Nightfall escrita por QueenJane


Capítulo 23
Capítulo 20 - Evidências




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/126073/chapter/23

P.O.V. Bella

Fui até o telefone público mais próximo, havia um grupo de vampiros ansiosos, tenho certeza. Quando liguei ao primeiro toque ela já estava na linha.

- Não se preocupe Bella, já estamos chegando ai.  – Alice disse depressa.

Claro que ela viu.

- Todos estão ai como você? – perguntei.

- Bom eu vim de carro com Esme, Carlisle, Esme, Jasper e Rose. Resolvemos ir da forma humana, porque levamos algo que de repente precisemos. O Emm disse que era muito sem graça de carro então iria nadando, ele chegará ai em dois minutos e o Jacob está vindo em sua moto. – ela explicou.

- Voltarei a beira do rio então e os esperaremos. Até logo. – desliguei.

Quando cheguei lá Edward parecia impaciente.

- Estão todos vindo, não se preocupe. – eu deitei minha cabeça em seu peito.

- Cara devia fazer isso mais vezes... – ouvi Emmett dizer enquanto saía da água. – Onde estão os outros?

- Ainda não chegaram... – respondi.

- Rá... Sou bem mais veloz... A Alice disse que não ia expor sua roupa a água. – ele revirou os olhos. – Agora inacreditável foi a Nessie atravessar o rio...

- Creio que ela não fez isso sozinha. – disse Edward.

Emmett ficou calado, observando o ambiente.

- Você acha que ela está...? – Emmett perguntou.

- Sim. Muito provável. – Edward respondeu antes que a pergunta fosse terminada. – Só gostaria de saber quem é... Não sou bom nisso, mas não é alguém de quem eu me recorde.

- Também não sei... Mas não é um humano... – Emmett fraziu o cenho, concentrando-se em algo.

- Também acho... – Edward respondeu.

Alice e os demais também não demoraram muito, em cinco minutos eles já estavam lá. O silêncio de todos e as caras de quem não estavam entendendo nada se fez presente.

- Bom agora com todos nós aqui podemos nos dividir e assim fica mais fácil. É uma pequena cidade então logo a encontraremos. – disse Jasper incorporando seu lado estrategista.

- Ok eu e Bella continuamos indo ao norte. – Edward apertou-me um pouco mais contra seu corpo.

- Eu e Alice vamos em direção leste e Rosalie e Emmett para oeste. – respondeu Jasper.

- Eu e Esme podemos olhar a saída da cidade em seus arredores. Assim se ela pretende sair daqui a veremos. – Carlisle disse.

- Eu vou checar na floresta próxima dessa região. – disse Jake que acabara de chegar.

Todos correram em suas direções estabelecidas.

A medida que adentrávamos na cidade o cheiro de Nessie ia se perdendo. Aumentando minha angústia e meu desespero. Ela era tão pequena e o mundo tão imenso cheio de pessoas más. Lembrei-me do episódio que me ocorreu em Port Angeles com aqueles homens. Nessie era tão dócil e inocente. Quanto maior o tempo longe da minha filha maior o perigo ao qual ela se submetia.

Paramos no ponto em que seu cheiro simplesmente desaparecia. A cidade estava ainda toda adormecida. Porém o raiar do dia estava próximo, as nuvens já estavam mudando de cor. Sentei-me no chão e coloquei as mãos na cabeça. O que fazer? A única pista que tínhamos em mãos nos escapou como fumaça. Edward se abaixou e me abraçou.

- E agora Edward? Minha filha minha única filha... – o ar ficava cada vez menor no meu peito, parecia estar sufocando...

Ele não sabia o que dizer ou não havia palavras. Ele simplesmente abraçava-me em silêncio.

- Precisamos sair daqui... Agora. – Edward pegou-me e voltamos a beira do rio. Permanecendo estáticos, aguardando que um milagre, se ele existe de fato, caísse dos céus.

Rose, Emm, Jazz e Alice chegaram juntos.

- Não encontramos nada. – disse Alice.

- Nem nós. – disse Rosalie.

Depois houve o silêncio, um doloroso silêncio. Como eu queria um sinal da minha pequena qualquer que fosse. Um celular de repente começou a vibrar. Alice nem precisou olhar o visor.

- Carlisle. – ela disse.

“Encontramos uma pista... Renesmee hospedou-se em um hotel um pouco mais afastado da cidade.”

- Estaremos ai logo. – disse Alice desligando o telefone.

Isso era ótimo! Pelo menos minha intuição de mãe não errou ao atravessar esse rio, ela está ou esteve por aqui.

