Accidentally escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 42
043.


Notas iniciais do capítulo

Notas iniciais: Ei galerinha, como vocês estão? Capítulo novo na área. E eu não demorei ~aleluia~ E esse é realmente o penúltimo capítulo. Eu gostei, então espero que vocês curtam também. Ele tem uma dinâmica... Diferente. Eu espero que vocês entendam. Uma dica da titia: Leiam tudo com atenção. Leia até os comentários do site, porque tão valendo a pena, sério. Enjoy babes s2
PS: Meu presente de dia das crianças procês, já que eu não ganhei nada. Penúltimo capítulo enorme *-* kk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/128530/chapter/42

“— Bella, eu e você podemos... — tentei começar, mas nem sabia ao certo o que dizer, só queria que não acabasse. Não daquele jeito.

— Não! — ela me interrompeu imediatamente com uma voz chorosa, que partia meu coração. — Não existe eu e você, então não pense em jeitos ou modos de fazer isso dar certo, nunca vai dar. Eu estou saindo disso antes que afunde totalmente, estou saindo enquanto ainda estamos em paz, estou tirando meu coração de campo enquanto ele está inteiro. Me deixa entrar e não me procura mais, evite me encontrar e eu farei o mesmo. Na terça-feira você vai embora e tudo volta ao normal. Por favor, Edward, eu não vou agüentar outra queda daquela, dói pra caralho! — ela me pediu com os olhos fechados, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Então os abriu. Não sei nela, mas porra, como estava doendo em mim escutar aquelas palavras. — Vai embora e, por favor, me deixa sair inteira dessa, eu estou te implorando!

— Bella, eu não...

— Eu também não. — disse sem me deixar terminar a frase, fez uma pausa para engolir seco. E então disse as palavras que nunca quis ouvir saindo da boca dela. Palavras que foram como ferro quente entrando em meu coração. Ela disse: — Adeus Edward.

Eu não tive tempo de reação alguma, ela entrou rapidamente e bateu a porta.

E eu fiquei ali parado por vários segundos. Eu não conseguia reagir, mas esperava que algo acontecesse. Talvez esperasse que ela saísse dizendo que era tudo mentira, que tudo voltaria ao normal e me abraçasse com força? Eu não sei o que esperava, mas nada aconteceu. Ela tinha entrado de vez.

Sai dali meio confuso e antes de entrar no carro, parei encarando a casa. Nenhum sinal de Bella. Acabou, Edward, acabou! – a realidade gritava em minha mente, me puxando para seus braços. Entrei no carro e dirigi com toda velocidade para casa. Quando cheguei em casa, agradeci e entreguei as chaves a Nessie, não dando a chance de ninguém começar conversa. Não estava com vontade de explicar ou conversar. Apenas subi pro quarto, tranquei a porta, joguei o tênis longe e me joguei n acama.

Se é o certo, por que está doendo tanto? O certo devia ser fácil. Simplesmente acontecer. Vai ver por isso passei minha vida inteira errado. Porque na verdade o errado é fácil. É simples. E acontece sem esforço. Já o certo? Eu não tinha em experiência em fazer a coisa certa, mas se isso era a coisa certa, o certo era fodidamente doloroso e eu queria voltar a errar. Peguei o meu celular no bolso e abri uma foto da Bella. Ela estava sorrindo dentro da picape. E então, para a minha total surpresa, comecei a chorar. Chorar era fácil naquele momento. Por que, Bella?

Deitado de lado na cama, com o rosto no travesseiro eu me deixei chorar. Eu chorava baixo, evitado fazer barulho que chamasse atenção, pena era algo que eu não precisava no momento, mas um choro sofrido. Há tempos eu não chorava desse jeito, a última vez que tinha chorado assim fora quando eu voltei a falar com Rosalie. Sempre gostei de ser forte e não demonstrar fraqueza, sempre achei que nada podia me atingir e derrubar, mas agora... Eu estava desmoronando por causa de uma nativa que conheci há quase um mês. Ironias da vida...

Eu errei. E tinha absoluta noção disso, e ninguém nesse mundo podia me odiar mais do que eu mesmo. Tinha deixado escapar por entre meus dedos a mulher mais incrível que eu já tinha conhecido (afinal, minha mãe e minha irmã não podiam entrar na lista de ‘futuras esposas’ seria doentio). Era ela. E eu com toda a minha idiotice, a deixei escapar. Talvez se eu tivesse dito antes que tinha que ir embora, talvez... Se... Talvez... Se... Nunca percebi o quanto essas duas palavrinhas podiam ser dolorosas. Mas uma coisa eu tinha percebido: Percebi o quanto nosso relacionamento tinha me levado para outro mundo. Um mundo perfeito onde éramos apenas nós dois e o que sentimentos um pelo outro, éramos fortes e quase imbatíveis, eu faria o inferno por aquela garota, mas agora ela tinha me empurrado de volta para a realidade e cair nela estava doendo o inferno. Era uma dor que eu nunca tinha sentido, mas eu queria que parasse. Eu queria choramingar, gritar e implorar que parasse. Por favor..."


Ela terminou de ler aquele capítulo com o rosto encharcado. Nem sabia que era possível ter tantas lágrimas em uma única pessoa. Cada capítulo daquele livro era um soco em seu estômago, um soco forte. Estava se sentindo estúpida. E se não tivesse se precipitado em acabar tudo? Talvez... Riu da ironia, tinha acabado de ler isso no livro e era a pura verdade: Talvez... Se... Talvez... Se... Nunca percebi o quanto essas duas palavrinhas podiam ser dolorosas. O fim pode ser doloroso, mas a dúvida? Ah, essa tortura de uma forma infinitamente pior.

Fazia dois dias que Bella tinha assistido a primeira entrevista televisionada ao vivo de Edward, no Breakfast with stars. Entre muitas risadas, sorrisos e agora lágrimas, estava quase no fim do livro. E estava sendo doloroso ler, porque era reviver tudo.

E nesses dois dias, além de tê-lo no livro, o tinha na televisão. Em dois dias, tinha dado entrevista em três lugares diferentes. E ela tinha assistido a todas:

Good Morning America...

— Edward Cullen! — a apresentadora loira anunciou e a platéia fora ao delírio, muita gritaria e aplausos. Tinha outra apresentadora morena e um homem; as mulheres no sofá e o homem em uma poltrona. Desconcertado, Edward entrou sorrindo e acenando para platéia, cumprimentou os apresentadores e sentou entre as mulheres.

— Ok, ok, se acalmem meninas! — o apresentador pediu sorrindo. Edward sorria, mexendo nos cabelos e meio envergonhando. — Que recepção hein? Se eu tivesse uma recepção dessas nos lugares que eu fosse, já ia tirando a roupa e mandando as garotas fazerem fila. — falou e mexeu no próprio colarinho. Todos riram.

— Que vulgar George. — a apresentadora loira disse. — Além do mais, você não é o Edward. Ele é extremamente bonito, solteiro, está sendo um sucesso de vendas e é romântico, afinal podemos ver isso no livro. Quero dizer, você era um cafajeste e mudou, isso é incrível!

— É, acho que sim. Eu acho que amadureci, é diferente. Hoje vejo e sinto coisas que nunca senti, e que na verdade nunca imaginei senti. Apesar de estranho, é... Fantástico. — sorriu.

— Você tem milhares e milhares de fãs por todo o país Edward, mulheres de todas as idades querendo estar no lugar da nativa, e eu suponho que até gays, ou homens se inspirando em você. Como está sendo isso pra você? — a apresentadora morena perguntou.

— Estranho. — riu. — Não posso ser hipócrita e dizer que antes não tinha ninguém atrás de mim...

— Você era O cara, certo? — George, o apresentador, comentou rindo.

