You Are My Star escrita por Fernanda Redfield


Capítulo 11
O Sangrar de Velhas Feridas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoas lindas!
Como vocês estão?

Eu sei que estão surpresos por eu estar postando em menos de uma semana da última postagem... Mas é que a inspiração e as ideias vieram como mágica!

Esse capítulo foi bem difícil de escrever e espero que gostem! *-*

Boa leitura x)



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            Santana olhou para todos que estavam sentados em volta da mesa no Breadstix. Puck parecia estar contendo um animal interior enquanto Lauren parecia estar ajudando-o na tarefa, Kurt revirava os olhos enquanto tinha uma expressão fechada na face, Sam estava pensativo ao seu lado, Mercedes estava teclando em seu smartphone e Brittany estava com uma carinha preocupada. E quanto à própria Santana? Bem, ela tinha aquele sorriso irônico na face, mesclando-se aquela aura maligna característica de Satan.

            - O que vocês sugerem? – Santana indagou com um ar pesado enquanto fuzilava cada um dos componentes da mesa. Kurt respirou fundo e pareceu pensar, Puck deu um soco na mesa e disse agitado:

            - Eu não vou deixar Finn bancar o idiota com Quinn de novo, eu sugiro uma surra bem dada nele. Sam poderia ajudar, eu me lembro que ele tinha um bom gancho de esquerda no ensino médio.

            - Eu concordo com a parte da surra, Puck. Mas... – Sam interrompeu um pouco envergonhado e olhando de esguelha para Kurt que o observava com olhos astutos. – Mas eu não entro em uma boa briga há um bom tempo. Acho que você e a Lauren podem obter mais sucesso juntos.

            - Eu posso moer os ossos do St. James, não me preocupo em fazê-lo engolir todo aquele óleo que ele passa no cabelo! – Lauren disse satisfeita e com um sorriso maldoso nos lábios enquanto estralava os dedos das mãos, Kurt olhou surpreso para ela achando-a muito ameaçadora. Santana olhou emocionada para todos e disse:

            - Fico agradecida pelo que vocês estão propondo-se a fazer pelas duas, Finn está merecendo uma lição desde aquele dia que abriu a boca para os Fabray. Só que temos que tomar cuidado, estamos lidando com Jesse agora e sabemos o quanto ele pode ser malévolo quando se sente ameaçado.

            Essas palavras de Santana foram a deixa para que as discussões de idéias começassem na mesa que o grupo dividia. Santana sorriu maléfica e olhou para sua Brittany que tinha uma expressão séria e concentrada. Precisamos agir. A voz de Mercedes chamou a atenção com um tom altamente preocupado:

            - Gente, precisamos agir logo!

            A diva estava teclando em seu smartphone e quando levantou os olhos para o resto do grupo, tinha uma expressão horrorizada na face. Santana praticamente subiu na mesa para apanhar o telefone da mão de Mercedes e quando viu do que se tratava, congelou em desespero, sentando-se pesadamente na cadeira. Brittany tomou as rédeas da situação e apanhou o aparelho, lendo em voz alta:

            - “Parece que a identidade do mais recente affair da diva da Broadway, Rachel Berry, finalmente foi revelada. Berry foi vista deixando o hospital de Lima, sua cidade natal, acompanhada da residente médica Quinn Fabray. Fabray é uma antiga colega de Rachel da época do ensino médio, tudo indica que a chegada da diva à cidade não foi por acaso. Vamos aguardar mais informações, mas fontes dentro do hospital disseram que a diva estava até com um anel de compromisso na mão. Será que Jesse St. James é passado a partir de agora?”

            Brittany devolveu o smartphone para Mercedes com um ar pesaroso, uma dor de cabeça chata começava a tomar conta da loira. Santana estava de cabeça baixa e incomunicável ao seu lado. Puck e Lauren estavam com expressões melancólicas que em nada lembravam as expressões agressivas de minutos atrás. Kurt respirava com dificuldade e era amparado por um Sam que o consolava automaticamente, completamente perdido. Mercedes observou todos com olhos inquisidores e disparou decepcionada:

            - Vocês vão desistir só porque o nome de Quinn já caiu na mídia?!

            - Não é só isso, Aretha! – Santana retrucou completamente descontrolada e com a voz fria, todos que estavam imersos em seus próprios mundos apuraram os ouvidos para escutar a latina. – Esqueceu-se que falamos de Quinn Fabray? O que ela vai fazer agora é uma incógnita, ela pode muito bem dar a cara a tapa como também, fugir de tudo.

            - Eu não acredito que estou escutando vocês dizerem isso, justo da Q! – Kurt disparou irritado e saindo da aura de proteção na qual estava envolvido por Sam. Todos voltaram a olhar para ele, inclusive uma Santana ligeiramente ofendida pelo comentário do rapaz. – Vocês não repararam na forma como os olhos dela brilham quando ela fala de Rachel? Quinn está apaixonada, como nunca esteve nem por Finn e muito menos, pelo Noah. Ela não seria capaz de abandonar Rachel agora!

