À Pátria Mãe com Amor escrita por RafaelSousaSam


Capítulo 2
Capítulo 2 - O dever nos chama?




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Moscou - Dia 29 de Junho de 1941 - 06:03

Raphael acordou mais cedo, tomou café e saiu de casa e foi trabalhar, e como sempre, com muita pressa, mas antes de ir para a biblioteca, passou perto do restaurante Cozinha Vermelha para ir ver o tal cartaz que seu amigo Pavel lhe havia dito.

Chegando lá, viu ele e outro homem conversando:

- Bom dia camaradas! - Disse Raphael para os dois

- Aí está meu amigo, o cartaz que eu havia lhe dito, sobre a tal guerra...

- Mas por que motivos eles invadiriam a União Soviética? - Perguntou o outro homem

- Não sei, mas de alguma forma eles arranjariam um. - Respondeu Pavel

No cartaz tinha vários soldados empunhando seus rifles e embaxio estava escrito "É nosso dever proteger a pátria-mãe". Cartazes como esses são muito comuns em Moscou e em outra cidades soviéticas, mas nesses últimos dias o número só aumenta, e qual o motivo para estarem colocando vários deles nas ruas moscovitas? Um só: A Guerra.

- Bom, gente, tenho que ir, daqui a pouco tenho que estar no trabalho, até mais! - Disse Raphael com um baixo tom de voz e començando a andar rápido

- Até mais Raphael - Respondeu Pavel

Ele estava apreensivo, agora que viu este cartaz tinha certeza que sua nação fora invadida, não sabia o que fazer. Foi para a biblioteca, mas no caminho cruzou com um soldado que fazia a ronda pela ruas e o perguntou:

- Guarda! Guarda! Pode me dar uma informação?

- Sim! - Respondeu o guarda

- Bom, é que ouvi falar que os alemães invadiram a União Soviética e que estão fazendo alistamento pro exército, é verdade?

- Não sei direito, esse tipo de informação não circula pelas ruas, seja quem for que esteja espalhando essa mentira, terá de ser preso!

- Como assim, não sabe direito? Não sabe se estão fazendo alistamento?

- Olhe camarada, se ficar me pertubando posso lhe prender, o senhor quer ser preso?! - Disse o guarde meio raivoso

- Não obrigado... - Respondeu Raphael baixando a cabeça e indo embora

Isso o deixou muito intrigado...

Chegou na biblioteca e começou a fazer seu trabalho, atendendo as pessoas no balcão, como sempre fazia. Até que era mais ou menos 11 da manhã Pavel chega na biblioteca e vai correndo em direção ao balcão e vai falar com Raphael:

- Raphael, Raphael, meu camarada, confirmei minhas suspeitas!

- O que, como assim? Fale baixo, aqui é a biblioteca!

- Olha, ali perto da praça, eu tava caminhando por ali, e estavam um grupo de soldados, eles estavam conversando, e justamente quando passei perto deles, falvam coisas como "Está sabendo que os alemães capturaram Minsk?" e depois outro disse "Sei, o exército deles agora está caminhando em direção à Stalingrado". E agora, tem certeza que nós não estamos em guerra?

- Bem... com o que você disse, agora não tenho mais dúvidas... Mas e você o que vai fazer?

- Não sei, como estou desempregado estava pensando seriamente em me alistar.

- O que? Vai se alistar, quer morrer assim tão cedo?

- Olha eu não tenho nada a perder, estou desempregado, minha mãe à beira da morte... Quer que eu faça o que? Que os alemães tomem nosso país e nós viremos prisioneiros deles? É melhor morrer lutando pela nação do que ficar vivo e ser escravo de gente de fora!

- Só sei que você está louco! - Disse Raphael à Pavel

Nesse momento Sylvia entra na biblioteca, e vai na direção do balcão e vai falar com Raphael:

- Oi Raphael, vim devolver o livro, desculpe por não vir ontem.

- Sem problema Sylvia!

- Bom tenho que ir, depois a gente se fala, até mais Raphael! - Disse Sylvia saindo pela porta principal da Biblioteca

- Quem é ela? - Perguntou Pavel

- Ela é... bom... uma velha amiga... - Respondeu Raphael

- Sei... Só amiga, pela sua cara você queria ser mais que um amigo.

- Ah, para com isso Pavel! - Retrucou Raphael

- Olha camarada, tenho que ir, até mais, e pensa no que eu disse...

Pavel também saiu, e Raphael ficou pensando sobre a guerra, alistamento. E no meio de todos esses pensamentos, veio Sylvia em sua cabeça, se essa guerra chegasse até Moscou algo de ruim poderia acontecer com ela, e ele estava disposto a protegê-la.


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