eu realmente preciso de um banho, e algo para comer.

- Vou providenciar algo para você. – Enquanto Edward levantava e rumava para o banheiro, Carol pegava o telefone para ligar para a recepção.

- Carol, obrigada. – Disse Edward encostado na porta.

- Os amigos fazem isso uns pelos outros.

Mais tarde, depois de Edward ter se alimentado, Carol o colocou a par de tudo que havia acontecido. Diga-se de passagem, não havia acontecido nada de mais.

Era visível a dor no rosto daquele homem, ele sofria por conta de seu casamento, e também pelo fato de omitir sobre sua doença. Alguns dias foram se passando e as coisas voltaram a funcionar em um ritmo lento.

A vida de Edward era totalmente monótona. Ele apenas ia do hotel para empresa e vice-versa. Por vezes Carol tentou animá-lo, e chama-lo para sair com ela e Felype, mas ele sempre negava veementemente.

Maggie acordara decidida que conversaria com seu irmão, precisava falar umas verdades a ele. Esme sentia falta do filho, e sofria pelo fato de ele evitar vê-la. Mal ela sabia o real motivo de seu sumiço.

Enquanto isso na empresa, as coisas corriam a todo vapor na criação de novos carros, e nos preparativos para a inauguração do Belle. A Cullen’s finalmente estava reconquistando alguns clientes, porem as investigações sobre os roubos de projetos foi deixada de lado, e quem havia os feito estava comemorando o fato.

Quando saiu da escola, Maggie pediu que o motorista em vez de leva-la para casa, a deixasse na empresa, precisa conversar com seu irmão.

- Boa tarde Karen, Edward está?

- Sim senhorita Cullen. Gostaria de falar com ele?

- Se for possível sim.

- Só um momento, por favor, - Karen ligou para seu chefe, que autorizou a entrada da irmã.

Ao entrar encontrou seu irmão concentrado em algo no computador. Ela pode notar que ele mais magro, barba para fazer e olheiras profundas. Afinal, o que estava acontecendo?

- O que traz minha irmã caçula até a empresa?

- Vim conversar seriamente com você Edward.

- Falando deste jeito até me assusta. Aconteceu alguma coisa com a mamãe?

- Claro que aconteceu, você. Desde quando você é desnaturado a ponto de não dar mais noticias? Desde quando você decidiu ignorar a mamãe? Acorda Edward, nossa mãe está mal e a culpa é sua. – A menina disse com a voz alterada.

- Primeiramente abaixe o tom de voz para falar comigo. Não sou seu amiguinho de escola, sou seu irmão mais velho, então tenha respeito. E tem mais, tudo que eu faço ou deixo de fazer com certeza tem um motivo.

- E o senhor meu irmão mais velho, no qual eu devo obediência pode me dizer quais são esses motivos?

- Por enquanto não, mais peço que confie em mim.

- É por causa de sua separação com Bella não é?

- Primeiro nós não nos separamos. E segundo, como você sabe disso?

- Suas filhas me contaram né! Acha que poderá esconder isso da mamãe por quanto tempo?  Ela não é idiota Edward, e já começou a sentir que ha um clima estranho, e sem contar que ela quer conversar com você desde aquele dia e você não apareceu mais.

- Você está nervosa Maggie. Vamos parar por aqui, não quero brigar com você.

- Eu ainda tenho muita coisa para falar Edward, por isso não vamos para por aqui.

- Não faça isso comigo, por favor. Eu odeio ter de ser duro com você, tente entender que eu não quero conversar sobre esse assunto.

- E vai adiar até quando?

- Até quando eu decidir que será a hora certa. Agora vá para casa.

- Eu vou, mais lembre-se que não estou bem com você. Evite conversar comigo nos próximos dias. Aaa havia me esquecido, você já não estava fazendo isso não é mesmo?

A menina saiu do escritório com lagrimas nos olhos. Estava com raiva do irmão por não querer conversar com ela, por ignorar toda família. Enquanto isso Edward parava pensar em como estava fazendo todos sofrerem. Porem ele ainda não tinha escolha, a coragem de contar a verdade não existia.

XxXx

Finalmente a festa da empresa estava chegando, faltavam apenas dois dias e todos corriam para que tudo desse certo. Edward havia pedido que enviasse convites para toda família e amigos, mas não tinha certeza se eles apareceriam.

Alice ficara encarregada de convencer Bella a ir, ela sim era pessoa mais esperada da noite. Porem ela se recusava a comparecer a festa, afinal já fazia um mês que tudo acontecera, e não teria coragem de olhar para o homem que ela ainda amava.

Ainda havia a maior preocupação de todas, sua menstruarão estava atrasada e Bella ainda não tinha coragem de fazer o exame de sangue. Com certeza estaria gravida, ela sentia isso, ela havia feito sua escolha naquela manhã.

 Contudo, como ficaria toda essa situação? Eles estavam separados, não se viam e nem tinham noticias um do outro. Seus filhos tentavam não transparecer todo o sofrimento, mas seu coração de mãe não se enganava.

Às vezes eles iam até a empresa para verem o pai, outras se encontravam no hotel, na praça ou em algum restaurante, ou até mesmo Edward ia a sua casa quando sua mulher não estava.

- Mãe, posso entrar? – Julie batia na porta, enquanto Bella inutilmente tentava secar as lagrimas.

- Claro querida.

Julie entrou e logo reparou que a mãe esteve chorando, seus olhos e nariz estavam vermelhos denunciando isso.

- Posso saber o porquê desse choro mamãe?

- Não aguento mais essa situação, eu e seu pai precisamos conversar. E se é para ficarmos separados, temos que legalizar tudo e resolver o restante das questões. Sem contar que eu acredito que não aguentaria mais viver aqui, teríamos de nos mudar.

- Mudar mamãe? Isso nós não podemos fazer. Não quero viver longe da nossa família.

