Waiting For The End escrita por missybw


Capítulo 9
Capítulo Oito - Acabando


Notas iniciais do capítulo

preparem os lencinhos...



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Capítulo Oito – Acabando.

Todos naquela sala estavam incrédulos. A mente de Edward logo o acusou por matar e fazer uma pessoal sofrer sem motivo algum. Ele havia tirado o sonho de uma linda mulher de ser mãe, por causa de uma burrice sua. Por causa de um engano seu. E o pior, é que ele não tinha como pagá-la. Ela o odiaria. Ela o iria colocar na cadeia. Assim como Mica e Josh. E também... ele nem se quer sabia o nome daquela mulher.

O silencio predominava a sala. Edward olhava fixamente para o chão. Josh estava com as mãos na cintura e seus olhos estava estampado em desespero que ele escondia atrás de sua mascara. Mica estava com as mãos entrelaçadas e apertando-as fortemente. A culpa tomava conta de todos aqueles seres.

— Ela desmaiou. — Josh falou e Edward levantou rapidamente.

Andou em passos longos até chegar no sofá onde Isabella estava. Como Josh disse, ela estava desacordada. Não era pra menos. Ter apanhado tanto por nada. E descobrir que todo esse tempo sofrendo foi para simplesmente descobrir que haviam a seqüestrado por engano. Que não havia sido mãe, por um erro.  

— Vou levá-la ao hospital. — Edward murmurou a pegando no colo.

— Você não vai a lugar nenhum! — Mica gritou.

— Você não manda em mim. A garota está quase morrendo e nem tem culpa disso. Os únicos culpados somos nós. Ela não tem culpa nenhuma. O mínimo que podemos fazer para ajudá-la é isso, Mica. — Edward falou pegando a chave do carro que ele e Josh usaram para seqüestrá-la e saiu dali correndo com ela em seus braços.

Ouviu Mica bufando antes de fechar a porta mas não ligou. Quando estava arrancando ouvia os gritos de Josh, James e Mica. Acelerando o carro, Edward parou no primeiro hospital que viu pela frente. A tirou do carro com dificuldade, mas conseguiu. Os enfermeiros a atenderam rapidamente e pediram para Edward ficar na sala de espera.

Então, ele parou pra pensar em tudo o que estava acontecendo. Se sentou numa cadeira qualquer e apoiou seus braços nas suas coxas e passou as duas mãos no cabelo. Ele estava nervoso. Estava apreensivo. Nem se quer sabia o verdadeiro nome dela, mas sabia que o que estava fazendo era certo. Já não bastasse tudo o que ela havia sofrido naquele cativeiro, deixá-la desmaiada depois de descobrir que isso não passava de um erro dele, era completamente sem escrúpulos. E depois de tudo que eles viveram naquela casa, ele não podia deixá-la daquele jeito.

Ele tinha um carinho pela morena.

E não queria se desfazer dela.

Mas sabia que teria que fazer isso. Provavelmente ela acordaria e estaria morrendo de raiva. Estaria triste. Não gostaria mais nem de pensar no nome dele. A família dela deveria estar muito apreensiva. E depois que ele falasse com ela, ela provavelmente iria denunciá-lo para a policia e sua vida estaria acabada.

Ele seria preso e talvez, pegasse prisão perpétua por tudo que ele acabou fazendo. Por causa de James.

Tudo o que ele fazia na vida era em torno de James. Ele comandava a vida de Edward de uns anos para cá. Edward nunca teve paz, e nunca foi amado. Seus pais foram mortos quando ele era pequeno e acabou indo para um orfanato junto com Alice, sua irmã. Depois, James o adotou e o inferno começou.

Mas não era hora de pensar na vida dele, era hora de pensar como estaria o bem estar dela. Mica havia exagerado muito dessa vez, e todos os cuidados que Edward teve nesses últimos dias, pareceu sumir quando ela adentrou aquela sala com sangue em algumas partes do corpo. Edward suspirou. Ele havia perdido a mulher por quem ele sentiu alguma coisa pela primeira vez. Podia ser carinho, podia ser amizade, podia ser até amor. Mas ele não entendia o bastante dos seus sentimento, para afirmar qual era ele.

Agora, o medo dominava-o.

