Escolhas escrita por Lin Nasct, Rose Ivashkov


Capítulo 2
A Year Without Rain


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Bem, depois de um longo e tenebroso inverno... MAI UM CAPÍTULO PARA VOCÊS!!!! :):)Enjoy!



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Eu sinto muito a sua falta

Não posso ajudar, estou apaixonada

Um dia sem você é como um ano sem chuva.

Eu preciso de você ao meu lado,

Não sei como vou sobreviver

Mas um dia sem você é como um ano sem chuva

                                   A Year Without Rain – Selena Gomez

A viagem foi longa e silenciosa. Quase dez horas depois eu desembarcava em Istambul. Meu pai foi pessoalmente me receber, preocupado com o que poderia ter-me acontecido, pois quando eu liguei para ele, eu não disse nada sobre o que estaria acontecendo ou os meus motivos para ter ido para lá.

Ele estava acompanhado de Pavel e de mais dois guardiões que eu não conhecia. Quando eu cheguei ao desembarque, ele me puxou num abraço de urso que eu estranhei. Isso não era nada típico de Abe “Zmey” Mazur.

“Oi baba, bom te ver também!” Eu disse rindo, mas meu sorriso não chegou aos olhos e portanto, não o convenceu. Ele ficou me olhando de forma estranha.

“Olá kiz, que bom que você resolveu visitar seu velho pai! Quase não acreditei quando você me ligou dizendo que queria passar uns tempos comigo. Mas e a princesa?” Eu fiz uma careta. Só de pensar nela, já me lembrava Dimitri e Tasha e Adrian...

“Bem, ela tem o Dimitri como guardião e eu me certifiquei de que ela teria o melhor além de mim, quando eu viesse.” Ele ainda me olhava de forma estranha, mas deixou o assunto de lado. E se eu o conheço, isso seria só por enquanto.

Eu estava muito ferida e não estava querendo falar sobre esses assuntos desagradáveis ainda, mas mais cedo ou mais tarde, ele certamente iria querer ter uma conversa de pai para filha.

Depois de tudo o que me aconteceu, nós ficamos muito ligados um ao outro. Mesmo com a minha mãe, meu relacionamento melhorou pelo menos uns sessenta por cento. Fomos para o que ele chamava de casa e eu de mansão, que era de propriedade dele nos arredores de Istambul, onde eu fui levada ao meu quarto e Zmey não poupou esforços. Era um quarto digno de uma rainha. Era enorme e lindo e tinha até uma placa na porta com o meu nome e o brazão da família.

Não sei realmente o que deu nele para fazer aquilo, mas eu de uma coisa tinha certeza: A minha estadia na Turquia, pelo visto, seria ótima. Pelo menos no que dependesse do empenho de Abe.

Os dias foram passando, mas a dor que eu sentia não me deixava e a saudade acabava me consumindo mais ainda. Eu falava sempre com a Lissa, mas não disse a ela ainda onde eu estava. Eu não queria que ela enlouquecesse e viesse atrás de mim. Eu realmente precisava desse tempo sozinha, longe de todos.

Eu passava os dias inteiros treinando com Pavel e saía às vezes à noite. Quando eu dormia, eu tinha no começo a visita diária de Adrian em meus sonhos. Certa vez...

Flashback on

Era um lugar lindo, perto de uma fonte, na Corte. Onde nós realmente assumimos a nossa relação.

“Little Damphir, que saudades!” Ele correu para mim. Não cheirava a cravos nem a bebida alguma. Ele estava completamente sóbrio. Nos abraçamos e, Ah! Meu Deus! Como eu sentia falta dele! Eu não resisti e o beijei.

“Ah! Adrian, estou sentindo tanto a sua falta!” Senti lágrimas escorrerem de meus olhos.

Eu nunca pensei que sentiria tanto a falta de Adrian. Talvez ele fosse a pessoa de quem eu mais sentia falta. Ele era o meu sol, todos os dias! Era a pessoa que mais me compreendia e menos me cobrava, mas... Ah! Eu tinha tantas dúvidas...!

