“Nada há tão doce na vida como os jovens sonhos de amor.”

            – Nós também podemos nos casar na Suécia, aposto que Bewarld adoraria recepcionar nosso casamento – Matthew riu – Passaríamos a lua-de-mel em Seychelles e poderíamos morar aqui, em sua terra. O que acha?

            – Eu acho que a quantidade de cerveja que você tem tomado não está fazendo bem pra sua cabeça. – Agora nós rimos juntos.

            Eu e Matt completamos quatro meses de namoro ontem. Viemos comemorar na terra de Francis, estamos hospedados num hotel de frente para a Torre Eiffel. No momento, nós estamos sentados na cama, estou abraçando Matt pela cintura e ele está com a cabeça apoiada em meu ombro.

            – Mas é sério. Também podemos nos casar na Espanha. Poderíamos colocar um vestido nos irmãos Vargas e eles seriam as damas de honra. Antonio e meu irmão os levariam no altar, seria lindo!

            – Seria mais fácil fazer Lovino ficar um mês sem tomates do que fazê-lo entrar numa igreja de vestido.

            – Mas que isso seria engraçado, ah, seria – Ele riu e concordou comigo – Hey, também poderíamos nos casar em sua terra, lua-de-mel em Portugal e moradia também em sua terra.

            – Porque Portugal? – Ele se virou um pouco para mim, olhando em meus olhos.

            – Eu adoraria ver a cara de Cecília¹ depois da primeira noite – Ele ficou vermelho, mas ainda sim sorriu.

            – Você realmente quer se casar comigo? – Ele me perguntou.

            – É claro que sim. Ainda vou te pedir em casamento, e quando isso acontecer, você vai aceitar e não vamos esperar nem um minuto para tornarmos oficial. Eu, provavelmente, vou te arrastar até um cartório, pegaremos duas pessoas no meio da rua para serem testemunhas e, surpresa, estaremos unidos para sempre em menos de uma hora.

            – Também poderíamos nos tornar viajantes, o que você acha? – Ele deixou a cabeça cair novamente em meu ombro e fechou os olhos – Seria incrível viajar pelo mundo inteiro.

            – Ainda acho que seria melhor um casamento. Poderíamos passar a lua-de-mel viajando pelo mundo também. Mas teríamos que voltar para sua nação quando tudo acabasse.

            – Você quer tanto assim morar comigo em minha terra?

            – Claro que sim! – Ele olhou para mim, duvidando da minha resposta – Seria incrível acordar toda manhã do seu lado, espalhar farinha pela cozinha toda no café-da-manhã, ficar diabético com maple syrup, e...

            – Podemos fazer isso em outros países. Mais quentes, pra falar a verdade. Eu sei que você odeia frio. Então porque tem que ser no Canadá? E porque temos que nos casar antes de viajarmos pelo mundo em lua-de-mel?

            – Ah, você quer dizer então que quer aproveitar todos os benefícios da lua-de-mel antes do casamento? – Falei em tom de ironia e levantei uma sobrancelha. Ele ficou completamente vermelho.

            – E-eu não quis dizer isso! – Parou de me olhar e continuou a falar – Ah, esquece.

            A hora perfeita chegou. Era a minha vez de presenteá-lo.

            – Sabe, não precisamos ir direto ao casamento – Abri o criado-mudo ao lado da cama e tirei uma caixinha branca com um laço vermelho – Podemos começar com uma casa de dois andares, quatro quartos, duas salas, uma cozinha enorme, sala de jantar, três banheiros, um lindo jardim e vaga para três carros – Coloquei a caixinha em suas mãos. Ele abriu a caixa e se virou para mim, segurando as chaves – Feliz quatro meses, Matt. Eu sei que estou avançando um pouco os sinais, mas espero que você aceite morar comigo.

            Ele se jogou em meus braços. Então eu vi que não precisava de resposta mais.