Medo de nunca mais vê-la. Medo dela ficar com seqüelas do que sofreu. Medo dela não conseguir mais ser mãe por causa dele. Medo dela não conseguir retomar a sua vida como era antes por causa dele. Medo da reação dela. Medo de muitas coisas que envolviam ela.

— O senhor é o homem que entrou com uma moça no colo? — Uma voz grossa lhe tirou dos pensamentos.

— Sim. — Edward sussurrou. — Há alguma noticia dela? — perguntou se levantando.

— Ela sofreu algumas lesões pelo corpo, mas nada que se deva preocupar muito. Seu pulso estava torcido, havia vários hematomas por todo o seu corpo, principalmente na região do abdômen. Ela estava muito arranhada, e nas suas pernas, haviam vários cortes e arranhões. Suas unhas estavam quebradas e seus cabelos pareciam ter sido puxados com muita força. — o médico suspirou. — Seu lábio estava cortado. Seus olhos estão bem. O rosto foi a parte menos atingida. Em dois dedos da mão direita, há uma luxação nos ligamentos. Isso vai demorar um pouco para sarar, assim como o pulso que já está enfaixado. — terminou.

— Posso vê-la?

— Pode. Mas ela está dormindo. — o médico respondeu. — Em alguns minutos ela acordará.

— Certo.

— Senhor, sei que não é da minha conta, mas, o que aconteceu com essa moça? — o médico perguntou. — Ela chegou com nenhuma documentação. Eu não sei nada sobre ela, e o senhor é o único que pode dizer alguma coisa.

— Ela é minha prima. — Edward mentiu. — O namorado e a amante dele a agrediram quando ela viu os dois juntos.

— Oh! Desculpe-me não me apresentar anteriormente, meu nome é Tristan Masen. — ele disse estendendo a mão.

— John Dusk. —  Edward mentiu apertando a mão do médio.

Depois disso, Kevin levou Edward até o quarto onde Isabella estava. Trezentos e dois. Quando entrou na sala, ela ainda dormia. Estava com o pulso enfaixado, assim como a sua mão direita. O lençol azul claro do hospital cobria todo seu abdômen até a parte dos pés. Ela estava com a roupa de hospital e pálida. Ao seu lado, havia vários aparelhos que diziam suas batidas cardíacas e tudo mais. Havia soro injetado em seu pulso esquerdo. Edward caminhou até a poltrona e se sentou ali.

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Os batimentos cardíacos dela aumentaram, assim como sua respiração. Edward deduziu que ela estava acordando e por isso se sentou de uma forma mais formal na poltrona. Alguns minutos depois, ela abriu os olhos e os fechou novamente. Piscou e começou a olhar ao seu redor. Olhou para seus braços e uma ruga se formou na sua testa. Olhou para o quarto lentamente, até que encontrou Edward e ela fechou fortemente os olhos. Abrindo logo em seguida. Ela não estava sonhando.

— Oi. — ele sussurrou se levantando da poltrona e indo até ela.

— O que está fazendo aqui? — ela sussurrou se remexendo.

— Calma. — ele fez sinal para que ela parasse de se mexer. — Eu não vou machucar você.

Eles ficaram em silencio.

— Qual seu nome? — ele perguntou.

— Por que diabos quer saber meu nome?

A verdade, era que ele nunca queria esquecê-la. Tinha certeza que se ela falasse seu nome, ele nunca mais sairia da cabeça de Edward.

— Tenho que informar ao hospital. — ele falou. Também não era uma mentira.

— Você pode falar o seu também? — ela sussurrou sarcástica. — Pode ter sido burro o bastante para confundir seu nome também.

— Me chamo Edward Cullen, Morena. — ele respondeu. — Posso ter errado feio com você, mas você sabe que eu nunca fiz aquilo porque eu queria. Se fosse com Samantha ou com você, eu não queria.

Você é a esperança

que me faz confiar

Você é a vida

pra minha alma

— Por favor, saia daqui. — ela pediu sussurrando e olhando para seu pulso enfaixado.

— Em nenhum momento eu queria lhe fazer mal. Mas eu fui obrigado a James a fazer aquilo. Desde uns anos para cá, James controla minha vida. Não é algo que eu posso simplesmente desobedecer. — ele sussurrou de aproximando dela. — Eu prometi que iria lhe proteger. E eu vou fazer isso! Nem que seja de longe  e que você me odeie.  — ele falou abaixando os olhos. — Não quero você mal.

