Juliana on

Cheguei em casa bufando de ódio.
Cada vez que eu olhava o quadro do Tokio Hotel e via o Tom me dava uma repulsa. Que garoto irritante. Pelo menos quando ele quer, ele sabe ser irritante. E põe irritante nisso.


A campainha soou e eu fui atender. Era um entregador de flores. 
Eram lírios e havia um cartão junto. Do Bill.

'' Anna, obrigado pela noite de ontem. Foi tudo maravilhoso. Desculpe se fiz algo que você não gostou. Quero te ver em breve. Beijos. Bill K.''


Awwn fofo. Meus sentimentos pelo Bill ainda são indefinidos. Ele era o único da banda  que eu nunca imaginei ter nada e nos beijamos na noite passada. Um tanto quanto confuso pra mim.


No dia seguinte acordei atrasada e fui correndo para o curso. Quando voltei, fui tentar abrir a porta e a chave caiu no chão, quando levantei e me viro em direção à porta me deparo com aquele ser magrelo e super alto e quase morri de susto.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!  Quer me matar do coração Bill? Que susto. - falei arfando.

- Ai desculpa Anna, não foi minha intenção. Desculpa mesmo.

- Tudo bem, passou. Está fazendo o quê aqui? - perguntei.

- Vim te ver? Posso entrar?

- Não, capaz. Entre. - falei abrindo a porta.

- Como sabia que eu estaria em casa nesse horário? - o questionei.

- A Laura me contou. Comprei umas coisinhas para fazer um almoço pra você. Se importa?

- Não não.

- Ok, vou alí no meu carro pegar as sacolas.

Bill foi até o carro e voltou logo, começou a preparar a comida e enquanto isso conversávamos.

- Faz quanto tempo que sua mãe morre? Se não se importar em falar...

- Faz 6 meses. - respondi.

- Nossa que trágico. Deve ser muito difícil.

- E é, mas fazer o quê, não posso passar a vida toda me lamentando né.
- Sim, bom, está pronta a comida.

Nos servimos e comemos. Escovei meus dentes, peguei minha bolsa e as coisas da faculdade e saímos. Bill fez questão de me largar no trabalho. 

- Anna, desculpe se fui um pouco rápido demais com as coisas, mas eu senti naquele dia que eu tinha que te  beijar ou iria te deixar passar e eu iria me lamentar depois. É difícil ser fechado nessas horas.

- Não precisa se desculpar, você não fez nada  de errado, e é alí meu trabalho. - apontei para o prédio da revista.

Bill parou o carro e me deu tchau juntamente com um selinho. Me despedi e saí.
Que rumo as coisas tomariam?



A tarde estava sendo de muito trabalho. Nos poucos minutos livres, aproveitava e contava tudo  o que aconteceu a Laura. Ela estava me encorajando a seguir em frente e deixar as coisas rolarem. Falei até que vi o Tom no supermercado. Ai meu Deus como ele estava lindo!!! O que tem de lindo, tem de arrogante.

Juliana off

Tom on

Dei meu recadinho para aquela garota no supermercado. Ai dela se não distanciar do Bill.

No momento em que a puxei pelo braço pude sentir o aroma de seu perfume, muito bom por sinal, a repulsa em seu olhar mas eu a desejava tanto. Naquele momento me senti tão excitado. Era diferente de estar com uma garota que me queria. Essa Anna é difícil. Não dá o braço a torcer e tem um mistério através daqueles olhos que eu vou descobrir.

Eu estou tendo crises de inveja do meu próprio irmão. Espero que ele não perceba isso. Tá sendo difícil pra caralho mascarar meus pensamentos e sentimentos para que ele não perceba.

Pela primeira vez em muito tempo, Bill se sente feliz e eu não quero que essa felicidade seja por causa da Anna. Sei que estou sendo egoísta mas este sou eu quando alguém tem algo que quero.

Tom off