In My Head escrita por IsabelNery


Capítulo 4
Rosa: Ativada


Notas iniciais do capítulo

Aí vem a loira! Depois dela tem mais um, e depois vocês vão entender a história. Boa leitura, nos vemos lá em baixo.



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NOME: ROSA MARTINS COSTA FIORE 

NASCIMENTO: 27/01

IDADE ATUAL: 17 anos

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Traduzido do Espanhol

Barcelona, Espanha

P.O.V. Rosa

 

Acordei com o toque incessante do meu celular. 

Quem é o futuro defunto que está ligando pra mim às sete horas da manhã? E mais importante ainda, numa segunda?

Abri os olhos, peguei o celular e olhei o visor: Amanda. Ótimo, o que aquela vadia quer?

— Alô? 

— Oieeeee, levanta agora! Sai dessa cama que o dia tá lindo, e você tem aula. – É incrível como alguém pode ter tanta animação tão cedo pela manhã.

— E quem disse que eu vou para aquela merda de colégio?

— Eu, né. Ah, abre a porta para eu comer. – Como? Eu ouvi direito? A cachorra tá na minha casa? Desliguei o celular e joguei na cama. Coloquei minhas pantufas e saí do quarto. Desci as escadas e abri a porta. Um vulto passou por mim e entrou na casa.

— Bom dia pra você também, quer entrar? – Falei sarcasticamente

— Muito engraçado. Cadê a comida? E por que você ainda tá de pijama? - Entrou na cozinha. Pegou uma tigela, uma colher, a jarra de leite e uma caixa de cereal. Misturou tudo e começou a comer como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Por que você está aqui? – Perguntei séria

— Bem, além de morar na casa ao lado, ser sua melhor amiga, e que temos prova de matemática hoje, nada demais.

— Prova? Que prova?

— aff, benção, a prova de matemática, você tá quase em recuperação por culpa daquele idiota.

— Não chama ele assim, ele é lindo! – Realmente, Guilherme, meu namorado, é lindíssimo. Olhei para o relógio da parede, 07:30. Ótimo, teria que tomar um banho correndo.

— Ei coisa, vou me arrumar. – Falei e subi correndo, a intrusa tava muito ocupada com o cereal e procurando algo na TV para se entreter nesse meio tempo para me dar alguma atenção. Entrei no meu quarto e corri pro banheiro. Tomei banho com meu shampoo de morango. Quando saí pus uma toalha cor-de-rosa. E fui decidir qual roupa iria usar. Acho que demorei um pouco, porque Amanda já estava aos gritos. Por fim, coloquei uma calça jeans, uma camiseta de manga comprida, uma sandália anabela bege. Peguei meu casaco e minha mochila. Desci e dei de cara com uma pessoa nada feliz.

— Já são 8:30, vem logo. – Falou me arrastando pelo braço até a porta.

— Calma, tá bagunçando meu cabelo. – Me entregou um embrulho

— Coma, fiz um sanduíche pra você.

— Caloria de manhã nem pensar, querida. – Começamos a andar até o colégio, ele ficava a 1 Km de nossas casas. No caminho, ela mesma comeu o tal sanduíche. E em meio a isso, tentou me explicar o assunto da prova, nessas horas é bom ter uma amiga nerd.

Avistamos o portão, mas tínhamos que entrar pela porta dos fundos para não sermos pegas pelo coordenador de pátio, Teddy Bochcan, uma vez que já estávamos quase atrasadas. Ele era um antigo "inimigo", se é que posso assim chamá-lo. Desde a infância existe essa competição boba que ele leva a sério até hoje. Tudo começou quando eu tinha 5 anos e “acidentalmente” derrubei meu sanduíche misto em seu colo, desde então, ele tem infernizado parte da minha vida.

Voltando pra realidade, quando eu falei porta dos fundos, esqueci de mencionar que ela fica depois de um muro enorme. Pra minha felicidade, ao lado do muro havia um limoeiro, era um pouco mais baixo que o muro, mas, era melhor que nada. Amanda ficou olhando a área para ver se alguém chegava, e minha pessoa encarou a árvore, porque toda árvore tinha galhos altos? Agora, eu vou ter que escalar essa coisa. E ainda havia gritos da nerd para eu me apressar. Por que eu vi com meus sapatos altos hoje mesmo? Sei lá, só sei que consegui segurar um galho com minha mão, como ele era alto comecei a dar pequenos passos na árvore, e subir a mão para outros galhos. Até que cheguei ao topo da árvore, minha amiga já estava atirando limões em mim. Olhei para o pátio e me preparei para pular de uma altura de cerca de 2 metros, saí do limoeiro e fiquei em cima do muro cinza. Depois saltei. Acho que torci meu pé. Nota para eu mesma no futuro: Parar de usar sapato alto no colégio. Esperei algum tempo e minha amiga pulou.

— Você era escoteira? Eu levei meia hora pra subir. – Ela apenas me encarou com certa ironia.

— Não, mas eu vim de tênis. – Ouvi um barulho, Teddy devia ter escutado o pouso nada suave de Amanda.

