Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 39
Cap. 39 – Chegou o Inverno – Época de casar!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!
Enjoy!
R.I.



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Os garotos estavam no primeiro dia de férias esse preparavam para ir para a Corte. Era um momento interessante na vida deles porque Rose ia se casar e havia acabado de fazer 18 anos. Ela estava feliz e com medo. Rose era apenas uma adolescente, tentando se equilibrar em seu mundo, com todos os problemas que já havia passado e, que passaria o resto de sua vida com as limitações e, por conseqüência, os humores de seu amado, mas ao se olhar no espelho naquela linda manhã de inverno, viu uma linda mulher, e não mais uma adolescente e viu que aquela mulher estava pronta. Pronta para se casar com o homem que amava. Pronta para enfrentar todas as dificuldades que a vida lhe havia imposto, mas que a deixavam plenamente feliz, como em muitos anos ela não se sentia. Adrian bateu à sua porta.

“Rose, desse jeito vamos nos atrasar. Tenho certeza que seu cabelo está ótimo, a roupa está ótima, a maquiagem está ótima e que sua bagagem está pronta.” E riu meio de lado, encostando ao batente da porta. Rose deu uma gargalhada e o abraçou, puxando-o pela mão e fazendo com que ele se sentasse com ela na cama.

“Ai, Adrian... Eu to tão ansiosa pelo nosso casamento... Não sei o que pensar, como agir... Eu estou com umas preocupações, mas tenho que falar com a minha mãe.” Adrian franziu o cenho.

“Exatamente que tipo de preocupações você está tendo?” Ela sorriu.

“Coisas de mulher... não vou te falar. Você é meu noivo, mas não temos esse tipo de intimidade e...” Adrian a interrompeu com um beijo e sorriu.

“Minha Pequena Turca...” Levantou a mão direita e sorriu. “Eu prometo de tratar com delicadeza e com amor.” Baixou a mão e sorriu. “Não se preocupe.” Isso a fez enrubescer. Rose era virgem e conservava essa timidez com relação a esses assuntos.

“Ta bom, ta bom... vamos embora, antes que o helicóptero saia sem a gente. As malas estão no carro.” E o puxou pela mão, pensando em como estaria o quarto deles quando voltassem como marido e mulher.

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Na Corte, no outro dia era o Grande Dia. Rose e Adrian se casariam e ambos estavam numa jornada de arrumação, ou seja, SPA para os dois, com direito a massagem e tudo mais. Adrian ficava bem nervoso com esse negócio, pois além de não poder ver o resultado, ficava incomodado com um monte de gente massageando, lavando, lixando e penteando seus cabelos que ele ainda gostava do jeito revolto deles. 

Do outro lado do SPA, Rose era igualmente massageada, lixada, lavada, além de depilada, o que a fez gritar com vontade e fez as unhas e seu cabelo foi preso em uma trança parecida com aquelas datadas do século 18, onde acomodaria facilmente sua bela tiara de rubis. Afinal, ela era uma Princesa, embora o título não a deixasse assim tão empolgada. Lissa e Janine participavam do mesmo ritual, assim como Tatiana, Mia e outras mulheres que eram convidadas do casamento. 

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Hora do casamento. Rose estava linda, com um vestido em tom de champagne, bem tradicional, bem princesa, com uma linda trança nos cabelos, uma maquiagem que somente destacou sua face já perfeita, com os olhos mais carregados, como ela sempre usa, pois prefere assim. Suas jóias eram de família, com rubis e ouro e diamantes, assim como sua tiara, mas sempre usava uma peça com o maior símbolo de proteção para sua família – o nazar e por isso, resolveu usar uma pulseira com vários nazar’s pequenos, bem discretos, que ficaria pouco escondida pela manga de seu vestido. 

Ela estava em estado de graça e mal podia esperar pelo momento de dizer: SIM! O casamento seria ao ar livre, nos jardins da mansão da Rainha na Corte e como pediu, seria aberto para todos, independentes de ser ou não da realeza. O casamento seria no inicio do dia vampirico, com alguma iluminação do dia dos humanos, mas sem chegar a ser forte a ponto de enfraquecer todos os vampiros presentes, já que damphir’s eram mais resistentes à luz solar por conta da sua genética. 

