Set a Goal (our Way) ! escrita por Agome_Higurashi


Capítulo 11
A new step!


Notas iniciais do capítulo

Sem mais enrrolações, demorei demais u.úAqui está:



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Afastei-me rapidamente na porta, com a mão sobre a boca. Se o meu casaco estava lá dentro, era algo que não queria verificar. Refiz novamente os passos, estando na frente da porta da sala de aula em questões de poucos minutos.

De frente para a porta eu estava ofegante. Mil questões surgiram na minha cabeça, mas uma principalmente me atordoava: “Será que ela me viu?”

Então percebi através do vidro da porta que Murakawa-sensei já estava se retirando. Ele também percebeu que eu estava do lado de fora e logo reconheci o seu olhar preocupado. Eu já estava me preparando para falar só o necessário.

Após fechar a porta atrás de si, ele perguntou o esperado:

—O que aconteceu?

—Hum...Tive uns problemas hoje. – e forçando um sorriso, completei rapidamente – Mas já resolvi eles.

Como esperado, a sua face continuava preocupada.

—Não se preocupe! – persisti - Dei um jeito!

Ele olhou para os lados e antes de se dirigir para a próxima sala, disse apreensivo:

—Sabe que pode contar comigo.

—Sei – afirmei sem olhar para ele, afinal, não queria que ele visse a culpa em meus olhos.

Logo após eu entrei na sala.

Como sempre, ela estava barulhenta. Não podia haver uma troca de professores em que eles não parassem de falar. Bem, isso não foi de todo ruim, eu consegui sentar em meu lugar sem direcionarem olhares para mim. E eu também não podia esquecer que a minha saia estava com um belo chiclete grudado nela. Foi então que lembrei que o casaco esquecido não era meu. ”Ai,*Kami-sama, eu só posso ter feito algo muito errado para você me maltratar dessa maneira! O que eu faça agora?!”, pensei.

—*Eto...Está tudo bem?- uma voz apreensiva surgiu de trás, me obrigando a reorganizar os meus pensamentos.

—Ah! Gomen, Sousuke-kun! – desculpei-me, lembrando-me que ele não sabia o que estava acontecendo e tentei parecer mais animada – Eu só estava refletindo sobre umas bobagens.

—Você parece perturbada.

—Gomen ne, não queria te preocupar. Mas já está tudo resolvido!

Vi pela sua expressão que ele estava confuso e não havia se convencido disso, mas de qualquer maneira ele engoliu essa minha falsa animação.

—Você perdeu a aula, q-quer as minhas anotações? – ele gaguejou um pouco e me estendeu timidamente o seu caderno, mas percebi que ele estava tentando o seu melhor. Sorri, feliz por finalmente encontrar alguém com quem contar.

*Arigatou!— e peguei o caderno estendido – Posso levar para casa?

—Sim – concordou timidamente meu mais novo amigo.

Comecei a folhear o caderno e me assustei.

—UAHHH~~~~ Murakawa-sensei passou muita coisa! E eu não entendi nada! Ainda bem que hoje não temos mais aula com ele.

—S-Se quiser, e-e-u te explico – ofereceu-se Ryu

Surpreendi-me, ele realmente estava se esforçando!

—Sério?! Tudo bem para você?

—Bem, eu não sei se c-c-consiguirei, mas posso tentar.

—Muito obrigada Sousuke-kun! – sorri.

A parte da tarde percorreu sem mais problemas. Mas isso não foi o suficiente para me fazer esquecer tudo o que aconteceu. Definitivamente não prestei atenção nas aulas, minha mente estava longe, tentando resolver meus problemas que decidiram vir todos de uma vez.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

O sinal anunciando o final das aulas havia tocado, em vez de guardar o material, resolvi começar a copiar a lição que eu havia perdido, pois de qualquer jeito eu teria que permanecer na sala.

Despedi-me de Sousuke, que ficou claramente intrigado em ver que eu não tinha guardado meus materiais e nem mostrava sinais de sair da sala logo, mas resolveu não perguntar nada.

Percebi que a sala estava em completo silêncio, então resolvi olhar para trás. Encontrei somente uma pessoa que ainda se encontrava lá e ela olhava com seus olhos cor de mel diretamente para mim. Ruborizei instantaneamente, desviando o olhar. Então ouvi um barulho de cadeira sendo arrastada e de passos vindo na minha direção, um pavor tomou conta de mim. E se ele me perguntasse o que aconteceu? Será que eu deveria comentar o que eu vi depois que saí da sala? E como explicar o que aconteceu com o casaco dele?!

Mas tudo o que aconteceu foi ele sentar ao meu lado e permanecer quieto. Eu não sabia o que era pior: ele me abordar com perguntas ou permanecer aquela tensão no ar.

De repente alguém abriu a porta ruidosamente, já esbanjando presença.

—Mas que droga! Eu deveria estar voltando para casa agora! E o pior, não somos nós que devemos limpar a sala hoje, mas vamos ter que fazer isso!

É, o Ryu realmente chamava atenção.

