Please Dont Go escrita por MandyLi


Capítulo 15
O Tempo Passa. Parte 1: Sandara


Notas iniciais do capítulo

Vou postar três caps hoje porque eu fiquei uma eternidade sem postar. Desulculpe X.XBoa leitura ^^



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As semanas passam. Isso fez Dara começar a acreditar que Einstein estava certo e que o tempo é realmente relativo. Toda semana pareciam durar séculos, mas os dias passavam muito rápido. Bem, era um tormento a menos, até que ela começara a se tocar que andara evitando as pessoas, inclusive as amigas. Os ensaios já tinham começado, até agora quatro no total, ocorriam no auditório da escola. Dara não tinha comparecido em nenhum já que não fazia parte do elenco, mais um tormento a menos, só precisava ficar em casa desenhando modelos, mas sabia que a qualquer momento teria que comparecer aos ensaios e ter que dar de cara com JiYong e Chaerin. Não que não gostasse dos dois, mas estava muito confusa durante esses dias, estava muito triste e tudo que não queria era fazer os outros sofrerem por sua culpa. O problema é que ela sabia que isso já tinha acontecido...

Dara se encontrava encolhida no canto de seu quarto colorido. Com a cabeça para baixo apoiada nos joelhos. Apenas se concentrando em meros pensamentos que vinham e iam.

– Oque está acontecendo com você Sandara? – Ela murmurou. – Por que estou evitando-o? Eu o amo... – Ela disse estendendo as pernas para frente e fazendo a cabeça pender para baixo. – Amo. – Olhou para o lado onde uma cômoda existia, seus olhos se focaram em uma foto. Ela, Chaerin, Bom, Minzy, JiYong e SeungHyun uns dois anos mais novos. Todos felizes. Todos juntos. Como deveria ser. Por que o amor estraga tudo? Pensou. Ela se ajoelhou e pegou o porta-retratos tocando seu vidro frio com a ponta dos dedos.

– Eu te amo... – Dara disse olhando para o rosto sorridente de JiYong que era abraçado por um SeungHyun também sorridente. Em uma foto fria e parada, mas cheia de vida. Ela olhou para o lado da foto onde Chaerin se encontrava ao lado de Minzy, seus dedos escorregaram do vidro. Ela não estava loura, nem Minzy tinha seu cabelo laranja, mas as duas continuavam com os mesmos sorrisos e a mesma amizade. Dara abriu um pequeno sorriso com os olhos embaçando. Abraçou aquele pequeno momento eternizado e feliz no porta-retratos e fez o máximo para sorrir. Pois tudo que tinha agora eram apenas meras memorias de momentos felizes... Que pareciam que nunca mais iriam voltar. Não do jeito que costumavam ser. Não do jeito que queria que eles fossem. Nunca mais. Tudo que Dara desejava agora era uma maquina do tempo. Uma maquina que a fizesse corrigir qualquer errinho que ela tivesse feito no passado que talvez estivesse resultando nisso que acontecia no presente. Mas isso era impossível, mudar era impossível, viver era impossível.

– Qual o motivo disso tudo? – Um murmúrio escapou pelos seus lábios enquanto ela fechava os olhos e uma lagrima fugitiva escorria pelo seu rosto. A única coisa que ela não entendia era por que se sentia tão triste por uma coisa que era apenas suposição. Talvez fosse uma suposição temida demais. Olhou mais uma vez para a fotografia e então ela ouviu o som eletrônico do telefone, mas não desviou o olhar da foto. Deixou tocando, quem quer que seja não queria atender. O aparelho tocava... Tocava... E Dara apenas fitava com a foto aninhada em seus braços.
E de repente o barulho parou.

Só parou. Antes que Dara pudesse voltar a olhar para a foto o barulho começou novamente. Ela olhou para o aparelho, seja quem fosse era insistente. Revirou os olhos e com esforço levantou-se do chão colocando a foto cuidadosamente na cômoda e se dirigindo ao telefone para olhar o numero. Bom.

– Alô? – Dara disse ao telefone com a voz monótona.

