The Princess And The Son Of Hades escrita por lara_di_angelo


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

oi, gente!

desculpa não postar ontem, é que eu não posso postar dia de quarta.

obrigada a todos que comentaram! se não fosse por vocês eu já teria deletado essa história! obrigada pelas sugestões, correções e incentivos, vocês são d+!

bom, acho que esse capítulo está de um tamanho aceitável.

boa leitura, até daqui a pouco



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CAPÍTULO 8

Quando cheguei lá, vi que só Annabeth estava na cozinha, preparando o café da manhã.

Bom dia, Annie.” falei sorrindo. Ela sorriu de volta.

Bom dia,Stella” ela falou, colocando bacon em um prato.

Quer ajuda?” perguntei.

E isso importa?” ela falou rindo.

Na verdade, não. Eu vou ajudar de qualquer jeito mesmo.” falei dando de ombros e pegando uns pratos e colocando na mesa. “Os meninos ainda estão dormindo?” perguntei, pegando o prato com bacon e colocando na mesa.

Acho que estão se arrumando.” ela respondeu me passando uma jarra de suco.

Vão sair?” perguntei finalmente notando as roupas dela, uma calça jeans escura, uma camisa azul e um casaco cinza.

Sim, Nico vai pra escola e eu e Percy vamos pra um estágio.” ela falou, enquanto colocava outro prato na mesa, dessa vez com ovos. “Percy está me ajudando com a vistoria de um projeto”

Ah...” murmurei.

Oi, garotas.” Percy falou entrando na cozinha.

Oi, Percy.” respondemos eu e Annie em coro. Ele deu um selinho em Annie que ficou vermelha.

Bom dia” disse Nico também entrando. Respondemos um bom dia, Nico. E nos sentamos para comer. Quando terminamos limpamos tudo e Annabeth e Percy subiram pra escovar os dentes, então fiquei sozinha com Nico. Ele estava meio estranho hoje, ontem tinha parecido simplesmente certo ficar sozinha com ele, mas hoje ele estava meio cauteloso. Estamos calados, mas era um silêncio desconfortável, e eu não estava muito certa de que devia falar primeiro, mas ele não parecia disposto a falar, nem ao menos olhava pra mim.

Tem alguma coisa errada?” perguntei sem pensar e me arrependi. Não sei porque, mas minha voz quebrou no final da frase. Nico olhou pra mim pela primeira vez desde que ficamos sozinhos.

Não é nada.” ele respondeu. Era óbvio que não era verdade, mas resolvi não insistir. “Eu... é melhor eu ir, ou vou chegar atrasado.” ele respondeu já se levantando. Me encolhi involuntariamente, a voz dele era tão fria e cortante quando o gume de uma adaga e sem motivo senti um bolo na minha garganta e as lágrimas começaram a se formar. Lutei pra me recompor.

Boa aula, então.” respondi tentando soar normal, pareceu meio falso, mas ele não notou e se notou, não demostrou. Só deu um pequeno aceno com a cabeça e saiu da cozinha, me deixando sozinha e completamente confusa.

Quer dizer, ontem ele foi tudo gentil e parecia que queria mesmo que me sentisse bem, hoje ele foi tão frio que parecia que eu era um convidada indesejada, quer dizer, o que deu nele? Será que fiz alguma coisa pra deixá-lo com raiva? Mas eu não lembro dele ter parecido zangado ontem a noite.

Enterrei o rosto nas mãos e só então percebi que estava chorando, qual é o meu problema? Mal conheci ele e já estou chorando. Nunca chorei por nenhum garoto. Tá bom! Já chorei, mas não por uma besteira dessas. Eu devo estar tão sentimental por que estou me sentindo culpada por fugir de casa. É, só pode ser isso, pensei. Mas parte de mim sabia que essa era uma tremenda mentira e que eu só estava me enganando. Cala a boca!, falei pra aquela parte.

Escutei barulho de passos e enxuguei o rosto.

