Escolhas escrita por Lin Nasct, Rose Ivashkov


Capítulo 4
My Life Would Suck Without You


Notas iniciais do capítulo

Bem...

Melhor conversarmos lá em baixo.

Divirtam-se meninas!!



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My life would suck without you

- Adrian… - Sussurrei baixinho, mas ainda assim, ele ouviu.

- Rose... – Disse ele também sussurrando e se aproximou de mim. Em pouquíssimos passos ele estava de frente para mim, puxou-me pela cintura e colou nossos lábios.

Nosso beijo estava cheio de saudades, amor e desejo e, prontamente, eu segurei os seus cabelos e ele deixou um gemidinho de prazer escapar. Estávamos indo em direção à cama quando eu interrompi o beijo em busca de ar. Aos arquejos eu, aos poucos, tomei consciência da minha situação... Eu estou apaixonada por ele, mas ele tem outra.

Estávamos abraçados e eu me afastei dele o mais rápido possível. Ele percebeu o porquê do meu movimento. Eu lancei-lhe um olhar de acusação que o fez se encolher... Está bem, eu lancei um olhar mortal para ele! Poxa! Ele me prometeu que iria me esperar, e ainda assim, eu chego e descubro que ele está com outra!

- Esse beijo foi um erro. – Eu disse dura. Eu pude ver que ele me encarou com... Dúvida?!

- Por quê? Nós nos amamos! Você voltou por mim, pelo o que eu ouvi da sua conversa com o Belikov... – Disse ele confuso, franzindo o cenho.

- Deve-se ao fato de você estar com outra e, pelo o que soube, você estar andando pela Corte com ela! – Disse eu em tom de acusação.

- Mas... – Eu o interrompi.

- Vai dizer que eu estou louca? Eu vi os olhares e sorrisos que vocês trocaram! Não sou idiota, Adrian! Você disse que iria me esperar! E eu, muito idiota, acreditei! Acreditei em você! – Disse com a voz embargada, mas alta.

- Não é isso que você está pensando, Rose, pelo amor de Deus! Ouça-me! – Disse ele desesperado.

Eu o olhei e algo dentro de mim me dizia que eu devia ouvi-lo, mas o meu orgulho não queria ouvir nada! Eu queria sair dali correndo, mas ele estava bloqueando a minha passagem.

- Falar o quê? Desculpe, mas a fila andou? – Disse eu exaltada, pronta para sair porta a fora, quando ele me pegou pelo braço e me faz olhá-lo nos olhos.

- Ela é minha prima, Rose. – Disse ele sério. – Não temos nada, ela estava comigo para tentar me ajudar a sair da minha angústia e tristeza! Porque a mulher da minha vida, a mulher que eu amo, foi embora e eu nem sequer sabia se ela um dia iria voltar! – Disse ele sério e com o tom de voz baixo.

As lágrimas rolaram pelo meu rosto. Como eu pude ser tão idiota! Ele estava dizendo a verdade, a mais pura verdade! Eu não me contive e o abracei.

- Eu te amo tanto! Eu não posso perdê-lo! Você é o homem da minha vida... – Ele me interrompeu.

- Eu te amo mais! – Disse ele divertido e, quando eu ia respondê-lo, ele me beijou mostrando–me tudo o que ele sentia por mim naquele beijo.

Naughty Girl – Beyoncé

Eu fechei a porta com o pé, sem romper o beijo e Adrian foi passeando com suas mãos ágeis pelo meu corpo, lentamente, suavemente, parecendo asas de borboletas, me deixando totalmente quente e absolutamente excitada.

Ele tocava meus seios como um artesão toca uma obra de arte valiosa e delicada, brincando com meus mamilos enquanto passeava sua boca pelo meu pescoço, roçando suas presas e me fazendo arfar e suspirar o seu nome.

- Está a fim de brincadeiras, gostosão? – Brinquei com ele. Ele deu uma risada gostosa e rouca, que era tão rara e que eu amava tanto e senti tanta falta.