- Tente entender como é difícil filha. Eu sei muito bem a dor que está sentindo, eu a sinto mil vezes maior. Sofro por estar longe de quem eu amo, e por estar fazendo vocês sofrerem.

- Acho então que você deveria aceitar o convite e comparecer a festa da empresa. Seria uma ótima oportunidade para conversarem.

- Não sei, posso pensar. Primeiro eu preciso resolver uma questão.

- Posso saber o que seria?

- Promete não contar a ninguém? – Julie assentiu. – Eu acho que posso estar gravida.

- OMG, GRÁVIDA? Não me diga que você traiu o papai e..

- Obrigada por gritar, você e descrição passam longe. E não acredito que pensou isso, é claro que eu não trai seu pai. Nós ficamos juntos antes de ele ir embora.

- Desculpe, mas como nós não sabemos o motivo de estarem separados foi a primeira coisa que me veio a cabeça. Mais essa noticia é ótima mãe! Imagina que coisa linda um bebê correndo bela casa.

- Como ótima Julie?! Olha a situação em que nós estamos passando, sem contar que eu já tenho vocês quatro e 39 anos.

- Idade não é problema, e nem a questão de sermos quatro. E tem mais, talvez essa gravidez veio para nos unir de novo. Papai explodiria de felicidade se soubesse, você tem que contar na festa.

- Mas eu ainda nem tenho certeza se estou realmente gravida, e se seria uma boa ideia contar a seu pai.

- Você não faria isso. – Julie disse num tom ameaçador, e fez Bella pensar que realmente não teria coragem de vingar tal pensamento. – Eu sei que não.

- Eu realmente tenho que pensar sobre tudo, e fazer o exame.

- Vamos sair comigo, eu vim te chamar para isso. Preciso de um vestido, comprar o terno de Gabriel e Anthony.

- E sua irmã?

- Sophie disse que não vai, o que eu acho realmente uma pena. Segundo ela, tudo que escondemos até agora viria a tona se aparecesse na cadeira.

- Sua tia com certeza arrumaria um jeito dos fotógrafos não flagrarem nada. – Infelizmente havia mais esse “problema” para se resolver. Sophie ainda fazia a fisioterapia todos os dias, mas ficara mais agressiva e menos motivada por causa da situação. O importante mesmo, era que já conseguia se ver avanços no tratamento,  por vezes ela conseguira andar na barra com a ajuda de sua fisioterapeuta, mas sempre faltava a confiança.

- Até parece que não conhece sua filha. Mesmo que conseguíssemos dispersar os fotógrafos, os outros convidados a veriam, e ela não quer isso.

- Nós vamos tentar, podemos dar um jeito em tudo. Vocês podem entrar pela porta dos fundos, e pedir que o tio de vocês de um jeito de bloquear qualquer foto tirada dentro do evento.

- Vocês nada, se inclua nessa dona Isabella.

- Eu ainda estou pensando Julie.

- Eu sei que você vai acabar indo. Agora, vamos as compras. – As duas então foram se arrumar. Bella ainda não estava muito animada, mas faria tudo para ver sua filha sorrir.

As duas saíram e passaram primeiro no laboratório para que Isabella fizesse o exame, e depois seguiram para o shopping e ficaram por lá até que o resultado deste ficasse pronto.

Julie estava louca para abrir o exame, mas a mãe a proibiu, pois, só faria isso horas antes de ir a festa. Se desse positivo tudo mudaria e ela iria a festa, mas caso o resultado fosse outro ela pensaria no que fazer.

Já na empresa Edward revisava alguns relatórios e tinha uma ultima reunião com fornecedores. Ele sentia que esse carro poderia ser considerado o carro do ano, e por isso já preparava tudo para uma produção em alta escala.

Por vezes ele tentava imaginar a reação de sua esposa ao tomar conhecimento de sua surpresa, e se ela concordaria de terem uma conversa definitiva. Seu coração se despedaçava a cada dia que passava longe de casa e da sua família.

Ao terminar a reunião, Edward permaneceu na sala olhando mais uma vez a imagem do Belle que era projetada da parede. De repente sentiu uma dor muito grande te atingir, e tudo começou a ficar escuro.

Carol no mesmo instante corria pelos corredores da empresa, a fim de achar Edward e pedir uma opinião sobre um ultimo detalhe.

- Karen, você sabe onde está Edward?

- Ele estava na sala de reuniões com alguns fornecedores, aconteceu algo?

- Não, apenas preciso pergunta-lo algo.

Ela então acelerou mais o passo a fim de tentar adiantar seu serviço. Quando entrou na sala, tomou um susto com a cena na sua frente. Edward estava muito pálido, sua cabeça estava encostada na cadeira e sua expressão era de total dor.

- Pelo amor de Deus, o que está acontecendo Edward? Temos que ir ao hospital.

- Meus, meus remédios. – Disse com alto grau de dificuldade, e Carol fez sinal que já voltava e correu para sala do patrão.

Na volta ficou ainda mais preocupada, Edward havia desmaiado e isso era realmente serio.

- Karen, preciso de dois seguranças e um motorista na sala de reuniões agora. Edward e eu vamos sair.

- Sim senhora. Em um minuto eles estarão ai.

Ainda bem que Karen mandara dois seguranças fortes, pois, carregar Edward desacordado não seria nada fácil. Decidi descer no elevador privativo na sala, assim não precisara dar nenhuma explicação.

Quando colocaram-no no carro e já iam voltando Carol os chamou.

- Ninguém pode saber o que aconteceu aqui entenderam? Eu mesma vou contar. Edward está cansado e não está se cuidando bem por causa do trabalho excessivo, por isso não quero alarde com a família.

- Fique tranquila senhora. – Os dois disseram juntos.

Ela assentiu e pediu que o motorista os levassem para o mesmo hospital onde o medico de Edward trabalhava. No caminho também, ligou para Felype e pediu que ele pegasse um táxi e a encontrasse.

Quando chegaram, os enfermeiros o levaram para fazer os procedimentos necessários.

- Boa Tarde. Sabe me dizer se o doutor Willian está trabalhando?