Chegamos na frente do hotel. Seu cheiro ali era forte, ela esteve aqui a algumas horas. O hotel era simples, mas aconchegante, localizava-se um pouco afastado da cidade e era cercado na parte posterior pelas florestas comuns naquela região. Jacob surgiu da mata. O cheiro dela o trouxe até aqui. Concordamos que eu, Alice e Edward entraríamos lá para buscar informações. A recepcionista era uma mulher que aparentava uns quarenta anos era magra e tinha uma expressão mal-humorada. Assim que a mulher nos viu entrar a primeira expressão foi admiração seguindo-se da repulsa natural.

- Bom dia. – disse Edward usando o seu charme.

- Ah... Pois não? – a mulher disse com certa dificuldade.

- Bom, gostaríamos de saber se alguém hospedou-se aqui nessas últimas horas. – disse Edward gentilmente.

- Sim, não tenho certeza durante a madrugada eu acho... – ela fitou o nada por um tempo, provavelmente tentando recordar.

- Estamos procurando uma jovem... Ela é muito parecida com a minha irmã. – Edward apontou para mim.

Ela olhou-me e nada disse.

- E então? – insistiu Edward.

- Não sei moço, aqui passa sempre tantas pessoas, eu não fico olhando para o rosto de todos que vem até aqui. – respondeu a senhora impacientemente.

Edward aproximou-se mais do balcão ficando o seu rosto próximo ao da recepcionista.

- Escute... Se esforce um pouco mais... É muito importante sua informação. Perdemos nossa irmã e a queremos de volta... Se puder nos ajudar ficarei muito grato. – Edward agora tentava persuadir a pobre senhora, lembro-me bem de quando eu era humana e ficava tonta com essas coisas... Ouvimos um coração palpitar fervorosamente. Pobre senhora.

- Bom... Lembro-me de uma garota e um rapaz... Eles passaram poucas horas aqui... Saíram daqui já faz uma hora... – a senhora disse.

- Um rapaz? Como era o rapaz? – perguntou Edward.

- Ele era muito bonito... Pálido... Não lembro direito de seu rosto. – ela balançou a cabeça vagarosamente.

Edward então afastou-se dela devagar.

- Agradeço suas informações. Iremos continuar nossas buscas... Vamos garotas. – Ele nos olhou. E então o seguimos em direção da saída.

- Bom é um vampiro que está em sua companhia... Examinei a mente da recepcionista e de fato ela não se recorda bem... Tive acesso a alguns flashes apenas... – Edward disse.

- Mas ela parecia estar bem? Pelo o que você pode notar? – perguntei ansiosa, seu bem-estar era o que me importava e nada mais. Porém o meu bem-estar eu só teria quando tivesse minha filha em meus braços.

- Ela parecia estar bem, apenas cansada... – Edward disse incomodado... Havia algo mais oculto nos pensamentos que ele viu e não queria me contar? Quando pensei em perguntar, fui interrompida com mais notícias.

- Encontramos isso em um dos quartos. – Jazz entregou-me uma roupa.

Examinei-a melhor, era o vestido que ela estava usando quando chegou da escola... Mas ele estava um pouco rasgado e sujo. E além de seu cheiro tinha outro rastro. O rastro desconhecido, do vampiro misterioso... Nessie conhecia muitos vampiros... Era difícil chegar a uma conclusão a respeito de seu acompanhante.

E agora que passos tomar?

Fim P.O.V. Bella

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 

Tio Billy respirou fundo e ficou em silêncio fitando a janela.

- O que você saber exatamente pequena Ness? – Billy perguntou.

- Bom... É verdade que o Jake se apaixonou pela mamãe? – perguntei hesitante. Tinha medo do que iria ouvir.

- Sim... Mas isso foi há muito tempo, antes de você nascer. – Billy respondeu.

- Mas se lembra desde quando ele se apaixonou por ela? – perguntei.

- Era uma paixonite de infância eu acho... Depois Bella mudou-se de Forks, quando voltou era uma adolescente de 17 anos. Jake sempre ia vê-la... Até o momento que passou a andar com os frios... Então eu pedi para Jacob alertar a garota sobre o perigo... – ele disse pensativo.

Fiz uma cara feia e ele olhou-me como quem pedia desculpas.