- Vou acabar deixando você na marca do pênalti e depois marcar um gol memorável, ao meu bel prazer, quando me aprouver... – Achei engraçado ele fazer referência ao futebol, porque eu sempre que gostava de assistir aos jogos e ele sempre ria de mim.

- Hummmm... Será mesmo que eu vou... Digamos... Engolir esse frango?! – Ele mais uma vez riu, me encostando na parede com vigor, me apertando. Entre palavras, suspiros roucos e arquejos ele riu alto, virando sua cabeça para cima enquanto me apertava as coxas e os quadris, me manipulando com sabedoria, arrancando de mim, nada mais que suspiros e gemidos entrecortados.

Ele me puxou para junto de si ainda mais, como se quisesse que nossos corpos fundissem um no outro, me fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura, me levando para o banheiro, arrancando ferozmente a minha roupa, entrando no chuveiro comigo, enquanto eu lutava com as suas roupas e, já sem paciência para desabotoar sua camisa, apenas a rasguei, fazendo com que ele se livrasse daquela barreira inconveniente que separava as nossas peles.

Ele ligou o chuveiro enquanto eu descia suas calças, ainda com as pernas entrelaçadas em sua cintura e quando aquela água quente caiu nos nossos corpos, levantando vapores, ele entrou em mim me estocando com força e saudade. Antes mesmo dele completar a terceira eu já estava no meu ápice e vi seu meio sorriso de alegria ao perceber que ele havia me dado tanto prazer.

Adrian não estava disposto a se render tão facilmente e com agilidade, ele saiu de dentro de mim, me arrancando um muxoxo de zanga, mas imediatamente ele me invadiu com seus dedos delicados e me manipulava com intensidade, me levando novamente a um prazer ainda maior do que aquele que eu acabara de sentir...

Quando achei que não fosse possível, tive outra onda de prazer absoluto e pedi a ele que me deixasse proporcionar o mesmo que eu estava sentido...

- Vamos... Meu amor... Se entregue a mim... Só um pouquinho... – Ele deu um sorriso e logo vi seus olhos nublarem e ficarem vidrados, quando ele soltou um urro de prazer...

Saímos do chuveiro e fomos para a cama, ainda molhados, grudados, como se não fôssemos capazes de nos deixar separar. Ele me jogou na cama e disse:

- Como você é linda...! – Eu estava ainda enrubescida de prazer sexual e ele tinha um tom rosado em todo seu corpo. Nossos corpos já estavam novamente quentes, meu sangue parecia acelerar e minha mente que estava sempre desperta e alerta, enevoou-se novamente. As suas mãos, de repente, estavam em meus lábios e rosto, nossos lábios se chocaram ávidos. Ele, eu percebi, queria me saciar, lutando com urgência para não se saciar primeiro. Percebi que o seu prazer era me dar prazer...

Eu queria preenchê-lo... Preenchê-lo em todo seu âmago, toda dor que lhe causei ao permanecer por todo esse tempo fora, imaginando como foi difícil para ele a saudade e o vazio que lhe causei, porque hoje eu estava ali, com ele, nos beijando e nos amando fugazmente, e podia sentir o buraco negro que deixei em sua alma e ele suportou, com bravura, esperando por mim, pela minha resposta, pela minha volta.

Eu queria, eu precisava fazer com que ele entendesse o quanto ele também me fez falta... Eu precisava lhe demonstrar todo o amor que eu sentia por ele... Eu não tinha o direito de deixa-lo inseguro novamente. Eu o deixei ali, ferido, egoísta que fui, fugi para tentar me entender, fazendo-o esperar por quase um ano, sem que ele pudesse ter notícias minhas...

Adrian trabalhava em mim com seus dedos e sua boca e todo o seu corpo, me excitando e se excitando novamente, me beijando e engolindo o meu grito abafado de prazer. Cada centímetro do meu corpo parecia pulsar e eu me sentia sem jeito. Ele sempre me proporcionava aquele êxtase e eu o sentia se retesar em minhas também habilidosas mãos, tendo a certeza que causava nele o mesmo efeito.

