Cartas para Uchiha Sasuke escrita por juliacalasans


Capítulo 1
Prólogo: A primeira carta.


Notas iniciais do capítulo

A imagem da capa pertence à ByakuganLove, e foi pega no endereço
"http://byakuganlove.deviantart.com/art/Don-t-blush-Just-Look-at-Me-65379680?q=boost%3Apopular%20SasukeHinata&qo=0"

Espero receber reviews nessa história, porque eu me dediquei com o maior carinho na escrita dela.



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Prólogo: A carta

Ela sentou-se à mesa luxuosa de sua casa, os olhos perolados assemelhando-se a fendas profundas, tanta era sua concentração. O papel de carta estava ali, juntamente com a caneta, os dois descansando sobre a mesa.

Hinata olhou novamente para a página da revista de autoajuda, a Se Sinta Melhor e Cia, concentrando-se no parágrafo que ela circulara com caneta vermelha:

Olá. Por motivos pessoais, eu vou me identificar apenas por S.U, e é a primeira vez que eu leio essa revista. Quem a assina e a lê mensalmente é meu irmão mais velho que está morando fora, mas isso não vem ao caso.

Eu gosto muito de conversar com pessoas novas, e também gosto muito de ajudá-las a resolver seus problemas, tanto que quero fazer faculdade de psicologia. Por isso, se alguém quiser um bom amigo, alguém disposto a ajudar nos seus problemas, aqui estou eu. Podem mandar uma carta que eu responderei com o maior prazer. Estou aberto a qualquer tipo de pessoa.

Receberei cartas no endereço do meu trabalho, que está abaixo. Espero receber muitas cartas e fazer muitos amigos!

S.U”

Parecia ridículo, mas Hinata estava tão sozinha, tão horrivelmente sozinha, que apelara para a sessão de cartas da Se Sinta Melhor e Cia para conseguir alguma amizade. Na escola sua timidez era tanta que mal conseguia pronunciar uma palavra sem que o calor banhasse seu rosto e sentisse o ar faltar-lhe aos pulmões. Era demais pra ela, precisava desabafar, e fazer isso por meio de cartas para um desconhecido parecia ser o mais confortável.

Também era mais fácil. Hinata sempre fora boa para escrever, e saberia expor seu problema da melhor forma possível. Ou assim esperava.

Suspirou, e, ignorando o fato de estar se sentindo ridícula, começou a escrever com sua impecável caligrafia:

Caro S.U,

Fiquei sabendo do seu interesse por novas amizades na revista Se Sinta Melhor e Cia, e, tão sozinha como me sinto, resolvi escrever-lhe, mesmo me sentindo ridícula com esse ato.

Não entendeu? Vou explicar:

Sabe, na escola em que estudo, eu sou muito excluída, uma ninguém, para simplificar. As pessoas passam por mim como se eu fosse invisível, e as que me dirigem a palavra o fazem com grosseria e desprezo.  Ou seja, eu não tenho amigos. E também não posso recorrer à minha família, pois meu pai julga-me como fracassada, minha irmã mais nova é uma criança e, bem, eu tenho outro parente, mas esse só sabe fazer eu me sentir pior com suas palavras superiores e maliciosas.

E é por isso que eu recorri às cartas, porque elas nos dão uma segurança que o contato olho a olho não dá. E, além do mais, através da escrita, você entenderá o que eu digo, pois numa conversa real, o nervosismo é tanto que gera uma gagueira excessiva, e ninguém entende o que eu falo.

Não precisa se perguntar se eu sou infeliz. Eu respondo essa pra você: eu sou infeliz. Muito infeliz.

Mas não vou entrar muito em detalhes agora. Preciso saber se posso confiar em você para contar-lhe de minha vida. Preciso falar, preciso me livrar desses sentimentos que reprimi por tanto tempo.  É doloroso demais ficar guardando mágoas e dores, pois elas continuam te corroendo até que você não as suporte mais...

Espero ansiosamente por sua resposta.

Abraços,

H.H”

Hinata colocou a carta no envelope e escreveu o endereço que pegara da revista no destinatário. No remetente ela colocou o endereço da empresa do pai, onde estava fazendo um pequeno estágio. Era a última tentativa de Hiashi de tornar Hinata apta para comandar a empresa, e, se falhasse, esperaria Hanabi crescer para que esta assumisse o cargo.

Não ia ser possível o desconhecido descobrir quem era a estranha da carta, e aquele pensamento já a deixava mais confortável.

Colocou a carta no correio com as mãos trêmulas, torcendo mentalmente para que o desconhecido respondesse. Sentia que, se fosse rejeitada também por este, acabaria entrando em depressão e definharia ante ao fato de que ninguém, mas ninguém, se importava com ela.

Parecia ridículo, mas aquela simples ideia, que não parecia ter futuro algum, acabaria mudando sua vida de um jeito que ela jamais imaginara.  


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Espero que sim, pois eu desanimo fácil... Se caso houverem reviews eu volto em breve com o primeiro capítulo. Um beijo!