Estamos saindo, Stella.” ouvi a voz de Annabeth, que apareceu na soleira da porta da cozinha. “Só vamos voltar pro jantar, tem comida na geladeira e as chaves estão na porta.”

Tudo bem.” falei. “Pode deixar. Bom estágio pra você” Ela sorriu e saiu. Ouvi o Percy gritando “Tchau, Stella” e gritei “Tchau, Percy, tchau, Annie”.

Quando eles saíram, subi as escadas até o meu quarto. Soltei um riso nervoso com esse pensamento. Meu quarto, até parece! Estou aqui a menos de um dia e já fico sendo toda possessiva, credo! E eles me conhecem a menos de um dia e já me deixam sozinha naquela casa enorme cheia de coisas caras, eu hein! (N/A eu sei, é um povinho doido!) No corredor do terceiro andar, onde estava meu quarto e o de Nico, esbarrei com ele e cai no chão.

Desculpe” murmurei sem olhar nos olhos dele.

Tudo bem, a culpa foi minha.” ele falou, sua voz continuava tão fria quanto antes e dessa vez não pude conter as lágimas, que caíram de meus olhos sem minha permissão, mas as enxuguei rapidamente, pra ele não ver, mas foi tarde demais. Ele se abaixou ao meu lado.

Ei, você está bem?” ele perguntou, e sua voz não estava fria, só preocupada. Eu sabia que se falasse minha voz ia tremer, então só fiz que sim com a cabeça. Acho que ele não acreditou muito porque segurou meu rosto entre suas mãos, me obrigando a olhar pra ele. Sua testa estava franzida e as sobrancelhas erguidas como se estivesse realmente preocupado e seus olhos me olhavam com preocupação e outra coisa, mas eu não podia acreditar nisso, ele só estava preocupado, só isso. Nada de sentimentos ocultos, eu não podia me dar a falsa esperança de que ele me via como algo mais que uma amiga, porque depois do tom frio que ele usou comigo mais cedo, seria um milagre se ele me visse como amiga. Esse último pensamento fez com que mais lágrimas caíssem pelo meu rosto, minha visão estava tão embaçada que não consegui ver nada direito.

Ah, não, não, por favor, não chora” ele falava sem saber o que fazer. “ Não chora!” ele enxugava minhas lágrimas, mas outras caim sem parar. “Eu fiz alguma coisa?” ele perguntou apavorado. Claro que fez, não fica se fazendo de bobo!, um parte de mim pensava. Mas a maior parte estava saltitando de alegria. Ele realmente não me odeia! Ele está preocupado comigo. Só então percebi que ele ainda esperava uma resposta e ficava cada vez mais nervoso. Neguei com a cabeça ainda sem confiar na minha voz e enxuguei as lágrimas. Ele me ajudou a levantar e dei um sorriso envergonhado.

Não foi nada” falei finalmente. “Eu realmente não sei o que deu em mim.” essa parte era mais ou menos verdade. “ Você não tem que ir pra escola?” perguntei, mas ele só balançou a cabeça.

Posso faltar, não posso deixar você sozinha aqui desse jeito.” ele falou e meu rosto ficou completamente vermelho.

POV's Nico

Quando sai do quarto fui andando pelo corredor distraído, pensando que os deuses deviam achar algo melhor pra fazer do que atormentar meios-sangues, quer dizer, meus tios (Zeus e Poseidon) e meu pai (Hades) entraram na minha mente hoje de manhã e não foi uma experiência nada legal, eles basicamente brigaram entre si e mandaram que eu ficasse longe da Stella, segundo eles, as consequências seriam severas pra mim e pra ela se nos envolvêssemos, mas eles nem se deram ao trabalho de me dizer porque. Isso era um completo absurdo, eles podem casar com irmãos, sobrinhas e todos os tipos de incesto que existe, mas eu não posso namorar uma garota, não que eu quisesse, foi só um comentário.(N/A: hum-hum, sei). Estava realmente distraído, porque bati em alguma coisa que caiu no no chão com um baque. Correção, não era alguma coisa, era alguém, pra ser mais específico, a Stella.