— Eu não me envolvia com as garotas certas. Isso não me fazia O cara, me fazia um moleque. Eu me envolvia com garotas mais fáceis, daquelas que quanto mais você pisa, mais elas grudam. E de maneira nenhuma quero ofender as mulheres, porque pra mim existem mulheres como as que eu pegava, que servem apenas para uma noite, e as como a minha mãe, como minha irmã e até como a nativa, que são daquelas que você vai se arrepender amargamente se perdê-la.

— Então você se arrepender de ter pedido a nativa?

— Aham. Sinto o gosto amargo do arrependimento todos os dias, da hora que acordo até a hora que vou dormir, é um gosto que nem todo o álcool do mundo pode tirar da minha boca ou disfarçar. — sorriu meio tristonho e mexeu no cabelo.

The View...

Edward estava sentado ao centro junto a uma mesa de meia lua, e ao seu redor as quatro apresentadoras do programa – duas loiras e duas negras. Na frente de cada um uma xícara do programa com água e com as apresentadoras as fichas do programa. Depois de conversaram sobre a parte técnica do livro, uma das apresentadoras negras, perguntou:

— Edward você fez milhares de mulheres chorarem pelo mundo, até eu mesma. Porque você vê um romance tão leve e lindo crescendo, amadurecendo e se firmando, mas que acaba sem um final feliz. Depois de ter vivido isso e agora, o que, um mês depois? — Edward assentiu. — Um mês depois, como você se sente com isso? Qual o balanço disso? Encara como uma vitória ou uma derrota?

— Acho que teve um pouco dos dois, digamos que foi então... Um empate. — riu. — Porque quando fui para Forks, minha única intenção era escrever e eu fiz isso, o livro aconteceu e agora está um sucesso, então isso foi uma vitória. Nesse mês em Forks, eu aprendi e cresci como pessoa, eu virei um homem de verdade e deixei aquele moleque que era para trás, então isso também foi uma vitória. Não fiquei com a nativa, isso foi uma derrota dolorosa, mas não se dá pra vencer sempre né? — tentou sorrir.

— Essa é a vida. — a loira comentou sorrindo.

— Definitivamente, essa é a vida. As derrotas fazem parte né? Se só vencêssemos, não íamos valorizar tanto uma vitória. Se não tivéssemos que sentir o amargo doce de uma derrota, o doce de uma vitória não seria tão bom de sentir. Essa é a vida, tem uma frase que minha irmã adora e eu gravei, não me lembro ao certo a autora, mas é bem isso: A vida voa na sua cara, esbarra no seu rosto, suja sua vaidade, corrompe suas certezas, e você não pode fazer nada. A não ser lavar o rosto e começar tudo de novo. Essa é a vida! — sorriu e recebeu uma chuva de aplausos de todos na platéia e das apresentadoras.

E por fim, The Ellen Degeneres show…

— Definitivamente Edward, você é sexy. Quando me falaram sobre sua beleza, quando vi fotos suas e até vídeos pensei que você era realmente, mas ao vivo, você consegue surpreender ainda mais, cara, você é quente! — Ellen falou zombeteira como sempre. A platéia gritou confirmando, Edward apenas riu. — Eu sou gay, sou assumidamente lésbica e adoro mulheres, sou casada com a mulher que eu amo, mas pra você abriria uma exceção.

— É, obrigada, eu acho. — os dois riram. Edward se ajeitou na poltrona.

— Que doce, ele ainda se envergonha com elogios, mas você deve estar recebendo muitos elogios. Quantos pedidos de casamento?

— Oh, muito mais do que eu imaginava. — riu. — Pessoas me oferecendo consolo, colo, casa, comida e roupa lavada.

— Podemos fazer um reality show: Em busca de uma nova nativa. — ofereceu sorridente.

— Acho que não, estou bem assim. — ele riu mexendo no cabelo, fazendo Ellen e a platéia rir.

— E esse cabelo, em toda entrevista que vejo você está mexendo nesse cabelo, é que ele que atrai as mulheres?

— Não sei. Tenho essa mania desde adolescente, na verdade nem gosto de lavá-lo, só mexo mesmo, então acho que não é ele. — fez uma careta graciosa, como se estivesse pensando na possibilidade. — Acho que é minha idiotice.

— Com certeza. — Ellen riu.

— Ok, ok. Minha mulher leu seu livro, ela é definitivamente sua fã e tive que perguntar o quão gay ela é e o quanto ela me ama pra trazê-la até o estúdio hoje pra te conhecer, não quis arriscar né. — Edward e platéia riram. — Ela simplesmente não conseguia largar seu livro e eu me interessei, comecei a ler também, ela acabou primeiro, obviamente, e acabou chorando como um bebê. E eu não sabia que era real, tentei consolá-la falando: Calma, Portia é só um livro, só ficção. E ela entre soluços disse: Nã-ão, nã-ão é só um livro, é re-al... É Ba-se-a-do em... fa-fatos re-reais... eles nã-o acaba-ram ju-juntos Elly... — imitou uma voz chorosa, os soluços e gaguejadas de uma pessoa chorando, fazendo todos rirem. — E quando acabei de ler, eu estava chorando, e ela me consolando. Mas ela não me consolava como eu, sinceramente, ela me consolava toda se sentindo, eu sabia que aquele sorrisinho dela significava: Só ficção, puf, eu avisei, eu avisei. — Edward gargalhou.

— Eu nunca pensei que tantas pessoas chorariam com o livro, sempre que converso com fãs do livro, sempre me dizem que choraram. Até minha irmã e meu cunhado, meu cunhado é um cara gigante e musculoso, chorou feito um bebê. É meio estranho. — riu sinceramente.

— É que em livro, filmes, séries, em tudo, na maioria das vezes quem sai chorando é a mulher, então quando vemos um homem adulto sendo sincero e forte o suficiente para assumir que sim, chora e sofre por uma mulher, isso mexe com os hormônios e faz com que as mulheres tenham esperança nos homens, no mundo talvez. E mesmo quando não são os hormônios, o livro faz com que todas as pessoas que já tiveram o coração partido se coloquem no seu lugar ou que sonhem em ter um homem assim em sua vida.

— É, deve ser isso. — sorriu constrangido e mexeu no cabelo de novo.

— Então eu tenho uma dica pra vocês mulheres: Se um homem chorar por você, se escrever um livro pra você e for em rede nacional dizer que é você que ele quer, acredite nos sentimentos dele. Não o deixe escapar, porque será a maior burrada que você pode fazer. Por que se isso aqui não é real? O que mais pode ser? E nativa inocente, você estará assinando seu atestado de idiotice se deixá-lo escapar. — falou olhando para a câmera.

Bella assistira todos e chorara em todos. Seu forasteiro...

Eu sou idiota mesmo, confessou a si mesma. 

*

*

“          Após todas as despedidas, todos acenaram para mim e eu para eles. Eu estava prestes a chorar, quando olhei para o restaurante. Bella. Sinceramente não tinha esperanças de vê-la, olhei mais por extinto, mas lá estava ela. Bella estava parada do lado de dentro do restaurante, vendo pelo o vidro toda a despedida, mas não se aproximara. Meu coração se apertou. Estava longe demais, então não consegui ver se ela chorava, mas algo tinha certeza, ela não estava sorrindo. Eu queria correr até ela e lhe abraçar forte, tirá-la do chão e lhe apertar contra o meu peito, sentir o cheiro de morango dos seus cabelos e guardá-lo em minha mente para sempre, queria dar, pelo menos, uma despedida digna a tudo que tínhamos vivido, mas eu não podia. Eu não tinha o direito de fazer isso com ela, se era distância que ela queria, era isso que ela iria ter. Não podia machucá-la ainda mais.

Hesitei, mas lentamente ergui meu braço e acenei.

Expectativa: Ela sorriu entre lágrimas, correu para a porta do restaurante, abriu-a sem calma alguma e veio correndo em minha direção. Seu sorriso era enorme e seus cabelos voavam com o vento, eu fui caminhando até que ela chegou e pulou em meus braços, peguei a no colo e apartei contra o meu peito, suas pernas estavam fechadas em minha cintura e seus braços em meu pescoço. Ela estava chorando e sussurrando em meu ouvido o quanto me amava, entre lágrimas, eu sorria também.

