Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 16
Capítulo 16 - Correspondência


Notas iniciais do capítulo

2 Capítulos em um dia só, é muito amor né?



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O verão passou rápido demais na opinião de Lily. Logo após sua recuperação ela enviou cartas aos pais e à Severo, que infelizmente devolveu a coruja sem nenhum pedaço de pergaminho. A resposta da família demorou mais do que o esperado, e rendeu longas noites de insônia à ruiva. Felizmente na última semana de férias em uma noite pacata a garota ouviu o pio da ave em sua janela.

Abrindo às pressas o cômodo para o animal, ela lhe ofereceu água e um pouco de comida, que aceitou feliz. Ansiosa com as novidades de Cambrigde ela quase destruiu o envelope com as mão trêmulas.

Querida Lily,

Pedimos desculpas com a demora da resposta, você deve estar muito preocupada. Porém seu pai e eu temos a estranha sensação de estarmos sendo observados, quase que integralmente.

Não queremos te dar mais problemas meu bem, entretanto estavamos temendo pela segurança de sua irmã, que foi abordada em uma ruela próxima à Livraria do Centro, por um homem de capa que a chamou de “Trouxa Imunda”.

Evitamos sair de casa, e cogitamos a possibilidade de ceder uma visita à Oxford no fim de semana, para tentar despistar o incômodo sentimento de vigilancia, não sabemos se iremos voltar à tempo para voltas às aulas de Petúnia, que felizmente está nos poupando de comentários desagradáveis.

Fique segura minha filha, o tempo está mudando, e a temperatura está caindo. Aproxime-se dos amigos verdadeiros, e se afaste dos que não são dignos de confiança.

Com todo amor do mundo,

Charlotte, sua mãe.

Diferente das expectativas a resposta de sua mãe não trouxe conforto ao coração da ruiva, apenas o agitou mais. Foi por pouco que lágrimas não caíram pela face da menina, que fora forte o bastante para reter suas emoções. As mãos ainda tremendo, ela guardou o pergaminho no bolso da calça e se levantou procurando consolo com o amigo mais confiavél que conhecia, Remo.

- Aluado! – Ela chamou, batendo na porta do quarto do outro lado do corredor, onde os marotos dormiam. – A resposta de Cambridge chegou!

Lupin sabia da angústia e tortura que a garota estava vivendo nas últimas semanas, eles tinham se tornado grandes confidentes desde o acidente com suas pernas e a revelação do dilema do menino.

- Lily... – Remo abriu a porta e se espantou com a expressão infeliz da amiga. – O que houve? O que tem na carta? – Peguntou nervoso, e ela o ofereceu o envelope.

O jovem leu cada palavra mais de uma vez, refletindo em seus mais vastos significados, tentando interpretar quem poderia estar rondando a família Evans. Ambos se sentaram em uma das beliches do quarto em que estavam, imersos no terror da ídeia de os pais de Lily estarem em perigo, e mais do que nunca, a menina desejou ter Severo ao seu lado também.

- Remo, quem pode estar fazendo isso? Quem iria se interessar por uma família de trouxas do interior? – A ruiva perguntou sentindo a ponta de desespero tocar em suas sensações.

- Eu não sei! – O menino abraçou a amiga, tentando inultimente acalmá-la.

- Aluado, já viu o Profeta Diário de hoje? Evans não pode ver isso de forma alguma... – James calou-se entrando no quarto e vendo Lily a beira de lágrimas no ombro de Lupin. – O que está acontecendo?

A garota se levantou e pegou o jornal das mãos de Potter, o menino tentou resistir ao puxão, porém foi pego de surpresa e sua reação foi lenta demais. A ruiva encarou a primeira página do jornal bruxo, e seu coração se apertou violentamente.

Mais um trouxa é vítima de ataques suspeitos

- Como assim? O que é isso?! P-Potter... Minha família... – Remo a tomou nos braços novamente, ela ainda tentava segurar as lágrimas e estava sendo uma missão bem sucedida, porém mais árdua do que esperava.

- Quando voltarmos à Hogwarts vamos falar com Dumbledore, ele vai saber o que fazer, fica calma – O menino tentou tirar a esteria da ruiva.

Aquilo de fato a convenceu o bastante para ela voltar a se sentar, evitando encarar o Profeta Diário. Sua família estava a salvo, eles iriam para Oxford, talvez quem os estivesse vigiando desistisse de tal ato insano e sem sentido.

- Eu vou tentar dormir, mandarei uma carta para Dumbledore amanha cedo, informando-o do que está acontecendo... Vou pedir ajuda. – Ela saiu cabisbaixa do quarto, deixando os dois meninos a olhando preocupados.

Ninguém disse nada, e ela se deitou na cama macia que a esperava do outro lado do corredor. Infelizmente, na madruga seu sono pareceu fugir, e ela ouviu conversas sussurradas dos marotos.

- Já disse quem é o meu suspeito número um... – Alegou Sirius

- Almofadinhas, não podemos acusar ninguém, é muito sério... Ainda acho que falar com o Severo pode ser esclarecedor – Sugeriu Lupin

- Severo? Aquele Seboso? – Potter perguntou de forma hostil, irritando Lily. – Não vou falar com aquele lixo... Vocês ouviram o que ele disse no campo de Quadribol?! Agora eles são Comensais da Morte, só rindo né? – Os meninos soltaram risadas nervosas.

- Temos apenas que nos certificar que a família de Lily, fique bem... – Remo terminou com os risos tensos dos amigos.

- Vou me asegurar disso, meus pais vão protegê-los, falarei com eles amanhã. – James disse determinado, criando uma gratidão especial no coração da menina, que se aqueceu por afeto pelo garoto. Era um atitude louvavél, e pela primeira vez desde que ela lera a carta da mãe, Lily se sentiu segura.


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Notas finais do capítulo

#partiu #reviews (?)