“Você não precisa ficar sentindo a minha falta, meu amor. É só você me falar e eu vou te encontrar... Se você quiser a gente foge juntos e ninguém mais vai nos encontrar! Eu cuidarei de você. Para sempre!”

Era tão lindo ouvi-lo falando daquela maneira, mas eu não podia enganá-lo. Não era certo. Eu ainda amava o Dimitri, ou pelo menos eu pensava que o amava. Assim como eu também pensava amar o Adrian... Eu continuava confusa e já fazia um mês que eu estava na Turquia.

Ele analisou a minha aura e deu um sorriso triste.

“Você ainda tem dúvidas, não é?! Você ainda o ama, não é?!” Eu não sabia o que dizer. Resolvi ser sincera.

“Sim Adrian, eu ainda tenho dúvidas, mas... Quanto a amar Dimitri ou te amar, eu... Eu sinceramente não sei. Ele ainda me provoca dores pela alma e você... Bem, você ainda é o meu sol particular. A sua luz ainda que em sonhos, é o que me preenche, mas eu ainda sinto dores... Ah! Adrian! Eu... eu não sei o que dizer! Não tenho como expressar o que eu sinto! Eu...”

Ele me abraçou e esperou que eu me acalmasse. Olhou para mim, tão profundamente como se estivesse enxergando a minha alma e disse:

“Esse será o último sonho em que eu te visito. Você precisa se decidir...” Eu o interrompi, o agarrei com fúria e o beijei. Ele foi quem interrompeu o beijo.

“Adrian, não... Eu não posso ficar sem você... Eu... Eu só não sei o que fazer, eu...” Ele continuou.

“Você, Little Damphir, precisa de um tempo que eu não estou dando a você. Você precisa entender o que está sentindo e comigo todas as noites em seus sonhos, não seria justo nem com Dimitri, que está agora em desvantagem, nem com você, que está em dúvida e precisa se decidir, isso se você quiser se decidir e, bem, não é justo comigo, que te amo incondicionalmente, mas também não estou mais agüentando tanta dor...”

Eu o olhei e vi a mais completa sinceridade em seus olhos. Ele estava sério, mas ainda com os olhos cheios de amor e dor. Não consegui dizer nada e ele continuou.

“Eu vou me afastar até que você me chame de volta, meu amor! Eu sempre te amarei e nunca te deixarei. A menos que você queira!”

“Eu não quero! Não me deixe!” Eu o vi se afastando da fonte e sumindo. Eu gritava:

“NÃO VÁ! NÃO ME DEIXE! NÃO ME DEIXE!”

Quando acordei, meu pai me chacoalhava e tentava me fazer parar de gritar. Eu não conseguia sequer expressar a dor que eu senti naquele sonho, quando Adrian disse que não voltaria mais aos meus sonhos. Era terrível, avassaladora. Sentia meu peito sendo esmagado com as mãos e o que mais doía era ver a dor nos seus olhos!

Então deixe à seca chegar ao fim,

E fazer essa flor do deserto novamente,

Eu preciso de você aqui, ah

Não posso explicar, mas,

Um dia sem você,

É como um ano sem chuva,

Flashback off

Esta noite eu resolvi. Vou sair. Ir a uma boate, dançar, encher a cara, de novo e chegar de mansinho em casa, sem que meu pai perceba, porque da última vez, ele ficou muito bravo porque eu estava bêbada.

“Pavel, você me dá cobertura hoje? Eu quero ir naquela boate nova no centro, acho que se chama Marrakesh e parece ser badalada. Eu ganhei até um VIP! AH, vai Pavel, me quebra este galho!” Pavel sorriu.

“Tudo bem, Rose, mas eu vou com você!” Eu fiz uma careta.

“Se eu quisesse uma babá, eu teria pedido ao meu pai e não a você! Eu quero ir sozinha.” Ele franziu a testa e eu resolvi negociar. “Bem, então façamos o seguinte: Você me leva e me deixa sem carro, porque você sabe que eu vou beber todas mesmo e para não se preocupar, quando eu quiser vir embora, eu te ligo e você me busca. Que tal? Não é um ótimo meio termo?!” Dei meu melhor sorriso comedor de homens. Ele assentiu.