Hahaha, bela expectativa não? Mas então eu acordei para a realidade.

Realidade: Desprezo. Nenhum aceno seco, nenhum sorriso, nenhum dedo do meio, absolutamente nada. Ela nem se moveu. O desprezo dela era mais doloroso do que eu podia imaginar. E então uma lágrima escapou por meu olho, e essa lágrima era apenas o inicio do que viria a seguir, eu tinha certeza, porque é impossível que venha apenas uma ou após essa uma escapar, controlar as outras, não, ela apenas anuncia o choro que vem a seguir. Não tinha força (ou melhor, coragem) de olhar para os outros, soltei o ar com força e entrei no táxi batendo a porta. Dentro do táxi, joguei minha cabeça para trás, sobre o banco, e deixei as lágrimas saírem silenciosamente pelos meus olhos.

Eu estava indo embora, deixando para trás aquela nativa. A minha nativa.

Adeus, nativa inocente...”

Depois desse pedaço veio mais algumas coisas. Ele descreva o quanto a viagem de volta fora entediante e cansativa, o quanto não queria estar partindo desse jeito e então o reencontro com Rosalie e Emmett, depois o fim.

“O aeroporto estava estranhamente cheio. Várias pessoas se despedindo, se reencontrando, se conhecendo. E no meio de toda aquela mistura de sentimentos, eu andava lentamente procurando rostos conhecidos: Rosalie e Emmett.

— Edward?! — escutei a voz conhecida e animada.

Rosalie, Rosalie, Rosalie! Meu cérebro gritava descontroladamente, me virei para o lugar de onde vinha a voz e lá estava a minha irmã parada. Ela estava linda, mais do que eu se lembrava. Na verdade Rosalie sempre fora extremamente linda, assim como a minha mãe. Usava um justo jeans que faziam jus a suas curvas, um top preto tomara que caia e por cima uma jaqueta de couro vermelha, além do habitual salto alto. Ela sorria animada e logo atrás estava Emmett, de jeans e camiseta com decote em V, sorrindo também, e carregando a bolsa da namorada.

— Rosalie! — exclamei emocionado, deixei o carrinho ali mesmo e andei rapidamente até minha irmã.

Rosalie pulou em meus braços, fechando os braços em volta de seu pescoço. Eu lhe abraçava pela cintura com força, mas com cuidado para não machucá-la, até a erguei um pouco do chão.

— Ai Edward, estava com tanta saudade. — Rosalie disse em meu ouvido, eu a coloquei no chão.

— Eu também Rose, estava com muita saudade de você.

— Mas não pense que vai se livrar dessa tão fácil. — ela disse com um sorriso no rosto, que logo sumiu e começou a bater no meu braço. E com força. Oi? — Como. Você. Ousa. Viajar. Sem. Me. Avisar. — falou pousadamente distribuindo tapas e socos em meu braço. Eu ria, mas sentia os golpes, quando ela tinha ficado tão forte?

— Eu sei... Ai, calma ok? — segurei seus braços. — Sinto muito, mas valeu à pena. Tenho muito pra te contar e deixarei você me bater depois, agora cala a boca e me deixe te abraçar mais um pouco, eu senti sua falta, mandona.

— Af. Com esse jeito, como negar, peste? — ela se derreteu toda. Eu devia fazer um livro: Como derreter irmãs valentonas, eu sou expert nisso. Ela me deu outro soco (talvez não tão expert), mas voltou a me abraçar. — Idiota!

Idiota. Isso me lembrava uma única coisa. Ou melhor, uma pessoa. Bella. Retrai-me instintivamente só de ouvir aquela palavra, sentia meu coração doer novamente.

Nota mental: Avisar a Rosalie não me chamar assim.

Após abraçar Rosalie, virou-me para Emmett, que abriu um grande sorriso e os seus grandes e musculosos braços.

— Fala cunhadinho!

— Emmett. — disse sorrindo e ri, então abracei o meu cunhado. Emmett era realmente grande, não apenas de altura, mas largura, com peito e ombros largos, então eu coube em seus braços e ainda fui tirado do chão com facilidade, como se fosse eu uma criança ou pesasse só cinco quilos. Eu gemi, sentindo-o esmagar minhas costelas. Ele às vezes exagerava, bati em seu ombro. — Ai.

— Emm, você vai quebrar o meu irmão, coloca ele no chão. — Rosalie mandou preocupada comigo, sabia o quão forte o namorado podia ser, mas mesmo assim ria da cena. E óbvio, o namorado lhe obedeceu.

— Vou querer saber tudo sobre seu tempo em... — fez uma pausa pensativa. — Qual o nome da cidade mesmo?

— Forks. — eu falei sorridente.

Rosalie passou o braço pela minha cintura e coloquei o meu sobre seu ombro, e assim fomos andando em direção a saída do aeroporto. Emmett foi atrás empurrando o carrinho com as minhas malas. Tenho certeza que teria muito que falar com eles."

E assim o livro acabou. Entre lágrimas, pra varia, Bella suspirou.

Lentamente e com as mãos trêmulas, ela virou a página. EPÍLOGO.

Ela queria lê-lo, mas estava na hora do trabalho. Charlie já tinha saído e ela estava lendo na sala desde que tomara café, o último capítulo inteiro. Carregado o livro e o celular consigo, foi para a picape e então para o trabalho.

Hoje quem ficaria no trabalho era Leah, que já tinha aberto o restaurante, então quando chegou ao restaurante, foi direito para o quartinho, guardou o livro no armário e começou a trabalhar. Limpou e organizou as mesas, colocou os cardápios, temperos e condimentos em cada mesa, começou a varrer o chão.

— E ai Bella, está lendo o livro? Seus olhos estão meio avermelhados. — Leah comentava enquanto lavava alguns pratos.

— Já. Eu... — suspirou. — Como a própria Ellen Degeneres disse, eu sou idiota.

— Ainda tem tempo para se recuperar, Bells.

— Vamos trabalhar ok? Trabalhar, Lee.

— Covarde. — Leah bufou.

E vagarosamente, atendendo a algumas mesas, o dia foi passando.

*

— Leah me ligou e disse que Bella leu o livro, está bem mexida. — Alice falou para Nessie, Jacob e Jasper, que estavam sentados na sala de sua casa, conversando.

— Ela é muito cabeça dura. — Nessie explicou. — Eu lembro quando a Renée deixou o tio Charlie, ele ficou do mesmo jeito, lutando contra tudo que pudesse ajudar, é de família.

— Por isso que você é da família, Vanessa-Cabeça-Dura-Swan. — Jacob zombou, fazendo Alice e Jasper rir, e Nessie socar seu braço. — Ouch.

— E o que vamos fazer? — Jasper perguntou.

— Já sei. Plano perfeito. Podemos dar uma panelada na cabeça dela, ela desmaia e arrastamos para Nova York, então fazemos eles se encontrarem. Sou demais, fala sério. — Nessie se gabou.

— Uau, que plano perfeito Nessie! — Jasper disse empolgado.

— Eu sei, Jazz! — ela ficou em pé em uma dancinha empolgada.

— Perfeito se você quer ser presa por tentativa de homicídio. Como vamos carregar uma pessoa desacordada pra Nova York? — falou sério.

Ela bufou e voltou a se sentar desapontada, enquanto Alice e Jacob riam.

— Eu amo suas idéias loirinha. —Jacob a puxou para seus braços e beijou seus cabelos.

— Mais alguma idéia... Que não envolva quase matar a Bella? — Jasper perguntou, Nessie voltou a se sentar, antes de dar a idéia de amordaçá-la com Silver Tape e carregá-la para Nova York.

— Eu tenho uma idéia. Nessie e Jasper vão pegar seus notebooks, Jacob você pega o meu netbook porque não temos tempo de você ir à sua casa, tenho um plano que pode balançar a mente dela um pouco. — Alice falou sorridente. — Depois, pro meu quarto!

