Entre a Guerra que Criamos escrita por mandy_ab


Capítulo 3
Resposta perturbadora




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 – Narrado por Sasuke.

Do meu quarto podia ser ouvido o falatório da minha família. Não precisava ser um gênio para saber que minha mãe estava preocupada comigo, Naruto tentando acalmá-la e meu pai declarando sua análise sobre o meu comportamento.  O que me fez perceber que Itachi não estava no local e provavelmente não estava na hora do “interrogatório”.

Onde será que ele estava?

Eu não me mexia, estava deitado na minha cama fitando o teto. É tudo muito confuso. Parte de mim dizia que eu deveria proteger minha família, e outra parte me mandava não ter pensamentos precipitados.

Adormeci com esse pensamento.

Era muito escuro, eu não achava a saída. Só havia na minha frente um abismo negro e profundo, pisei em falso e um pedaço da rocha que me mantinha em cima, caiu. Porém consegui dar alguns passos para trás há tempo, de repente me vi encurralado entre os pedregulhos que caíam desfazendo a minha base e algo que me impedia de recuar. 

O que me restava fazer era esperar até que todo o chão desmoronasse, e chegasse ao fim do precipício, se é que tinha fim.

A cada pedra que sumia entre a escuridão da profundeza, me coração acelerava mais. Fechei os olhos com força ao ver que era a hora. Mas incrivelmente não se pode ouvir mais barulho de rachadura, e nenhuma rocha se desfazendo. Pude abrir os olhos e suspirar aliviado.

Ao mesmo tempo, senti duas mãos forçando-me para frente, ao encontro do abismo. Só assim percebi que se tratava de alguém. Tentei ao máximo lutar, mas não adiantou.

Em questão de instantes, a escuridão me cobria sufocando-me, queria gritar, mas nesse momento era tudo em vão, minha voz não existia...

Tentei olhar para cima, e a única coisa que pude ver era os olhos do individuo brilharem de satisfação. E quando menos esperei, um sorriso brotou em seu rosto.

Levantei com a respiração descompensada e o ritmo de meu coração acelerado.

Ainda bem que era um sonho, passei as mãos no cabelo em sinal de nervosismo, que podia ser notado pela tremedeira de minhas mãos.

Respirei fundo. Passei o olhar pelo local a minha volta. Os travesseiros, assim como o edredom, estavam jogados no chão. A cama estava uma bagunça, como seu houvesse passado um furacão. Essa noite foi bastante conturbada, levei minhas mãos ao meu rosto e só assim percebi que pingava suor por todo o meu corpo.

Sem pensar duas vezes me dirigi ao banheiro com passos lentos.  Em questão de minutos, eu estava abaixo do chuveiro.

Nunca fui de me abalar com sonhos, ou pesadelos como seria chamado, mas algo nesse sonho parecia real demais. Talvez seja por esses dias complicados e de totais confusões.

Sentia a água quente escorrer pelo meu corpo, com certeza sairia vermelho de lá, porém aquela temperatura me fazia pensar com mais calma.

O que não me fazia parar de pensar no maldito sonho era aquele sorriso, me parecia tão simples, tão comum, como se eu já o tivesse visto. De qualquer forma tão desprezível, que me deu raiva.

Saí do banheiro apenas com uma toalha enrolada na cintura, e fui terminar de me arrumar.

Não demorou muito, e eu já estava descendo as escadas para tomar meu café da manhã, já que minha janta foi bruscamente interrompida. As luzes da casa ainda estavam apagadas, com algumas exceções. Deveria ser bastante cedo.

Ao chegar à cozinha, abri as janelas dando espaço aos primeiros e tímidos raios de sol do dia. Não fiz questão de olhar o relógio, decidi preparar logo algo para comer.

Não conseguia achar nada que eu pudesse fazer, já que eu mal sabia cozinhar, as opções eram reduzidas a zero. Na geladeira tinha um pedaço de bolo, peguei e o comi devagar, não havia motivo para correr. Estava concentrado olhando as nuvens.

- Bom dia, Sasuke!

- Bom dia, pai. – continuei a fitar os “algodões do céu”, como eu achava quando mais novo.

- Dormiu bem? – Ele tentava puxar assunto, porém eu não estava com animo para conversas.

- Uhum. – balancei a cabeça em sinal de afirmação, dando como assunto encerrado.

 De repente, alguém bate na porta e Fugaku vai atender.

- Bom dia, Shisui. O que faz aqui tão cedo?

- Bom dia, Fugaku. – sorriu – Vim lhe entregar o relatório. Estudamos cada parte do local da explosão.

- Sabe quantos foram os feridos?

- Temos uma noção. Por enquanto, quatro mortos e passaram dos dez feridos, que já estão sendo cuidados... Havia muitas pessoas no local – abaixou a cabeça.

- E o que está dizendo aqui? – Se referia ao papel que estava na sua mão, provavelmente não entendia o que estava escrito.

- Está escrito o resumo do nosso trabalho... – olhei para eles curioso - Diz que a explosão foi criminosa. 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, ficou um pouco pequeno, prometo que o próximo será BEM maior e com mais "acontecimentos".
Me digam o que acharam, por favor.
Beijos, Até o próximo capítulo! *-*



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