- Sim, por quê?

- Acabei de dar entrada no hospital com meu patrão Edward Cullen, e Willian é seu medico.

- Perfeitamente, vou pedir para acioná-lo. Agora será que a senhora pode me ajudar a preencher sua ficha?

- Sim.

E assim se passaram quase uma hora, e nenhuma noticia de Edward. Felype já havia chegado e tentava acalmar sua esposa que estava desesperada com as possibilidades.

- Vocês vieram com Edward certo? – Perguntou um medico que tinha a aparência de uns 47 anos.

- Sim. – Respondeu Carol. – Aconteceu alguma coisa com ele doutor?

- Me chame de Willian, por favor. Não sei se vocês sabem, mas eu acompanho o caso de Edward há algum tempo e ele insiste em não seguir a risca o tratamento. O que aconteceu foi que ele desmaiou por conta do esquecimento dos remédios, e depois de um tempo que estava aqui teve mais algumas dores fortes. – Carol se assustou na hora que Willian disse sobre as tais dores. E o medico vendo a reação da mossa tratou logo de se explicar melhor. – Ele já esta melhor, fez alguns exames e agora está sedado. Mas, nós teremos de fazer a cirurgia e retirar o tumor, não podemos esperar mais.

- Quando ele acordar, podemos conversar e resolver toda essa situação.

E o resto da tarde se passou assim. Carol e Felype ficaram na cantina do hospital esperando que seu patrão acordasse. A vontade dos dois era de chamar a família, e isso seria o certo a se fazer, mas e depois? Como seria a reação de Edward ao ver todos ali? Ele mesmo teria de chama-los.

Já passava das oito quando eles foram chamados para ir ao quarto, o receio era evidente na expressão dos dois. No quarto Edward também tinha medo do que viria dali para frente. Porem, sua maior preocupação era a festa, ele precisava ver sua esposa e sua família unida novamente.

Uma leve batida da porta fez que ele saísse do transe, e com um pouco de dificuldade disse-lhes que podiam entrar. Ambos ficaram um olhando para outro, para tentar decifrar o que estava por fim.

- Belo susto você me deu chefinho. – Carol deu uma risada, sendo acompanhada pelo seu marido.

- Me desculpe. – Disse quase num sussurro.

- Acho que já está na hora de contar a sua família. Eles precisam saber que você está no hospital.

- Por favor, não faça isso.

- Mas você está péssimo Edward.

. Eu sei, e pretendo encontra-los e contar no final da festa. Preciso decidir minha vida.

- Como assim no final da festa? Você acha mesmo que vai sair daqui?

- Você tem que dar um jeito nisso.

- Eu não tenho super poderes. E caso Willian ainda não tenha vindo conversar, sua cirurgia não tem mais como ser adiada.

- Você não vai fazer isso comigo.  – Quando Carol ia responder, o telefone dele tocou a salvando por algum tempo.

Ela então estendeu o telefone para Edward, que constatando ser Gabriel tentou melhorar um pouco a voz.

- Filho, como vai?

- Bem pai e o senhor? Está com uma voz ruim.

- Estou um pouco rouco só isso. Mas a que devo a honra da sua ligação?

- Sabe o que é eu estava precisando de mais um convite para a festa de sexta, e consequentemente que eles colocassem o nome da pessoa na lista.

- Convidou algum amigo seu? – Edward tentava melhor sua voz cada vez mais.

- Não, eu gostaria de levar Cléo para que vocês conhecessem. Finalmente estamos namorando e quero pedi-la em casamento o quanto antes, e pretendo fazer isso esse final de semana.

- Só uma pergunta, ela está gravida?

- Ainda não pai, mais pretendo encomendar o seu neto logo.

- Acho que ainda não estou preparado para ser avó, sou muito novo Gabriel. – Disse, tentando descontrair o pouco o clima.

- Você se acostuma com isso logo. Mas a outra coisa que eu queria.

- Pode dizer.

- Nós vamos chegar por volta das oito, e eu gostaria de ir a empresa para que você fosse o primeiro a conhecê-la.

- A empresa não abrira na sexta filho.

- Nós podemos ir te ver no hotel. – Edward estava suando frio já. Não sabia como iria dispensar Gabriel.

- Acho melhor nos vermos apenas na festa. Eu estarei ocupado o dia todo resolvendo as ultimas questões.

- Tudo bem, se você prefere assim. Quando chegar então, vamos ver mamãe e depois para casa da vovó.

- Faça isso, e veja se elas estão bem por mim.

- Será que poderíamos fazer um almoço em família no domingo?

- Claro que sim.

- Pai tem alguém tentando te ligar, estou escutando alguns toques. – Edward então conferiu e viu que se tratava se Sophie. Será por que todos tinham que ligar nesse momento?

- É Sophie. Depois ligo para ela.

- Atenda de uma vez, depois te ligo novamente.

- Tudo bem, tchau.

Desligou a ligação rapidamente, aceitando a de Sophie.

- Oi So.

- Pai, que saudade de falar com você. Como está?

- Bem meu amor e você? Também estava com saudades.

- Tudo indo sabe.. Mas eu estou te ligando para conversarmos sobre a festa. – Carol e Felype nessa hora já haviam saído do quarto, para dar mais privacidade a ele. – Eu realmente não queria te magoar, mas estou sem condições de comparecer, sabe como fico com vergonha. Desculpa mesmo pai, eu sei que tudo isso é muito importante para você, mas simplesmente não dá. E nós podemos ver o vídeo juntos depois.

- Eu entendo seu sentimento meu amor, não se preocupe. Claro que eu amaria que você fosse, mas se não der, se você não se sentir bem não precisa ir.

- Por isso que eu amo você. Mas sabe, eu queria vê-lo.

- Isso é um pouco mais complicado. – Edward estava na eminencia de pedir que sua filha viesse vê-lo. Ele sabia que se pedisse ela não contaria a ninguém, sem contar que sua saudade era imensa.