- Desculpa Ness... Mas sabe como são as coisas... Se Jacob se dá bem com os frios é por sua causa. – ele pigarreou antes de continuar. – Bella foi teimosa e continuou andando com eles... Até que um dia eles a deixaram... Jake a ajudou muito nesse período, sua mãe ficou sem rumo sem vida...  – ele estremeceu com algo, era alguma lembrança que ele tinha. - Jake a ajudou... A paixonite de infância virou algo mais sério, mas para Bella ele era apenas como um irmão... E depois eu não sei o que aconteceu ao certo, Jacob não falava muito. Os frios voltaram e Bella deixou Jacob de lado. Porém o Jake não desistiu de sua mãe, até o dia em que ela ficou noiva do Edward. Depois disso tudo ficou muito confuso... – ele passou a mão na cabeça.

- Obrigada tio Billy você me ajudou muito. Você sabe se o Sam está em casa agora? – perguntei.

- Sim provavelmente... Você irá até lá? – Billy perguntou.

- Irei... E depois irei ver o vovô prometo... E depois terei de sair da cidade, tenho mesmo que ir titio. – levantei-me. – Lamento a pressa, mas tenho mesmo que ir.

Tio Billy levou-me até a porta, mas antes de abri-la ele olhou-me sério.

- Ness não sei mesmo a razão da suas perguntas... Depois que Bella tornou-se imortal e você veio ao mundo Jacob não se importa com ninguém... Além do mais com a Bella não era para ser. Ela não foi a escolhida. Bom até algum dia talvez pequena Ness. – ele abriu a porta e eu sai em silêncio.

A casa do Sam era a alguns metros entrei no carro e parti. Estacionei o carro e avistei Sam já na entrada da casa olhando para o carro com uma cara desconfiada. Assim que saí do carro ele abriu um enorme sorriso.

- Ness! Que surpresa! – ele abraçou-me ternamente.

Sorri em resposta, como eu amava aquilo por mim ficaria ali durante a eternidade. Adorava o Sam e a Emilly também a casa deles era tão hospitaleira. Era simples, mas tão confortável. Sam e eu caminhamos até a cozinha. Emilly estava preparando o café da manhã. Eu tossi de leve para despertar sua atenção. Ela virou-se e quando me viu sorriu abertamente.

- Ness! Nossa que maravilha! – ela abraçou-me.

- Poxa gente que saudade de vocês e de tudo isso. – respondi enquanto sentava-me à mesa.

- Mais um prato? – Emilly perguntou dando-me opções ela sabe o quanto eu odeio comida de humanos.

Eu suspirei.

- Ah! Tudo bem... – eu disse um pouco tímida nós três nos olhamos e caímos na gargalhada.

E enquanto tomávamos café conversamos sobre a cidade em que eu e minha família estamos morando, falei dos humanos de lá, da escola...

- E o Jacob como ele está? – perguntou Sam.

- Ele está bem faz muito sucesso na escola... – revirei os olhos.

- Você não nos engana garotinha qual é o problema? – Sam perguntou.

- Você não viria sozinha para Forks sem um motivo muito sério... – Emilly segurou minha mão que estava sobre a mesa.

Mordi o lábio inferior.

- Bom eu andei como dizem os humanos... Ouvindo conversas atrás da porta e acabei descobrindo alguns fatos que me foram omitidos... – eu sacudi os ombros.

- Sobre o que exatamente? – Sam perguntou.

- Sobre o Jacob e a mamãe... Sobre essa coisa de lobo que o Jacob tem comigo... – respondi.

Emilly e Sam trocaram olhares.

- Olha lá eles ainda pensam que eu ainda sou uma criança. Olhem para mim! Eu cresci! – apontei o dedo em meu rosto. – E tenho capacidade de compreender e aceitar as coisas. E se é algo que se trata de mim tenho o total direito de saber... Com certeza lá eu não teria as respostas que eu quero então...

- Então você veio aqui em busca delas é isso? – perguntou Sam.

- Exato. – respondi. – Sam você é o único com quem eu conto no momento.

Houve um silêncio tenso na mesa.

- Renesmee, Jacob amou sua mãe, mas isso já foi esquecido por ele. Isso não é algo como que você tenha com o que se preocupar. – Sam disse enquanto me olhava sério.

- Amou? Ele desistiu dela por se tornar imortal? – Vampiros e lobisomens são inimigos naturais, não haveria uma chance sequer de um romance afinal, pensei.

- Nessie, sua mãe também amava o Jacob, era apaixonada por ele. Mas esse amor não se comparava ao que ela sentia por Edward. Jacob lutou até o último instante de sua vida humana pelo amor dela. Porém, a dor que ele sentiu com a perda desse amor se desfez em cinzas quando ele lhe viu pela primeira vez. – disse Sam.

- Eu não entendo. – balancei a cabeça vagarosamente.

- Nessie você já ouviu isso com certeza, mas você é muito parecida com a sua mãe. – disse o Sam.