            - Kurt, você não a conhece. – Brittany tomou a frente antes que Santana perdesse o controle e começasse a despejar uma série de insultos sobre o rapaz. Kurt revirou os olhos para ela e os demais prenderam a respiração. – Quinn costuma fugir daquilo que a amedronta, ela prefere fugir a entrar numa batalha que pode perder!

            - Não Brittany! Você e Santana dizem que a conhecem, mas vocês duas sequer repararam na mudança em Quinn nos últimos anos! – Kurt elevou o tom de voz fazendo com que algumas pessoas olhassem para ele, assustados. O rapaz se recompôs e bateu na mesa para chamar a atenção de seus amigos. – Quinn seria capaz de tudo por ela, está escrito nos olhos dela! A energia que antes ardia ali e a fazia maltratar todos, agora está ardendo em favor da Rachel. Quinn vai enfrentar mídia, Jesse, Finn... Tudo pela Rach!

            - Se é assim, você sugere o que, Hummel? – Santana perguntou ácida e com a ironia brincando em seu sorriso. – Acha que devemos ficar quietinhos, esperando que Quinn arrume uma coragem que nunca teve e enfrente tudo pela Berry?

            - Exatamente isso, Lopez! – Kurt exclamou com um sorriso mais calmo e olhando para Sam. – Elas precisam tomar um rumo na vida delas, se a coisa começar a ficar muito feia, nós interferimos. E eu juro, deixo até mesmo vocês matarem Finn e Jesse. Até ofereço minha casa para escondermos os corpos!

            Todos olharam para ele com expressões confusas que logo foram transformadas em sorrisos. Concordaram em deixar que ambas tomassem um rumo em suas vidas, restava saber se as duas estavam dispostas a serem felizes sem a interferência deles.

            Se as duas se separarem, eu juro que mato o Kurt. Santana tomou um gole de seu café enquanto remoía seus pensamentos, ela não queria ver Quinn chorar de novo.

***

            Jesse St. James entrou sem cerimônia nenhuma na pequena sala ao fundo da oficina onde Finn Hudson se isolava quando não tinha seu serviço exigido. O ex-quaterback olhou para ele enojado e disse irônico:

            - Educação te mandou um beijo, St. James!

            - Você vai parar com as ironias quando souber o que aconteceu a nossas amadas, Hudson! – Jesse retrucou, tão venenoso quanto uma serpente. Finn levantou-se abruptamente da cadeira acolchoada onde estava sentado, seu coração deu um aperto e sua mente foi povoada por todas as vezes que vira Quinn chorar... Imediatamente, sentiu-se um grande babaca.

Os dois homens ficaram se olhando, em silêncio. Finn parecia desolado ao percorrer mancando o pequeno e sujo escritório de olhos fechados e massageando a fronte. Jesse estava em êxtase e apenas observava o outro rapaz com desprezo. Por fim, Finn parou de caminhar após alguns bons minutos, virou-se para Jesse e perguntou apreensivo:

- O que você fez?

- O que NÓS fizemos, Hudson. – Jesse corrigiu o rapaz com aquele mesmo ar sarcástico de sempre, os olhos de Finn se estreitaram e ele apertou os punhos. – O endereço de Rachel foi extremamente útil, como eu previra, as duas estava juntas e o fotógrafo que eu enviei para lá conseguiu excelentes fotos digamos que... Suspeitas, sobre a relação das duas.

- E onde estão essas fotos? – Finn perguntou temeroso, sentindo a dor em seu joelho intensificar. Uma vontade obsessiva de espancar Jesse e recuperar aquelas fotos estava invadindo-o, ao mesmo tempo em que, a saudade de Quinn o consumia. Ele estava perdido, não sabia o que queria naquele momento, suas certezas estavam caindo por terra e tudo que ele queria, era não ferir Quinn de novo.

Então, por que raios estava cometendo o mesmo erro?

- As fotos foram publicadas na mídia durante a madrugada, mas o melhor não foi isso... – Jesse continuou com aquele mesmo ar cheio de si que Finn tanto odiava, o ex-quaterback quase o bateu naquele momento. – A própria Rachel se encarregou de nos dar o essencial ao sair correndo do hospital segurando Quinn pela mão e ignorando os repórteres que cercavam o local. Nós demos o empurrão e elas caíram, simples.

- O que vamos fazer agora? – Finn perguntou confuso e odiando-se em seguida, porque recebeu um olhar de desprezo do ator da Broadway que seria capaz de congelar o mais frio dos seres. Jesse se aproximou com um fingido ar de decepção, deu um tapa amigável no rosto de Finn e disse:

- Pobre Finn, tem tudo nas mãos e não sabe como agir... Ainda bem que tem sorte e eu estou aqui para te orientar. Você vai surgir como o ombro amigo da Fabray, tenho certeza que todos vão ir contra ela quando souberem que ela desistiu de Rach. Daí você entra em cena e tentar reacender o pouco que vocês dois tinham.