- Por que é complicado? Nós já fomos varias vezes no hotel, e não houve problema.

- Soso, se eu pedir para você guardar um segredo faria isso por mim?

- Claro que sim pai, mais o que aconteceu?

- É que eu não estou no hotel, estou no hospital.

- Está acompanhando quem? – A menina perguntou um pouco assustada.

- Sou eu que estou internado filha, mais, por favor, não grite, nem expresse nenhuma reação.

- Como assim não quer que eu expresse nenhuma reação? Pai você está internado, e eu tenho que ficar imparcial. O que o senhor tem? – Sophia estava sozinha em casa, por isso não havia como que alguém a escutasse. Sua mãe e irmã haviam saído desde cedo e Anthony estava na aula de judô.

- Senti uma dor de cabeça forte hoje por conta do estresse, e agora estou aqui sob observação. Será que teria como você dar um jeito de sair sem ninguém saber para onde virá?

- Eu peço para dizerem a mamãe que fui dormir no hotel com você. Eu sei que ela vai estranhar, mas não há problema.

E assim ficou decidido. Sophie se arrumou o mais rápido que conseguiu, e ligou para a portaria pedindo que alguém fosse busca-la. Carlos, o motorista que estava ali naquela noite, ajudou-a a entrar no carro, colocando sua cadeira no porta-malas.

Quando chegaram ao hospital, entraram no estacionamento subterrâneo, ele novamente ajudou e entrou com ela para conseguirem achar o quarto. Antes de sair, Sophie pediu que toda aquela situação ficasse apenas entre eles, e caso sua mãe perguntasse dissesse que a deixou no hotel.

Ao entrar no quarto, se assustou com o semblante de seu pai. Ele estava muito pálido, e aquilo não parecia apenas ser causado por estresse.

- Soso que bom que veio.

- Eu não disse que vinha. Achava mesmo que eu o deixaria sozinho? – Se aproximou da cama, pegando a mão dele e a acariciando. – Tem certeza que está bem? Se estivesse não estaria com todos esses aparelhos ligados a você.

- É por que eu vou precisar fazer alguns exames. E, além disso, estou tomando alguns medicamentos na veia, e meus batimentos precisam ser controlados. – Ela assentiu no mesmo momento que Carol retornava ao quarto.

- Oi Sophie, que bom que veio. – Sophie deu um sorriso amarelo. Ainda não conseguia esquecer o motivo que seus pais haviam se separado, apesar de saber que nada havia acontecido de fato. – Logo depois Felype entrou. – Felype essa é Sophie filha de Edward que comentei com você. Sophie, esse é meu marido.

- Marido?! Não sabia que era casada.

- Sim, ele veio ficar comigo aqui.

Eles conversaram sobre mais algumas coisas, até que ficou decidido que Sophie ficaria no hospital, mas que contratariam uma enfermeira para que pudesse ficar de olho em qualquer mudança, e pudesse ajudar Edward durante a noite.

Enquanto isso, Bella e Julie chegavam em casa, depois de ficarem varias horas no shopping e na clinica ainda absorvendo a noticia. Bella não aguentara e quebrara a promessa de abrir o exame no dia da festa, e para sua surpresa ele dera Positivo. Sem contar o fato que felizmente ou infelizmente encontraram Alice quando saiam de uma loja, e ela as segurara por horas ali.

Antes de ir direto para o quarto de Sophie, Lilian as interrompeu dizendo que a menina mandou avisar que havia ido dormir com o pai. Bella claro que estranhou, ela não expressara nenhuma vontade de ir, e ainda por cima sempre relutava em sair de casa.

Logo pegou o telefone na bolsa, e ligou para a filha. Conversaram por alguns minutos, até que descobriu que eles conversavam sobre a festa, e a decisão dela em não comparecer. Perguntei como ele estava, e ela me respondeu que levando.

Desliguei o telefone, e fui comer algo com Julie afinal agora havia mais uma vida dependendo de mim. Automaticamente levei a mão até a barriga, e fazendo um pequeno carinho ali pensei em como seria minha vida dali para frente.

XxXx

A quinta feira amanheceu e Sophie logo estava acordada para esperar noticias de seu pai. Ela acreditava que ele receberia alta hoje e pudesse estar presente na festa que aconteceria amanha a noite.

Porem seu susto maior foi escutar uma conversa enquanto estava no banheiro.

- Que bom que já acordou Edward, nós realmente precisamos conversar.

- Depois Willian, Sophie esteve comigo durante a noite. – A respiração da menina começara a ficar pesada, mas ele tentava controlar o máximo para não perceberem sua presença.

- Quando eu cheguei aqui ela não estava, deve ter ido até a cantina tomar um café.

- Pois bem, o que tem a me dizer?

-Cheguei cedo ao hospital, e logo que peguei seus exames comecei a examiná-los. Edward não podemos mais adiar essa cirurgia, seu tumor só fez avançar neste ultimo mês. Eu sei que toda situação que viveu te deixou vulnerável, mais não deveria ter parado o tratamento. – Tumor? Sophie não aguentando começou a chorar baixinho, e esperou para ver o que mais conversariam.

- Eu não posso, tenho de estar presente amanha na festa. Meu filho trará sua futura esposa para que eu conheça, sem contar o fato que o carro é uma homenagem a Bella, entende? Eu simplesmente não posso deixar de ir.

- Mas terá de fazer isso amigo. Ou prefere ir e correr o risco de passar mal na frente de todos? E assim eles descobrirem que vem escondendo uma doença há tanto tempo.

- Caso a cirurgia não der certo eles vão descobrir de qualquer jeito não é mesmo? Terão de cuidar de mim, ou fazer meu enterro.

- Edward eu estou muito confiante, acredito que dará certo. Contudo, a cirurgia não será feita hoje e sim amanha. Precisamos ter tudo preparado, e sem contar que você deve tomar mais alguns medicamentos pré-operatórios.

- Eu não tenho outra escolha certo?

