Jayme falava mais do que, ahn, certo, eu não sei ninguém que fala muito, mas relevemos, eu já estava formando um distúrbio mental de tanto ouvir a voz dele, eu não conseguia nem abrir a boca, eu estava irritada, coloquei a o dedo indicador nos lábios dele.

- Preciso ir agora. – falei rápido antes que ele falasse mais alguma coisa. – Tenho que resolver um problema. – e antes que ele pudesse dizer meu nome, eu estava no meio do corredor. Comecei a cantarolar uma música dos Rollings Stones, e caminhar calmamente, foi quando eu o vi, ele estava em uma situação um tanto perturbadora. Dominique Weasley e Dean McLaggen estavam quase se comendo, dentro de uma sala, quando eu digo quase, era para ser educada, por que estava mais do que na cara o que eles iriam fazer, eles são tapados, SÓ PODE, por que eles deixaram a porta aberta, TOTALMENTE ABERTA, sentia as lágrimas nos meus olhos, sai silenciosamente para o salão comunal, não sabia se Scorpius estava lá, mas eu não queria saber de nada, me joguei no sofá, e chorei silenciosamente, estava tudo bem, ouvir a voz de Scorpius, ele estava entrando no salão comunal, mas conversava com alguém.

- Tem certeza? Está mesmo apaixonado? – falou a voz da garota.

- Sim, Emmy, eu estou apaixonado. – a garota ria.

- Acho que vai precisar de sor... – não ouvir o resto da conversa, sem fazer o menor barulho, eu corri para o meu quarto e me tranquei lá, me joguei em cima da cama, eu tinha vontade de gritar, POR QUE O SCORPIUS TINHA QUE ESTÁ APAIXONADO, POR QUÊ? Eu sabia que já era, agora, Scorpius não poderia me dá conselhos, ele teria muitas coisas para se preocupar, mas o que me preocupava, era que saber que Scorpius estava apaixonado, não me fez chorar mais pela falta de conselhos, mas sim, por outro motivo, que eu não fazia ideia do que era, e como uma luz apareceu na minha cabeça, ciúmes, eu estava me apaixonando pelo meu conselheiro amoroso. Com aquela descoberta, passei o resto da manhã no quarto, não estava com a mínima vontade de sai, e então preferi chorar baixinho, sabia que se ele ouvisse, ele iria querer saber o que tinha acontecido, como ainda não sabia o que dizer, eu não fui almoçar, passei a tarde trancafiada pensando em um jeito de resolver aquela situação, mas não encontrava nenhum jeito, não fui almoçar e só sai do quarto por volta das 21h e não tinha ninguém, pelo visto, eu não fiz falta. Sentei-me no sofá e fiquei encolhida, estava sem vontade de fazer nada, nada mesmo, queria ficar ali, encolhida, quando minha pernas começaram a doer, as lágrimas já tinha voltado, onde estaria Scorpius, minha cabeça imagina de tudo, então, pensei em ler um livro, fui até a estante que havia no salão comunal e peguei o primeiro livro que vi, abri em qualquer página e antes que eu pudesse ler qualquer coisa, uma frase quase saltou para a minha mente Então, O feitiço virou-se contra o feiticeiro, estou certas, meu caro? E foi então que eu soube o que fazer, eu iria usar os conselhos dele, com ele mesmo, era brilhante, para mim, naquele dia, eu tinha certeza que iria funcionar, e você deve estar se perguntando, funcionou? Bom, isso é uma coisa que logo você vai saber. Sentei-me de volta no sofá e enxuguei as lágrimas, me encolhi novamente, dessa vez deitada, não queria subir.

 - ROSE! – ouvi a voz de Scorpius, ela parecia agonizada. Virei meu rosto para ele, e vi que apareceu um lindo sorriso em seu rosto. – Graças a Merlin. – ele se aproximou quase correndo e me abraçou. Eu retribui, mas estranhei, ele estaria preocupado? A resposta veio logo a seguir. – Eu fiquei preocupado. Onde você estava? – e foi nesse lindo momento que ele percebeu os olhos vermelhos. – O que aconteceu com você? – eu comecei a ver tudo rodando, sei que eu estava sentada, mas era estranho, eu estava tonta.