Finn se exaltou, Jesse sentiu isso. O ex-quaterback enrijeceu e o olhar, sempre tão gentil e inocente, ficou frio e agressivo. Finn Hudson empurrou Jesse com brutalidade e exclamou:

- Não ouse dizer que o que eu e Quinn tivemos foi pouco! Os primeiros amores são eternos e sinceros, pelo menos mais sinceros do que essa sua relação com a Rachel!

- Ora Hudson, você ainda tinha a impressão de que eu nutria algum sentimento pela Rachel? – Jesse perguntou irônico e fazendo uma careta de pena que fez com que Finn desse as costas a ele, evitando uma atitude impensada, pois a raiva ardia em si. – Se trata de fama, dinheiro, ascensão... Se eu amei Rachel, foi há muito tempo atrás. Amores não movem o mundo, você devia saber disso.

Finn não teve muita noção de seus movimentos a seguir, isso sempre acontecia quando ele estava com o sangue nos olhos. Ele virou-se e apanhou Jesse pela gola do casaco, empurrando-o de encontro a parede. Pode ver a careta de dor de Jesse quando ele bateu a cabeça no concreto, Finn esbravejou e sua fala, pareceu ser um grito de liberdade:

- VOCÊ NÃO SABE O QUE EU SINTO PELA QUINN, NÃO OUSE COMPARAR COM ESSE SENTIMENTO BAIXO QUE VOCÊ SENTE PELA RACHEL!

- Eu sei mais do que você pensa, manco! – Jesse disse agressivo e empurrando Finn para longe de si a custa de muito esforço, os dois ficaram se olhando com intensidade. – Você não percebeu? O que temos aqui é dependência. Eu dependo de Rachel para continuar na Broadway, você depende de Quinn para voltar a ser o quaterback de sucesso! Deixou de ser amor há muito tempo!

Finn ficou olhando para o outro homem incrédulo, enquanto milhões de pensamentos martelavam em sua cabeça. Por um instante, tudo pareceu fazer sentido na cabeça dele. Ele dependia de Quinn, depois que ela o deixara há quatro anos, ele nunca mais fora o mesmo. Ele a culpava por tudo... Ela era a razão de sua felicidade e ao mesmo tempo, de seu sofrimento.

Finn respirou fundo e urrou:

- SAIA DAQUI!

- Eu vou te ligar Hudson, nós ainda não acabamos! – Jesse disse sarcástico antes de sair do pequeno local e bater a porta. Finn afundou-se na poltrona novamente, mas já não estava mais seguro. Ele afundou-se em lembranças, terríveis lembranças...

            Finn estava feliz consigo mesmo. A conversa com Russel Fabray havia sido bastante produtiva e reveladora. Depois de ser sincero com o homem, tinha certeza que teria a gratidão dele por um bom tempo. Era uma questão de tempo até que Quinn finalmente fosse sua.

            Aqueles tickets das apresentações de Rachel Berry na Broadway e depois, aquela estranha conversa entre Quinn e Santana que ele ouviu acidentalmente ao visitá-la em Columbia...

            “S, eu demorei a assumir, mas... Eu amo Rachel, sempre a amei. Estar com Finn era uma mera desculpa para impedir que ela ficasse com alguém que não fosse eu. Só agora eu entendi e céus, por que eu demorei tanto?”

            Só Finn sabia o quanto essas palavras machucaram seu ego. Ele se sentiu humilhado, como nunca se sentira na vida, nem em todas as vezes que levara slushies no corredor e muito menos nas outras vezes que foi traído por Quinn. Era pior, o fato dela estar com ele pensando em outro doía mais do que qualquer traição.

            E ainda tinha um agravante: o outro, era outra. E para piorar, era sua ex-namorada. Justo Rachel Berry, aquela que Quinn perseguira na escola... Era muito para a cabeça do rapaz que ainda se recuperava emocionalmente do corte de sua bolsa.

            - O que você fez com a minha vida, Hudson? – Quinn perguntava aos gritos assim que praticamente arrombou a porta do pequeno apartamento de Finn em Lima. Finn nunca se esquecera dos olhos inchados dela, da respiração descompassada e do ar doentio que ela apresentava. Finn tentou trazê-la para junto de si, mas ela o repeliu e aquele foi o estopim para que ele se defendesse:

            - Eu estou começando a construir a nossa vida, Q. A vida que nós dois planejamos, lembra?

            - Como você quer construir a nossa vida, se você acaba de destruir a minha? – Quinn perguntou sombria, limpando as lágrimas com fúria e olhando para Finn com um desprezo que marcaria a alma dele nos próximos anos. – Eu estava querendo terminar com você, ser sincera e decente... Mas você acabou comigo, Hudson! Você destruiu o que eu reconstruí a muito custo! Eu quero distância de você, quero que você esqueça que eu existo!