Nós fomos feridos pela vida, pelas pessoas e por nós mesmo, mas de alguma forma, nós servíamos um ao outro e cura. Nós nos curávamos e eu só percebi isso quando aceitei meu amor por ele. Quando entendi que eu realmente o amava. Embebida de amor e excitada além da razão, enlacei seu pescoço com os braços, fortemente e consegui sussurrar, sentindo outra onda de prazer nos invadindo.

- Não para! Não para! Agora! – E dessa forma, nos perdemos em nosso prazer, restando-nos apenas suspiros com nossos nomes e gritos de prazer. Nos Olhamos nos olhos e sentimos, juntos, aquele êxtase nos invadindo, deixando nossos corpos à deriva.

Ele deitou-se sobre mim e ficou ali, aconchegado, num silêncio confortável e acabamos dormindo desse jeito. Acordei depois de algumas horas ainda em seus braços, mas dessa vez ele estava deitado de costas na cama e eu encolhida em seus braços, com a cabeça em seu peito. Estávamos nus e felizes... Felizes por estarmos ali, nos braços um do outro. Ele dormindo parecia um anjo caído, com aqueles cabelos estrategicamente desarrumados, nesse momento, não tão estrategicamente assim. Seu corpo esguio, mas muito sarado para um Moroi e seu leve sorriso no rosto me fez sorrir também.

- Você já acordou, minha Little Damphir? – Ele me perguntou sem se mover, sem abrir os olhos. Eu ri, porque nunca o vi tão alerta depois de poucas horas de sono. Ele era um dorminhoco de mão cheia.

- Sim... E muito me admira o senhor, Lord Ivashkov, estar também acordado. – Ele riu. Ele sempre ria quando eu o chamava de lord, dizendo que era quase obscena a forma com que eu pronunciava essa palavra.

- Depois que você foi embora, as minhas horas de sono diminuíram consideravelmente... – Essas palavras me causaram um certo desconforto, mas ele não parecia chateado nem nada disso. Ele certamente percebeu isso, abriu seus lindos olhos verdes como o mar do Caribe e me olhou com curiosidade. Vi que ele analisou minha aura e franziu o cenho, acariciando meu rosto. Quando percebi, eu tinha lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Shhhh... Por que você está chorando, Rose??!! – A aflição era nítida em sua voz, mas eu não tinha voz para responder e apenas neguei com a cabeça. – Hey... Me responda... O que foi que eu fiz?! Por que você está assim??? – eu suspirei e finalmente consegui responder.

- Ahhhh, Adrian...! Me perdoe! Eu fiz você sofrer tanto... Me perdoe! – Ele me abraçou forte, beijou minha cabeça e sussurrou.

- Não importa, meu amor! O que importa é que estamos aqui e seremos felizes juntos. Ninguém será capaz de nos separar porque o nosso amor é forte e verdadeiro e isso, meu amor, minha Little Damphir, é o que realmente importa! Eu sei que você não vai me deixar... Eu sei que não vou te deixar partir, nunca mais! – Tinha tanta certeza naquelas palavras que eu me senti confortada e achei que aquele era o momento de lhe dizer o que eu tinha em mente.

*********************************************

Nós estávamos sentados em um Café na Corte, fazendo nosso desjejum. Eu estava faminta e estava mais concentrada na comida do que no que se passava à nossa volta, mas percebi Adrian enrijecer. Olhei para ele e para a direção em que ele olhava e avistei Dimitri, vindo em nossa direção.

- Posso falar com você? – Dimitri olhou diretamente para mim, sequer tomando conhecimento da presença de Adrian. Eu fiz questão de demonstrar que ele não teria muita chance e peguei rapidamente a mão de Adrian, que já estava fechada em punho e suavemente a apertei, fazendo com que ele relaxasse.

- Sinto muito, Belikov, mas agora não é apropriado e estamos tomando o nosso desjejum. Depois. – Quando eu disse isso, ele segurou meu braço com força, quando Adrian acabou soltando um rosnado.

- Agora, Rose! Quero falar com você e agora! – Sua voz era baixa e intensa.

- Solte-a! Solte-a agora, Belikov! Ela disse que não! – A voz de Adrian era baixa, mas tão fria quanto as geleiras do polo ártico.