- Infelizmente não. Então vai ou não fazer a cirurgia?

- Mas é claro que ele vai. – Sophie voltou ao quarto deixando todos boquiabertos. – Agora, pode me explicar primeiro por que escondeu de nós algo tão sério?

- Vou deixa-los a sós para conversarem, e mais tarde eu volto para fazer alguns procedimentos.

Ambos assentiram, e Willian deixou local. Ainda ficaram se encarando por um bom tempo, até que Edward se pronunciou e a conversa começou.

Ele tentou explicar todos os seus motivos, mas a filha não conseguia entender. Ela alegava que eles nunca o deixariam desamparado, e que muito menos ele seria um peso caso alguma coisa desse errado.

Usou como exemplo seu próprio estado, todos continuavam a amá-la do mesmo jeito, só aumentaram um pouco os cuidados. Edward então pediu desculpas e prometeu que nunca mais lhes esconderia algo. Porem pediu também que ela deixasse aquele assunto entre eles até o final do dia de amanhã, e só depois confessasse seu estado e o que acontecia.

Sophie num ato impensado, disse ao pai que o ajudaria e faria aquilo que ele pedisse. Sua maior surpresa, foi quando ele pediu que ela comparecesse na festa e apresentasse em nome dele o Belle. No começo ela pensou em negar, mais como havia prometido que faria qualquer coisa aceitou, mas quis saber em detalhes aquela historia de homenagem.

Edward lhe explicou então, tudo que aconteceria no evento.

Sexta- feira – 19:00

Todos na casa dos Cullens haviam saído para irem ao salão, enquanto isso Sophie estudava o que falaria em frente ao espelho. O combinado seria que ela sairia de casa somente após os outros terem ido, e seria Felype a te buscar.

Sua preocupação maior era o fato de seu pai estar sendo operado próximo ao horário que ela falaria. Edward escolhera assim, pois, não queria ficar imaginando as coisas que poderiam estar acontecendo na festa.

As horas se aceleraram rapidamente quando todos retornaram e começaram a se arrumar. Gabriel estava super nervoso, afinal ele acreditava que apresentaria Cléo para seu pai. O que lhe confortava era o fato do resto da família ter adorado seu jeito, e a aceitado de maneira maravilhosa.

Antes de saírem todos se encontraram na sala e tentaram mais uma vez “convencer” Sophie de comparecer com elas. E ela mais uma vez negou veementemente. Mal eles sabiam o que lhes esperava naquela noite.

Partiram de limusine para um dos salões de festa mais luxuosos de Los Angeles. Na chegada luzes iluminavam toda fachada do local, havia também milhares de fotógrafos em volta do tapete vermelho que seguia até a entrada do local.

Bela ficou meio receosa a sair, estava nervosa e principalmente com vergonha de ver todos ali. Gabriel saiu na frente de braços dados com Cléo. Julie saiu logo após sozinha, e Anthony ficou para me acompanhar.

Ao entrarem Bella seguiu para próximo de Esme, mas não antes de cumprimentar algumas pessoas que estavam no caminho.

- Boa noite Esme.

- Boa noite querida. Como está?

- Muito bem. Afinal hoje é um grande dia não é mesmo?

- Não precisa mais mentir para mim Bella. Achou mesmo que eu nunca desconfiaria, ou ficaria sabendo que Edward e você não estão mais juntos? Sei que ambos sofrem, e espero sinceramente que conversem para se entenderem esta noite ainda.

- Me desculpe Esme, eu realmente queria te poupar. E sim eu pretendo conversar com ele essa noite, depois que tudo terminar.

Logo as duas foram interrompidas por Gabriel que abraçava sua avó pelas costas, e lhe dava um beijo no pescoço.

- Hum, arrepiou toda vovó.

- Larga de besteira menino. Você sabe que sempre fui sensível nessa região, seu pai lhe ensinou bem como me atormentar não é mesmo?

- Falando nele, eu ainda não o vi. Sabem por acaso onde ele está?

Antes que elas respondessem, uma mulher subiu ao palco, e todas as luzes se voltaram para ela.

- Boa Noite a todos. Sejam bem vindos a mais um evento produzido pela The Cullen’s. Nessa noite vamos apresentar novos carros, suas propagandas de marketing, e por ultimo o nosso maior empreendimento e criado exclusivamente pelo nosso presidente Edward Masen Cullen. – Todos estavam ansiosos para ver e apreciar os novos modelos, e ainda mais curiosos para verem o carro que estava coberto por um tecido vermelho, no canto esquerdo do palco. – Agora gostaria de chamar ao palco o senhor Jasper Hale e a senhora Carolina Andrade, que darão seguimento a apresentação. – Todos aplaudiram enquanto eles subiam e ficavam próximos ao microfone.

- Boa Noite. – Disseram juntos, e Jasper continuou. – Gostaria de agradecer a presença de todos, e dizer que é uma honra mais uma vez estar presente em um evento da família Cullen. Em imaginar que todo esse império começou com apenas o sonho de Carlisle em desenvolver projetos de carro. Em fim, se entrarmos no mérito da questão, poderíamos ficar falando a noite da genialidade do meu sogro. Porém como sei que estão ansiosos, daremos inicio as apresentações. – Contudo Jasper se lembrou que não havia apresentado formalmente Carol, e pediu para que dessem pause no vídeo. – Me desculpem a indelicadeza. Gostaria de apresentar Carolina, ela é nossa mais nova parceira na empresa, e esteve a frente de todos os projetos. Inclusive foi a única a ter acesso a criação de Edward. – Carol deu um sorriso, e ficou cheia de vergonha com todos os olhares voltados a ela. – Agora sim podemos dar inicio a apresentação.

Ambos ficaram em um ponto estratégico do palco, e acompanharam juntamente com todos, os vídeos. Primeiramente houve a apresentação dos dez novos modelos de carro, e depois suas propagandas. Quando terminou todos aplaudiram, e Jasper olhou para Carol como se perguntasse onde estava Edward. Ela sutilmente deu de ombros.