- Eu estou tonta. – falei em um fio de voz, ele me soltou, não sabia para onde estava indo, pois não conseguia abrir os olhos, senti como se eu fosse desmaiar, estava me sentindo sufocada, eu comecei a me sentir sem chão, eu iria desmaiar, e quando eu tive certeza disso, senti um liquido gelado descer pela minha garganta e aos poucos voltei a sanidade, percebi que estava deitada, senti também que minha cabeça estava no colo de alguém, e esse alguém alisava meus cabelos, senti também que o lugar onde eu estava deitada, era macio, finalmente senti que poderia abrir os olhos e assim o fim, Scorpius me encarava. – O que houve? – ele bufou.

- O que houve, é que você não tomou café da manhã, por estava sem fome, não almoçou e não jantou. – ele falava irritado, ele fechou os olhos com força, parecia se controlar mentalmente. – qual é Rosie? Por que desapareceu? – eu franzi o cenho.

- Scorpius, eu estava no meu quarto, passei o dia lá. – dessa vez foi ele quem franziu o cenho.

- Por que eu nunca procuro no quarto da pessoa? – ele falou mais para si mesmo do que para mim. Mas logo ele voltou à expressão séria. – Por que não foi almoçar e nem jantar.

- Não estava com fome. – eu menti. Logo em seguida a minha barriga roncou. – Claro, agora eu estou. – ele riu e eu me sentei. – Preciso de comida. – parei por uns segundos. – estou me sentindo como o meu pai, sempre com fome. – ele apenas riu da minha cara.

- Fique ai, não saia. – ele falou se levantando. – Volto já, nossa conversa ainda não terminou. – eu franzi o nariz, enquanto ele saia do quarto. Eu não tinha nada para fazer, e estava morrendo de fome, isso era extremamente animador, bufei e me deitei, estava com sono.

- Rose! – chamou a voz de Scorpius quando eu estava quase dormindo.

- Huum. – falei me levantando e bocejando (N/A: Eu sei colega, você também bocejou u.u É vida.) – Diga. – ele se sentou ao meu lado e me entregou algo.

- Jantar. – ele falou rindo, eu olhei para o prato e vi um delicioso espaguete com muita molha, estava com uma cara deliciosa.

- AAAAAAAH! – sim, eu gritei, eu estava morrendo de fome, ele riu e me entregou um garfo.

- Bon Appetit. – eu devorei a comida totalmente descontrolada, eu estava deliciada com aquele sabor descendo pela minha garganta, aquele molho perfeito, misturado com o macarrão.

- Isso tá muito bom. – falei assim que terminei de comer, ele se aproximou perigosamente de mim.

- Sério? – eu sorri e assenti. – eu que fiz. – franzi o cenho e ele tocou o canto da minha boca lentamente. – Pronto, limpei. – ele se afastou e eu corei.

- Como? – ele riu.

- Bom, eu coloquei o macarrão no... – eu o interrompi.

- Eu sei fazer espaguete, eu quero saber, onde aprendeu? – ele riu.

- Passei as férias na Itália, e lá aprendi a fazer pizza, espaguete, lasanha, macarronada e várias outras massas, são uma delicia. – eu sorri.

- Mas, para fazer espaguete demora. – ele riu.

- Eu sei, eu estava fazendo para mim, eu ia ficar plantado aqui a noite toda, nesse sofá até você aparecer, e se você não aparecesse até as três da manhã iria informar a diretora McGonagall. – com essa eu rir. – e como eu tinha esperança de você chegar enquanto eu comia, preparei para duas pessoas, sabia que estaria com fome. – eu gargalhei. Ele pegou outro prato e começou a comer.

- Ah, depois que eu como, você decidi comer. – eu emburrei a cara.

- Claro, queria uma prova de que você ficou tarde inteira lá dentro, por um motivo que não fosse, estou sem fome, assim que eu terminar de comer, nós teremos nossa conversa. Certo? – eu assenti.

Continua...