Acampamento de Guerreiros escrita por Nayou Hoshino


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Pensamentos do Fataliz, momentos antes de tomar sua decisão.



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FAtaliz's POV


Eu ainda lembro do seu cheiro... Da maciez de sua pele... Do brilho dos seus olhos quando estávamos juntos...
Agora ela está encolhida à minha frente, com medo de mim, sem saber quem eu sou. Não existe pior castigo para um homem... Ficar observando sua amada, sem poder toca-la nem tê-la nos braços.

Luna está consolando-se no colo da ninfa da caverna. Acredita ter sido raptada e, em algum lugar, ter alguém procurando por ela. Mal sabe ela, que ninguém a procura... Ninguém lhe resta senão eu e, talvez, o Kyou.
Sinto um aperto o coração só de pensar que isso foi culpa minha... Se eu a tivesse pego nos braços e fugido com ela assim que Kyou apareceu... Tudo isso poderia ter sido evitado.

Rosno baixo, com raiva de mim mesmo por ter sido tão idiota. Luna se encolhe mais.
Não sei o que fazer.
Não sei se faço ela lembrar-se de tudo... Se imlporo à Ninfa  para que ela me ajude... Tudo parece ser em vão pois, de todas as formas, ficarei sem Luna.

Luna agora dorme, seu lindo e delicado corpo se move lentamente por causa de sua respiração (que começava a normalizar-se). Levanto-me lentamente para não fazer barulho. A ninfa encara-me sorrindo.

Estou começando a querer acabar com essa Ninfa. Ela sorri para mim sempre que vai dizer algo, fazendo parecer que a resposta para meu problema é tão óbvio.... E só eu não consigo energar...

Agacho-me próximo de Luna. Aliso seus cabelos e aproximo-me para ver se consigo sentir seu cheiro pelo menos uma última vez. Inspiro lentamente.
Seu cheiro é tão doce... Tão puro...
Me pergunto como ela conseguiu se apaixonar por alguém como eu? UM bárbaro sanguinário, violento e com um passado manchado por dor e sofrimento...

Ela suspira. Seus lábios entreabertos chamando-me, implorando-me para um último beijo...

Não posso. Não devo...

Mas meus lábios já estam tão próximos dos dela... Receio que seus olhos se abram e me flagrem, a poucos centímetros de seus lábios. 

Toco sua face. Está fria como gelo. Pálida.

Minha princesa de Gelo 


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