Ps: I Love You escrita por Jibrille_chan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas é que eu estive ocupada com a escola .__. E com Lovely Death Angel XD~



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Uruha se sentou na cama, assustado, tentando descobrir de onde vinha aquele barulho irritante que o havia acordado. Começou a olhar em volta, levando alguns segundos para perceber que estava em seu antigo quarto, na casa de sua mãe. Virou-se para o criado-mudo e pegou o celular que tocava.

- O que você quer?

- Ah que bom, uma voz conhecida. - respondeu Kai do outro lado da linha.

- Ah... o que aconteceu a noite passada?

- Batidas de limão e tequila, meu amigo.

Uruha afastou um pouco o celular do ouvido, a dor de cabeça proveniente da ressaca se fazendo presente.

- Pare de gritar comigo... – resmungou – Você não foi trabalhar?

- Não, mas eu falei para o Kurozawa que nós voltamos na segunda-feira. Tudo bem?

- Bem, eu... estava planejando dormir e morrer hoje...

Kai riu do outro lado da linha.

- Bem, você não pode. Tem que ir ver sua caixa de correio, se lembra? Me ligue imediatamente...

Sem nem mesmo se despedir, Uruha desligou o telefone, apressado, Colocou seus sapatos na velocidade da luz, pegou tudo o que lhe pertencia e saiu em disparada para casa. Abriu a pequena porta de acesso ao edifício, procurando a sua caixa de correio e abrindo-a com certa violência. Pegou as inúmeras correspondências largadas ali, e começou a procurar.

Até finalmente achar um envelope com o seu nome escrito naquela caligrafia que ele já conheci muito bem. Abriu o envelope tremendo de ansiedade, desdobrando a carta e lendo-a.

"Kouyou,

Salve-se de contusões e compre um abajur... e lembre-se: um rei da boate tem que estar no seu melhor. Vá comprar algo sensacional para se vestir... vai precisar disso quando a minha próxima carta chegar.

E eu sei que você ainda está confuso sobre o seu trabalho... Eu vou ajudar. Procure por um sinal. Você saberá o que fazer.

P.S.: Eu te amo."

Uruha sorriu como a meses não se lembrava de fazer, apertando aquela carta contra o peito. Correu para casa, indo se arrumar para procurar um abajur que combinasse com seu quarto. Não precisou procurar muito, gostando de um dos primeiros que achou. Logo depois começou sua maratona em busca de uma roupa.

Já era tarde quando voltou para casa. Colocou o abajur novo do lado da cama, a urna com as cinzas de Aoi do lado dele da cama e se deitou ali, com a roupa nova que tinha comprado. Ficou encarando o apartamento escuro, brincando de ligar e desligar o abajur.

Acendeu a luz, os olhos pousando no banheiro. Podia ainda vê-lo ali, se arrumando. Aoi reclamava dele, mas no fundo o moreno também era muito vaidoso. Um pequeno sorriso surgiu no seu rosto, quando ele apagou a luz.

Virou-se para a cômoda, acendendo a luz novamente. Ele sempre se arrumava com pressa, porque sempre perdia a hora. Seu sorriso aumentou um pouco mais. Uruha apagou o abajur pela última vez, sorrindo.

- Eu ainda sinto você por perto... Você ainda está aqui, não está?

Ficou olhando o apartamento escuro, sabendo que não obteria resposta, depois acabou pegando no sono.

Levantou-se na segunda-feira com um humor não muito bom, mas ele tinha que ir trabalhar. Ele e Kai iriam mostrar um apartamento grande para um casal. Assim que chegaram, Kai foi mostrar alguns cômodos para a mulher e Uruha ficou conversando com o homem, mostrando a vista.

- Quem morava aqui antes? – perguntou o homem. Não aparentava ter mais de quarenta anos.

- Uma família. – Uruha respondeu, tentando sorrir. – Se mudaram daqui porquue tiveram outro filho. O senhor tem filhos?

- Tenho. Três. Meninas. Adolescentes.

- Ah... Que bom.

- Aham. – ele respondeu, com um sorriso amarelo.

Naquele instante, a mulher voltou ao cômodo que seria a sala com Kai logo atrás de si.

- Yuki, o Yutaka estava me falando que eles já tem alguém que se interessou por esse apartamento. Temos que nos mudar agora.

Uruha olhava de um para o outro, interessado.

- Mayu, talvez... talvez nós devêssemos conversar sobre isso.

- Nós não temos tempo, Yuki! Temos que responder hoje.

- Mas você disse que...

- Eu sei, mas nós amamos esse apartamento, ele é perfeito.

- Mas íamos ver certo...

O casal começou a discutir e Uruha já estava perdendo a paciência com aquilo. Como ela podia simplesmente passar por cima da opinião do marido, como se não tivesse importância? Resolveu se meter na discussão.

