Ps: I Love You escrita por Jibrille_chan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora x__x Mas é que eu estou numa SUPER revisão de matérias pro vestibular x_x' Mas realmente, eu tenho que ser menos demorada ._. Me desculpem mais uma vez



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- Eu estava sempre discutindo com ele. – dizia Uruha.

Nao e Kai haviam resolvido fazer algumas compras para a casa, e arrastaram Uruha junto. Kai não queria que ele ficasse sempre enfiado naquele apartamento.

- Eu fiquei bravo por causa do karaokê naquela noite, eu briguei com ele porque o apartamento era muito pequeno... Tão estúpido.

- Uruha, mas é isso o que pessoas casadas fazem, discutem. Faz bem pra relação. E sempre tem a reconciliação.

- Aoi sabia que você era louco por ele. – disse Nao, sorrindo. – Ele me dizia isso o tempo todo.

- Eu queria ter dito isso pra ele aquela noite.

- Bem, você pode dizer agora.

Uruha se virou para o amigo. Sabia que aquele sorriso carinhoso iria convencê-lo da loucura de ir cantar no maldito karaokê. Suspirou, dando-se por vencido.

Naquela noite, Ruki, Kai e Nao chegaram mais cedo no karaokê, ocupando a mesa bem de frente para o palco. Estavam conversando distraídos, quando alguém pediu licença para passar à Ruki. O menor puxou sua cadeira, dando espaço para o desconhecido passar. Ficou olhando o loiro alto passar, analisando as suas partes traseiras.

- Ai meu deus! Eu poderia servir café naquela bunda!

Kai franziu o cenho.

- O quê?

Nao ergueu as duas sobrancelhas.

- Sabe Ruki, é por isso que você continua solteiro. Além de ver as pessoas desse modo vulgar, você tem sempre uma série de regras. Você procura uma idealização.

- Ah, é por isso? Achei que seria por algo diferente. Tipo... porque eu mereço o melhor. E sabe, ele está por aí. Só está saindo com as pessoas erradas.

Kai ficou quieto no canto dele, sem se meter na discussão. No palco, o rapaz loiro e alto que havia pedido passagem para Ruki tomou o microfone, roubando a atenção do baixinho e pondo fim na quase discussão dele e Nao. Naquele exato instante, Sara e Hiroto chegaram, arrumando um espaço na mesa vizinha da deles, cumprimentando-os. Ruki mal respondeu, ainda de olho no cara em cima do palco.

- Hey Tokyo, boa noite! Eu quero uma recepção calorosa para o nosso próximo cantor. Bem, essa é sua noite de retorno, é a segunda vez que ele vem ao palco. Então, por favor, palmas para Takashima Kouyou.

O loiro subiu no palco, ficando momentaneamente de costas para o público. Vestia a roupa que tinha comprado no mesmo dia que comprou o abajur, conforme ordenado pela carta de Aoi. Suspirou, murmurando.

- Bom, é pra você, Aoi... seu filho da mãe.

Ele se virou para o público, sorrindo para os seus amigos que tentavam encorajá-lo com as palmas. Os primeiros acordes soaram, silenciando o bar, e Uruha tentou se concentrar na música. E se ele se concentrasse só um pouco, poderia até mesmo ver aquele bar completamente vazio. E Aoi estaria sentado em uma das mesas, o olhando, com aquele sorriso bobo que sempre abria quando olhava pro loiro.

- "Quero apenas dizer-lhe nada do que você não quer ouvir. Tudo o que eu quero, é para você dizer: 'Por que você não me leva para onde eu nunca estive antes?'. Eu sei que você quer me ouvir prender meu fôlego... Eu te amo até o fim"¹

Uruha suspirou, tentando por tudo não chorar. Sentia seus olhos vermelhos e marejados, mas tinha que ir até o fim. Por Aoi. Sorriu, respirando fundo e não deixando que as suas lágrimas escapassem. Os últimos acordes tocaram e ele finalmente desceu daquele palco. Ficou a um canto no bar, sentado num sofá, com a urna de Aoi a lhe fazer companhia. Enquanto isso, Ruki tentava fazer contato com o rapaz loiro.

- Eu vou ser direto. Você é homo, solteiro e está trabalhando?

O rapaz riu brevemente, afirmando com a cabeça.

- Eu vou abrir um clube no próximo mês. Eu posso levar você lá, se você quiser.