- Ora, cale a boca, Ivashkov! Você já teve a sua cota com ela... Agora é a minha vez! – Para encerrar o assunto e evitar que Adrian desse de louco e partisse para cima do Dimitri, contra quem não tinha a menor chance... Pelo menos em um briga física, mas que poderia fritar seu cérebro com compulsão, me adiantei.

- Adrian, se acalme, meu amor! – E me virei para Dimitri. – Você tem cinco minutos. Vamos até àquela mesa. Adrian, me espere só um pouquinho... Eu não demoro. – E ao ver a cara de Adrian, vi a tristeza em seus olhos... Senti o abandono que ele estava sentindo. Eu o beijei, ardentemente, o que lhe arrancou um sorriso debochado e fui até a mesa que indiquei.

_ Okay, Belikov! Estou com fome e você interrompeu meu café da manhã. Cinco minutos e marcando... – Dimitri me olhou com tristeza nos olhos, mas viu que eu não estava brincando. Ele suspirou.

- Roza... Eu... Eu não sei mais o que te dizer, eu... Eu te amo, porra! Por que você não pode me dar mais uma chance para eu demonstrar o meu amor. Eu devoto a minha vida a você, Roza... – Antes que aquela lenga-lenga de sempre me irritasse, embora eu visse o amor que ele realmente sentia por mim, eu tinha que ser com ele, o mais sincera possível e fazer com ele, exatamente o contrário do que ele fez comigo e agir com ele com honestidade.

- Dimitri, antes que você comece novamente com todos os seus conhecidos argumentos, eu tenho que te dizer com sinceridade. Eu não te amo mais! Toda dor e sofrimento que você me causou, cicatrizou com o amor que eu recebi de Adrian. Eu o amo, Dimitri... Entenda isso e aceite. Tente ser feliz e nos deixe em paz... Por favor! Se você realmente me ama como vive dizendo, faça uma coisa em nome desse amor: Deixe-me ser feliz... Eu não seria feliz ao seu lado. Eu estou feliz com Adrian... Eu voltei por ele... Entenda isso e não me faça te magoar. Não é esse o meu objetivo. Eu não te desejo mal, Dimitri. Apenas não te quero mais. Eu não te amo mais, eu... Eu sinto muito! Desculpe! – Com isso, ele ficou sentado ali, com a cabeça entre as mãos, chocado, mas acredito que com o entendimento de que o que tínhamos acabou.

Voltei para a mesa onde Adrian estava e não precisei dizer nada, porque ele havia visto as nossas auras. Ele pegou minha mão e deu um aperto firme, passando para mim toda compreensão daquela situação incômoda e eu soube que ele não tocaria mais no assunto.

***

Eu decidi ir ver Lissa e Christian, mas Adrian quis antes me      apresentar a sua prima: Luna.

- Esta é a famosa Rose? Você é linda! – disse ela de modo simpático.

- Obrigada, você também é linda Luna... – disse e sorri para ela.

Conversamos sobre várias coisas e descobrimos que temos muito em comum! Adrian acabou ficando de fora das nossas conversas intituladas por ele como coisas de “mulheres” e, ele não iria fazer o mínimo esforço para nos acompanhar na conversa, mas para a sua sorte Lissa e Christian apareceram.

- Rose! Ontem você me deixou muito preocupada... Porém, vejo pela a sua aura que eu me preocupei a toa! – disse ela animada, piscou para mim e caímos na gargalhada.

- Olá Lissa! Como vai? – disse Luna simpática.

- Eu estou bem, mas o casal aí está melhor do que nós todos juntos! – disse ela divertida e todos caíram risadas.

- Acho que você, Adrian, deveria disfarça a sua aura, por que eu aposto que ela deve estar brilhando mais que a minha! – disse eu e todos deram risadas novamente.

- Não duvide disso, meu amor. – disse ele divertido e selou nossos lábios.

Decidimos ir almoçar no restaurante italiano de ontem e conversamos por horas. Eu estava muito feliz de estar com as pessoas que eu amo. Luna se mostrou mais uma vez ser uma pessoa carinhosa e simpática e, por causa disso nem tenho mais ciúmes dela com o meu Adrian.