Haveria um jantar e um grande baile para a comemoração desse momento tão espetacular principalmente para a Rainha que estava muito emocionada com o fato de casar seu sobrinho, por conta de todas as mudanças que ela tem visto diariamente na vida dele, por ver de volta a alegria e empolgação de Adrian com alguma coisa que não fosse uma bela garrafa de um bom Scott ou ficar recluso em seu quarto. Tudo isso foi que a fez se empenhar tanto nessa relação dele com Rose. O lugar de seu pai no Conselho ainda está vago e ela pretende dar a ele assim que ele se formar, mas isso será outra batalha e então, ela resolveu não divulgar para que ele não chegasse, por teima, ao ponto de largar a universidade novamente. 

Adrian estava em seu quarto, vestindo seu lindo terno cinza chumbo e insistiu em usar um Fedora para completar seu look. Pediu a Dimitri que lhe pegasse um relógio de sua coleção de Rolex, mas que fosse mais clássico, mais formal, pois embora não tenha condições de ver as horas, gosta do visual que um bom relógio dá ao homem. Adrian sempre foi vaidoso e ainda o é e passou a dar mais atenção ao seu visual, após conhecer sua linda noiva. Rose. Ele acariciou as alianças dentro da delicada caixinha de veludo e sorriu. As alianças tinham duas metades de um coração em relevo, assim sendo, ele poderia sentir a textura delas e por isso as escolheu. Uma metade do coração ficaria em sua aliança e a outra na de sua futura esposa. Ele sorriu feliz. Um sorriso bobo, simples, que comoveu Dimitri e o fez se sentir mal por ainda nutrir uma certa fantasia com aquela linda princesa turca. 

Todas as mulheres estavam lindamente vestidas, as damas Janine, Lissa e Mia estavam com vestidos iguais, mas de muito bom gosto. Janine ficou se sentindo muito honrada por sua filha tê-la convidado para ser uma de suas damas, mas Rose e Adrian preferiram assim, pois as damas subiriam ao altar no lugar das madrinhas onde fariam pares com Abe, Christian e Eddie respectivamente. Adrian escolheu como padrinhos sua tia – é claro – que faria par com Dimitri, Mikail com a professora Sonia Karp, já que pelas suas auras, percebeu que eles estavam enamorados e convidou sua amiga e de Rose – Sidnei, que estava ali, apavorada segurando seu crucifixo firmemente, pois era humana e alquimista, para fazer par com Pavel, pessoa com quem estreitou seus laços, visto que ele foi quem mais o ajudou com as aulas de luta, mais ainda que Dimitri.

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Ao som das Quatro Estações de Vivaldi – Primavera, embora fosse inverno, Adrian e Rose amavam essa sinfonia, entraram o noivo e seus padrinhos, assim como os padrinhos da noiva na igreja da Corte. Adrian fez questão de entrar sozinho e ensaiou isso exaustivamente, improvisando essa caminhada em sua casa, em Cambridge, sem Rose saber, pois queria fazer surpresa e tinha certeza que o casamento seria todo filmado.

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Logo depois, entraram as damas de honra de Rose, ainda ao som da mesma sinfonia e Janine estava a ponto de estragar a maquiagem, de tanto que chorava, o que Abe achou realmente lindo e exibia seu belo sorriso canastrão no altar à espera de sua amada, já que ele a amava ainda hoje, mais do que quando a conheceu. E em seguida, Rose, em toda sua resplandecência beleza e seu porte real, que embora não gostasse muito dessas formalidades, essa coisa estava em seu sangue, ao som da tradicional marcha nupcial. É interessante ver como as tradições se afloram nas pessoas no dia de seus casamentos. 

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Rose estava muito emocionada e entrou acompanhada de seu pai que foi lhe buscar na porta, após dar um beijo delicado em Janine. Rose mal conseguia andar de nervosismo, mas a vontade dela era de soltar seu pai ali mesmo e correr para os braços de Adrian que sorria lindamente ao observar os tons de sua aura que quase preenchia todos os espaços daquele ambiente criado ali. Adrian por sua vez, estava com uma linda aura brilhante em tons de rosa – demonstrando todo o amor que estava sentindo – e dourado, a cor de seu elemento, em toda sua pureza. Ele estava pronto para ela. Estava pronto para assumir o casamento e lutar contra todas as dificuldades que fossem surgindo e Rose se sentia da mesma forma. Embora ela fosse muito nova, tinha uma maturidade inata, pelo que já passou em sua vida. 