Ruki sorriu, encantado com o sorriso do outro.

- Ótimo... Ah, eu preciso fazer uma coisa...

O mais baixo deixou seu copo sobre o balcão onde estavam encostados, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, sentiu o outro puxando-o pra perto, roubando um beijo que tirou completamente o seu fôlego. Quando se separaram, sentia-se até um pouco zonzo. Ergueu os olhos para o outro.

- Qual o seu nome?

- Suzuki Akira, mas pode me chamar de Reita.

- Por onde você esteve?

Reita sorriu de canto.

- Saindo com as pessoas erradas.

Voltou a puxar o mais baixo para si, roubando-lhe outro beijo. Enquanto isso, Hiroto andava pelo bar, à procura de Uruha, até avistá-lo sentado quieto em seu canto, aproximou-se com cautela.

- Hey...

Uruha se virou, sorrindo.

- Hey!

- Hey, Aoi. Você perdeu peso.

Uruha sorriu, lançando um olhar para a caixa funerária. Hiroto se sentou na poltrona ao lado do sofá ocupado por Uruha e... Aoi.

- Obrigado por me convidar. Você é um péssimo cantor.

- É, eu sou. – respondeu, ainda sorrindo.

- Eu ficaria realmente envergonhado se fosse eu.

- Você tomou seus remédios hoje? – perguntou sério, mas depois sorriu.

- Não, eu vim aqui no lugar.

- Ah... – respondeu Uruha, o cenho franzido.

- Bem, você quer alguma coisa? Alguma coisa pra comer, beber, talvez?

- Não... eu acho que não.

Hiroto ficou encarando Uruha por um tempo, sem saber o que dizer. Depois remexeu no casaco, procurando sua caneta.

- Bem, se você um dia quiser sair, sei lá, dar uma volta, quiser uma companhia. Como amigos, sabe... eu vou te dar o meu telefone, não que eu esteja esperando que você me ligue ou algo assim, mas sei lá... nunca se sabe, não é?

- Bom, quem sabe a gente não sai pra ver algum jogo de basebal?

- É, nós somos... amigos que se conheceram numa poça de vômito. 

- Isso foi engraçado. – disse o loiro, rindo.

Os dias foram passando, e Uruha ainda não havia encontrado um emprego decente que quisesse trabalhar. A campainha tocou, e ele atendeu, pegando as roupas que ele havia mandado para a lavanderia. Pegou as peças de roupa, curioso com um envelope preso junto à velha jaqueta de couro de Aoi. Leu o bilhete pregado no envelope.

"Achamos dentro do bolso da jaqueta."

Uruha rapidamente abriu o envelope com o seu nome escrito, um sorriso brotando nos lábios.

"Kouyou,

A minha jaqueta de couro é pra você. Sempre amei o jeito que ela fica em você. Mas o resto das minhas coisas, você não precisa. Arrume algum espaço pra você nesse apartamento sufocante, vá em frente! Chegou a hora, amor.

P.S.: Eu te amo."

Uruha suspirou, apertando a carta contra o peito. Depois se dirigiu ao guarda-roupa, começando a tirar as peças de roupa de Aoi que ainda estavam ali. Cada uma recheada de lembranças. Colocou tudo em caixas, com todo o carinho e cuidado que poderia ter, depois endereçando-as à uma entidade social cujo endereço estava na lista telefônica.

Passou o resto do dia empacotando as coisas de Aoi, fazendo força para não chorar. Ficou olhando as várias caixas pelo apartamento, e um sorriso mínimo surgiu em seu rosto. Aquilo era só pedaços de pano. As verdadeiras lembranças estariam sempre com ele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

¹ Outro trecho da música Love You 'till the End, do The Pogues i.i~

Bastidor cam

Aoi: Koooooooou ;o;
Jibrille: *dá lenço pro Aoi* i.i~ Que triste.
Aoi: Você é tão cruel com ele T-T
Jibrille: Já disse que eu non tenho culpa i.i
Aoi: Mas é ocê que comanda isso aqui, não é?
Jibrille: Sim. Mas eu to seguindo o roteiro do filme. Normalmente eu não te mataria... /hum Deixar aleijado talvez. u.u
Aoi: QUÊ? O___O
Jibrille: Isso já é outra história ^__-
Aoi: Ji-chaaaaaan >—



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