Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 38
Capítulo 38 – Harvard


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que vocês vão achar meio monótono, pois tem mais narrativa que diálogos, mas é um capítulo importante... acreditem.
Enjoy!
Bjs. R.I.



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Harvard é uma das universidades da Ivy League e fica em Cambridge – Massachusetts – Estados Unidos. É uma das universidades mais bem conceituadas e caras dos Estados Unidos e além de notas altas no teste SAT, é sempre bom ter uma recomendação, mas no caso dos brilhantes casais – Rose/ Adrian e, Lissa/ Christian, apenas bastaram os nomes reais, sendo certo que o reitor daquela universidade era um alquimista. 

Ele ficou muito preocupado com a presença de vampiros numa universidade humana, mas desde que eles não morassem no campus, acabou decidindo que seria bom não contrariar a Rainha Tatiana nem tampouco Ibrahim Mazur. E até concordou com a presença de um guardião por aluno, ficando da seguinte forma: Rose – Mikail; Adrian – Dimitri; Christian – Mason e, Lissa – Eddie.

Um mês de férias, aulas intensivas de Braille e readaptação para Adrian e Rose, que continuava a acompanhá-lo, é chegado o grande momento. Tatiana comprou uma casa muito confortável próxima ao campus e disponibilizou duas SUV’s para os garotos. Abe providenciou uma pessoa para ajudar no serviço da casa e pediu a Pavel para arranjar mais seis guardiões altamente qualificados para ficar na casa. Providenciou ainda o encantamento dos arredores da casa (wards) para impedir a entrada de strigois nas dependências. Tudo pronto para a chegada dos garotos.

Eles desembarcaram em um heliporto no terreno da casa, já que foram de helicóptero para evitar o longo percurso de carro do aeroporto até onde ficariam e evitar mais ataques de strigois. Toda essa situação de morar fora das proteções do mundo vampírico estava deixando seus pais e responsáveis completamente malucos. Boris foi de carro com Mikail, sendo que Pavel acompanhou Rose durante o vôo. 

A casa era linda, muito grande e confortável e tinha além de um lindo jardim, uma enorme piscina coberta, para evitar as ondas solares que os enfraquecem, mas com teto reversível para pudessem aproveitar as noites, uma linda quadra, uma estufa com flores exóticas. Tinha suítes confortáveis tanto para os reais quanto para os seus guardiões e quartos de hóspedes. A cozinha era muito bem equipada e Abe, que sabe que sua filha é um tanto seletiva para se alimentar, mandou uma cozinheira turca, com especialidade em cozinha internacional, mas que ainda sabe fazer bem um bom trivial ou sanduíches. Além de dependências completas para manter seis alimentadores muito bem instalados. 

“Wowwww!!! Isso é incrível Rose! Adrian, sua tia sabe mesmo escolher uma casa, huh?!” Christian estava admirado. Ele foi morar na Academia muito cedo, desde que seus pais resolveram por conta própria se tornarem strigois e teve que ser resgatado deles. Esse assunto era um dos tabus dos quais nunca, mas nunca mesmo era citado em qualquer tipo de conversa. Rose sorriu e Adrian ficou taciturno. Sua frustração era evidente porque tinha que aprender a não se perder ou não cair nem nada disso dentro de uma casa nova e enorme, pelo que soube. Embora cair fosse pouco provável, porque a casa era toda térrea e os poucos degraus que tinha, eram em forma de rampa, para evitar que ele se acidentasse. Isso o deixou ainda mais chateado.

“Rose, se não se importa, poderia me levar ao meu quarto. Estou meio cansado e não conheço a casa – acrescentando baixinho só para ela – e pelo que parece, nunca vou conhecer.” Essa frase e a forma com que Adrian a disse, fez o estômago de Rose revirar.

“Vamos, meu amor, eu te mostro o caminho e podemos aproveitar para ir devagar e eu te mostrar como encontrar cada coisa ou cômodo aqui.” Ela tinha feito uma surpresa para ele. Cada cômodo e objeto estavam com uma etiqueta de metal, escrito em Braille do que se tratava. Ele sentiu uma lágrima escorrer de seu olho esquerdo quando tocou o corrimão que dava acesso a uma rampa e percebeu que ali tinha uma etiqueta onde estava escrito: “corrimão que dá acesso aos quartos principais” e no final do corrimão, estava escrito: “quartos 1, 2 e 3 à direita – quartos 4, 5 e 6 à esquerda”. 

Rose percebeu a inquietação de Adrian pela sua aura e viu que ele estava tremulo e chorava. 

“Amor, o que houve?” Adrian baixou a cabeça e sorriu meio sem querer.

“Isso tudo é muito funcional, mas me deixa mais e mais consciente do quanto eu necessito de orientação e ajuda o tempo todo e isso me deixa meio chateado, mas eu devo me acostumar, já que a casa é enorme, pelo visto e eu vou morar aqui, né?!” Rose deu-lhe um abraço e disse meio constrangida.

“Desculpe... se não gostou das etiquetas, eu posso mandar tirar... afinal essa idéia idiota foi minha e...” Ele a abraçou mais forte e a agradeceu.