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Quando Abe entregou sua única filha a Adrian, não apenas entregou sua filha, mas recebeu Adrian como seu filho. Um filho que nunca teve, com todo seu carinho. Ele os beijou a ambos na testa e ocupou seu lugar. Tatiana era só sorrisos. Acho que toda a Corte jamais a tinha visto tão feliz antes. Ela também teve seus maus momentos quando perdeu seu marido e seu filho de dois anos para a morte violenta causada por strigois e quando Adrian nasceu, ela foi sua madrinha e passou a ser sua protetora. Ele se dava muito bem com os pais, mais com o pai do que com a mãe e quando ele precisava de uma mãe, sempre recorria a ela e com a perda de seu irmão e sua cunhada, e por quase ter perdido seu filho de coração como costumava dizer, o manteve sempre muito, muito protegido, debaixo de sua saia mesmo, até que ele conheceu Rose e ela soube que ele estaria bem cuidado, desde a primeira vez que os viu juntos. 

Na hora dos votos, Adrian recitou o seu que havia escrito em Braille, mas não precisou levar consigo, pois havia decorado.

“Rose, minha Pequena Turca, eu te amo. Eu te amo com todas as minhas forças e me recuso a viver mais um dia sequer sem a sua companhia e seu amor, mas isso você já sabe, né?” E sorriu. Todos riram na cerimônia. Tatiana só pensava que seu filho estava recuperando seu senso de humor. Ele continuou. “Você é a força de todas as minhas manhãs quando eu abro meus olhos e não vejo além de escuridão, mas então, eu tenho a sua linda aura e ela ilumina meu dia e faz com que eu tenha forças para prosseguir. Eu tenho a sua força quando você me empurra para fazer o necessário e não me estacar. Minha vida estava paralisada até o dia em que você me jogou no chão e quase me incendiou.” Aí sim houveram risadas generalizadas. Rose teve uma crise de risos. “Mas aquele foi o primeiro empurrão que você me deu para que eu conseguisse sair do torpor que eu vivia há mais de dois anos à época e foi naquele momento que eu descobri o quanto é bom ser amado, o quanto é bom amar, o quanto vale a pena viver um grande amor e desde então, minha vida tem sido uma enorme montanha russa e quero que isso se prolongue por toda a minha vida, ao seu lado. Eu te amo, minha Pequena Turca!” E colocou a aliança no dedo de Rose e beijou sua mão. A essas alturas, as risadas haviam parado e a emoção tomou conta de todos ali. Rose então, pegou a aliança de Adrian em sua mão e também não precisou do cartão com seus votos. 

“Adrian, meu Lord, eu te amo e vou te amar para sempre, porque você é a parte melhor do meu dia, quando acordo e vou ao seu quarto e vejo seu lindo sorriso todas as manhãs. Há algum tempo que fazemos quase tudo juntos e isso é maravilhoso. É maravilhoso também quando você me permite cuidar mais de você, porque eu amo fazer isso. Eu amo quando você me olha, mesmo que você não veja alem de minha aura e amo quando você me toca com tanta suavidade, que parece que estou sendo tocada por pétalas de rosas, tamanha a sua delicadeza.” Os olhos de todos foram se enchendo de lágrimas. “Amo seu sorriso torto, suas mãos e tudo o que você é. Sua inteligência, sua perspicácia e até a sua rudeza.” Eles sorriram uns aos outros, mostrando suas presas, como se não houvesse mais ninguém ali. “Amo quando você tem uma vitória, ainda que seja encontrar a biblioteca sem ajuda de ninguém o que é um grande feito, na minha opinião. Amo quando você chega cansado e ainda assim está disposto a testar seus dotes culinários e nos prepara um chá sem ajuda de ninguém. Amo a idéia de envelhecer ao seu lado, de ter filhos com você e de construirmos uma enorme família. Amo tudo o que você é, tudo o que você foi também, porque o nosso passado é o que nos faz ser o que somos hoje. Amo você e tudo o que diz respeito a você. Prometo ser a melhor esposa que um homem jamais pensou em ter, a melhor mãe que eu conseguir para os nossos filhos. Prometo te honrar até o dia da minha morte.” E colocou a aliança no dedo dele e beijou sua mão, sendo declarados marido e mulher, quando Adrian puxou Rose num beijo cinematográfico, com direito a deitá-la e tudo mais, o que causou uma onda de risadas de alegria e muitos aplausos. Há muito não se via um casamento num nível de provação tão alto quanto aquele. Unânime. 

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A festa foi linda. Todos felizes, se cumprimentando, cumprimentando o casal sem contar que quando os noivos chegaram ao salão e quando eles entraram, uma chuva de pétalas de rosas de todas as cores foram derrubadas sobre eles, o que fez parecer tudo um momento mais do que único, um momento mágico. Todos estavam felizes, dançavam e Rose estava meio ansiosa. Adrian estranhou aquilo e quis saber do que se tratava.