“Então muito bem. Eu te levo e depois te busco. Assim, o Abe não vai surtar e tudo corre bem, mas, por favor, não saia sozinha da boate. Teve ataque strigoi no centro esses dias. E leve a sua estaca, por vias de dúvidas!” Eu sorri novamente.

“Pavel, meu irmãozinho, ela está sempre comigo!”

Lá pelas tantas, eu estava mais do que bêbada e resolvi ir embora depois que um cara tentou me agarrar na pista de dança. Eu não estava muito sociável e só queria me divertir. Sozinha. Só que eu havia perdido o meu celular e não consegui ligar para Pavel. Certifiquei-me que minha estaca estava comigo e resolvi andar um pouco até encontrar ou um táxi ou um telefone público. Foi quando eu senti náuseas.

De repente, quatro strigois estavam na minha frente. Ou será que eram só dois??! Eu estava tão bêbada que mal conseguia parar em pé com aquele salto enorme que eu estava usando.

“Olá! Olha Charlie, uma linda damphir! Mas parece-me que ela está como eu posso dizer um tanto... Bêbada?!” Eles riram. É, parece que eram só dois mesmo. Mas depois chegaram mais uns quatro, ou sei lá, talvez mais dois... O fato é que eu estava cercada por strigois famintos, mostrando suas presas e sem condições de lutar. Merda!

Eles continuavam a me olhar com curiosidade e não pareciam querer me atacar, mas sentia que eles estavam chegando cada vez mais perto. Eu peguei minha estaca e nestas circunstâncias, seria mais seguro para mim, esperar o ataque e usar a força deles contra eles.

“Nossa, ela é valente! Você é uma novata, querida?!” Disse o outro.

“É, talvez eu seja uma novata idiota!” Eu disse. Eles riram.

“E ela tem senso de humor...” Foi quando eles viram as minhas doze molnijas, a marca da promessa e mais três estrelas zvezda. “Wow! Acho que nós temos aqui uma das guardiãs que mais tem marcas no pescoço... Acho que sei quem é você: Rosemarie Hathaway! Uma lenda ruim na Rússia!”

Dito isso me atacou. Eu consegui desviar de seu chute, mas com alguma dificuldade. Merda! Por que eu não fiquei na maldita boate?! Ele se desviou do meu golpe, mas com pouca eficiência, porque me deixou a abertura que eu precisava e o empalei. Logo, o outro pulava em meu pescoço e me levou para o chão, mas eu o cortei no braço com a estaca e ele gritou muito, se afastando de mim.

“Você, se não tivesse feito tantos inimigos no nosso meio, daria uma linda e eficiente strigoi!” Aquele que chamaram de Charlie disse sorrindo. 

“Nunca!” O ataquei, mas ele se desviou com graça. Deveria ter sido um damphir com treinamento.

“Não me parece que você seja digna de tantas marcas?!”

“É mesmo?! Isso é porque você não me pegou em um bom dia, mas vou me esforçar para lhe provar a minha competência...” Com isso, eu lhe dei um chute que ele não esperava e o strigoi se desequilibrou. Quando eu avancei para ele, outros dois entraram na sua frente. Uma mulher, que empalei rapidamente, mas o outro jogou-me  no chão e quando ele estava respirando já em seu pescoço, ela o ouviu gritar e soltá-la. Pavel.

Rapidamente ela atacou aquele que debochou de sua competência e o fez gritar de dor, com um empalamento alucinante, vagaroso, enquanto ela o olhava nos olhos ela disse:

“Será, querido, que agora estou fazendo jus às minhas marcas em sua opinião?!” E enfiou a estaca sem piedade, fundo no peito dele.

Serviço acabado, quatro strigois mortos, uma Rose descabelada, salto quebrado e duas costelas fraturadas, além do olho roxo e um tanto alta ainda, embora a adrenalina da luta tenha acabado com quase toda a sua bebedeira. Pavel estava zangado.