            Finn se aproximou por instinto, tentou beijá-la a força... Quinn arranhou sua bochecha e deu um tapa em sua face. Se Santana não tivesse chegado e segurado a ex-cheerio, Quinn teria dado um soco no rapaz, sua mão fechada dizia isso claramente. A loira gritou:

            - Você é nojento, Finn! Eu nunca ia ficar com um cara como você... Eu não vou perder a minha vida com um fracassado manco feito você!

            - Ah é isso, vadia? – Finn exclamou de volta, com a velha ferida do corte da bolsa universitária ardendo em si de novo. Ele aproximou-se de Quinn decidido, porém, Santana colocou o corpo na frente do corpo de Quinn em um ato de proteção, olhou com ódio para ele e rosnou:

            - Se você der mais um passo ou xingá-la... Eu arranco suas bolas e faço com que você as engula e acredite, isso só vai ser o começo!

            Finn afastou-se com um olhar perdido enquanto Santana praticamente arrastava Quinn para fora do seu apartamento. A futura médica ainda olhou-o pela última vez e foi aquele olhar perdido, desolado e melancólico que o derrubou.

            Finn sentiu como se fosse o ser mais desprezível do universo.

            E estava se sentindo assim de novo.

            Finn Hudson estava perdido.

***

            - Vamos Rach. – Quinn ordenou enquanto seus olhos vasculhavam o pequeno corpo da morena ao seu lado. A loira tinha uma expressão fria, um ar aparentemente tranquilo enquanto sua cabeça turbilhonava com muitos pensamentos. Rachel mentira pra mim? – Por que fugimos de repórteres que, aparentemente, sabiam onde estávamos?

            Rachel continuou calada, com a cabeça baixa e as lágrimas começando a escorrer vagarosamente em sua face. A morena torcia os dedos sobre seu colo e estava começando a tremer. Ela soluçou e indicou claramente que não ia responder tão cedo. Rachel estava com medo de sua atitude, estava voltando a temer a perda...

            Quinn bufou impaciente e olhou de esguelha para ela, estava saindo do controle. A médica mudara, mais isso não queria dizer que ela se metamorfoseara em outra pessoa. Ainda era extremamente insegura e a simples ideia de Rachel ter mentido para ela, já lhe machucava. A loira revirou os olhos impaciente e perguntou incisiva:

            - Você mentiu pra mim, Rachel?

            Aquelas palavras duras e sem resquício de qualquer sentimento que envolvia as duas mulheres pareceram tirar Rachel de seus pensamentos e do seu estado de torpor. Ela levantou os olhos, com o medo impresso neles e respirou fundo. Olhou suplicante para Quinn por alguns segundos e a loira entendeu, pelos olhos castanhos de Rachel, o que acontecera. Quinn fez menção de abrir a porta do carro, mas Rachel debruçou-se sobre ela, segurando a mão da ex-cheerio e dizendo:

            - Eu não queria ter mentido... Eu só queria reunir coragem pra te contar... Eu tive medo da sua reação se soubesse que a mídia estava atrás de nós!

            - Teve medo, Rachel? Medo do que? – Quinn rebateu fria enquanto olhava para a morena com os olhos imersos em descrença. Rachel não pode ter mentido pra mim, não ela. Os olhos de Rachel já choravam e mesmo naquela situação, as lágrimas dela machucaram Quinn. – Você podia tudo, menos deduzir o que eu ia fazer!

            - Mas Quinn, você... – Rachel fechou a boca abruptamente e pareceu pensar nas palavras que diria a seguir, nesse tempo, limpou as lágrimas e respirou fundo, tentando conter os soluços. Quinn só observava as atitudes dela, imersa na descrença e na irritação. – Eu nunca duvidei do que você sentia por mim, mas eu tive medo! Você era tão diferente no ensino médio e eu acho que me deixei levar pela imagem da qual eu me lembrava...!

            Rachel não terminou de falar, Quinn bufou furiosa e saiu do carro, batendo a porta com uma força desnecessária. A morena saiu desabalada atrás da ex-cheerio, as duas ficaram paradas em plena estrada, olhando-se. Quinn baixou a cabeça e agitou-a negativamente, em seguida, mordeu o lábio para conter suas lágrimas e disse magoada:

            - Você podia duvidar de tudo, menos do que eu sou agora. Você podia duvidar até mesmo da minha sanidade, mas não da minha coragem em enfrentar tudo por você!

            Rachel tentou se aproximar, mas Quinn afastou-se ao dar um passo para trás. A diva pode ver que existiam lágrimas escorrendo pelo rosto da loira e sentiu um aperto em seu peito, algo lhe dizia que ela já tinha visto aquele filme antes... Imediatamente, sua mente deu o sinal de alerta. Rachel Berry respirou fundo, limpando as lágrimas e disparando mais dura:

            - E por que eu não duvidaria de você? Você sempre foi covarde, Quinn. Sempre se escondeu daquilo que podia te fazer feliz!