*

— Pronto gente, não chorem, titia Nessie chegou junto com seus duendes. — Nessie anunciou entrando no restaurante, sendo seguida por Alice, Jasper e Jacob. Leah e Bella riram.

— Que vocês estão fazendo aqui? — Bella perguntou. — O restaurante já está vazio, estamos limpando tudo.

— Ouch, essa doeu, Bells, é assim que nos recebe? — Jacob fingiu mágoa.

— Na verdade estamos indo pra casa do Jacob, só passamos aqui para lhe entregar algo Bella. — Jasper sorriu e colocou um grande envelope pardo em cima da mesa. — Leia quando estiver em casa.

Bella assentiu sorrindo e continuou a limpar as mesas. Os quatro se aproximaram de Leah e contaram algo sussurrando, Bella tentou ignorar que estavam tentando guardar segredinhos dela e continuou trabalhando. Eles foram embora.

— O que eles falaram pra você, Lee?

— Não é da sua conta, ao trabalho. — Leah mandou sorrindo vitoriosa e estalou os dedos.

— Ouch. Ok então.

Em menos de meia hora ela terminou o serviço, pegou o livro no quartinho e envelope em cima da mesa, ajudou Leah a fechar o restaurante e foi embora fingindo estar chateada com ela por ter guardado segredinhos.

Não sabia se estava mais curiosa com o livro ou com o envelope. Mas quando chegou em casa, deixou os dois no quarto e preparou o jantar para ela e Charlie, deu uma arrumada na casa. Controlou a curiosidade, jantou com Charlie e subiu correndo pro quarto. Tomou banho, colocou uma roupa mais confortável e então pegou o envelope e o livro.

— Ok, primeiro o livro.

Abriu-o lentamente e foi para o final.

EPÍLOGO: Acidentalmente.

Ao final do dia, quando tudo termina, tudo que a gente mais quer é estar perto de alguém. Então essa coisa onde a gente mantém distância e finge não se importar com os outros é geralmente uma besteirada. Então nós escolhemos aqueles que queremos permanecer próximos e, uma vez que escolhemos tais pessoas, tendemos a manter contato. Não importa o quanto machuquemos elas, as pessoas que ainda estão contigo ao final do dia são aquelas que se vale a pena manter. E, claro, às vezes próximo pode ser próximo demais. Mas, às vezes, aquela invasão de espaço pessoal pode ser exatamente aquilo que você precisa. — Grey's anatomy.

E depois do fim, o que é certo e o que é errado?

Tudo o que vivi em Forks mudou o meu conceito sobre certo e errado. Sobre o viver. Sobre o amar. Melhor resumir em: Tudo o que vive em Forks mudou o meu conceito sobre tudo. Acho que isso abrange tudo que Forks mudou em mim, tudo!

Quando cheguei ao meu apartamento em Nova York, respirei fundo e senti o cheiro da minha casa. Casa. Porque lar é outra coisa, aqui nunca seria meu lar. Apesar disso, era estranhamente bom estar em Nova York novamente. E não, isso não iria me impedir de sentir saudades como o inferno de Forks.

Em breve teria que contar um pouco sobre a viagem para minha irmã, Rosalie, e meu cunhado, Emmett. E eu tinha quase certeza (ok, eu tinha certeza) que isso seria um pouco (ou muito) doloroso, afinal teria que me lembrar de tudo que tinha começado, vivido e então chegado ao fim em Forks. Mas em breve todos saberiam de qualquer jeito, afinal, está tudo registrado no livro que eu estava escrevendo durante a minha viajem (que por acaso é esse que está em suas mãos agora, que você está lendo esse epílogo).

Agora, sentado no meu apartamento em Nova York, com o netbook sobre o colo e na minha frente, em cima de uma mesinha de centro, uma garrafa long neck de cerveja e uma pizza de calabresa, faço um balanço geral sobre tudo que vivi e senti em Forks. Repenso minhas atitudes antes e depois, como antes nada importava e como agora tanta coisa importa, e quanto estar longe dela está doendo. A questão que eu me coloco enquanto redijo este texto é: Valeu à pena? Quando essa pergunta surgiu em minha mente, eu dei risada. É patético me perguntar isso, claro que valeu. Mesmo com toda a dor que estou sentindo agora? Toda a saudade? Toda a ausência? Toda a solidão? Toda a falta de um pedaço do meu coração? É, eu trouxe muita coisa comigo de Forks, e sabe o que decidi? Que tudo bem, eu não faria nada diferente. Absolutamente nada. Sempre fui adepto de viver tudo ao máximo e nunca se arrepender de nada, principalmente do que nos fez feliz, e tudo que vivi em Forks me fez feliz. Eu me tornei um homem de verdade, aprendi e experimentei o amor. Amor. Sim, eu agora posso encher o peito e dizer: Sim, eu já amei.

O fato de, infelizmente, não ter durado para sempre não muda em nada a beleza do que vivemos. Não durou pra sempre? Paciência. Sabe o que realmente importa? Ter acontecido e ter sido real. Não é sobre o tempo que durou, mas sim sobre ter acontecido. Durou só um mês? Ok. Mas enquanto durou foi o mês mais maravilhoso de toda a minha vida. Eu pude sentir aquela palpitação que as pessoas tentam descrever nos livros e filmes, senti aquele monte de borboleta no meu estômago, senti meu coração disparar, meus olhos brilharem e um sorriso nascer em meus lábios só de olhar para uma pessoa, a minha nativa, Bella. Eu pude saber o que era felicidade completa, mesmo que por um breve espaço de tempo, eu pude.

Sinto-me feliz (e como me sinto feliz!) só de saber que por esse tempo, sentíamos a mesma coisa. Queríamos a mesma coisa. Queríamos estar juntos, queríamos um ao outro. Isso não é belo? É como viver em um lindo poema, onde nada mais importa além dos dois apaixonados, só nós dois. Eu querendo você e você me querendo. Não durou para sempre, mas guardo essas lembranças comigo, no meu peito, no topo das minhas mais belas lembranças. E sei que não importa quanto tempo passe, ainda me lembrarei de tudo. Daqui a 50 anos, ainda lembrarei seu nome e todos os nossos momentos, todas as vezes que você me fez sorrir e me sentir um homem completo. Não importa quantas lágrimas eu tenha chorado e o quanto tenha doído, nas minhas memórias e no meu coração, você sempre ocupará os lugares mais bonitos.

O tempo pode passar, mas sempre que pegar esse livro me minhas mãos, vou sorrir. Irei me lembrar de Forks. Aquela cidade pequena, fria e pacata em Washington. Cidade pra qual eu não daria bola se não tivesse achado acidentalmente na internet. Mas a cidade em que eu aprendi as mais belas lições, fiz as mais belas amizades, vivi o mais belo mês e encontrei o meu lar. Porque Nova York era a minha casa, mas não o meu lar, afinal, lar é onde deixamos o meu coração. E o meu coração estava em Forks, nas mãos da mais bela morena de olhos claros que um forasteiro idiota poderia conhecer. Não importa o tempo, apesar do fim, tinha sido o melhor mês da minha vida. Porque junto de tudo que vivi, eu vivi o mais belo amor com ela. Bella.

Bella... Não importa o tempo, você sempre será o meu melhor acidente. Não importa o tempo, sempre irei me lembrar de todos os acidentes que vive durante esse tempo e que me levaram até você: quando acidentalmente achei Forks na internet e fui para ela sem esperar absolutamente nada, quando acidentalmente trombei com uma nativa inocente que mudaria a minha vida para sempre, quando acidentalmente vivi os melhores dias da minha vida e quando acidentalmente eu estava perdidamente apaixonado por ela.

Não importa a distância ou tempo, eles nunca farão com que eu te esqueça. Porque eu não sei se estou contigo, mas você sempre estará comigo.