“Senhorita Rosemarie, por qual motivo, razão ou circunstância a senhorita não me telefonou? Eu só estive aqui, neste momento, porque você ficou demorando e eu fui até a boate e soube que você tinha saído a pé.” Ele me olhava furioso, mas preocupado também. Eu me sentei na calçada para esperar com ele o alquimista.

“Porque eu perdi o meu celular e os telefones da boate não funcionavam. Eu saí para pegar um táxi ou encontrar um telefone público para te telefonar, quando esses malditos me encontraram.” Eu não contei a ele que sequer conseguia saber quantos eram. Ele me abraçou forte e eu gemi.

“Desculpe... Ah! Rose, seu pai vai te matar e ME matar! Depois que o alquimista chegar, vou te levar ao hospital. Provavelmente quebrou umas costelas e seu rosto não está nada bonito... tem um corte grande no supercílio...”

“Ah! Merda! Além de tudo aqueles malditos estragaram o meu rostinho lindo... Que falta me faz Lissa nesta hora. Agora vou ficar com uma cicatriz. Merda!” Eu bufei.

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Eu ainda me sentia um pouco alta e cansada. Estava machucada e minhas roupas estavam meio destruídas e um salto quebrado. Eu me sentia um lixo e ainda tinha que esperar o tal alquimista.

“A! Pavel, por favor, eu quero ir embora! Vamos deixar esses idiotas em algum lugar, avisar o tal alquimista e ir pra casa!” Ele riu.

“Não, senhorita, você sabe que não podemos fazer isso.” Eu resmunguei.

“Essas merdas de strigois! Conseguem me atrapalhar até depois de mortos!!!” Foi quando eu vi um par de pernas infinitamente longas, ainda mais para mim que estava sentada no chão, paradas na minha frente. Ouvi Pavel rir quando levantei a cabeça até chegar no rosto do cara. Eu arfei. Ele era lindo!!! Altíssimo, talvez até mais alto que Dimitri. Com um corpo forte e bem definido. Louro com cabelos levemente cacheados e curtos. Traços finos e delicados, pele branca com algumas sardinhas na bochecha, com olhos azuis esverdeados e não deveria ter mais que vinte e cinco anos de idade e a flor de lis dourada em uma das faces.

Ele me olhava com curiosidade e um sorriso de matar no rosto. Pavel o cumprimentou.

“Olá, Fred, você demorou! Rose já estava impaciente...”

“Olá, Pavel. Belo serviço!” Apontou os strigois mortos.

“Meu e de Rose. Deixe-me apresentá-los. Esta é a filha de Abe Mazur: Rosemarie Hathaway Mazur. Este é o alquimista: Fred...”

Ele pegou minha mão e a beijou. Pude notar seu sotaque acentuado, mas não identifiquei.

“Muito prazer, guardiã Mazur! Frederico Moretti.” Ele sorriu e eu quase desmaiei antes de sorrir de volta. Ainda podia sentir a leve pressão de seus lábios na minha mão.

“Hathaway. Rose Hathaway e o prazer é meu.” Ele sorriu mais ainda.

Oh! Cara! Será que ele tinha idéia do efeito que causa nas pessoas!!  Pelo seu sobrenome soube que era italiano. Ah! Os italianos... Sempre galanteadores! Mas o jeito dele me lembrou como Adrian me tratava e eu não sei se era excesso de vodka ou saudades mesmo, mas me deu vontade de chorar. Fred terminou seu serviço e nos convidou para um café.

“Ah! Fred, Rose estava reclamando que sua roupa está rasgada e que estava cansada...” Não! Pavel não ia fazer isso comigo! Eu ainda não tinha conhecido ninguém interessante aqui...”

“Quanto à roupa...” Ele retirou seu casaco e jogou nos meus ombros. “Acho que isso resolve, mas o cansaço... Bem, é só um café!” Ele deu aquele sorriso lindo!

Pavel me olhava com uma cara engraçada e foi aí que eu percebi que eu estava agindo como uma idiota, só olhando para Fred, o admirando, sem dizer nada.