Carol também estava começando a se preocupar, afinal Felype ainda não havia dado sinal que estivesse chegado com Sophie. Será que algo dera errado com a menina? Ou  ela desistira de estar no lugar do pai? Contudo logo se acalmou, pois, vira seu marido acenando para ela.

- Daqui a instantes apresentaremos a vocês a surpresa da noite. – A apresentadora disse com um sorriso no rosto, e imediatamente as cortinas foram fechadas. Logo abaixo do palco um casal apresentava uma dança para distrair os convidados, enquanto eles preparavam tudo para que  Sophie pudesse estar ali.

Jasper olhava tudo com espanto, aquilo para ele era algo totalmente novo.

- Coisa de Edward. – Carol disse apenas.

Depois de alguns minutos então tudo estava pronto. Eles haviam posto um sofá imenso que ocupava todo o espaço, para que a menina já estivesse sentada, e ninguém percebesse algo diferente. Jasper e Caroline também estavam sentados.

Quando a cortina foi aberta novamente, todos da família Cullen se assustaram ao ver Sophie ali, e ainda mais por não encontrarem Edward novamente. Seria o caso de ele aparecer somente na ultima hora?

- Gostaríamos de agradecer a paciência de todos, e pedir desculpa pelo pequeno imprevisto. Não estava em nossos planos esse cenário e essas modificações. Mas agora gostaria de convidar a compor nosso sofá: Isabella Swan Cullen. Esme Masen Cullen. Alice Hale Cullen. Gabriel, Anthony e Julie Swan Cullen. - E assim todos foram subindo, até que toda família composta por Swans, Cullens, Hales estavam presentes. – Agora, passarei a palavra a Sophie Cullen.

- Boa noite a todos. Sei que devem estar se perguntando onde está meu pai, pois bem, infelizmente ele não poderá estar presente hoje, e eu o representarei. – Mais uma vez estavam todos surpresos.

Enquanto isso no hospital, Edward já estava na sala cirúrgica a cerca de três horas. Os médicos estavam otimistas, mas infelizmente os batimentos cardíacos dele estavam baixos de mais.

- Antes de apresentar o carro, gostaria de dizer a todos que é uma imensa alegria ter todos presentes aqui, prestigiando mais uma festa da Cullen’s.  Papai insistiu em gravar um vídeo para explicar sua ausência, e dar boa noite a todos, porem achei melhor que não fosse assim.

Os médicos corriam dentro da sala à medida que Willian dava as ordens. Ele estava sim muito confiante em seu trabalho, mas as coisas poderiam mudar em uma rapidez sem tamanho. Alguns enfermeiros até estavam com todo equipamento de reanimação pronto para ser utilizado.

- Pois bem, não vou me demorar, pois sei que todos estão muito ansiosos para ver o carro mais comentado, ainda antes de ser lançado. As melhores especulações são as comparações que fazem com as criações do vovô. Desde já gostaria de informar que este, possui algumas características exclusivas e que mais a frente deverão ser modificadas. Está legal, sei que não estão entendendo nada. Preparem-se e acompanhem a contagem. – Neste momento aparecia no telão a contagem regressiva começando do 10. As luzes começaram a piscar e a medida que os números iam diminuindo, o pano era retirado, e os olhares ficavam cada vez mais curiosos. Quando se chegou ao 2, todas as luzes foram apagadas e um refletor imenso se fixou no veiculo, juntamente com uma fumaça de cor vermelha.

- Belle. – Foi a única coisa dita após o pano estar totalmente submergido. Todos ficaram em estado de choque e Bella com seu coração acelerado.

- Mãe, aproxime-se e conheça o mais novo empreendimento da empresa, feito em sua homenagem. – Isabella então, sorriu e pediu que Gabriel a ajudasse. Estava sem condições de chegar próxima ao carro, sem correr o risco de cair.

Ele era simplesmente perfeito. Um esportivo em um tom de verde parecido com seus olhos. O painel e todos os detalhes deste eram de madeira, seus bancos eram beges. No volante Edward fizeram questão de gravar a mesma mensagem que ambos carregavam em suas alianças. E no DVD passava momentos marcantes que ambos viveram juntos.

Depois de algum tempo dentro dele, Bella se levantou e saiu.

- Acho que todos assim como eu ficaram apaixonados com o designe do carro. Agora se me dão licença, eu preciso encontrar o seu criador e agradecê-lo pessoalmente. – E com um enorme sorriso ela desceu do palco as pressas, porem logo se lembrou que não sabia se ele realmente estava no hotel, afinal ele não devia ter aparecido na festa por algum motivo especial. Será que tudo fora programado? Edward estaria fazendo uma surpresa a mais para ela? Voltou então para o palco, e aproximou de Sophie.

- A senhorita pode me dizer agora onde está seu pai? Preciso falar com ele. – Bella não tinha vergonha alguma de todos estarem olhando, ou tirando fotos dela, o importante era encontrar seu grande amor, e tentarem acertar as coisas.

- É, é.. Esse é um assunto mais complicado, e temos que falar com todos.

- O meu Deus Sophie o que aconteceu com seu pai? – Carol percebendo que agora seria a hora de contar toda a situação, pediu que fechassem a cortina, enquanto a apresentadora seguia com a festa do coquetel de lançamento.

- Eu sinceramente não sei como diminuir o impacto do que eu tenho de falar, e se continuar enrolando será pior tenho certeza. Ontem eu fui encontrar o papai no hospital e lá dormi com ele. – Sophie alternava seu olhar entre sua mãe, e sua avó. Tinham medo que ambas passassem mal.

- Continue Sophie. – Pediu vovó.

- Eu descobri sem querer, enquanto estava no banheiro e papai conversava com o medico que ele tem um tumor. E este precisava ser operado urgente.. Acho que a Carol pode explicar melhor.