- Eu sei. – sorri orgulhosa.

- Para ele não haveria outro amor que não fosse com os olhos cor chocolate, os cabelos cacheados, enfim que fosse igual a Bella. Considerando a Bella como uma causa perdida, Jacob se desesperou pensou em matar você. Porque você no ponto de vista dele a matou. – Sam disse encolhido.

Minha garganta se fechou, me matar? Ele me odiou no primeiro momento a este ponto. Uma tristeza invadiu meu corpo.

- Sam, querido, chega... – pediu Emilly.

- Não... – minha voz falhou, pigarreei. – Continue Sam isso é muito importante para mim.

- Bom... Mas então quando ele estava prestes a cometer um grande erro, seu olhar se encontrou ao dele. Os mesmos olhos, uma cópia quase perfeita de seu amor perdido. E ai aconteceu. – Sam sacudiu os ombros.

- O que? – perguntei.

- O impriting Nessie. Todo ódio que ele sentia por você, se desfez e tornou-se um amor irrevogável e incondicional. Primeiro uma enorme onda de calor invade nosso corpo, muito semelhante a quando vamos nos transformar em lobo, mas é um calor agradável como o sol. E de repente nada mais é importante, tudo o que sentiu por qualquer outra pessoa é pequeno demais quando comparado a isso. Você não depende mais do universo para se manter vivo ou bem, só dessa pessoa. – Sam olhava Emilly com uma ternura tão grande, parecia um olhar tão íntimo cheio de carinho que cheguei a ficar envergonhada de estar ali.

- Eu... Eu não sabia que era assim tão forte. – sussurrei.

- Mas é Nessie, muito forte. Não há como lutar contra isso. É algo infinito e imensurável. Se você está feliz, ele também está. Se você está triste, ele também ficará. – Sam disse.

- E o que o Jacob é para mim? – não era bem uma pergunta para o Sam era mais para mim. Sempre vi o Jacob como um irmão, um amigo. Será? Lembrei-me daquela vez que eu quase o beijei. Impriting poderia ser apenas proteger e querer o bem de alguém não é?

- Ele pode ser o que você quiser Nessie. Isso só você poderá escolher. – Sam respondeu.

- Mas, e se eu não quiser nada, apenas sua companhia? E se de repente eu me apaixonar por outra pessoa? – isso poderia ser possível não é? Pensei.

- Mas isso é quase que impossível Nessie! – admirou-se Emilly. – Afinal, quem seria mais perfeito que o Jacob para ficar com você. Ele como se fosse sua alma gêmea, foi feito especialmente para você. Não me imagino com outra pessoa a não ser o Sam.

Fiquei em silêncio, não sabia o que dizer.

- Respondidas as perguntas? – perguntou Sam.

- Sim, agora está tudo muito claro. Agradeço muito a sua sinceridade. – sorri em resposta.

- Nessie, não pense que ninguém da sua família não contou porque achava que você não merecia saber. Seus pais lhe amam e querem te proteger, é isso. – Emilly disse.

- Mas eles sabem que em algum momento eles não poderiam mais como tampar o sol com a peneira. A verdade uma hora aparece. – Sam acrescentou.

- Como agora. – comentei.

- Exato. – Emilly concordou.

- Bom, sinto muito, mas tenho que ir, meu tempo aqui está se esgotando. E ainda quero muito ver o vovô antes de partir. – levantei-me.

- Você e nem os Cullen tem permissão pra vir aqui. Como conseguiu chegar até aqui? – questionou Sam intrigado.

Epa dos enormes.

- Bom vim meio que escondida... – quando Sam fez menção de abri a boca para o sermão, o interrompi rapidamente.

- Mas não se preocupem logo estarei em casa. Eu prometo. Só mantenham esse fato em segredo ok? – comentei.

Sam e Emilly trocaram olhares rápidos.

- Está bem Nessie. – os dois disseram juntos.

- Então vou indo. Quem sabe até algum dia? – disse um pouco triste.

- Com certeza. – Sam sorriu.

Entrei no carro, pisei firme no acelerador, sem olhar para trás. Odeio despedidas principalmente quando elas são para sempre.

Adentrei pela rodovia e tomei um grande susto quando me deparei com Alec do meio da pista. Estacionei o carro no encostamento. Antes que saísse do carro para falar com ele, Alec já estava do meu lado dentro do carro.

- Encontrou as respostas que procurava? – ele questionou.

- Sim. Mas antes de partir há mais alguém que eu quero muito ver. Depois irei sair daqui. – respondi.

Alec segurou meu rosto em suas mãos de pedra e olhou-me preocupado.