“Tudo bem, Pavel.” E olhei para ele. “Só um café! Acho que realmente preciso de um...” Eles riram e embora eu soubesse que riam de mim, provavelmente pela minha bebedeira, eu também ri.

Foi bem agradável. Conversamos os três até quase amanhecer. Fred me convidou para um passeio por Istambul e eu aceitei. Pavel parecia ter gostado da idéia. A caminho de casa, ele resolveu que podia me perturbar.

“Então, Rose?!”

“Então...?!”

“Parece que você foi enfeitiçada pelo alquimista, huh?!” Ele riu e eu também.

“Er... Hum... Ele é bem agradável...” Pavel caiu na risada.

“Agradável, Rose?!” Riu mais. “Você estava quase babando!!!”

Eu fechei a cara. Não é possível que Pavel tenha notado. A menos que eu tenha sido... Ah! Deus! Que gafe! Bêbada, suja, machucada, com a roupa rasgada, salto quebrado, descabelada e babando no alquimista italiano maravilhoso!!! Pavel me tirou dos meus pensamentos.

“Hey, se acalme! Não foi nada  demais e se serve de consolo, quase eu dei um balde para ele também!” Eu senti minhas bochechas esquentarem e ele riu. Gente eu estava constrangida! Eu nunca fico assim por flertar ou ser desejada... Quem sou eu????

“Rose? Rose, pelo amor de Deus! Dá pra voltar para a Terra?! Você tem que ir ao médico para ver sua costela...

“Ah não, Pavel!” Mas ao terminar de dizer isso, respirei fundo e quase não consegui me mexer e ao sai do carro, quase desmaiei de dor. “É, acho melhor mesmo ver o médico.”

*************************

Saí com Fred naquele dia e nos próximos seis meses. Estávamos namorando. Abe não gostou muito no começo, mas depois notou que meu comportamento e meu humor melhorou significativamente.

Meu baba agora estava mais tranqüilo, mas depois daquele episódio da boate, ele ficou bem... Digamos: SUPERPROTETOR!

Flasback on

“Pai, isso é patético! Eu tenho dezenove anos sou maior e posso sair para onde eu quiser! Eu também sei me cuidar sozinha!!!” Eu disse irritada.

“Tente e você não chega nem na sala de estar! E eu vi bem como você se cuidou, Rose! Acabou bêbada, atacada por strigois, com uma costela fratura e corte no supercílio! No seu ponto de vista isso é se cuidar? O que está acontecendo com você, kiz?” Ele disse a última frase com desespero? Sim, meu pai, Abe pode aparentar ser um gangster, mas na verdade ele é um homem maravilhoso! Ele ama a cabeça dura da minha mãe e se importa comigo. Talvez, essa seja uma das melhores descobertas da minha vida! O meu pai.

“Pai... Eu... Eu estou bem.” Eu disse encarando o chão.

“Sério? Você está se matando aos poucos, se entregando a bebida diante dos meus olhos e diz que não é nada!” Disse ele exasperado. Aproximou-se de mim e me fez encará-lo. “Quando você quiser que eu acredite que você está bem, olhe em meus olhos.” Ele me abraçou e eu retribuí.

“É tão difícil!” Eu disse com a voz embargada.

“Eu compreendo isso, mas eu não a quero bebendo.” Ele disse alisando meu cabelo.

“Eu sinto tanta falta do Adrian e da Lissa! Eu não sei o que eu realmente sinto por ele e, ainda tem Dimitri! Isso dói tanto!” Eu disse chorando. Abe me levou até a cama, eu deitei em seu colo e ele acariciou o meu cabelo.

“Oh... Eu queria tanto tirar essa dor de você, senti-la no seu lugar! Kiz, você nem imagina o quanto eu sofro por vê-la infeliz!” Ele disse com a voz carinhosa.