– Você está ai! Oi Dara! É a Bom.

– Eu sei que é você Bom. Vi o numero...

– Por que não atendeu da primeira vez?

– Eu não ouvi. Estava ouvindo musica. – Dara respondeu com a desculpa preparada.

– Ah... Então, você está livre hoje?

– Como? – Dara arregalou os olhos. Fazia um pequeno tempinho que não saia com ninguém desde o filme de terror...

– Eu estou meio presa em casa. Queria sair com você. Está livre? – Dara pensou por um momento, estava livre, e queria sair com alguma amiga. E mesmo com o canto de
tristeza a dominando ela tinha uma vontade incontrolável de perguntar como estavam indo os ensaios.

– Estou livre sim – Respondeu sorrindo. – A gente se encontra onde?

– Tem aquele parque na frente da sua casa... Eu só quero conversar. – Dara notou a seriedade na voz de Bom e engoliu em seco.

– OK então. Vou te esperar.

Dito e feito, Dara colocou uma roupa qualquer apenas para sair na rua, amarrou o cabelo que caia no rosto para trás e jogou um pouco de água no rosto. Deu um pequeno beijo de despedida na foto e saiu sua mãe não estava em casa para se despedir, mas Dara deixou um bilhete pregado na geladeira dizendo que iria ficar na praça. Então tudo estava bem.

Sentou-se em um banco de madeira confortavelmente localizado em baixo da sombra de uma arvore amiga e esperou. Esperou por um longo tempo, mas era aceitável já que Bom não morava muito perto, então viu a ruiva andando em sua direção e acenando usando um dos seus vestidos muito curtos.

– Oi Dara. Seu cabelo está bonitinho. – Bom disse sorrindo e sentando-se ao lado de Dara que sorriu.

– Obrigada. Oi Bom. – Dara disse olhando para a menina ao seu lado. – Então o que queria conversar comigo? – Bom pareceu ficar sem jeito.

– Ahhh... Não é nada sério não... Eu dei muita bandeira? – Bom disse olhando para a amiga insegura, Dara soltou uma risada.

– Não, eu não sabia de nada, você acabou de me confirmar Bom. – Dara riu apoiando uma mão no ombro de Bom. – Então, oque você quer falar?

– Dara... – Ela começou olhando para o chão e logo depois olhando para Dara ao lado. – É que você anda meio... Sabe... Afastada... De mim, da CL, do GD... Na verdade de todo mundo.

– Não é um assunto sério hein? – Dara murmurou entrelaçando os dedos das mãos e olhando para o chão.

– Bem... É. Mas... O que aconteceu? – Bom perguntou se auto corrigindo.

– Não é nada Bom.

– É sim. Você ouviu oque eu disse? Você está afastada do JIYONG. Normalmente você faz até o contrario... – Bom disse a ultima parte um pouco mais baixo e Dara sorriu torto.

– Pode ser alguma coisa. Mas eu não vou te contar Bom. – Dara falou séria.

– Por que não? É do meu interesse se você quer saber.

– Porque eu fiz uma promessa...

– Então... Eu vou tentar adivinhar. Se eu adivinhar você tecnicamente não me contou né? Além do mais eu gosto de adivinhar e... – Bom percebeu que desviara o assunto e parou. Dara apenas assentiu com a cabeça. – Tem haver comigo?

– Não...

– Hum... Aconteceu alguma coisa entre você e o GD... – Dara mordeu o lábio inferior e Bom entendeu isso como um sim. – E foi uma coisa... Ruim?

– Depende do ponto de vista. – Dara disse automaticamente.

– Você quer me contar. Mas não pode. – Bom disse tirando uma barrinha daquelas de cereais da bolsa.

– É bem por esse caminho... - Dara resmungou. – Você ainda não acabou com essa mania compulsiva por comer? – Ela franziu a testa.

– Não. E não vou parar. – Bom disse mordendo a barrinha. – Continuando... Você fez uma promessa para a Chaerin?

– Não.

– JiYong?

