Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 15
Capítulo 15 - Recuperada


Notas iniciais do capítulo

A rapidez merece reviews????



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Lily abriu os olhos com dificuldade, suas pernas doíam furtivamente, e ela demorou a reconhecer o quarto da casa dos Potter. A mãe de James, a olhava preocupada, e ao seu lado Pedro roía as unhas.

- O q-que acontec-ceu? – A ruiva perguntou com a garganta seca. A bruxa que repousava sua cabeça no colo lhe ofereceu um copo de suco de abóbora.

- Querida, você desmaiou, quando... Remo a atacou nas pernas – A mulher estudou a reação da menina, que se recordava gradativamente do que tinha feito na noite anterior. Um surto de preocupação a tomou com certa lentidão.

- Remo está bem? James, Sirius? – Lily olhou insegura para Pedro. Nunca iria se perdoar caso algum deles tivessem se machucado, o arrependimento a deixou fora de órbita por breves segundos, era terrivel a sensação de ter culpa em algo tão sério.

- Eles estão bem, Sirius se feriu um pouco, mas já esta melhor... Remo está pertubado, James está tentando convence-lo de que não foi culpa dele... – O garoto gordo deu de ombros tristonho.

- É claro que não foi culpa dele! Foi minha! – A menina de cabelos acaju tentou se levantar, mas a dor nas pernas chamou sua atenção, e quando esta as viu embrulhadas em um lençol ensanguentado a cor sumiu de seu rosto. – M-minhas pernas... O que houv-ve?

- Está tudo bem, por sorte Pedro conseguiu te trazer a tempo para cá... Você logo ficará boa – A Sra. Potter a ajudou a deitar novamente. – Vou chamar o James, ele pediu para avisar quando você acordasse.

Lily sorriu agradecida para ambos que cuidavam dela. E encarou o teto do quarto, ainda se sentindo uma imbecil por se meter em algo tão perigoso. Poucos minutos depois que a anfitriã saiu pela porta, seu filho entrou com Xinsy no colo.

- Sua gata já estava ficando nervosa querendo te ver... – Ele sorriu com seus dentes brilhantes, pondo a felina no colo da dona.

- Obrigada – Enquanto acariciava o animal em seu colo, ela percebeu olhando de esguelha a reação de Pedro, e instantaneamente veio a percepção de o porquê da gata odiar Remo, Sirius e o menino gordo à sua frente. Com tal revelação ela sorriu, aliviada por sua gata não ser uma perseguidora. Afinal, Almofadinhas era um cão, Aluado era um lobo, e Rabicho um rato. Uma ponta de curiosidade a fez olhar nos olhos de James – Qual é o seu apelido?

- Ah... Pontas – Ele demorou à entender a pergunta da menina, mas quando respondeu mostrou-lhe seu melhor sorriso. – Não sabe o quanto estou feliz por você estar bem, foi uma loucura o que você fez... Mas graças à sua maluquice Remo voltou ao normal.

- Como assim?

- Quando ele percebeu que tinha te machucado, controlou-se e conseguiu ser forte o bastante para se afastar até que a lua fosse embora e...

- Como ele está? – Lily o interrompeu

- Culpado, mas nada do que ver você com esse sorriso lindo não o faça se sentir melhor... – O amigo passou a mão no rosto da ruiva, acariciando suas bochechas. – Você poderia ter morrido, sabe disse não é?

- Sei... Remo devia ter me contado, quando eu via vocês fugindo em algumas noite e depois voltando machucados eu fiquei preocupada... – Ela tentou se equilibrar no cotovelos para tentar sentar, felizmente teve a ajuda de Potter e Pedro que a sustentaram tempo o bastante para ela poder manter o equilíbrio sozinha.

- Evans, ser um lobisomem é perigoso...

- Quem mais sabe?

- A direção do colégio sempre soube, plantaram o salgueiro lutador para impedir que os outros estudantes pudessem se aproximar de Aluado na hora da transformação... Ele vai para a Casa dos Gritos em noite de Lua cheia. – Explicou o garoto de cabelos negros e rebeldes.

- O salgueiro Lutador? – Lily recordou-se da árvore violenta nos jardins do castelo. – Dumbledore sabe que vocês são animagos?

- Não, ficaria grato se você não contasse – James e Pedro a encararam nervosos, clamando sigilo.

- Claro que eu não vou contar, contanto que Black não venha atacar Xinsy novamente... Aquele cão sarnento... – A menina abraçou o animal no seu colo, e Pontas e Rabicho sorriram aliviados.

- Cão sarnento?! – Sirius entrou no quarto, mancando levemente e com o pescoço repleto de curativos. – Eu arrisquei minha vida por você Evans, e é isso que eu recebo? Para seu governo, esse bicho é que corre atrás de mim!

Lily riu com a raiva grandiosa que o garoto sentia por uma gata, e foi acompanhada por sorrisos de todos no cômodo, inclusive de Almofadinhas. Desde a estação King Cross, ambos estavam em um clima de paz confortável, não tinham virado grandes amigos, porém era um sentimento respeitoso e agradecido que se formava entre eles.

No fim da tarde Remo tomou coragem e foi visitar a amiga ferida no quarto.

- Lily...? – Ele perguntou vacilante na porta, os olhos amedrontados e apreensivos.

- Remo! – A garota sorriu, aliviada por terem trocado os lençois sujos de sua perna, seria pertubador para o amigo vê-la daquele jeito. – Entre!

Ele a obedeceu, evitando olhar para o local ferido, caminhou silenciosamente até uma cadeira próxima a cabeceira da cama, esforçando-se para reproduzir uma expressão contente em seu rosto.

- Não fique triste, a culpa foi minha...

- Você é muito gentil, não merecia ter amigos tão bons quanto os que eu tenho... vocês são demais

Com o corpo já melhor disposto, a menina conseguiu se inclinar para fora da cama e dar o abraço mais emocionado e carinhoso que pôde.

- Não se esqueça que você é um menino maravilhoso, um dos melhores que eu conheço!


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