Nada mais importa. Em Forks ou Nova York. Eu sempre serei seu forasteiro idiota. E você sempre será a única que tocou e a única dona dele. Meu único amor.

Você sempre será a minha nativa inocente.

Edward Cullen.

E tinha acabado. E então começava os agradecimentos, ele agradecia a todos que tinham feito parte do livro e feito ele se tornar real, desde os moradores de Forks até que ajudou na produção do livro. Mas ela não tinha forças para ler. Bella fechou o livro e colocou sobre o peito, com os olhos fechados. O livro tinha sido a maior declaração de amor que podia ter recebido em toda a sua vida.

Eu te amo Edward, eu te amo forasteiro... — falou para si mesma, desejando que ele pudesse ouvir suas palavras.

Chorou por alguns minutos com o livro sobre o peito. Até retomar fôlego, pegou o envelope que tinham lhe dado. Abriu-o e tirou de dentro algumas folhas de sulfite grampeadas com coisas escritas.

Primeira página:

Olá Isabella Swan, como você está? Aqui são seus amigos. Na verdade a idéia foi minha, Alice, e os outros estão apenas fazendo um featuring. Então, você sabia que no fã site de Edward, tem um tópico chamado: “Beward – Deixe seu recado para a nativa idiota”? Queremos te mostrar uma verdade óbvia, que só você não vê. Como a gente diz, diz, diz, mas você nunca escuta, então escute (ou melhor, leia) de desconhecidos.

-

Bella riu com isso, mas virou a página.

-

Segunda página:

“Querida Bellinha, COMO CONSEGUE ABANDONAR UM HOMEM DESTES? Existem poucos queridinha... Sério, que absurdo um amor tão lindo e intenso "acabar" dessa maneira! Fato. Mas... Já ouviu falar sobre finais alternativos? Então, faça o seu nativa. Se não, eu faço por ti e eu serei a Bella, sacou?" — Manu Pontes.

 “Eddie eu te amo! Como nós mulheres podemos procurar nossos "príncipes", sonhando com um forasteiro como você? E Bella, sua falsa-morena, porque eu tenho certeza que você é mais loira que a Paris Hilton, vai logo mulher! Agarra esse bofe! Mas mude as coisas um pouco: Que tal você ser a forasteira determinada e o Eddie-tesão-Cullen o nativo inocente?” —  jujuli97.

"Querida Nativa, após ler tudo isso tenho que dizer que sinto muito por você, afinal de contas não é todo dia que se pode protagonizar uma história de amor e ter ao seu dispor um galã de primeira que está simplesmente disposto a fazer tudo por você, mas ao mesmo tempo fico feliz por tal feito. É sério, quantas de nós não sonhamos com isso, eu sei que não foi tudo perfeito, mas até mesmo nos melhores romances nem tudo é a favor do casal principal. Sabe com essa história vejo que um dia eu poderei encontra um forasteiro que domará meu coração e fará com que tudo que aconteceu, bom ou ruim, tenha servido para preparar meu coração para o desconhecido e que o inesperado poderá vir a ser o meu feliz para sempre." —  PatiSousa.

"Livro maravilhoso, história apaixonante, final surpreendente e uma nativa burra que nem uma porta. Querida se eu fosse você, já teria corrido de volta pra ele depois desse livro, se alguém fizesse um livro desses pra mim eu ia na porta com uma aliança na mão e pedia em casamento (de joelhos, lógico!)" — flavinhagpk.

“Ei! A vida é curta para perdermos tanto tempo tomando decisões... Por mais que racionalmente possa parecer errado, se o coração tá pedindo vale a pena arriscar, afinal, "o coração tem razões que a própria razão desconhece" (Blaise Pascal). Façam tudo isso valer apena!” IngridRibeiroSo.

-

Bella sorriu e riu com alguns trechos, com os olhos marejados, virou a folha.

-

Terceira página:

“Nossa surtei demais com esse livro, e quem não quer um idiota desses na sua vida hein? E essa nativa está sendo uma boba, se eu fosse ela já tinha pegado o primeiro avião pra NY e me jogaria nos braços do Edward (risos). Bella larga de ser boba mulher e vai atrás do homem a sua vida, pois você é a única que tem o coração dele, deixa o orgulho de lado e vai atrás da tua felicidade, pois ela só bate na sua porta uma vez, deixa o teu orgulho de lado e vai em busca do amor verdadeiro,  pois só sendo burra mesmo pra não perceber que tudo o que ele quis te dizer através do livro é que “ele te ama de verdade e com todo o coração dele.” Então, por favor, nativa inocente vai correndo ao encontro do teu forasteiro idiota antes que seja tarde demais.” — Jullyxp.

"Edward é o sonho de consumo de qualquer mulher, mas apenas uma tem o coração dele, a sua nativa. Todas nós queríamos ser ela. Oh, invejinha! Só um recado para o pessoal de Forks: avisem a Bella, nativa, que ela tem que correr pra NY e pegar o homem dela, não deixe escapar um homem desses. Se você leu o livro, você se emocionou com a linda história entre o forasteiro idiota e a nativa inocente, nem toda história de amor tem final feliz." — KamilaFazollato.

“Nativa, saiba que devemos aprender a parar de ficar colecionando jóias preciosas e perder verdadeiros diamantes... Sem sombra de duvidas o Edward é um diamante, o diamante mais raro. Mudar seu jeito de ser não é fácil... Mas o amor muda tudo. Uma história tão linda como a de vocês não deveria acabar com um: “infelizes para sempre"... Tudo nesta vida depende de nós, basta seguirmos o nosso coração… Eu sei que o seu pede o dele, e o dele pede o seu encarecidamente... Larga de ser orgulhosa mulher” — MaryCullen30.

“Edward, eu não sei o que a Bella estava pensando na hora que deixou você ir embora, mas imagino que assim como você, o coração dela sempre te pertence, e que ela saiba que entre mais de um milhão de mulheres no mundo, ela é a unica que te seu coração.” — liviagabi4.

“Eu não sei o que essa Bella, nativa, está esperando para correr para os braços do Eddie, ela tem sorte dele querer só ela por enquanto, porque se não eu mesma tentava algo, mas como sou a favor do amor... Mas uma coisa eu digo, se ela não fizer algo, acordar para a vida, ver o que ela pode ter nas mãos, ela vai perdê-lo e pode ser para sempre.” — jessikinha123

-

Quarta página.

“Bella, você não pode o deixar fugir, corre atrás. Você só tem uma coisa por melhorar, você tem que concertar o coração do seu Forasteiro Idiota... Ele morre pouco a pouco sem você... Da mesma forma que você sofre, ele sofre. Os corações de você nunca vão deixar de se amar, então menina se você ler... Corre atrás, ainda dá tempo.” — DiCullen.

"Nativa, seja você quem for, tem muita sorte por esse homem estar parado na sua. Ele é tão fofo e lindo. O que vocês viveram nem parece realidade então fica aqui uma dica: Vai fundo, mulher, vai buscar o seu homem, porque senão eu busco pra você e aproveito e fico com ele pra mim(risos)." — Ca_Carolina.

"Ahhh... Surtei com esse livro, quero esse idiota pra mim... (risos). Gente fala sério, que nativa doida com que deixa um homem desses escapar, assim se fosse comigo acho que nem sairia de casa... Mas serio nativa vai atrás do seu homem, não o deixe escapar não, se não pode ter certeza que vou ser uma das primeiras a tá na fila para consolá-lo! (risos).” — Bia_Cullen.

“Bella, por favor, acorda e vai atrás desse homem que apesar de não ser perfeito em todos os sentidos, te ama e é o homem ideal pra você. O amor é um sentimento complicado, às vezes deixamos de viver uma linda história de amor por medo, achamos que isso vai passar que você é forte e vai superar, mas te digo uma coisa: Não passa. Às vezes até encontramos outra pessoa nos casamos, mais é depois que você vê que não é completa e muito menos feliz, então te deixo um conselho: lute por esse amor porque ele é único.” — carlynhaswan.