— Como não quer? — ela dessa vez o encarou com os olhos marejados. — Edward, você me seqüestrou. Junto com Josh e Mica e não sei mais quem. Eu não pude ser mãe por culpa sua. Edward... ser mãe iria me deixar a mulher mais feliz do mundo. Você não tem noção do sentimento que se criou dentro de mim quando eu descobri que iria ter um filho. Talvez você nunca tenha tido esse sentimento. Talvez seja por que você nunca amou e nunca foi amado. — ela disse. — Você não tem noção de como é um sentimento de amar uma pessoa!

Você acalma as tempestades

E você me dá repouso

Você me segura em suas mãos

Você não vai me deixar cair

Você roubou meu coração

E me deixou sem fôlego

Você vai me receber?

Vai me atrair mais ainda?

— Verdade. — ele disse sorrindo tristemente e se distanciando dela. — Eu não tenho. E você parece não ter também quando fala isso justo para o homem que se apaixonou por você. — ele disse e ela arregalou os olhos, já não se importando com as lágrimas que saíam de seus olhos.

Antes dela responder, o telefone de Edward tocou. Ele fez sinal para que ela não responder.

— Alo. — ele disse ao atender.

— Edward corra até a estrada perto do cativeiro! Edward corra. — era a voz de Mica gritando no telefone.

— Mica se acalme, o que aconteceu? — perguntou saindo mais de perto de Isabella.

— Josh levou um tiro de James, Edward. No peito! Pelo amor de Deus, venha correndo aqui. Você está com o carro. Temos que levá-lo até o hospital mais próximo ou algum lugar que possa cuidar dele. — ela chorava. — Edward corra!

— Estou indo. — disse desligando o celular.

Ele não se virou para Isabella, apenas caminhou até a porta. Antes de sair ela o chamou.

— Edward! — Isabella também chorava.

— O que foi? — perguntou impaciente.

— O que aconteceu?

— Josh levou um tiro no peito. Satisfeita? Agora um de seus seqüestradores vai morrer. — ele disse se direcionando para porta.

— Isabella Swan. — ela sussurrou e ele se virou para ela.

— O que? — perguntou confuso.

— Meu nome, Isabella Swan.

Depois de um minuto em silencio, apenas se encarando, ele disse:

— Eu te amo. — ele falou antes de fechar a porta e indo apressadamente até a secretaria.

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo, tudo

Foi até a secretaria e deu o nome dela. Logo a secretário puxou o nome de seus parentes e o chamou. Antes de sair, Edward escreveu uma rápida carta e deu para a secretária entregar para Isabella.

Correu até seu carro e disparou pelas estradas indo até o cativeiro. De longe, viu Mica no chão, com um corpo no seu colo. Josh. Edward largou o carro em um canto e correu até onde Mica estava. Quando chegou lá, Josh estava com os olhos fechados. Edward pegou diretamente em seu pulso. Nada. Josh estava morto. O aperto que estava nele quando saiu do hospital, aumentou mais ainda.

— Ele morreu, Mica. — Edward sussurrou.

— Não! — ela gritou. — Tente salvá-lo.

— Não tem como, Mica. — Edward falou com a voz calma. — Ele está sem pulsação.

Mica largou o corpo de Josh e se levantou passando a mão em seus cabelos. Andava de um lado para o outro passando os braços ao seu redor e chorando. Ela estava louca! Edward se abaixou até Josh e passou a mão em seu rosto. O pegou com dificuldade no colo, e caminhou até o penhasco que havia ali perto. Josh não tinha família, nem nada, então, ninguém iria sentir falta do corpo.

— Obrigada por tudo, irmão. — Edward sussurrou antes de jogar o cadáver no penhasco.

Quando Edward se virou, Mica adentrava o carro dele. Como era de se esperar, Mica o deixou ali sozinho fugindo com o carro. Edward suspirou, e deixou lágrimas caírem. Por ter perdido Isabella, e por ter perdido Josh.

Apesar de ter feito Isabella sofrer, se ele não tivesse feito isso, ele não iria conhecê-la.

Mas agora, estava tudo acabado.


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Notas finais do capítulo

nyah dando alok né? enfim... desculpem-me a demora pra postar. O que acharam do cap? prometo grandes emoçoes pro próximo capítulo hein. comentários?
beijosssss