Flashback off

Fred era lindo, gentil, carinhoso e paciente. Com o passar do tempo, ele soube o que houve comigo, embora ele já soubesse um pouco pela Sidney que era uma amiga em comum. Só que em seis meses de namoro, eu ainda não tinha conseguido fazer amor com ele. Chegou bem perto disso quando passamos um final de semana em Pamukale, mas quando ele começou a me tocar as partes íntimas, eu me lembrei do quanto Adrian me completava e travei. Eu sentia tanta falta dele!!

(Música que faz Rose se lembrar de Adrian:  http://www.youtube.com/watch?v=M8uPvX2te0I a Year Without Rain – Selena Gomez)

Eu interrompi e disse a Fred que não estava pronta e ele me respeitou. Ele era um cavalheiro! Era como se eu tivesse traindo Adrian... Eu me sentia leviana!

Embora eu imaginasse que nesses quase oito meses, ele já tivesse seguido em frente, porque eu não sabia nada nem dele, nem de Dimitri. Essa era a condição que impus para continuar telefonando para Lissa. Ela não sabia onde eu estava, mas eu falava com ela quase toda semana e pedi que não me falasse nada sobre Adrian ou Dimitri e também não lhe contei sobre Fred.

Estava perdida em pensamentos e ele me olhava, até que rompeu o silêncio.

“Você sente falta dele!”

“Hã?! Quem???”

“Adrian. Você sente falta dele... Você chama por ele dormindo!”

“Nós dormíamos juntos, mas não transávamos. Eu quase morri com o que ele disse. Não sabia o que dizer! Senti meu rosto esquentar e lágrimas brotarem.

“Você deveria voltar!” Ele disse, segurando minha mão e secando minhas lágrimas com beijinhos. Eu sussurrei.

“Não! Eu não posso... Não to pronta...” Ele riu e me abraçou, ainda beijando meus olhos.

“Você pode! Você pode tudo, minha flor! Você não vai se sentir pronta nunca, porque você não vai esquecê-lo!”

“Mas, tem o Dimitri e eu não sei se vou agüentar vê-lo com a Natasha e... Ah! Merda! Você é meu namorado e não deveríamos estar falado dos meus ex...” Fred sorriu.

“Rose, minha flor, eu sou seu namorado porque é bom estar com você e porque eu me apaixonei desde a primeira vez que te vi. Na verdade, Sidney me falou tanto de você que eu acho que já era apaixonado, mesmo antes de te conhecer pessoalmente. Mas também sabia que seu coração tinha dono e achei até que era de Belikov, pelo que Sidney havia contado, mas depois desse tempo com você, vi que seu coração foi tão ferido por ele que vi um novo dono! Aquele por quem você chama todas as noites! Eu não posso competir com isso, minha flor, nem quero! Eu só quero que seja feliz. Eu sei o quanto te faz falta Lissa, os seus amigos e principalmente Adrian. Você pode não saber ainda, mas você o ama Rose. E muito! Você só vai é ficar mais e mais infeliz se insistir nesse afastamento. Volte! Você ta pronta para decidir, para escolher... Só não deixe ninguém escolher por você. Você é dona de sua vida, de seu destino! Seu pai não quer que você volte, ele prefere você aqui, protegida, mas eu sei que você sabe que aqui não é o seu lugar! Seja feliz, minha flor!”

Rose o beijou com carinho, um beijo calmo, doce. Fred o retribuiu com ternura. Encostaram suas testas e ele secou suas lágrimas e disse:

“Estarei sempre aqui para você. Sempre! Sempre serei seu amigo. Te respeito, te admiro, te amo minha flor! Conte comigo, sempre! Agora vá. Siga seu caminho e seja feliz!

***************************

Depois de dois dias, Rose estava a caminho da Corte. Hora de voltar! Hora de decidir! Ela disse a si mesma com um sorriso.

As estrelas estão queimando

Ouço sua voz em minha mente (em minha mente).

Você não pode me ouvir chamando?

Meu coração está desejando,

Como o oceano secando

Me segure estou caindo

É como se o chão estivesse desmoronando nos meus pés,

Você não vai me salvar

Logo você vai voltar para mim,

                                                                  A Year Without Rain


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Notas finais do capítulo

Recomendações????Reviews????Bjn. R.I.