Desculpe” ela falou baixinho.

Tudo bem, a culpa foi minha” falei com uma voz fria, tentando cumprir a promessa que fiz aos três grandes, mas me odiando por falar com ela daquele jeito. Os olhos dela se encheram de lágrimas que transbordaram, o lábio inferior dela estava tremendo e eu me odiei ainda mais. Ela enxugou as lágrimas.

Ei, você está bem?” perguntei me abaixando. Claro que ela não está, seu idiota! Ela balançou a cabeça, mas eu sabia que não estava nada bem, e a culpa era toda minha. Segurei seu rosto delicado nas minhas mãos e olhei pra ela. Então as lágrimas caíram mais ainda.

Ah, não, não, por favor, não chora! Não chora!” eu enxugava as lágrimas, mas ela continuava chorando. “Eu fiz alguma coisa?” perguntei assustado. Ela não respondia, então eu fiquei cada vez mais ansioso, até que ela negou com a cabeça. Eu a ajudei a levantar e ela deu um sorrisinho envergonhado.

Não foi nada” ela falou, com uma vozinha bem frágil. “Eu realmente não sei o que deu em mim. Você não tem que ir pra escola?” Eu balancei a cabeça.

Posso faltar, não posso deixar você sozinha aqui desse jeito.” Falei, e ela ficou vermelha como um tomate maduro.

Claro que você pode!” ela exclamou, me empurrando para as escadas, mas ela não era forte o suficiente pra me mover. Ela me olhou, com a cabeça inclinada pro lado, e eu me lembrei da garotinha do sonho, e tive certeza que era ela. Queria falar com ela sobre o sonho, mas ela ia achar muito esquisito.

Mas não vou.” falei cruzando os braços. “Sabe que você não pode me obrigar, não é?” perguntei sorrindo. Ela fez uma careta e me deu língua, mas então me olhou com uma carinha de gatinho do Shrek.

Por favorzinho” ela falou.

Não” falei.

Vai, por mim!” ela falou. “Não quero que perca a escola por minha causa” Ela piscou os olhos meiguinhos.

Tá bom! Você venceu.” Ela sorriu vitoriosa. “Tchau” falei.

Tchau, Nico. Boa aula!” ela falou e deu um beijo na minha bochecha. Eu corei e ela riu, enquanto eu descia as escadas.

Fui pra garagem e entrei na minha Ferrari preta*, ainda pensando em como ela conseguiu me convencer e balancei minha cabeça. Como eu caí naquele truque tão velho? Eu sabia a resposta, mas não queria admitir nem pra mim mesmo. Dei ré e saí da garagem indo direto pro meu castigo diário, quero dizer, pra escola.

Quando cheguei, o estacionamento estava praticamente lotado o que significa que eu estou quase atrasado. Estacionei na primeira vaga que vi, peguei minha mochila e fui pra aula de biologia. Quando entrei na sala, pude ouvi o sinal tocar. Sentei no meu lugar na última fileira, e coloquei minha mochila na cadeira ao meu lado, já que ninguém senta comigo, não que eu me importe.

O professor entrou na sala e começou a dar aula, que eu nem sei sobre o que era. A dislexia junto com o deficit de atenção não ajudavam em nada, mas eu ainda podia ver o rosto de Stella coberto por lágrimas e por minha culpa.

Depois de uma eternidade, finalmente a aula acabou e eu fiquei tentado a matar o resto do dia e ver se ela estava bem, mas ela praticamente implorou pra que eu viesse pra escola e não queria decepcioná-la. Então suspirei e decidi que ia assistir o resto das aulas.

POV's Stella

Depois que Nico saiu, eu fui direto pro quarto, escovei os dentes, depois Fui à biblioteca e procurei um livro pra ler, achei um que parecia ser interessante e voltei pro quarto, me jogando na cama e começando a lê-lo. Eu olhei o relógio e vi que era uma da tarde, então resolvi comer alguma coisa. Fui até a cozinha e olhei a geladeira, estava cheia de comida, mas pra falar a verdade, eu nem estava com fome, fechei-a. Resolvi comer uma maçã, mais tarde eu comeria de novo.