- Você poderia ao menos escutá-lo? – perguntou para a mulher.

- O quê? – perguntaram a mulher e Kai ao mesmo tempo.

- Você não parece se importar com isso, olhe pra ele, ele está... pálido.

- Não diga como eu tenho que falar com o meu marido. – respondeu a mulher.

Kai começou a se desesperar. Sentia que Uruha iria fazer besteira.

- Só estou dizendo que vocês têm que concordar com isso, se ele não quer o apartamento, então não fechem o negócio.

- Você não tem que opinar na nossa vida, ele é meu marido e eu quero esse apartamento. Vamos fechar o negócio.

- Diga "não", Yuki!

O homem olhava de Uruha para a esposa, sem saber o que fazer.

- Não é interessante pra mim que você ainda esteja falando! – a mulher disse furiosamente para Uruha, depois se virou para o marido. – Não dê ouvidos a ele.

- Yuki, ela está sendo uma tirana autoritária. Daqui a pouco ela vai começar a brincar com as suas bolas tipo aqueles pêndulos, sabe?

- Sei. – respondeu Yuki.

- Cale a boca! – ordenou Mayu para Uruha.

- Cale a boca você! – o loiro respondeu.

Os dois começaram a discutir e se ofender, e tanto Kai quando Yuki tiveram que se colocar entre os dois, antes que aquela discussão passasse para agressões físicas.

Algumas horas depois, Uruha entrava em casa carregando a caixa com as suas coisas do escritório. Nem estava se importando em ser demitido, seu chefe era um chato mesmo. Aquele emprego era chato. Deixou suas coisas sobre a mesa da cozinha, indo até o quarto tirar seus sapatos. Sentou-se na cama, encarando o chão e pensando no que fazer. Foi quando algo lhe chamou a atenção.

Foi até a cômoda, abaixando-se e olhando embaixo dela, para descobrir o que é que estava brilhando. Esticou o braço, pegando algo que, num primeiro momento, não lhe pareceu familiar. Levantou-se, trazendo a pequena coisa de metal próxima aos olhos. Era uma das presilhas dos suspensórios de Aoi. Aquela era a presilha que tinha deixado o moreno "cego", logo após a última discussão dos dois. Uruha sorriu de canto, pegou um retrato com uma foto dos dois juntos e colocou a presilha apoiada no quadro.

~ Primavera ~

Uruha olhava no leptop, procurando algum emprego anunciado em algum site. Suspirou pesadamente quando ouviu a campainha tocar. Levantou-se, se arrastando até a porta e a abriu. Um rapaz vestido de dançarino de ula-ula estava parado na sua porta.

- Você é Takashima Kouyou?

- Se eu for, você vai dançar pra mim?

- Sim.

- Não, não sou.

- Por favor, é meu emprego. Eu tenho que dançar e entregar uma carta.

Uruha finalmente se interessou.

- Uma carta? Que dança que é?

- "Ula-ula".

- Ah não, por favor, só me dê a carta.

- Eu não posso, está no contrato!

- Qual é, vai ofender a quem, a "União de dançarinos de ula-ula"?

- Eu sou um dançarino profissional, não preciso dessa droga!

Entregou a carta para o loiro, que encarava maravilhado o envelope com o seu nome escrito.

- Quer o colar de flores? – o rapaz perguntou.

- Não. – respondeu, sorrindo para o envelope.

- Ótimo!

E antes que dissesse mais alguma coisa, Uruha fechou a porta. Abriu a carta, o sorriso se aumentando. Desdobrou a carta, começando a lê-la.

"Kouyou,

Vá para a boate, rei! Karaokê esse mês. Cante e nunca se sabe, você pode ser recompensado...

P.S.: Eu te amo."

Uruha ficou olhando incrédulo para as palavras à sua frente.

- Seu bastardo! Eu absolutamente não vou fazer isso!

- Sim, você vai.

- Não, eu não vou.

- Ahhh, vai sim.

- Não, eu realmente não vou.

- Vai. Lembra-se da última vez?

~ F L A S H B A C K DO U R U H A ~

Aoi estava em cima do pequeno palco do karaokê, cantando e se divertindo. Era incrível como ele conseguia animar o pequeno público. Uruha estava sentado a uma mesa, um pouco afastado do palco, com Kai, Nao e Ruki. Olhava para o moreno a sua frente como se pudesse fuzilá-lo. Estava cansado e mesmo assim Aoi havia arrastado-o até lá.

Quando a música acabou, o bar explodiu em aplausos, enquanto Uruha continuava sério, furioso e bebendo sua bebida. Aoi tinha aquele seu sorriso enorme nos lábios, se divertindo. Alguns faziam coro pedindo que ele cantasse mais uma.