Carol então relatou tudo que era de seu conhecimento. O dia que Edward lhe contou sobre a doença, quando o encontrou no hotel, as suas dores de cabeça constante, tonturas, e o ultimo ataque dias antes. Disse também todo medo que seu patrão tinha de contar a família, o medo que ele tinha de ficar dependente deles se algo desse errado na cirurgia, e até mesmo se ele não resistisse a ela.

É claro que todos ficaram chocados, ouve um tremendo burburinho entre choros, mas logo quando voltaram do transe quiseram ir correndo até o hospital onde tudo estava acontecendo.

Com todo esse tempo que havia se passado, Edward já se encontrava há cinco horas no centro cirúrgico, e seu coração já havia dado sinais de varias oscilações. Hora estava acelerado de mais, hora quase sem batimentos, parecia que ele sentia as emoções que aconteciam no luxuoso clube de Los Angeles. Porem o pior era a incerteza se sequelas ficariam. O tumor já havia avançado muito, contudo não adentrado muito a fundo, o que impossibilitaria uma cirurgia de retirada. Ele teria apenas de esperar pela morte.

Quando todos chegaram ao hospital, a única coisa que se podia fazer era esperar. Eles não tinham noticias, e nem como conseguirem sobre elas, afinal o único que podia dar um parecer era o medico de Edward. Bella estava branca, parecia que a qualquer hora desmaiaria. Nunca nesses anos todos tinha visto a dor da morte tão de perto, nem mesmo quando Edward sumira com aquele avião, pois, naquela época ela tinha esperança e certeza no seu coração que ele estava vivo.

Os porquês iam e viam em sua cabeça. Ela não entendia como seu marido pode esconder algo tão serio de todos, tudo parecia absurdo de mais para ser verdade. Algumas vezes até pensou que se realmente viesse a perder Edward, seu bebê estaria ali para lhe dar conforto. Mas, logo depois imaginava seu filho crescendo sem um pai.

Como ficaria o resto da família então? Desde que Carlisle morreu, Edward foi o alicerce de Esme e Alice. Ele era tudo para nossa família, um pai atencioso, amoroso, pronto para qualquer batalha que viesse a surgir. Como a vida pode ser tão injusta com um homem desses? Tudo bem que não adiantaria culpar a vida ou tão pouco Deus, se as coisas tiveram que acontecer assim, pelo menos que eles pudessem tirar algum aprendizado daquela situação.

A cena que se via no corredor do hospital era desoladora. Sophie e Julie estava encostadas no ombro de Gabriel, uma de cada lado, com os olhos vermelhos. Cléo tentava confortar Gabriel, lhe fazendo um cafuné. Esme estava abraçada com Alice, e Maggie. Jasper estava com as meninas, sempre lhes fazendo um carinho. Emmett e Rosalie também estavam ali, e tentavam dar um pouco de apoio a todos. Bella estava isolada, longe de todos e olhando sempre para o nada. Ela não piscava enquanto as lagrimas rolavam silenciosamente. Como não havia contado a ninguém, a não ser Julie sobre sua gravidez, tentava ser o mais discreta possível ao passar a mão sobre sua barriga e conversar mentalmente com seu bebê.

As horas duravam uma eternidade para passar. Uma enfermeira já havia avisado que a família estava ali, e qualquer noticia era para ser passada imediatamente. Porém só foi as duas e quarente e cinco da manhã, que o medico com um semblante cansado se aproximou deles dando-lhes uma boa noite.

- Como está meu filho doutor? Tudo certo eu espero. – Bella não tinha mais forças para perguntar nada, apenas chorava.

- Apesar de algumas pequenas complicações que tivemos durante a cirurgia, Edward está bem. Infelizmente não podemos dar certeza que como ele ficará depois que for tirado do coma induzido. Pode haver sequelas, ou não. Acredito que vocês queiram saber mais afundo sobre o tumor dele, e por isso peço que me esperem apenas lavar novamente o rosto e explicarei para todos.

As próximas horas foram repletas de explicações. Toda família tentava ficar confiante sobre o resultado da cirurgia, e estavam afoitos para verem Edward. Porem a primeira pessoa a entrar no quarto foi Bella, ela precisava ver como ele estava, pedir perdão por tudo.

Seu coração falhou quando o viu ligado a tantos aparelhos e com uma palidez fora do normal. Aproximou-se então da cama, e começou a intercalar carinho entre o rosto e o cabelo de seu marido.

- Como eu preciso te pedir desculpas meu amor, volta logo para mim. Temos tantas coisas para conversar, tenho que te contar uma novidade. Daqui a pouco eu volto para ficar mais com você, agora sua mãe, suas irmãs e nossos filhos querem te ver. – Bella se inclinou mais um pouco e tocou os lábios de Edward em um rápido selinho. Sensações maravilhosas surgiram, como ela sentia falta daquilo.

E assim se passou o resto da noite..

1 mês depois.

Naquele mês varias coisas aconteceram. Belle virou record de vendas, e a The Cullen’s fora indicada para milhares de prêmios.

Gabriel decidira juntamente com Cléo que ficariam noivos apenas quando seu pai acordasse, independentemente do viesse a ocorrer.

Sophie criou uma força de vontade tão grande que fazia fisioterapia todos os dias, por varias horas seguida. Todo esse esforço era feito para que Edward ficasse orgulhoso quando acordasse, e resultou em alguns avanços. Ela se locomovia agora com a ajuda de um andador, porem, contudo que estava ocorrendo, a mudança para muletas seria em breve.

Esme continuava tentando se mostrar forte, e orava todos os dias para a melhora do seu filho. Alice tentava suprir a falta que seu irmão fazia da melhor forma possível. Jasper ficava por horas na empresa, tentando cobrir os afazeres do cunhado.

E Bella nunca deixava o hospital. Colocava Edward a par de tudo que estava acontecendo, apesar dele ainda estar em como induzido, ela tinha certeza que ele a escutava. Ela já sentia as diferenças em seu corpo, e não aguentava mais ter de esperar para contar a seu marido. Afinal, toda a família já sabia.