– Talvez. Por que seus chutes sempre são ou a Chaerin ou o JiYong? – Dara continuou com a testa franzida. Bom engasgou com a barinha.

– É uma coisa bem compli...

– A Chaerin gosta de mim não é? – Bom arregalou os olhos e olhou para Dara que tinha uma expressão meio calma, mas escondia uma Dara nervosa por dentro. Bom suspirou.

– Como você descobriu isso?

– Mais uma vez você comete o mesmo erro. Eu não sabia. Você acabou de me confirmar... – Bom revirou os olhos e olhou para Dara que tinha um pequeno sorriso no rosto. – Não me importo, só quero saber. – Bom balançou a cabeça.

– Sim, ela gosta. Mas o que isso tem haver?

– Você vai adivinhar. O máximo que eu falo é sim ou não Bom... – Dara disse em voz baixa. A ruiva ao seu lado bufou.

– Então... Aconteceu uma coisa com você e o GD... E essa coisa foi boa e ruim... E você prometeu para ele que não ia contar oque aconteceu. – Bom disse lentamente.

– É...

– Não entendo por que a Chaerin está envolvida nisso. Culpa? – Ao ouvir a pequena palavra Dara sentiu como se um alfinete perfurasse seu coração, parou para pensar um pouco, sim, isso, era essa a palavra que batia na mente dela todo dia. Culpa. Era tudo que ela sentia no momento. – Acho que estou certa. – Bom concluiu ao ver Dara fitando o nada.

– Certa até demais... – Dara murmurou baixo.

– Por acaso aconteceu alguma coisa a mais depois daquele beijo do cinema, Dara? – Bom sorriu para Dara que congelou e balançou a cabeça.

– Ele me beijou. Antes parecia pena... Mas... Não sei Bom...

– Pena?

– Bom por acaso você sabe o que aconteceu com a Chaerin e a Minzy? – Ela disse repentinamente.

– Sei umas coisinhas sim... Não exatamente oque aconteceu, mas suponho que tenha sido alguma declaração... Mas oque isso tem haver afinal?

– De... Declaração? – Dara balbuciou arregalando os olhos. Então ela era realmente a pedra no meio da historia toda. Ela era a culpada de tudo. Ela estava certa.

– Você é muito bobinha às vezes sabia Dara?

– Sou é? Eu não queria ser...- Ela disse com a horrível perspectiva de ser a única pessoa que não sabia de nada. E com a mais horrível perspectiva de ser a culpada entre... Bem... Tudo. – O fato é que eu fui procurar o JiYong no dia do teste de biologia. E eu vi aquela parede... A parede...

– Hum. Parede? – Bom disse confusa com algo que parecia ser tão familiar para Dara.

– A parede de tijolos... A Chaerin... E o JiYong estava lá... – Dara dizia as palavras ainda fitando o nada enquanto Bom tentava decifrar alguma coisa do que ela dizia.

– Dara... Eu não entendo nada. Desculpe...

– Você não vai entender. Mesmo por que sua vida é perfeita. Você não vai entender nunca Bom. – Dara disse e levantou-se olhando para a ruiva que continuava lá parada. Então deu meia volta e começou a andar continuamente pela praça, mesmo não tendo muita certeza de onde iria, não queria ir para casa, então só andou. Mas ela pelo jeito tinha se esquecido de que andar olhando para baixo no meio de uma praça publica não era lá uma coisa normal para se fazer. Então ela só sentiu quando trombou em alguém com toda a força, e esse alguém aparentemente também estava olhando para baixo, ou ele simplesmente iria desviar.
Dara por um fio não caiu no chão, mas a pessoa com quem ela trombara sim então ela esticou a mão para ajuda-lo.

– Desculpe... – Ela disse quando a pessoa colocou a mão na sua. Então ela arregalou os olhos, grande coisa, fazia tanto isso ultimamente que estava se tornando habitual. Aquele toque era conhecido. O toque de mãos.

– Dara? – O garoto disse quando viu o rosto da menina que o ajudara a se levantar.

– JiYong?


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