            - Você não podia ter duvidado de mim! – Quinn exclamou furiosa e aproximando-se de Rachel, prensando-a de encontro ao capô do carro. As duas se olharam com fogo ardendo nos olhos, com o desejo impresso em suas respirações ofegantes. Mas Quinn se afastou e jogou a cabeça para trás. – Porque ao duvidar de mim e da minha coragem, você duvidou do meu amor!

            - Pare com o drama, Fabray! – Rachel interviu com um ar sentido, Quinn olhou incrédula para ela. Céus, quem é essa Rachel Berry? – Você sempre se apegou as aparências! Será mesmo que cometi um erro tão grande ao querer te proteger das aparências que tanto te machucavam?

            - Você cometeu um erro ao achar que eu era fraca demais para isso! – Quinn exclamou ainda absorta pelas palavras duras e sinceras daquela Rachel que até então, ela desconhecia. Aquela Rachel tinha um ar amargo, incontido e um olhar intenso. Nada lembrava a Rachel meiga, apaixonada e frágil de momentos atrás. – O problema não é você ter me protegido ou o raio que o parta, Berry! O problema foi você não acreditar em mim, não acreditar que eu mudei!

            - Me poupe Fabray! – Rachel exclamou cansada e levando a mão à cabeça ao sentir uma pontada de dor, Quinn deu um passo vacilante na direção dela, mas parou quando recebeu um olhar furioso. – Eu não vou ficar aqui ouvindo você julgar minhas atitudes se nem ao menos, você se preocupa em ouvir as minhas defesas!

            - O que você está fazendo? – Quinn perguntou incrédula enquanto perseguia Rachel de volta ao carro, a morena preparava-se para entrar no volante e ela parecia decidida. – É isso? Você vai dar um tempo?

            - Vou, Fabray! – Rachel disse abrupta e entrando no carro, fechando a porta com um estrondo. Em seguida, a morena acelerou e observou pelo retrovisor do carro, a silhueta de Quinn ir diminuindo conforme a estrada passava por si.

            Quando julgou estar numa distância segura, as lágrimas começaram a cair e Rachel sentiu-se fraca de novo. Sentiu-se fraca como há muito tempo não sentia, parecia que todos os seus medos estavam sendo jogados na sua face de novo. Parecia que a vida lhe mostrava que felicidade no amor, não era para ela.

            A morena podia até ouvir os pedaços partindo-se em seu coração, dramático, não? Como podia ser a única errada naquilo tudo se estava tentando protegê-la?

            Quinn, parada no acostamento da estrada e olhando o carro se afastar, perguntava-se como Rachel ainda podia duvidar dela.

            E assim as duas ficaram, com perguntas não respondidas enquanto se afastavam cada vez mais.

***

            - Estrelinha? – Hiram Berry perguntou ao vento quando ouviu a porta de entrada da casa dos Berry abrir-se de supetão, entre suspiros e passos correndo ao longo da escada. Olhou de esguelha para Leroy que levantou-se da mesa e correu atrás da filha pelas escadas.

            O homem parou na porta do quarto de Rachel e encostou o ouvido na porta, escutou soluços e suspiros pesados. Seu coração de pai inchou de dor dentro do peito, ele pigarreou, tentando conter a própria fraqueza e perguntou:

            - Rach, querida? O que aconteceu?

            Os suspiros cessaram, assim como os soluços. Leroy ouviu passos próximos a porta, Rachel a abriu e olhou para o pai com os olhos banhados em lágrimas, o homem deu um passo e imediatamente, Rachel pulou em seus braços.

            Quinn Fabray quebrara sua promessa e Leroy Berry não conseguia sentir raiva daquilo, porque estava imerso na tristeza da própria filha.

            - Q? – Santana perguntou ao ouvir o barulho de chaves e a porta se abrindo com um rangido, ouviu passos no hall e em seguida, uma Quinn de aparência doente aparecer no portal. Brittany deixou a louça na pia e perguntou:

            - Alguma coisa nos exames de Rachel?

            Quinn agitou a cabeça em negação e sentou-se a mesa, do lado de Santana. A latina respirou fundo e olhou para Brittany que pareceu amedrontar-se com o que se passara na cabeça da noiva. Santana pigarreou e olhou para a amiga que tinha os olhos opacos e perdidos, segurou a mão de Quinn por cima da mesa e perguntou:

            - O que aconteceu?

            - Rachel, ela... – Quinn vacilou nessa parte, a loira levantou os olhos para as amigas e respirou fundo. Santana percebeu ali o que acontecera. – Rachel não me disse que a mídia havia descoberto sobre nós, acabamos discutindo após encontrarmos meus pais no hospital.

            - Discutiram por que, Fabray? – Santana perguntou em um tom mais agressivo do que o normal, recebeu um olhar desanimado de Brittany que sentou-se do outro lado de Quinn, esta suspirou antes de responder:

            - Por ela não me contar sobre os repórteres. – Quinn soltou a mão de Santana da sua e deu um soco na mesa, levantando-se em seguida. – Céus, ela tinha acabado de me defender na frente de todo o hospital!