- Bem, pessoal... – começou Aoi, ainda em cima do palco e de microfone nas mãos. – Acho que é hora de dar chance a outra pessoa. Quem quer tentar? Qualquer um, vamos lá! Não sejam tímidos!

- E quanto ao Uruha? – gritou Nao.

- Nao, pára. – pediu o loiro, mal humorado.

- Ah, Uruha. Não sei quanto a isso, Nao-kun. Uruha é uma pessoa que eu gosto muito, eu gosto muito dele! Mas lê nunca teria a coragem... pra fazer algo desse tipo.

Uruha ergueu uma sobrancelha, o seu mal humor piorando.

- Não... Ele ficou bravo porque eu o trouxe aqui essa noite! – Aoi continuou, o bar inteiro acompanhando a história. – Disse que tinha sido um longo dia no escritório... Não, ele nunca faria isso.

Ele sorriu de canto para Uruha, que contava até cem para não subir no palco e esganar aquele moreno. O bar ainda tinha esperanças.

- Ah, vocês acham que sim? – perguntou Aoi para seu público. – Vocês acham que ele vai subir aqui? Okay, eu aposto mil yenes que ele não tem coragem de fazer isso.

Uruha respirou fundo, esvaziou o seu copo e se levantou.

- Aposte dois.

O bar explodiu em vivas, enquanto Uruha ia escolher uma música para cantar. Aoi ocupou seu lugar na mesa, sorrindo de orelha a orelha por ter conseguido dobrar o loiro. Uruha escolheu a música mais provocante que conseguiu achar. Quando os primeiros acordes começaram, ele tirou sua gravata, jogando-a e acertando-a exatamente na testa de Aoi.

O moreno pegou a gravata, momentaneamente surpreso, depois sorriu, os olhos fixos em Uruha que abria os três primeiros botões da camisa. O loiro começou a cantar sua música, os olhos fixos no moreno, o corpo se balançando na batida da música, provocantemente.

O próprio Uruha já estava até começando a se divertir com aquilo, vendo Aoi passar a mão pelos cabelos, os olhos brilhando. Se empolgou tanto que acabou tropeçando em um dos fios e caindo de cara no chão. Aoi e seus amigos se levantaram instantaneamente da mesa, indo em seu socorro.

Ao colocou Uruha no carro, indo desesperado para o hospital mais próximo, dirigindo e tentando estancar o sangue que saia do nariz do loiro. Deixou-o aos cuidados das enfermeiras, e desceu para busca um café para ele e Uruha. Quando voltou, o loro estava numa cama, um tornozelo enfaixado, a camisa suja de sangue e vários curativos no rosto.

- Eu trouxe café. – disse o moreno. – Como se sente? Você parece bem.

Uruha apenas o encarou, com todos aqueles curativos e o rosto sujo de sangue. Aoi tentava conter o riso, sabia que se risse iria piorar o humor do outro.

- Amor, eu tenho que te dizer, você estava indo muito bem...

- Meu nariz está quebrado, Aoi. Torci o meu tornozelo, está feliz?

- E você está bravo comigo? – o moreno perguntou, franzindo o cenho.

- Eu não queria sair essa noite, você que me obrigou! Eu odeio karaokês e você me forçou a ir!

- Ah, Uruha, por favor, você só caiu! – o loiro girou os olhos, incrédulo. – Vem aqui, me dê um beijo.

O loiro virou o rosto para o outro lado, furioso. Aoi suspirou, sentando-se na cadeira ao lado da cama, destinada aos acompanhantes. Começou a beber um dos cafés que tinha comprado.

- Por quanto tempo você vai ficar bravo?

Uruha lançou-lhe um olhar assassino, como se dissesse "por muito tempo".

~ F I M DO F L A S H B A C K ~

Aoi says: Continua 8DDDD


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Notas finais do capítulo

LDJLKSJLKJASKLJASDLKJlsaKJDLKJADS
Atenção especial para esse flashback *ficou rindo horas sozinha* E PRA PARTICIPAÇÃO ESPIRITUAL DO AOI!!! -q

Aoi: é, ne... já que me mataram i.i~
Jibrille: desculpa .__. Mas eu vou te dar algo pra fazer u.u/
Aoi: é? *-* Isso envolve o Kou?
Jibrille: ¬¬' Mais ou menos. u_u Vai ficar aqui nos bastidores comigo ajudando nos comentários!
Aoi: Ah ._. Achei que você ia me ressucitar.
Jibrille: -Q O_O NON! Tá maluco? u.u Enfim, o que achou desse capítulo?
Aoi: que o Kou tava lindo *-*
Jibrille: ai u.u'



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