De volta pro quarto, peguei o livro e continuei a ler. Adormeci e só acordei com o barulho de batidas suaves na porta. Me levantei da cama e fui abrir a porta. Era Nico. Corei, me lemnrando da cena do corredor.

Oi” falei.

Oi” ele respondeu. “Como foi seu dia?” fiquei feliz com a pergunta, ele não estava mais frio, era só o Nico, sem aquela fachada de frieza.

Bom, e o seu?” perguntei.

Ah, o de sempre, aulas chatas, tarefa de casa....” ele deu de ombros, deixando a frase suspensa no ar. Eu ri. “Então, Percy e Annabethjá chegaram, então vamos jantar.”

Jantar?Que horas são?” perguntei, confusa.

Quase oito.”

Nossa, eu nem vi o tempo passar” murmurei e depois falei mais alto, “Quer entrar? Só vou demorar um minuto” Eu sabia que minha trança estava totalmente estragada e minhas roupas amassadas, então dei espaço pra ele entrar e fui até o closet, sem ver se ele estava me seguindo.

Peguei um vestido rosa claro de alças finas e fui até o banheiro. Me troquei e desfiz a trança, desembaracei o cabelo e deixei ele solto. Saí do banheiro e Nico estava sentado na cama, ele olhou pra mim e ficou me encarando de um jeito estranho.

POV's Nico

Quando ela saiu do banheiro eu estava sentado na cama. Assim que olhei pra ela, uma onda de reconhecimento se espalhou pelo meu corpo. Aquele vestido era muito parecido com o do sonho, o mesmo tom de rosa, o desenho era não era muito diferente, parecia o mesmo vestido, as alças eram mais finas, era mais curto e deixava as pernas dela a mostra, e que pernas! Tá, já parei.

Alguma coisa errada?” ela perguntou corando, ops. Acho que a olhei por muito tempo.

Nenhum, vamos jantar.” falei

Fomos andando pelo corredor lado a lado, em silêncio, mas era um silêncio amigável.

Senti o cheiro da pizza vindo da cozinha. Stella pareceu sentir o cheiro também porque a barriga dela roncou. Eu ri e ela corou fortemente.

Fome?” perguntei erguendo uma sobrancelha.

Cala a boca, Nico!” ela corou mais ainda.

Chegamos na cozinha e vi uma pizza tamanho família de calabresa, quatro queijo e marguerita (N/A: queijo, eca! Pode dizer que tenho problemas psicológicos, mas eu odeio queijo, nem sei porque botei esse sabor). Me sente numa cadeira ao lado do Percy e Stella de frente para mim, ao lado de Annabeth. Ela estava com uma cara engraçada, como se nunca tivesse visto uma pizza antes.

Então gosta de pizza?” perguntei pra ela

Pizza, que é pizza?” ela perguntou.

'Cê tá brincando, né?” perguntou Percy.

Percy!” Annabeth repreendeu ele, mas também tinha uma cara confusa.

Nunca comeu pizza?” perguntei.

Nunquinha.”

Nem ouviu falar?” perguntou Percy. Ela negou com a cabeça. Estranho, quem não comeu pizza nenhuma vez na vida? Ou pelo menos não ouviu falar? Parece até coisa de outro planeta.

Olhei pra Annie e Percy, mas eles também pareciam ter achado completamente estranho. Podia ver Stella pelo canto do olhou e ela parecia totalmente envergonhada, como se tivesse feito alguma coisa errada.

Então é hora de provar!” Annie falou animada, como se fosse a coisa mais normal do mundo alguém não saber o que é pizza.

O resto do jantar foi normal, mas depois de limparmos tudo, Stella se retirou como a desculpa de estar muito cansada.


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Notas finais do capítulo

oi, de novo!

gostara, odiaram, tem erros, querem matar seus professores porque passam muitos deveres e quase não sobra tempo pra viver? falem isso nas reviews, please.

beijos!