-

Era estranho para ela ter pessoas opinando sobre sua vida e lhe dando conselhos (ou tapas na cara) via internet. Ela sabia que seria assim, mas não estava totalmente preparada. Todos sabiam sua história e como tinha acabado. Todas com compaixão de Edward e querendo consolá-lo. Ele podia ter as mais belas mulheres do mundo agora, mas se é a mim que ele quer e eu o quero, por que não?

Lentamente, pegou o celular e procurou na agenda o número: Edward Cullen. Hesitante, colocou na frente o código para ligação a distância e então: ligar. Nem chamou, a voz eletrônica falou do outro lado: Esse telefone está desligado ou temporariamente fora de serviço

Pode ser um sinal... Colocou o livro e as folhas com comentários em cima da mesinha de cabeceira, apagou a luz e voltou a deitar.

Dorme e pronto... Dorme! Disse ao próprio cérebro, que insistia em mantê-la acordada pensando nele.

Uma hora da madrugada...

Duas horas da madrugada...

Duas horas e meia da madrugada...

Definitivamente, não conseguia dormir. Precisava resolver isso. Acendeu a luz e pegou o celular novamente. Estava ansiosa e agitada, após seis toques, a voz sonolenta disse do outro lado:

— Alô...

— Alô, Nessie? — perguntou ansiosa. — Eu preciso...

— Bella... Alguém morreu? — perguntou arrastadamente.

— Não, é que...

— Então por que caralhos você está me ligando? Você tem a porra de um relógio em casa? Bella é madrugada. Desliga esse celular e me deixa dormir, por favor.

— Espera Nessie, você tem a boca muita suja, mas não é pra falar sobre seus modos que liguei, é sobre o Edward.

— Está bem, calma. — Bella escutou a prima bocejar do outro lado. — Fala.

— Eu terminei de ler o livro e li os comentários que vocês imprimiram pra mim.

— E...?

— Nessie, você tem noção de quantas mulheres queria estar no meu lugar? Quantas querem o Edward nesse exato momento? Quantas planejam pegá-lo?

— Muitas? — perguntou sonolenta.

— Muitas. Nessie, o Edward é o meu forasteiro e se esse mês não mudou ou diminuiu esse sentimento em mim ou nele, deve significar alguma coisa, certo?

— Sim, vocês se amam, we, parabéns, busque seu prêmio na saída. E agora que você fez essa descoberta óbvia, posso ir dormir?

— Não Nessie, não pode. Eu quero sua ajuda... Eu quero o Edward... Eu quero o meu forasteiro de volta! — falou firme.

*

*

*

A rotina depois do lançamento de Acidentalmente não estava sendo nenhum pouco fácil para Edward. Ele que sempre fora acostumado com badalação e assédio, e sempre se queixava para os quatro ventos quando tinha que ficar em casa, agora agradecia com todas as forças quando podia ficar nela apenas dormindo.

Agora começaria uma rotina maluca organizada por Rosalie: entrevistas em rádios pela manhã, televisão na parte da tarde e sessões de autógrafos a noite.

Isso estava sendo bem cansativo, mas pelo menos mantinha sua cabeça ocupada. Sempre recebia convites para festas e baladas, mas recusava todos. Ele não estava com humor para isso, se fosse para festas assim, sabia que o máximo que faria era encher a cara até ficar bêbado e cair.

— Hei Edward! — Rosalie gritou sorrindo ao entrar no apartamento.

— Não acha que está muito cedo para invadir meu apartamento? — Edward respondeu. Estava na cozinha, preparando o café da manhã.

— Nove horas da manhã, não é cedo e nem tarde, hora ideal. Hoje é um dia especial para você e seus fãs. — jogou a bolsa no sofá e andou até a cozinha.

— Cadê o Emmett? — perguntou enquanto mexia uns pedaços de bacon que fritavam na manteiga.

— Está cuidado dos detalhes no centro de convenções. — abraçou-o por trás. Edward se virou e beijou seus cabelos. — Animado?

— Com certeza. Animado e nervoso. — ela riu. — Quer tomar café?

— Ovos e bacon? Claro que não, gosto de ficar viva. Já comi coisa em casa, vou só pegar um suco. — sorriu e foi para a geladeira. — Já pensou em usar o dinheiro do livro para comprar outro apartamento? Esse é pequeno demais.

— Eu não quero uma cobertura Rosalie, já disse.

— Está bem, não está mais aqui quem falou. — andou com a garrafa de suco até o armário e pegou um copo para se servir.

— Quantas pessoas vão?

— 1.500 pessoas. Cabem 2.000 no centro que escolhemos, mas não queremos deixar ninguém desconfortável. 1.000 pessoas do país inteiro e mais 500 pessoas de outros países.

— 500 pessoas de outros países?

— Aham. — terminou de beber o suco. — As editoras que distribuem os livros nos países fizeram promoções, ai foram selecionados 500 pessoas. A maioria do Canadá e América do sul, e algumas da Europa, Ásia e Austrália.

— Uau.

— Bem uau mesmo. Tome seu café, temos muito que fazer hoje. Vamos! — apressou-o animada.

Realmente o dia do Edward foi corrido. Saiu de casa após tomar café e se arrumar, sendo carregado por Rosalie, dez horas da manhã.

Teve primeiro uma entrevista com sessão de fotos. Não uma sessão de fotos com roupas e qualquer coisa assim. Era ele sentado em uma mesa, com um fundo colorido e um cara tirando foto enquanto ele dava uma entrevista, então eram fotos meio espontâneas – rindo, sorrindo, falando, mexendo no cabelo, fazendo caretas graciosas. E depois fotos com ele em pé em outro lugar. Em duas horas tinha acabado. Ou seja, meio dia saiu do estúdio.

E então foi almoçar com a irmã e o cunhado, ficaram até uma hora da tarde almoçando. E então ele trocou de roupa e foi para uma coletiva de imprensa, lá falou sobre planos para o futuro e as perguntas clichê sobre Bella e então foram para o centro convenções, já eram três horas da tarde.

Entrar no centro de convenções foi bem complicado, porque a entrada estava com uma fila enorme. Fãs alucinadas esperando por Edward. O carro foi rodeado, mas conseguiu passar. Edward desceu a poucos metros da porta e acenou sorridente para todos, vários flashes de câmeras, de fãs e paparazzi, lhe acertaram e então entrou, sendo levado por Rosalie, Emmett e uma organizadora de eventos do centro de convenções.

Passaram pelo auditório que ele iria ficar. A equipe técnica estava arrumando o som e iluminação do lugar. Os fotógrafos e jornalistas autorizados a ficar estavam arrumado equipamento nas laterais no lugar. Os assentos dos fãs estavam arrumados e em cada cadeira havia um kit de presente. O palco era grande, atrás tinha um grande telão (estava com um tipo de descanso de tela, que era a capa do livro bem grande) tinha apenas uma cadeira no meio e ao lado da cadeira uma mesinha pequena (onde seria colocado o microfone de Edward e água) e atrás uma grande mesa onde uma mulher organizava vários exemplares do livro, daria autógrafos também.

— Está quase tudo pronto, estamos fazendo o máximo para que saia tudo perfeito, Sr. Cullen. — a organizadora, uma ruiva baixa e sorridente disse. Rosalie e Emmett estavam conversando com pessoas da equipe técnica.

— Edward, por favor, e você?

— Emma. — sorriu e esticou a mão, se cumprimentaram. — É um grande prazer lhe conhecer e ajudar a organizar isso. Eu amei o seu livro, sério!

— Obrigada. Irei adorar autografá-lo depois. — sorriu.

E então foram para o camarim. Onde Edward ficaria até a hora da convenção com os fãs – que seria as sete horas da noite, mas a entrada dos fãs seria autorizada as seis horas.

— E então, os kits dos fãs estão prontos? — Edward perguntou sentado na cadeira giratória em seu camarim. Estava junto com Rosalie, já que Emmett e Emma estavam arrumando alguns detalhes.