Adrian e eu fomos os primeiros a ir embora e nos dirigimos para o meu quarto no alojamento da Corte. Seus olhos brilhavam toda a vez que nossos olhos se encontravam. Todas as vezes em que ficávamos sozinhos, eu tinha a impressão de que estávamos sozinhos no mundo e eu adorava essa sensação de amar uma pessoa sem complicações. Amar Adrian é fácil e é como respirar! Sem esforços, sem fingir ser o que não somos e ele me ensinou a amar de forma madura.

Quando eu estava com Dimitri, Adrian abriu mão de mim e de sua felicidade para que eu fosse feliz! Ao contrário de Dimitri. Pensar em Dimitri só me causa pena, tínhamos tudo, ou eu pensava assim, para sermos felizes, mas ele desperdiçou por motivos banais. Ao invés de estarmos juntos em cada escolha que fosse mudar o rumo de nossas vidas, ele decidiu tudo sozinho, ele preferiu lutar só. Deveríamos ter agido como um casal, um ajudando ao outro, e isso foi o nosso fim.

Eu aprendi com todo esse sofrimento que cada escolha que fazemos num futuro próximo ou distante traz conseqüências, sejam boas ou ruins. E no nosso caso no fim das contas, para mim foi ótimo, por que agora eu encontrei quem me amasse de verdade, alguém que estaria do meu lado para o que der e vier. Eu tenho absoluta certeza de que Adrian nunca abandonaria o barco como Dimitri fez... Pelo contrário, tenho certeza que a cada diversidade ele estará ao meu lado. E aliás, nem sei porque eu estou fazendo esse tipo de comparação, mas depois da conversa desagradável com Dimitri, isso tornou-se meio que inevitável.

Saí de meus devaneios quando Adrian acariciou meus cabelos.

- O que a está deixando tão distraída meu amor? – perguntou Adrian carinhosamente.

- Estava pensando em Dimitri... Sabe, eu pensei que o amaria para sempre,  que ele seria o único em minha vida, mas isso mudou. – Adrian ficou rígido quando eu disse que estava pensando em Dimitri, mas ele relaxou quando eu continuei falando. – Aprendi que quando a gente ama uma pessoa de verdade, temos que deixá-la ser feliz acima de tudo. Depois daquele sonho que dividimos enquanto eu estava em Istambul, percebi que eu o amava... Eu não queria aceitar que você saísse da minha vida! Mas também queria vê-lo feliz. – Assim que eu terminei de falar, Adrian tomou meus lábios para os seus e beijou-me com todo o amor que ele sentia por mim, Eu me senti amada.  Eu sei que com ele poderia lutar contra tudo e todos e não estaria só.

Eu me lembrei de Fred e senti que teria que falar a Adrian sobre ele. Como se eu não pudesse ser feliz, se eu não falasse a ele tudo o que aconteceu comigo nesse ano em que fiquei fora e já estava rezando para ele entender, porque acho que não seria capaz de suportar se ele dissesse que não me queria mais.

- Adrian... – Ele me olhou meio sorrindo, mas seu sorriso morreu quando ele me observou com atenção.

- O que foi minha rainha, que está te deixando com a aura tão estranha?

- Eu tenho que te contar uma coisa sobre o período em que eu estive na Turquia e quero que saiba, desde já, que eu te amo, sempre te amei e sempre te amarei... Por toda eternidade. Quero te pedir que entenda e se puder, que me perdoe... – quando vi que ele limpava meu rosto delicadamente, percebi que estava chorando.

- Rose... – eu o interrompi, respirei fundo e comecei a lhe contar sobre o meu período na Turquia e sobre Fred. Eu vi a dor em seu olhos e vi também compreensão. Quando dei por mim estava agarrada a ele, chorando compulsivamente, pedindo perdão e ele acariciava meus cabelos pacientemente.

- Hey! Se acalme... Tá tudo bem, meu amor... Eu não vou te deixar... Eu te perdoo, Rose... E te entendo...