“Rose, o que está havendo? Você está ficando cada vez mais esquisita. Posso ver pela sua aura e sua mão está suando. O que está te deixando tão nervosa? Aqui é seguro, fique tranqüila...” Ela sorriu, pegou a mão de Adrian e colocou em seu rosto. 

“Não estou com medo de nada, eu sei que é seguro. Eu só quero encontrar a minha mãe. Preciso falar com ela a sós.” Adrian sorriu já imaginando do que se tratava e não disse mais nada. Rose avistou sua mãe e saiu correndo feito uma doida desvairada pelo salão com aquele enorme vestido, o que fez Adrian dar boas gargalhadas, tentando imaginar a cena.

“Anne, eu preciso falar com você e tem que ser agora. É urgente!” Vendo o nervosismo da filha, deixou suas amigas e foi com Rose até uma sala reservada, onde Rose entrou, trancou a porta, sentou-se e tirou os sapatos. 

“Tudo bem kiz, era essa a sua urgência? Tirar os sapatos?” Rose riu a valer e logo voltou ao seu estado de nervosismo.

“Não Anne... bem... é que... aimeudeusdocéu!!!! Anne, devido a todos os anos de animosidade entre nós, não tivemos uma relação de mãe e filha né?”  Janine a olhava cada vez mais preocupada. Rose estava pálida e como Rose estava certa, ela não conseguia ler as mensagens físicas da filha. “Então... é que... bem... eu sou virgem... Pronto! Falei!” Janine achando que Rose diria que estava grávida ou qualquer outra coisa, não pôde conter suas gargalhadas com a revelação de sua filha que ela nem fazia idéia de que isso fosse alguma remota hipótese. Ela jamais imaginaria que sua filha fosse virgem, ainda mais morando na mesma casa que o namorado, dormindo no quarto ao lado.

“É sério filha? Graças a Deus! Pensei que você ia me dizer que estava grávida!!!” Janine não parava de rir e Rose começou a se irritar com isso porque ela não conseguiria perguntar para a mãe dela sobre sexo se cada coisa que ela falasse, sua mãe tivesse uma crise de gargalhada. Janine percebeu que Rose estava começando a se irritar e conseguiu finalmente se controlar.

“Bem kiz, eu acho então que você quer saber sobre as núpcias, huh? Olha filha, isso acontece naturalmente. Você acha seu marido atraente?” Rose se emocionou quando ouviu alguém dizer pela primeira vez depois do padre o termo – seu marido. Assentiu com a cabeça. Não conseguia falar, pois estava absolutamente constrangida. Janine continuou. “A noite do casamento é sempre muito tensa, não se preocupe se os dois caírem na cama e desmaiarem. Não é que seu marido não se sinta atraído por você, mas é cansaço mesmo e se ele dormir, acredite, você vai agradecer. Vocês vão passar a lua de mel num lugar lindo e o lugar onde se conheceram, então devem ter muitas lembranças dali. Não se apresse, não se afobe, não fique nervosa. As coisas acontecem naturalmente...” Rose a interrompeu.

“Anne, dói??? Quero dizer, quando a gente perde a virgindade dói, sangra, algo assim... sei lá...” Ela baixou a cabeça e balançou. Aquela conversa estava ficando cada vez mais esquisita na opinião de Rose. Janine segurou o riso, levantou a cabeça de sua filha.

“Querida, eu sou sua mãe. Não precisa ficar envergonhada comigo. E sim, dói um pouco, mas logo você será inundada com uma onda de prazer tão grande, que nem vai se lembrar da dor... a dor passa a ser insignificante. E você vai sentir que seu corpo está leve e quente... Tenho certeza que Adrian vai te tratar com muito amor, carinho e respeito. Não se preocupe.” Janine sorriu e a abraçou, sentindo que sua filha estava um pouco mais aliviada. “Querida, outra coisa. Se você sangrar por uns dias, é normal, não se preocupe, mas se alimente melhor para não se sentir fraca, viu? E fica um pouco dolorido, mas passa.”

“Obrigada Anne!” Rose deu um abraço demorado em sua mãe, que comovida, beijou sua testa. Janine sentiu ali que realmente sua filha lhe amava, confiava nela, a ponto de dividir algo tão especial com ela e se sentiu importante, realmente importante na vida de Rose. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que comentem, se possível e se quiserem, é claro!
Bjs.
R.I.
PS.: Está acabando... Só mais um capítulo e o epílogo!



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