“Não... Olha... Obrigado! Deixe assim... É ótimo não precisar das pessoas o tempo todo para saber onde estou e muito obrigado por ter essa idéia... É só... Sei lá... É que é ainda muito difícil pra mim, mesmo depois de tanto tempo. Agora sem as auras me infernizando o tempo todo, embora esteja mais confortável com isso, a escuridão é uma constante na minha vida, dia e noite, o tempo todo e, essa escuridão o tempo todo, me dá uma sensação de absoluta solidão às vezes... Se lembra de quando você me chamou para ficar com vocês na sala de TV e eu não quis?” Rose assentiu e se repreendeu por isso e logo disse que sim. Adrian continuou. “Quando todos estão assistindo a um filme, o único som que se houve é o da TV e você sabe bem o quanto a escuridão aumenta a intensidade de qualquer som, inclusive a falta de som e é quando eu tenho a sensação de solidão... O silêncio me dá essa sensação... Não sei explicar... É muito esquisito e acho que será assim pra sempre, sabe?” Rose pegou sua mão.

“Adrian, é importante que você consiga se locomover sozinho o tempo todo porque estaremos em uma enorme universidade e você sabe disso e eu não poderei ficar com você o tempo todo. Claro que Dimitri estará com você o tempo todo, mas ele disse que não vai ficar te guiando o tempo todo, para que você consiga um pouco de liberdade e de independência... Foi para isso que fizemos as aulas e foi por isso que eu instalei as etiquetas. No campus, os elevadores têm inscrições em Braille e todas as salas também, mas fora do campus, você terá que memorizar o seu caminho nos dias da semana, nos prédios com suas aulas específicas... Então, por favor, tente se esforçar e não fique sempre tão triste... É muito difícil pra mim te ver agir dessa forma.” Ele ficou sério e nada disse. Rose resolveu mudar de assunto.

“Nossos quartos ficam do lado direito. O seu é o de numero um, o meu de numero três e no meio, com interligação entre eles, tem o quarto dois que vão ficar Dimitri e Mikail.” Adrian sorriu. Minha mulher será uma excelente administradora e estrategista nos negócios. Ela pensa em tudo o tempo todo... Pensou.

E o primeiro dia na casa nova, foi Rose mostrando cada cômodo da casa ao seu amado, onde ficava o jardim aberto, o jardim de inverno, a piscina, a quadra e todo o resto, inclusive a sala de treinamento dos guardiões, porque ela queria dar umas aulas a Adrian para defesa pessoal e os guardiões disseram que seria possível, uma vez que a falta de orientação visual sobrecarrega os outros sentidos e Adrian poderia se tornar um excelente lutador. Eles ainda teriam aulas para usar seus poderes de forma ostensiva. Rose sabia bem como usar espírito para isso e Adrian e Lissa precisavam aprender também, além de treinar a compulsão de Christian que era péssima. 

O casamento de Rose estava marcado para as férias de inverno, na Corte e faltavam alguns meses. Eles continuariam morando na mesma casa e, ou Adrian ou Rose somente precisariam mudar de quarto. Talvez eles ocupassem a suíte do meio, que inclusive era maior e cada um dos guardiões ficariam nas das extremidades, para protegê-los imediatamente, num caso de ataque. 

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O primeiro mês foi o mais difícil. Adrian ficou nervoso quando confundiu o jardim externo com a área da piscina e acabou caindo dentro da água de roupa e tudo e quase se afogou, pois bateu a cabeça e desmaiou, sendo retirado por Dimitri e Eddie. Ele tomou um porre e Rose ficou muito, mas muito brava, mantendo ele por um dia inteiro sob compulsão fazendo com que ele ficasse preso a uma cadeira, totalmente consciente de sua impotência para se levantar, como se fosse um castigo. Ele ficou furioso com ela e tiveram uma enorme briga, depois que ele conseguiu falar, é claro. 

Isso causou um enorme desgaste nela e então, ela precisou faltar dois dias das aulas, pois estava de cama, assim como Mikail e Boris, que absorveram uma parte de suas sombras.

Lissa ficou muito nervosa com tudo isso e telefonou para a Rainha e para Abe, que vieram imediatamente e ameaçou retirá-los da universidade se não se comportassem. 

Adrian também teve dois episódios na universidade que quase o fez desistir de terminar o curso, mas Rose o convenceu de que aquilo era normal, que não era nada e que ninguém havia reparado. Não muito convencido, mas embebido ou pelo amor de Rose ou por um pouco de compulsão, sendo que a dela era infinitamente mais forte que a dele, acabou se deixando convencer e permaneceu no curso.

Ele gostava mesmo era das aulas de luta. Ele não era muito forte, comparado aos guardiões, mas era bem rápido e era uma forma que ele tinha encontrado de se exercitar como fazia quando era atleta da universidade. Ele realmente gostava da sensação e começou a aceitar melhor sua condição, já que isso o fazia aumentar sua sensibilidade até aos movimentos, pois na luta, o silencio era primordial. Rose fazia seus treinamentos também, com e sem o tal “óculos”, porque queria também aprimorar suas técnicas, caso um infortúnio viesse lhe acontecer e também pudesse ser ferida da mesma forma que Adrian. Ela não falava isso para ele, mas tinha medo disso. E os exercícios, juntamente com as medicações e terapia, a ajudavam a afastar o lado negro de seus elementos. 


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Notas finais do capítulo

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