- Mas eu te traí, Adrian... – ele me afastou, limpando meu rosto, me fazendo encará-lo.

- Hey! Você não me traiu. Nós, tecnicamente, não estávamos juntos e você estava tentando seguir com a sua vida. E sou grato por você me contar uma coisa que eu jamais descobriria, só para manter a honestidade na nossa relação. E sou mais grato ainda por você ter voltado para mim... Isso só me prova que você me ama... Acalme-se. Acabou. Não vamos mais falar nisso, okay? – eu o abracei de novo e ficamos assim até que eu dormi.

Acordei no meio da tarde e olhei meu amor, meu Lord ali, deitado ao meu lado, com a camisa ainda úmida de lágrimas minhas, com um sorriso bob na cara. Eu o beijei e ele correspondeu vigorosamente, me deixando cada vez mais quente e me fazendo me deliciar em seu cheiro, seu sabor.

Mais uma vez nos amamos a tarde toda.  Assim que anoiteceu Adrian me acordou e disse que iríamos jantar com seus pais, o que me preocupou, pois eu estava com medo de encará-los novamente! Eu o fiz sofrer esse tempo todo e Daniela é uma mãe super protetora quando quer. Mesmo que na maioria das vezes ela aparente ser uma típica Moroi da Realeza, mimada e superficial, ela ama e muito o seu filho único. E faria o que fosse necessário para protegê-lo. Eu sorri para Adrian e acenei positivamente com a cabeça, embora tenha certeza que ele percebeu a minha apreensão, mas não disse nada.

Enquanto eu estava no banheiro tomando banho, alguém bateu a porta e Adrian atendeu. Assim que eu saí do banheiro, me deparei com uma caixa em cima da minha cama com um bilhete. Peguei o bilhete e rapidamente reconheci a letra. Era de Adrian.

“Desculpe não tê-la esperado sair do banho, mas eu tive que ir me arrumar... Eu sei que você já viu a caixa em cima da cama. Saiba que este é o meu presente de hoje para você e quero que o vista para o jantar de mais tarde. Você ficará perfeita nele! Tenho absoluta certeza.

Te amo,

Adrian.”

Assim que eu terminei de ler fui ver o que havia da caixa e me deparo com um lindo vestido nude bem marcado na cintura por uma faixa preta e com o comprimento um pouco acima do joelho. Peguei um sapato que ainda estava a caixa e tinha comprado em Istambul. Fiz uma maquiagem leve, destacando somente meus lábios.

Look Rose (http://www.polyvore.com/cgi/collection?id=921409&.locale=pt-br)

Eram oito horas e eu estava pronta esperando por Adrian. Em poucos segundos eu ouço alguém bater na porta, abri e me deparei com o meu namorado... E... UAU!! Ele estava simplesmente lindo! Eu não conseguia tirar meus olhos dele. Ele se aproximou de mim e selou nossos lábios, mas infelizmente ele se afastou rápido demais... Abraçou-me e sussurrou um “Você está estonteante!” Só que eu discordei, por que eu não poderia estar, pelo menos, não perto dele!

**********************************************

Na casa dos Ivashkov a recepção foi a de sempre. Nem calorosa a ponto de me abraçarem, nem tão fria que não houvesse sequer um aperto de mão. A minha sorte foi ter Luna ali. Pelo menos eu não ficaria o tempo todo invisível. Parece que o casal Ivashkov não estava muito satisfeito com o meu retorno.

- Adrian, filho, você disse que tinha convidados especiais para o jantar, mas não pensei que fosse ela! – disse Daniela apontando para mim. Adrian fechou a cara e a pegou pelo braço a levando para a outra sala, mas ainda consegui ouvir um pouco da conversa.

“Mãe, quer a senhora e o seu marido queiram ou não, eu vou ficar com a Rose. Nós nos amamos e ela é o que faz com que meus dias se tornem menos dificieis. Nem sei porque a senhora quer interferir tanto... A senhora nem se deu ao trabalho de ser mãe! Não se meta, faça uma cara boa e não me faça perder a linha de vez! E meus convidados ainda não terminaram de chegar. Faltam quatro!”

“Adrian, me respeite...”