— Com certeza. Cada uma vai receber uma sacolinha com uma camisa de oficial e exclusiva já autografada de Acidentalmente, e alguns marcadores de páginas de modelos diferentes. E ainda vão ter direito a tirar foto com você e um autografo no livro. Está tudo pronto Edward. — Rosalie garantiu.

— Estou nervoso. É muita gente. — mordeu o lábio.

— Vai dar tudo certo. Você é sensacional e estão todos aqui por você. Relaxa e prepare-se. — sorriu. — Eu vou lá ver se precisam de algo, já volto.

Ele assentiu e a deixou sair do lugar. Onde estava não tinha muita coisa, a mesa com alguns lanchinho, uma penteadeira para que se arrumasse, na parede um sofá e seu notebook em cima dele. Andou até lá e sentou.

Ainda tinha algumas horas até a hora de entrar no palco para conversar com os fãs, tirar duvidas deles e conhecê-los melhor. Então se sentou no sofá e pegou o notebook. Era Emmett tinha comentado com ele, Acidentadas-em-Forks.com. Fã site do livro com acesso de todo o mundo, devia ser algo interessante para passar o tempo.

Tinha um tópico para elogios, outro debate, outro para que colocassem personagem favorito e shipp favorito.

— O que tá fazendo? — Emmett perguntou, entrando.

— Aquele fã site. Sabia que tem as Edward/Jacob? — ergueu os olhos para encarar Emmett. — Eu e Jacob? Isso é... Nojento.

— Tem quem curta cara, deixa a galera curtir. Tem as que queriam você com a Leah ou com a Nessie, até Nessie e Leah juntas, são fãs, deixem-nas surtar. — Emmett riu estrondosamente e sentou. — Já foi no tópico de comentários para Bella? É o melhor, eu ri muito.

Rapidamente, Edward foi ao menu do site e clicou no tópico. Foi lendo e rindo, como Emmett disse. Rosalie entrou no camarim sem ser percebida, viu que o irmão estava rindo dos comentários, como já tinha visto, comentou:

— Suas fãs são loucas.

— Elas são engraçadas e fofas, incríveis, isso sim! — sorriu, lendo. — Escuta esse pedaço do comentário da Marcynha: E puta que pariu, depois dessa entrevista que ele admitiu pro mundo que “É ela”. O que mais essa mulher quer? Ah, Edward deixa Bella pra lá, querido. Vem pra cá que eu te consolo, eu te divirto, eu até banco a nativa. Sei até falar espanhol: Ven, hermoso, ven!”

Os três gargalharam com o comentário. [N/A: Assim como essa autora que vos fala, ri pra caralho e dou risada sempre que leio].

“Achei o livro incrível, sabe?! É bastante eclético,  digamos assim.Num momento você ri, no outro, chora. Apaixonei-me por todos os personagens. Agora, quero uma mãe como a Sue, um pai como Charlie, amigas como Alice (sou totalmente apaixonadapor ela!), Leah e Nessie, amigos como Jasper, Seth e Jacob. Ah, adoro a Bella também. Acho incrível a capacidade, descrita por Edward, dela ter conseguido mudar ele, mesmo que inconscientemente. Edward, você é um escritor INCRÍVEL! Desejo muito sucesso a você, e que você continue escrevendo histórias para nós, suas fãs. Um beijo pro pessoal de Forks - mesmo não conhecendo. PS: torço muito - verdadeiramente - para que você, Edward, e Bella fiquem juntos.” — sorriu e terminou sorrindo. — Da usuária chamada: bmasen. Fala sério, isso foi tão adorável!

E então Edward gargalhou. Uma risada alta e gostosa, que a irmã e cunhado estranharam.

— Lê esse comentário da Gaab, meu deus. — Nem ler ele conseguiu, entregou o notebook aos dois com o comentário aberto.

— Ok... Como tem gente burra nesse mundo! Bella sua tonta, se é comigo já tinha pegado essa picape velha e ido pra NY baby (eu particularmente não gosto de avião, toda vez que eu ando sinto que ele vai cair). É só o que me faltava, o cara é gostoso, lindo, engraçado, até romântico ás vezes e tu ai, fazendo cu doce. Isso só piora minha diabetes querida. (Você sabe como é difícil achar um homem 'que preste' com um bom senso de humor? Desperdiça mesmo, vai. Depois venha de choradeira que eu pego Nessie e juntas bateremos em você). Eddie vem que a Titia Gab te consola querido, só moro um pouquinho longe (Aqui no Brasil, quando Acidentalmente começou a ser traduzido & vendido virou uma loucura. Mais como sou uma menina inteligente e com 'parentes' ai nos States, li antes. Yeah!), mais a gente da um jeito. Só isso. Eu acho.

Bejundas ;* (pra quem não sabe é beijos+na bunda) PS: Rosalie bitch, tome conta do Emm. Emmett amor, quanto tempo você não aparece aqui. Se ela não te tratar bem, já sabe.” — Rosalie leu.

Edward e Emmett não paravam de rir.

— Você a conhece, Emmett? — Rosalie perguntou.

— O que? Babe, não... O que? — os dois riram ainda mais.

Emmett amor, quanto tempo você não aparece? Sério? Emmett?

— Rosalie, ela é uma fã do Edward, nunca a vi na vida. E não leu? Ela é do Brasil, eu nunca fui ao Brasil, deixa de ser louca, babe. — Emmett garantiu rindo.

— Eu acho muito bom. Eu acabo com você e com ela. Bem que dizem que as fãs brasileiras são loucas, as mais assanhadas e tudo mais. [N/A: O que é verdade. Eu como fã brasileira, tenho que confessar, nós somos as mais loucas, as melhores!].

Eles passaram o tempo ali conversando e mexendo no site. Rindo com os surtos e comentários das fãs, principalmente as brasileiras. Edward não queria mostrar preferência, mas tinha que admitir, as brasileiras eram suas preferidas. E se não tivesse a Bella no seu coração e habitando em todos os seus pensamentos e desejos, talvez alguma brasileira tivesse chance.

*

*

*

— Edward, cinco minutos! — Emma avisou o tempo que faltava para ele entrar no palco.

Já estava arrumado. Olhou-se no espelho outra vez e bagunçou os cabelos, estava bom. Usava calça jeans preta, tênis e uma blusa social azul com as mangas dobradas, como na capa do livro. Idéia de Rosalie. Estava nervoso, então foi respirando fundo e soltando lentamente até o palco.

— Eu vou explicar como isso vai acontecer, galera. Temos microfones espalhados por todo o auditório, vocês vão levantar a mão quando quiserem falar ou perguntar, e quando Edward lhe escolher é só pegar o microfone, ligá-lo e falar ok? — Rose falou no microfone. — E agora quem vocês tanto esperavam meninas. O nosso ídolo, nosso querido e amado, Edward Cullen! — anunciou no microfone para a loucura das fãs. Sob muitos aplausos, gritos, flashes e histeria feminina, Edward subiu no palco. Estava realmente lotado. Todos estavam em pé para lhe receber. Sorriu acenando.

Edward caminhou até Rosalie e lhe abraçou rapidamente.

— Boa sorte, você vai conseguir me encher de orgulho. Eu te amo. — ela falou em seu ouvido.

— Eu te amo também. — sussurrou de volta e pegou o microfone de sua mão. Virou-se para a platéia que ainda estava gritando, ergueu o microfone perto da boca. — Wow, que incrível. E ai galera!

Todo mundo gritou ainda mais, o que o fez rir no microfone.

— Ok, ok... Podem se sentar pessoal e acalmem os ânimos. — pediu rindo. — Pelas próximas horas serei apenas de vocês. — recebeu um coro de “hummm” malicioso, riu novamente. — No bom sentido, claro. Quero conversar com vocês, receber perguntas e conhecer vocês, assim como vocês me conhecerem com o livro. E no fim vou dar autógrafos ok?