            - E você ainda discutiu com ela? Realmente Fabray, você é uma vad...! – Mas Santana não completou a frase, pois Brittany interrompeu-a em seguida:

            - Chega S, Quinn não precisa ouvir isso agora. Ela precisa esfriar a cabeça...

            - Não, ela não precisa disso, B. – Santana interpôs-se a noiva com um olhar descrente e um ar irritado. A latina levantou-se e caminhou até Quinn, encarando-a com decepção. – Eu não acredito que você lutou por essa mulher pra discutir por uma besteira!

            - Eu que não acredito ter lutado por mais mentiras! – Quinn elevou o tom de voz e colocou as mãos na cintura, em sinal de visível inconformismo enquanto Santana revirava os olhos para ela. A latina empurrou-a de volta para uma cadeira e bronqueou:

            - Mais mentiras, Fabray? Você sempre viveu uma vida de mentira e nunca, nunca, se incomodou com isso! Agora, você vai deixar que uma pequena mentirinha estrague a sua felicidade? Você já continuou infeliz por muito mais!

            Quinn ergueu-se como uma leoa, a loira chutou a cadeira enquanto fuzilava a melhor amiga com os olhos. Brittany se levantava, pronta para apartar uma briga. Quinn afastou-se e respirou fundo, antes de dizer:

            - Mas é uma mentira, da garota que eu amo! Você sempre jogaram na minha cara que eu devia ser mais sincera e por que eu não posso exigir isso dela também?

            - Ela nem sequer mentiu, Fabray! – Santana rebateu com aquele ar irônico que sem querer, aflorava a sua personalidade quando ela estava nervosa. – Ela quis te proteger e lembrando-me da antiga Quinn, ela fez certo. Você seria capaz de lidar com a mídia inteira dizendo que você é lésbica?

            - O que isso tem a ver? – Quinn perguntou inconformada enquanto olhava para Santana, Brittany levantou-se e ficou atrás da noiva, tentando acalmá-la. – Por que todo mundo tem achado que eu sou a errada da história?

            - Vai ver, é porque você sempre errou a vida toda! – Santana murmurou sarcástica com aquela sobrancelha arqueada que tanto irritava Quinn, Brittany deu uma pisada no pé da noiva por aquelas palavras erradas em tom inoportuno. Quinn olhou incrédula para as duas e disse decepcionada:

            - Querem saber? Danem-se.

            E voltou a sair da casa. Santana e Brittany se entreolharam num misto de confusão e temor. Ou ela vai fazer besteira, ou ela vai se acertar com a Berry.

***

            Rachel não precisou de muito esforço para acordar na manhã seguinte, passara a noite em claro e seus olhos ardiam por chorar boa parte dela nos braços dos pais. Ela se jogou para fora da cama e caminhou diretamente para o banheiro. Observou pelo espelho que seus olhos estavam ligeiramente vermelhos e que tinha uma aparência deplorável. Tentou dar um jeito com um banho e uma boa maquiagem.

            Ela daria tudo para não ter que voltar ao McKinley naquele dia, mas já tinha se comprometido com Mr. Schue. Do jeito que estava, seria capaz de deprimir os membros do atual Glee Club em vez de animá-los.

            A morena arrastou-se para o andar debaixo e sequer tocou na comida que seus pais quase enfiaram-lhe garganta a baixo. Tentou dar um sorriso, mas nem isso conseguiu. Rachel simplesmente saiu de casa, ignorou os fotógrafos que se escondiam em seu quintal. As fotos tiradas naquela amanhã, nas quais ela estava de óculos escuros causariam muitas suposições nos sites sensacionalistas, mas ela não estava nem aí.

            Sua mente e seu coração estavam ocupados com Quinn Fabray. Claro que não ligara e nem mesmo, mandaram uma mensagem. Mas aquelas atitudes lhe machucavam, assim como os pensamentos que permeavam sua mente. Não estava sendo egoísta? Não estava sendo incompreensiva? Não estava pronta para voltar a amar?

            Rachel não sabia as respostas daquelas perguntas, só sabia do recente vazio que ocupava o lugar onde devia estar Quinn em seu coração e ela não gostava nada daquela sensação.

            A morena dirigiu até o McKinley e foi recepcionada por mais fotógrafos e repórteres ao seu redor. Saiu do carro e pediu um pouco de privacidade, Mr. Schue praticamente puxou-a para dentro da escola com um sorriso agradecido. Rachel conseguiu disfarçar dessa vez, retribuindo-lhe, até porque, ela realmente estava feliz por estar de volta.

            - Obrigada por vir, a escola está um alvoroço por sua causa! – Mr. Schue disse animado enquanto a puxava pelo corredor, os alunos estavam em aula. Mas Rachel pode ver alguns professores olharem impressionados pela janela da porta de suas respectivas salas.

            - Eu que agradeço, Mr. Schue. Precisava fugir um pouco de NYC! – Rachel disse sincera e segurando o braço do professor com um ar melancólico, Mr. Schue deu leves tapinhas na mão da garota enquanto sua expressão perdia toda a animação, dando lugar para um ar gentil.

