Set a Goal (our Way) ! escrita por Agome_Higurashi


Capítulo 10
Shock!


Notas iniciais do capítulo

Eu não consigo conciliar o meu tempo D:Obrigada por todo apoio, Hibari-san e Nanda ^o^ (Eu sei que pode ser repetitivo,mas honto ni arigatou mesmo n.n)



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Eu estava de frente para a diretora, sentindo um enorme desconforto. Para onde foi toda a minha coragem? Toda aquela confiança foi parar onde?!

—Bem Monami-san, vejo que está muito tensa. Relaxe,eu não mordo. – e deu mais um daqueles sorrisinhos cheios de um misto de ironia e zombação.

Como eu não disse nada, ela continuou:

—Como já deve imaginar, eu liguei para a sua casa. O seu pai já está sabendo de tudo.

Engoli em seco, não lembrava do meu pai ter voltado de viagem, mas se ele tinha voltado, a surpresa que ele recebeu não foi nada boa. Entretanto, ela havia me chamado só para jogar isso na minha cara?

—Ok, não vou enrolar – ela disse por fim – Você está me dando tédio – e fez uma cara de decepção.

Meu sangue subiu. Definitivamente aquilo era abuso de poder! Essa escola é uma máfia! Minha vontade era de pular naquela mesa e arrancar fio por fio daquele cabelo loiro que balançava “suavemente”! Mas isso foi só no meu interior, pois o meu exterior permanecia inalterável.

—Pelos relatos declarados, acredito que você se meteu em uma bela encrenca. Você é uma pessoa extremamente azarada,viu? – “fale algo que eu não sei” eu pensei - Mas esses problemas são só seus. Eu só quero ouvir a sua versão. Vamos, conte-me tudo – e voltou a pousar o seu delicado queixo em suas mãos entrecruzadas, apoiadas no cotovelo sobre a mesa, tendo sua expressão adquirido uma expressão de tédio.

—Não acho que o que vou dizer vai ser muito diferente do que você ouviu do Furederich*—kun e Ryu-kun – comecei - O que simplesmente aconteceu foi que devido ao descuido do Ryu-kun, ele acabou derrubando coffee milk no meu agasalho e eu tive que tirá-lo. E logo após,o professor implicou comigo - dei uma pequena pausa e recomecei a relembra da minha “maravilhosa” manhã – Então, na cerimônia de abertura, eu acabei sentando entre o Furederich-kun e a sua irmã e infelizmente havia um chiclete grudado lá. E tudo o que o Furederich-kun fez foi me emprestar o agasalho dele para amarrar na minha cintura. No fim, o professor responsável acabou implicando conosco e houve uma pequena confusão, fazendo com que eu esteja aqui.

Voltei a respirar compassadamente, esperando alguma reação dela. Ela se recostou na cadeira e refletiu. Depois de um tempo voltou a se pronunciar:

—Você tem um caso com esses dois meninos?

Eu quase cai da cadeira com essa pergunta. De tudo o que ela poderia me perguntar, ela me pergunta isso?!

Mas tudo o que respondi foi:

—Não, senhora.

—Hum... -refletiu ela mais um pouco – Não sabia que o Ryu tinha tara por garotas de óculos.

Eu enrubesci, ficando toda desconcertada>

—N-N-N-ão é-é nada d-d-d-isso! – tentei explicar, me exaltando – Ele só não concordou com a injustiça que estava sendo feita s-s-sobre mim!

—Ai, ai Monami, queria ter eu essa sua sorte. Ser disputado por dois garotos lindos e populares. Que injustiça! – e fez biquinho.

—Você ouviu algo do que eu disse?!!!

Ela deu uma gargalhada, foi aí que percebi sua intenção.

—Só estou brincando bobinha! – e piscou para mim – Eu sei que o Ryu tem essa mania de defensor, de ser “O Justiceiro”. Por isso que ele vive na minha sala – e sorriu, tentando transparecer uma falsa inocência.

Eu queria morrer! Eu estava vermelha como um tomate. Respirei irregularmente por um tempo, tinha me exaltado demais. Aquela bruxa tinha conseguido finalmente me tirar do meu estado normal, eu tinha certeza que ela estava se divertindo agora.

De repente, uma batida na porta pode ser escutada. Levantei-me automaticamente, agradecendo a *Kami-sama.

—Você já pode sair Monami. Adorei essa pequena conversa com você! – e deu uma piscadela para mim. Dirigindo-se para a porta em seguida, disse – Entre.

E de trás da porta um monstro apareceu. Ele olhou com uma cara de superior para mim, tendo aquelas safiras adquirindo um olhar maligno, mortal, o de sempre.

—Ora, ora, que pontual! – exclamou felicíssima a diretora, fingindo não notar a tensão que se estabelecia em sua sala.

—Com licença – disse rapidamente e tratei de ir embora, mal encostando a porta na minha pressa.

Estava retomando a minha conversa com aquela mulher enquanto voltava para sala. Realmente havia odiado aquilo! Quando cheguei na porta da minha sala reparei em algo, não havia mais nada preso na minha cintura! Não queria confirmar, mas quando passei a mão na parte de trás da minha saia, senti aquela textura desagradável espalhada por um bom pedaço da saia.

Recomecei a fazer o trajeto novamente para a sala da diretora, torcendo para que o pior não acontecesse. Mas aconteceu.

Refiz todo o trajeto e nada de casaco. Acabou que eu estava novamente na frente da sala da diretora. Ouvi um barulho estranho e como eu não consegui segurar a minha curiosidade, eu espiei pela fresta aberta na porta que eu acabara por deixar aberta na pressa de ir embora. Arrependi-me. Fiquei chocada com o que vi e ouvi:

O sensei se encontrava na cadeira, de costas para o meu campo de visão, mas conseguia ver perfeitamente aquela mulher sentada em seu colo. Eu também via duas mão em volta da cintura dela, aproximando-a o mais próximo dele.

—Você não acha que está se achando demais para o seu primeiro dia na escola? – disse a diretora agarrada no pescoço dele – Você sabe o que esse emprego significa para você, não é?

A resposta dele não pôde ser ouvida, então ela se aproximou e o beijou, sussurrando em seu ouvido em seguida. Após isso ele tocou-lhe a face, contornando com seus dedos o rosto dela. Ela fechou os olhos e quando os abriu, parecia olhar na minha direção.


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Notas finais do capítulo

-Kun = equvalente a -san para meninos
Kami-sama = Deus