Decidida, rumou em direção ao quarto já tão conhecido por ela, deu um saudoso bom dia, e um beijo em Edward. Logo após sentou-se no canto da cama e segurou-lhe a mão.

- Sabia que o doutor Willian disse que em breve diminuirá os remédios para que você acorde e volte para nós? Já estou com saudades de ver o brilho dos seus olhos, seu sorriso. Mas não vamos falar de tristezas não é mesmo? Quero te contar duas coisas hoje, não estou me aguentando mais, e acho que você merece saber.

A primeira, é que Sophie esta cada dia mais motivada e melhorando. Nossa filha vai voltar a andar amor, e nós poderemos fazer tudo que gostamos novamente. E a segunda, é que... Você se lembra da nossa ultima noite juntos? Foi magica, perfeita, como tudo que fazemos juntos. Porem esquecemos de um pequeno detalhe, de nos prevenirmos. Eu deixei de tomar alguns anticoncepcionais com toda confusão de Sophie, e por isso parei.   

Naquela manha depois de ler sua carta, fui tomar um banho e me lembrei. Contudo, havia duas possibilidades: ou tomava a pílula do dia seguinte, ou deixava ver no que dava. – Bella então pegou a mão de seu marido e levou-a na sua barriga. – Pois bem, naquele dia eu decidi lhe dar uma prova de amor, e que resultou nesse bebezinho que cresce aqui dentro. Estou de dois meses agora, e gostaria muito que você visse como as mudanças já estão ocorrendo. – Em questão de segundo todos os aparelhos que mediam pressão e os batimentos começaram a se descontrolar, e apitavam sem parar. Bella correu rapidamente e chamou o médico. Willian entrou no quarto correndo, e logo começou a falar descontroladamente com os enfermeiros.

- O que está acontecendo com ele? Me diz Willian. – Bella chorava e gritava desesperada.

- TIRE ELA DAQUI! – Ordenou o médico. Os enfermeiros logo foram para cima dela, que estava colada em Edward.

- NÃO TOQUEM EM MIM. DIZ WILLIAN, EU PRECISO SABER.

- JÁ DISSE PARA TIRAREM ELA DAQUI. – Ele gritava e se voltava para seu paciente e amigo, realizando os primeiros procedimentos.

- EU NÃO SAIO DAQUI ANTES DE ME DIZER O QUE ESTÁ ACONTECENDO. ELE VAI MORRER? ELE NÃO PODE MORRER, ESTÁ ENTENDENDO?!

- Bella, você realmente precisava confiar na nossa equipe. Edward está tendo uma parada cardíaca.. – Ambos não tinham mais forças para discutir. Bella apenas se jogou no colo do medico chorando como uma criança, e foi levada para fora dali. Willian que havia deixado seu paciente com outro medico, voltou logo em seguida.

Bella deixou seu corpo escorrer pela parede, enquanto chorava e seu culpava pelo que estava acontecendo.

Gabriel entrava nesse mesmo momento no hospital, já que havia acabado de chegar a Los Angeles, como fazia todos os finais de semana deste um mês que havia passado. Logo que avistou sua mãe começou a correr, e jogou-se no chão abraçando-a, pensando que o pior teria acontecido.

- Mãe, mãe, o que esta acontecendo?

- É tudo culpa minha, tudo culpa minha. – Ela dizia sem parar, e Gabriel pegou seu rosto entre as mãos e o virou para si.

- O que é culpa sua mãe?

- Seu pai está tendo uma parada cardíaca agora. – Dizia entre soluços. – E é tudo culpa minha. Eu deveria ter ficado quieta. Eu tinha certeza que ele me escutava, mas eu achei que ele fosse ficar feliz.

- Mãe me perdoa, mas não estou entendendo nada.

- Eu contei a seu pai que eu estava gravida e logo depois tudo aconteceu...

- Mas isso não é culpa da senhora. Poderia acontecer a qualquer momento, o quadro do papai vem mostrando algumas instabilidades ao longo do mês.

- Mas ele estava perfeito há uma semana, Willian até diminuiria os medicamentos. Eu sou uma burra mesmo.

- Shii, não diga uma coisa dessas. – Gabriel então abraçou Bella e a levantando dali, tentou arranjar um quarto para que pudesse coloca-la. Como mais novo medico da família, sabia dos riscos que sua mãe e o bebê corriam se ela continuasse daquela maneira.

As horas foram passando e toda sua família já estava novamente reunida no hospital. Gabriel depois de um tempo, pediu para participar do procedimento, e já era tarde quando Willian deixou a sala de cirurgia, com um semblante cansado e como se fosse dar uma péssima noticia.

- Diga logo, por favor. – Bella logo se manifestou, soltando-se dos braços de Anthony.

- Bella nós..

- O Meus Deus. – Alice sem querer continuar a escutar, se pôs aos prantos e abraçou-se a sua mãe.

Dali para frente choros e contestações tomaram o corredor. Ninguém queria acreditar no que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo. E aí tem alguém vivo depois do capitulo?
Será que Edward morreu mesmo, ou eles conseguiram salvá-lo? A familia Cullen não quis continuar escutando o que Willian tinha a dizer, não é mesmo? O próximo post vai ser uma visão de Edward sobre tudo isso, e depois teremos nosso epilogo.
Mas tirando tudo isso eu estava MORRENDO de vontade de postar novamente. Estava com muitas Saudades do Nyah e de vocês meninas. Para terem noção meus ultimos login's foram a ultima vez que eu postei um capitulo. :( Mas enfim, depois de muito estudar, estou de férias E tem duas semanas e que me dedico a escrever. Já comecei o próximo, mas devo postá-lo só lá pela primeira semana de Janeiro.
Espero que comentem para eu ver que ainda não desistiram de mim. E sem contar que não doi nada né? E ainda por cima deixa a Bianca aqui feliiiz :):)
beijos beijoos e até breve.
(p.s: logo responderei os reviews de todas)