“Quer respeito???? Respeite as pessoas que eu amo!”

E voltou para a sala com uma cara de poucos amigos, se servindo de um whisky. Não deu tempo nem de falar nada com ele, pois quando eu me dirigia para onde ele estava, chegaram mais dois convidados. Lissa e Chris.

Era meio ridículo ver o casal Ivashkov abaixar para alguém e vê-los reverenciar a minha melhor amiga era muito bom de se apreciar.

- Rainha... Lord Ozera... – disseram quase uníssonos Nathan e Daniela. Lissa sorriu e me olhou, notando um Adrian muito azedo, bebendo avidamente aquele drink como se fosse o último de sua vida.

- Lord Ivashkov... Lady... Por favor, sem tantas formalidades. Afinal, nós somos amigos de seu filho e convidados por ele para esse jantar que ele disse ser especial. – Daniela arregalou os olhos e olhou diretamente nos olhos de Adrian que agora tinha um sorriso desaforado em seu rosto.

Nos sentamos e ficamos mais uns bons cinco minutos, quando a campainha tocou novamente. Quando foram anunciados, eu engasguei com o meu drink e tive uma crise de tosse.

- Casal Mazur! – disse a empregada dos Ivashkov.

Daniela engoliu a seco o que gostaria dizer ao Adrian assim que olhou para trás e, em sua face havia uma expressão furiosa. Adrian pareceu se divertir e lançou em sua direção um sorriso de puro e genuíno deboche. Meus pais chegaram à sala. Olhei para a minha mãe e meu pai que estavam de mãos dadas...? WHAT?! Deixei passar, pois por aqui já havia conflitos demais.

- Boa Noite, Lord e Lady Ivashkov. – cumprimentou minha mãe toda formal como sempre.

- Como vai Nathan... Daniela. – cumprimentou Abe de maneira... bem Abe de ser.

Minha mãe percebeu que eu estava olhando a sua mão e a de Abe juntos e as separou imediatamente. Vi a confusão passar pela face de Abe até ele olhar de Janine para mim. Vi rapidamente a surpresa em seus olhos antes de sua face assumir a máscara de negócios.

O jantar correu bem... Digo; de modo cordial. Daniela tentava a todo custo ser a mais simpática possível e só puxava assuntos com Liss, que por sua vez estendia a conversa para mim e minha mãe. Já Nathan conversava com Abe sobre negócios e Adrian estava visivelmente entediado com esse assunto. Após o jantar, os empregados trouxeram champanhe para a mesa. Peraí... Champanhe? Adrian se levantou. Ele exibia um belo sorriso de orelha a orelha. Eu olhei para o rosto de cada pessoa ali presente e só via a mesma expressão... Surpresa.

- Acho que é uma pergunta geral... Então, Adrian, diga-nos qual é o motivo para tal comemoração? – perguntou Daniela.

-Simples, querida mamãe... – disse ele vitoriosamente.

Adrian se aproximou de mim e pegou algo em seu bolso. Quase desmaiei quando percebi que era uma caixinha de anel! Adrian o abriu e eu o olhei nos olhos com a boca aberta em um perfeito “O” de incredibilidade.

- Rose... Você aceita casar-se comigo?

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N/A Lin

Oi meninas!

Desculpem pela demora... Quem acompanha as minhas outras fics sabem como eu ando com o tempo corrido! Rosa e eu decidimos adiar mais uma vez o fim de Escolhas. Eu sei que você vão pensar: "Eu quero saber o final feliz de Rose, Adrian e companhia... Mas Ecolhas, se tornou o nosso xoedó( Meu e da Rosa Pugno) e, simplesmente não conseguimos dizer adeus a fic. Devo confessar que eu atrapalhei um pouco a Rosa, por que eu ultimamente só tenho tempo para respirar, mas, graças a um mortal, nós estudantes temos FÉRIAS!! E eu vou aproveitá-la o máximo que eu puder para escrever!

Kisses,

@linnascimento.

Ps. Não se esqueçam de comentar e mandar indicações! Agradeço desde já cada review que recebemos durante todo o desenrolar da fic.


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