- Qual é o problema? – perguntei preocupando-me com a expressão de sua face.

- Temo por você, nosso tempo está acabando aqui. – ele sussurrou.

- Serei rápida. Eu juro. – aproximei-me um pouco mais dele.

- Te encontro na sua antiga casa em meia hora. – Alec abraçou-me e saiu do carro, deixando-me perdida com os meus pensamentos e sentimentos. Mas não tinha muito tempo para pensar nisso há alguém muito importante que quero encontrar.

Toquei a campainha duas vezes, até que pude ouvir uma agitação no interior da casa. Passos lentos e pesados. Quando vovô abriu a porta e me viu, um enorme sorriso lhe tomou os lábios.

- Nessie! Minha garota! Pensei que você... – antes que vovô terminasse o abracei.

- Não sabe a falta que você me faz vovô! – disse enquanto o abraçava.

- Vamos entre. – vovô acenou para trás. – Você chegou bem na hora do almoço.

Eu mereço, suspirei. Ele me serviu uma macarronada com almôndegas.

- E onde está Sue? – perguntei.

- Ela foi até Port Angeles, fazer umas compras. Preferi ficar. – vovô revirou os olhos.

Engoli algumas garfadas, preciso caçar urgente, pensei comigo mesma.

- E então Nessie? Bella também está ai? – perguntou vovô.

- Não, somente eu. E não tenho muito tempo, sabe como as coisas são. – sacudi os ombros.

- É eu sei. – respondeu vovô azedo. – Você me parece muito abatida querida, eles fizeram algo para você. Afinal eles não são normais.

Eu ri com comentário, não é normal para o vovô, mas para mim sim. A anormal lá sou eu.

- Eles me tratam bem vovô, eu é que não tenho dormido bem... – abaixei a cabeça.

- O que está havendo? – vovô perguntou na sua voz a preocupação era perceptível.

- Nada que deva lhe preocupar, está tudo resolvido e em breve estarei em casa. – disse enquanto tentava engolir um pedaço de almôndega.

Foram minutos muito felizes com o vovô, por mim ficaria aqui mesmo. Sentia-me segura e aquecida. Mas como tudo o que é bom dura pouco, tive que fazer o mais difícil. Dizer adeus. Conversamos sobre a escola, as pessoas que estudavam lá, sobre todos da família, Jacob...

- Vovô meu tempo se esgotou, se eu ficar aqui posso te trazer problemas. – levantei-me depressa, indo o mais depressa possível até a porta.

- Mas já? Nessie você acabou de chegar... – vovô disse triste, seguindo-me.

- Sinto muito vovô de verdade... Não sabe quanta falta eu sinto de você... – o abracei novamente.

- Eu também Nessie, têm sido dias muito difíceis... – ele abraçou-me fortemente.

Ao abrir a porta deparei-me com nuvens em tons escuros e forte ventania... Uma tempestade vinha por ai, típico. Forks não mudava nunca.

- Tem certeza de que irá agora? A chuva será daquelas... – vovô disse enquanto examinava o céu.

- Tenho sim vovô. – o abracei mais uma vez. – Adeus.

- Até logo. – vovô disse. – Mande um abraço a todos, diga a Bells para me ligar.

- Pode deixar. – sorri, antes de entrar no carro e dar a partida.

Era difícil dirigir, não pela forte chuva que caía tampouco pela escuridão da estrada. Minha visão era tão impecável quanto a de um vampiro. O que atrapalhava eram as lágrimas pesadas e contínuas que teimavam em cair. Não sabia o que fazer... Jacob me ama... Eu o amo, mas não sei até que ponto. Ele cresceu do lado, brincava comigo como meu irmão mais velho. Nunca o vi de outra forma. Ou será pelo fato de nunca pensar a respeito disso direito? Eu tenho mesmo que ficar com Jacob? Eu não tenho direito a ficar com outra pessoa?

Mas a Emilly mesmo disse que seria algo impossível, por que não ficar com ele?

Já estava na porta da minha antiga casa... A ausência da minha família dava um aspecto sombrio a casa, o jardim que havia na porta foi consumida pelas ervas daninhas, luzes apagadas. Fiquei ali olhando para o que restava da minha casa, local onde passei os momentos mais felizes da minha vida. Meu coração sangrava e cabeça parecia explodir de inúmeras perguntas sem respostas. Quando entrei na casa, Alec estava lá a minha espera como sempre paciente, belo e fatal. Foi nesse instante foi que percebi, foi um erro estar ali. Mas agora era tarde demais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

pronto amores o pedido de vcs é uma ordem ^^ continuem comentando =*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nightfall" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.