            - Deve ser difícil lidar com a mídia todos os dias.

            - Mais difícil ainda é lidar com a mídia interferindo em sua vida particular, isso é pior. – Rachel disse com um sorriso leve e mentiroso na face, Mr. Schue percebeu aquilo, mas nada comentou, preferiu dar um sorriso de apoio e continuar a guiá-la pelos corredores.

            Conforme caminhava, Rachel sentiu outra emoção tomar seu peito. A melancolia. Ela observou tudo no McKinley com os olhos brilhando, viu passar por si o laboratório de biologia, a biblioteca, os armários, o mural das Cheerios... Imediatamente desviou o olhar. Mas antes, conseguiu ainda ver os cinco anos consecutivos em que as Cheerios ganharam o Campeonato Nacional sob o comando de Quinn.

            Mas seus olhos foram invadidos, logo em seguida, pelo mural ao lado da sala do Glee. Sorriu ao ver a foto do grupo junto ao troféu ganho em 2011, ela passou os dedos pela foto como se o toque fosse reviver cada lembrança em sua mente e de certa forma, sentiu-as voltando lentamente... Ouviu o anúncio do campeão, seguido do silêncio incrédulo, depois dos aplausos, dos gritos e do troféu em suas mãos. Sentiu os abraços, os sorrisos, o beijo de Finn... Rachel preferiu cortar seus pensamentos nessa parte.

            Mr. Schue que contemplava tudo visivelmente emocionado, não ousou interferir. Quando a sua ex-aluna virou-se novamente para olhá-lo, ele achou ser o momento para avisar:

            - Vou entrar e dizer que você não veio, então, você faz alguma daquelas suas entradas de efeito, ok?

            Rachel acenou com a cabeça enquanto ria do professor, ele realmente não se esquecera. Mr. Schue fez um ok com a mão e entrou na sala, deixando a porta entreaberta. Rachel apressou-se para se afastar e não deixar ninguém vê-la.

            Nesse instante, seu celular vibrou em seu bolso. Rachel apanhou em total desespero e sorriu ao ver quem era. Quinn finalmente enviara uma mensagem, mas ao abrir, Rachel desejou que nunca sequer tivesse dado uma chance a Quinn Fabray. Era uma foto e pior, uma foto dela com Finn.

            Rachel entrou em estado de torpor, sem saber o que fazer. Ouviu a voz de Mr. Schue chamá-la, assim como ouviu a voz da própria Quinn no corredor:

            - Rachel!

            E ela ainda estava com a mesma roupa da foto... Rachel segurou as lágrimas e ignorou o chamado, entrando na sala em seguida. Foi recebida por um silêncio e em seguida, por gritos e aplausos, se sentiu envolvida por milhões de abraços e sorrisos. Depois, deu seu melhor sorriso de 1000 watts para a turma e disse:

            - Bom dia, Mr. Schue pediu uma ajudinha para mim... Ouvi dizer que estão desanimados.

            - Desanimados não seria a palavra correta. – Uma loira animada disse no canto da sala, Rachel sentiu-se voltando ao ensino médio quando viu todos na sala suspirarem irritados. – Estamos sendo dizimados nessa escola, desde que o seu Glee Club ganhou e nós perdemos por dois anos seguidos, somos considerados um bando de perdedores.

            - Eu não estou desanimado, pelo contrário, estou muito animado. Miss Berry, quantos anos você tem? – Um jogador de futebol perguntou com um sorriso malicioso. Rachel sorriu, pois ele lhe lembrou Puck. Mr. Schue bronqueou o rapaz e Rachel disse:

            - Mas o Glee Club realmente é um grupo de perdedores, mais que isso, uma família de perdedores.

            - Eu não sou perdedora, estou aqui pelo Aaron e para evitar que aquela coisinha ali no canto roube-o de mim! – Uma cheerio morena, de ascendência latina e que muito lembrou Quinn Fabray disse com um ar ameaçador, um loiro grandalhão remexeu-se incomodado quando ela disse isso. Mr. Schue revirou os olhos e disse:

            - Quinn Fabray, também entrou no Glee com a mesma desculpa e ficou conosco até o fim. Até largou as Cheerios e pelo que eu sei, você a idolatra, Samantha.

            - Por pura coincidência, Quinn está lá fora. Pode chamá-la, Mr. Schue? – Rachel disse abruptamente, com uma idéia maligna formando-se em sua mente. O professor olhou confuso para ela, mas Rachel apenas lhe sorriu falsamente. Ele abriu a porta e uma Quinn Fabray envergonhada entrou por ela, Rachel só conseguiu sentir nojo.

            - Não te esperava por aqui, Q. – Mr. Schue disse temeroso, sentindo a mesma energia ameaçadora já conhecida por ele pairar entre as duas. Foi a vez das cheerios olharem para Quinn com admiração e respeito. A loira apenas acenou e ficou de pé, ao lado de Rachel. A morena deu um passo disfarçado para o lado e anunciou:

            - Bem, devem estar pensando se eu realmente canto tão bem quanto falo, não é?