Sorriu e sentou-se.

— Primeiramente eu quero agradecer a todos vocês que estão aqui, que compraram e leram o Acidentalmente. É um projeto muito importante pra mim e eu fico muito feliz com a recepção de vocês, o quanto o receberam bem. Eu estou realmente muito grato a todos. Vocês são incríveis! — agradeceu no microfone. E a gritaria começou, com muitos aplausos.

E assim a noite realmente começou.

Edward foi dando oportunidades a várias pessoas falarem e perguntarem – o microfone chegava à mão da pessoa, ela dizia o nome e de que lugar era então falava o que queria. Edward estava gostando de conhecer as pessoas e ter a visão dela dos fatos. Ele não conseguia ver a todos, o fundão principalmente, a não ser quando a pessoa se levantava, e quem estava muito no fundo conseguia vê-lo com mais detalhes pelo telão do fundo.

Começaram às sete horas. Quando deu uma hora de perguntas e conversa, fizeram uma pausa de meia hora para todos. Principalmente para a equipe técnica arrumarem alguns problemas de imagem, então voltaram.

— De quem vai ser a primeira pergunta do segundo bloco? — perguntou rindo, várias pessoas levantaram a mão.

— Você... — escolheu aleatoriamente e apontou para a escolhida, uma menina que não devia ter mais de dezessete anos, com logos cabelos loiros e um sorriso animado, usava uma blusa com a foto de Edward sorrindo e escrito: Acidentalmente apaixonada. Edward leu a camisa e enquanto o microfone chegava a menina, comentou: — Gostei da blusa.

— Meu nome é Taylor e eu sou do Tennessee, e eu sou uma grande sua. Eu li seu livro em menos de três dias e terminei chorando loucamente. Sério Edward, você é um autor incrível e eu estou desesperada esperando o seu próximo livro, que eu comprarei com certeza. Você é incrível! — a loirinha disse empolgada.

— Como diria Sue, obrigada doçura! — sorriu. A menina deu um gritinho agudo empolgado, o que fez todos, inclusive Edward, rir.

— Agora minha pergunta. No livro, quando você e a Bella estão terminando, você tenta falar algo e ela interrompe. Você começa a dizer “Bella, eu e você podemos...” e ela te interrompeu com um “Não! Não existe eu e você...”, eu gravei. — a menina riu meio constrangida, Edward sorriu pra ela. — O que você estava tentando dizer pra ela? O que você iria dizer?

— Hum... Boa pergunta Taylor. Realmente boa pergunta. — falou no microfone, a menina sorriu emocionada. Edward mexeu no cabelo, como sempre fazia quando precisava organizar os pensamentos para pensar em algo. — Hum... Eu acho que no momento eu não tinha nenhum discurso preparado, eu só ia começar a falar e pronto, nem depois eu pensei no que poderia ter dito, eu só... Só queria que ela não desistisse. Eu queria dizer... Hum... Bella, eu e você podemos fazer dar certo, não importa se eu terei que me mudar para Forks ou você para Nova York, não importa onde vamos ficar porque nós podemos fazer dar certo. Passamos por tanta, somos fortes. E mesmo que eu tenha que ir, eu volto, eu dou minha palavra. Porque o que eu sinto por você, eu nunca senti por nenhuma outra mulher em toda a minha vida e eu não ia trocar isso por nada, nem por todas as mulheres e todas as baladas de Nova York... Hum... E eu acho que eu nunca disse a ela com minhas próprias palavras, mas eu ia querer falar: Eu te amo, Bella. Eu te amo muito e vamos dar um jeito, eu e você juntos podemos fazer isso dar certo, seja como for, o que sentimos um pelo outro é real e forte, eu te amo, não desiste agora, por favor.

Edward falou e suspirou abaixando a cabeça, como queria ter dito aquelas palavras. Sentiu os olhos arderem. Várias mulheres na platéia se emocionaram na platéia.

— E o que você acha que ela ia responder se tivesse te escutado dizer isso naquele momento? Ou agora, sei lá. Tipo, provavelmente alguém está gravando isso, o que acha que ela vai dizer quando vê você dizendo isso? — Taylor perguntou novamente.

— Sabe, eu não tenho idéia. Bella nunca foi previsível ou como nenhuma outra mulher que eu já conheci, ela era profissional em fazer uma coisa completamente oposta daquilo que eu esperava dela. Eu realmente não sei. — riu.

E lá atrás um microfone foi passando de mãos em mãos lentamente, ninguém entendia porque estavam passando-o, apenas passavam o microfone até chegar à mão da última mulher, que estava sentada na ponta e escutava tudo com muita atenção. Aquelas mãos brancas frias, suadas, frias e trêmulas. A mulher então levou o microfone à boca.

— E por que você não pergunta pra ela? — sua voz trêmula ecoou pelo centro de conferência.

Ninguém entendeu nada, muito menos Edward. Quem teria falado sem a permissão? Edward olhou para todos os lados procurando a dona da voz. Ele reconheceria aquela voz em qualquer lugar, mesmo depois de um milhão de anos, aquela doce voz que o fez se arrepiar inteiro e seu coração disparar. Aquela voz conhecida era... Era a voz da Bella. Edward ficou em pé e se aproximou da beirada do palco, procurando a dona da voz.

Bella ficou em pé como estava sentada na ponta não teve dificuldade alguma de ir pro meio do corredor com o microfone em mãos e os olhos cheios de lágrimas.

Quem é ela? O que está acontecendo? Por que o Edward está daquele jeito? Quem é ela? Quem é ela? O que foi? – Eram as perguntas sussurradas que ecoavam por todos assistindo.

Mas em meia a toda a confusão, com toda a certeza, Edward era o mais confuso. Com a testa franzida, piscou forte várias vezes tentando confirmar se ela era real, mas os outros estavam vendo-a também, então não tinha como ser miragem, era ela... Bella.

Bella, Bella, Bella! Mas, o que ela está fazendo aqui?                   

— Oi Edward. — Bella falou com um sorriso nervoso nos lábios.

Quem é ela?

É a Bella!

Bella?

É, a nativa inocente.

Oh. Meu. Deus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Notas finais: Faaaaaaaaaala galerinha do mal. Minhas garotas, como vocês estão? Eu to com o coração apertadinho, afinal esse é o penúltimo capítulo >< Mas ok, vamos deixar as lágrimas pro último ok?
Primeiro: Caramba, vocês são demais! Eu adorei a participação de vocês, amei cada comentário e queria agradecer demais. Sem vocês, o capítulo iria demorar muito, nunca teria tanta criatividade, sério KKKK Eu não podia colocar todos, mas coloquei o máximo que consegui então muito obrigada a todas. Obrigada s2 #pussypower kk
Segundo: E o livro do Edward hein? O que acharam? Eu gostei do epílogo, sei lá. Me deu vontade de fazer esse ser o final da fic, mas vai ser só do livro ok?
Terceiro: Aeeeeeeeee, finalmente se encontraram! *-* Não me matem por acabar o capítulo ai, quis dar uma emoçãozinha.
Próximo teremos o caminho até essa cena e então sim o reencontro. Por isso a cena da convenção foi mais curta, porque terá mais sentido no próximo. Eu espero que comentem, porque é importante.
POIS É GALERINHA, CHEGAMOS AO FIM. Próximo capítulo será o último capítulo de Accidentally + Epílogo. Quem já leu alguma fic minha sabe, sempre posto junto, então essa não será diferente. Eu vou escrever, tentarei não demorar, mas é o último né? Darei uma caprichada. Bora comentar, bjsbjs s22
PS: Eu só tenho que agradecer a todas vocês, mas hoje agradecerei especialmente as lindas: hellojess, Gaab, IngridRibeiroSo & ingridmiranda. Me ajudaram com comentários e agora com quatro lindas recomendações. Cara, me matem mesmo, que isso *-* Séria lindas, obrigada de verdade ♥33
http://fearlesscolors13.tumblr.com/