Ele foi até o final da sala – no lugar que antes estava sentado – e recolheu seu material. Depois se dirigiu para frente, mas ao contrário do que eu esperava (que era ele se sentar na carteira ao lado de Furederich), ele se sentou atrás de mim, no lugar do Sousuke. Senti-me totalmente desconfortável, pois eu não estava acostumada com presenças brilhantes e chamativas (ele conseguia demonstrar isso até estressado!).

Ele na verdade havia se jogado na cadeira, contrariado. Ótimo! Agora o clima de tensão iria aumentar. Mas...

—Foi legal da sua parte se aproximar daquele menino - assustou-me Ryu, quebrando o silêncio e já voltando com sua típica voz sonolenta.

—Ele... Não é como as pessoas pensam – disse demonstrando meu desconforto, mas tentando manter um diálogo.

—Sim, já esperava por isso. Assim como você – então olhei para ele e me surpreendi ao me deparar com um sorriso brilhante. Não pude deixar de sorrir também.

Depois de um tempo, ele tentou arriscar conversa de novo.

—Ei, cara estrangeiro, da onde você é? – Ryu agora se direcionou para o colega ao meu lado.

Furederich não parecia nem um pouco desconfortável, mas parecia estar desprezando a situação em que estava.

—França – respondeu, claramente tentando terminar o assunto ali.

—Uau! – assobiou Ryu, e, ignorando a má disposição de Furederich, continuou – Mas você fala japonês tão bem!

—Minha mãe é mestiça e veio para o Japão muito pequena. Nascemos na França, mas visitávamos o Japão frequentemente. Meu pai também tinha um grande interesse por esse país.

—Seu pai também é francês? – perguntei, me sentindo meio boba, já que ele parecia claramente um francês.

—Sim.

—Você disse nascemos? –Perguntou Ryu intrigado

—Eu e minha irmã.

—Ela também estuda aqui?

—Sim.

—Em que ano ela está?

—Primeiro.

—Hã? – Ryu estava confuso – Quantos anos ela tem?

—Ela é minha irmã gêmea – ele respondeu com uma pontada de estresse em sua voz, como se aquilo parecesse óbvio.

—Em que sala ela está? – perguntei, tentando entrosar.

—Não sei.

Aquela indiferença dele realmente me assustava.

—Ela é parecida com você?

—Sim – me intrometi - Por mais que sejam bivitelinos, se parecem bastante. Ela é bem bonita – completei sem pensar, dizendo mais para mim mesma.

Reparei que Furederich me observava. Depois me toquei, corando em seguida, que o que eu disse também poderia se referir a ele.

—Você conhece ela Yumi-chan?!

A surpresa me atingiu em cheio, fiquei sem palavras. Yumi-chan?! Agora eu não era mais Monami, mas Yumi-chan? Ele sabia meu primeiro nome?! Eu estava realmente espantada!

Afirmei positivamente com a cabeça. Ele ignorou meu atordoamento e continuou:

—Tem alguma coisa haver com os acontecimentos que ocorreram com você?

—Sim – atropelou Furederich, seco – Ela sentou entre nós na cerimônia de abertura, na cadeira com o chiclete.

—Chiclete?! – ele olhou para mim, com os olhos arregalados.

Confirmei novamente com a cabeça, timidamente.

—Foi por isso que você estava com um agasalho na sua cintura!

—Se não fosse por Furederich-san... – comecei, sem conseguir terminar.

—Que azar! – exclamou Ryu – Você não deveria ter saído de casa hoje!

Concordei, sorrindo:

—Talvez. Mas se eu não tivesse saído, talvez eu não tivesse me aproximado do Sousuke-kun agora, nem estaria falando com vocês – isso saiu sem pensar e foi um tanto egoísta também! Percebendo isso, tentei concertar – M-Mas eu não teria colocado vocês em uma péssima situação, desculpe.

—Está tudo bem! Vendo por esse lado, foi algo bom, não é Furederich?!

Não queria que Furederich fosse obrigado a concordar com isso, pois pelo humor dele podia se concluir que ele não estava gostando disso.

Mas ele somente suspirou:

—Sim – e colocando o braço sobre a carteira, apoiando sua cabeça, dirigiu-me um leve sorriso.

Sorri automaticamente, realmente olhando por esse lado, algo realmente aconteceu!

Mas como tudo o que é bom dura pouco, logo depois a porta se abriu, mostrando aquele monstro novamente.

Meu sorriso desapareceu, bem como a boa atmosfera que tinha se formado com tanto empenho. Ele olhou para mim, um arrepio percorrendo a minha espinha. Mas mantive o olhar, sentindo-me mais forte agora. E que viesse o pesadelo!


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Notas finais do capítulo

*Kami-sama = Deus
Eto = é tipo um: ahn.../bem.../como se fosse uma pausa
Arigatou - obrigado (a)
Bem,acho que não vai adianta eu e jusficar,mas...É que eu fui viajar e antes disso eu acabei dando prioridade para a minha nova fic D: Gomen ç.ç Ah,e Hibari-san,desculpa demorar para te adicionar como amigo, é que eu nem sabia que eu tinha sido convidada e.e (preciso aprender a mecher direito no nyah ¬¬) Obrigada, novamente, pelo apoio Hibari-san e Nanda =3



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