            - Na realidade, ela sempre falou demais. Mas canta muito bem. – Quinn disse com um sorriso sincero e recebendo risadinhas de volta, Rachel sequer olhou para ela. Mr. Schue sorriu e disse:

            - Quinn também canta muito bem, só está sendo modesta. Aqui no Glee Club, todos são aproveitados.

            - Mesmo aqueles que querem solos frequentemente, como eu. – Rachel completou com um sorriso e mais risadinhas vieram em seguida. Quinn percebeu que o que a separava de Rachel era mais do que a distância de seus corpos quando teve um vislumbre dos olhos frios da morena sobre os seus. – Todos aqui possuem um valor e vocês só vão chegar a algum lugar se começarem a aceitar as diferenças e principalmente, a se aceitarem.

            - Não vai me dizer que você vai cantar Born This Way... Lady Gaga é tão old! – Um garoto de cabelos cor de palha disse com um tom de voz esnobe e irônico, lembrando Kurt Hummel falando o mesmo de Journey há uns anos. Rachel sorriu, tudo aquilo lhe era familiar e ela descobriu o quanto sentia falta do Glee. A vida da Broadway não trazia metade da alegria que aquele clube lhe trouxera...

            - Eu vou cantar com o coração, essa foi a principal lição que Mr. Schue me ensinou... – Rachel anunciou mais séria e olhando com admiração para o professor que quase desabou em lágrimas, Quinn rapidamente correu para uma das cadeiras acompanhada pelos olhares de admiração das cheerios que ali se encontravam. Rachel caminhou até a banda e sibilou o que ia cantar.

            A música começou em seguida.

If I was drowning in the sea

Would you dive right in and save me?

If I was falling like a star

Would you be right there to catch me?

if I was dreaming of your kiss

Would you look right through me?

Quinn que estava de cabeça baixa levantou os olhos imediatamente ao ouvir os primeiros versos. O que Rachel queria dizer com aquilo?

On the street I'm waiting

In my heart it's raining

            Sua resposta veio naqueles versos e nos olhos de Rachel que passearam de relance pela sua face incrédula. E aqueles olhos diziam claramente que Rachel Berry estava machucada, de novo.

Your eyes are holding up the sky

Your eyes make me weak, I don't know why

Your eyes make me scared to tell the truth

I thought my heart was bullet-proof

Now I'm dancing on the roof

And everybody knows I'm into you

            Rachel agora percorria a sala e todos olhavam bobos para ela. Mr. Schue se continha em um canto enquanto Quinn a observava destruir suas esperanças aos poucos.

If my heart was sadder than a song

would you still listen?

If my tears fell on you, one by one

Would you see them glisten?

            Quinn respirou fundo, porque nesse momento, uma imensidão de sentimentos desproporcionais preencheu o seu coração. Rachel aproximou-se dela e tocou-lhe levemente o braço, cantando.

On the street I'm waiting

In my heart it's raining

            Quinn tentou tocá-la, mas seu auto-controle falou mais alto e ela segurou-se na cadeira. Rachel afastou-se dela, voltando para o centro da sala e tocando o peito, sentindo seu coração bater.

Your eyes are holding up the sky

Your eyes make me weak I don't know why

Your eyes make me scared to tell the truth

I thought my heart was bullet-proof

Now I'm just dancing on the roof

            Rachel abriu os olhos, as lágrimas estavam ficando difíceis de segurar. Ela queria e não podia olhar para Quinn, seu coração recusava-se a acreditar na briga e na foto.

Every single thing you say makes me want to run away

Sometimes love's a rainy day but life goes on

            Houve aplausos nesse momento, mas nenhuma das duas ouviu.

Your eyes are holding up the sky

Your eyes make me weak, I don't know why

Your eyes make me scared to tell the truth

I thought my heart was bullet-proof

But I'm dancing on the roof

            Rachel continuava a ser aplaudida, mas ela ignorava porque nesse momento, ela decidiu olhar para Quinn. A loira a contemplava com um ar sério e com uma expressão indecifrável na face, Rachel julgou ser aquela, a defesa para sua traição.

And everybody knows I'm into you

            Mais aplausos. Rachel ouviu Mr. Schue dizer alguma coisa, mas estava distraída demais observando Quinn limpar as lágrimas e sair dali as escondidas.

            Aquela era a resposta, Rachel não precisava de mais nada.


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Notas finais do capítulo

Por que eu estou com a péssima impressão de que serei amaldiçoada após esse capítulo? :/

Ainda não odeiem nenhuma das duas, porque a fanfic está longe de acabar... Gostaram de saber sobre o passado do Finn?

Mas é isso, se querem atualizações rápidas, comentem!

Música do capítulo: Your Eyes - Alexz Johnson.

Beijos e até o próximo capítulo.