— Vem – Puxei a mão dela e entramos pela porta dos fundos. Nessa situação, meu cabelo mais parecia um ninho de passarinho. Sei que escutamos o sinal tocar bem na hora.

— Que horas é essa prova mesmo? – Perguntei, nem tinha me tocado, e já eram quase 9:00.

— Para sua sorte, no último horário.

— Se a prova é no último horário, por que diabos você me acordou ás sete da manhã?! – Perguntei com raiva. Tinha ido dormir de uma da manhã vendo vídeos de tutoriais de maquiagem.

— Porque eu gosto de te irritar e tem apresentação do trabalho de geografia depois do almoço.

— Que trabalho?? – Ótimo, além da prova, ainda tinha essa merda de trabalho.

— O que eu não queria apresentar sozinha, agora vai pra sua aula de biologia. – Encarei com ódio por alguns segundos, até que ela foi embora. Foi aí que percebi, todo mundo tinha ido embora, eu estava sozinha no corredor.

— Algum problema, senhorita Martins? – Ninguém menos que o Bochcan aparece.

— Não Teddy, já estou indo. – Virei as costas, comecei a andar.

— Mais respeito comigo, para você é Senhor Bochcan. – Falou e eu revirei os olhos.

Após isso, tentei correr até meu armário, se é que dava para correr em meu estado. Chegando lá peguei alguns livros e fui pra sala. O resto da aula foi uma tortura. Por um milagre, o sinal tocou para o almoço, eu parecia uma louca procurando Amanda. Mas, fazer o quê? Eu tinha uma prova e uma apresentação. Onde aquela coisa foi se meter???

Meu celular tá vibrando, chegou uma mensagem

DE: AMANDA

PARA: ROSA

Auditório, agora!

 

Beleza, quem quer atravessar um colégio inteiro? Sem escolhas, andei apressadamente pelos corredores. Até o auditório, antes que chegasse lá, uma mão cobriu minha boca, e outra segurou minha cintura, e me arrastou para a sala onde se “controla” o auditório. Eu estava de costas para a pessoa e não pudia vê-la, tinha certeza de uma coisa: Não era Amanda.

Por mais, que eu tentasse me soltar, gritar, fazer qualquer coisa. Não conseguia. Não sei como o desgraçado conseguiu trancar a porta.

— Calma, vou lhe soltar se você prometer ficar quietinha. – Murmurou. Assenti, quando me virei, ali estava Lorenzo. O irmão gêmeo de Teddy. Ele era meu melhor amigo, e muito mais bonito que seu irmão. Lorenzo não era nerd feito Amanda, era um cara legal, mas que se preocupava com os estudos e, principalmente, com os amigos. Foi ele que me ajudou com a questão do sanduíche anos atrás. Tínhamos uma coisa em comum: Nós dois odiávamos Teddy Bochcan.

— Por que você me trouxe até aqui? – Perguntei

— Fala mais baixo, foi ideia da sua amiga. Se abaixe. – O fiz, e nós dois olhávamos o auditório pelas brechas da grande janela. Não sabia o por que de estar fazendo isso. Mas parecia uma idiota. E o que Amanda tinha a ver com isso? Foi aí que ouvimos a porta do auditório antes vazio abrir-se.

— Quem entrou? – Não conseguia ver

— Psiu, observe. – Fixei meus olhos na pior cena da minha, lágrimas inundaram meu rosto, e eu segurava a mão de Lorenzo cada vez mais forte. Não podia ser. Isso devia ser uma brincadeira de mau gosto. Devia, mas não era. Amanda estava certa desde o começo. Meu namorado era um cachorro. Bem na minha frente, com meus olhos eu o observava aos amassos com Miranda Floyer. A representante de turma.

Enquanto eu chorava, eles estavam “quase” transando no auditório deserto.

— Vamos, temos que sair daqui – Lorenzo sussurrou, e me pegou pela cintura. Eu estava em choque. Tudo que conseguia pensar era nas flores, nos bilhetes, em tudo que aquele desgraçado me mandava. O que eu fiz? Eu era a namorada perfeita. E estávamos juntos há quanto tempo? Um mês? Dois no máximo. Mal percebi que estava no colo de Lorenzo e ele tinha me carregado por uma longa escadaria. Foda-se o teste de matemática e a apresentação do outro trabalho. Só queria ir embora desse lugar. E agora. 

— Quer que eu te leve pra casa? Você não está em condições de aparecer em público. – Assenti. Fomos sair pelos fundos.

— Você consegue andar? – Perguntou

— Claro. - Não seria tão débil a esse ponto. Escalamos a árvore e ele me acompanhou até minha casa. É incrível como todo mundo entra nela sem ser convidado.

— Como? Quem? Cadê Amanda? – Minha mente começava a processar.

— Amanda lhe avisou desde o começo, mas, você nunca acreditou. Então ela ouviu Guilherme e Miranda combinando isso durante a aula de espanhol. Aí ela tentou mandar uma mensagem pra você, mas o Teddy disse que não se pode usar celulares no corredor, e a mandou a diretoria. No caminho ela me mandou um torpedo, sobre o que estava acontecendo e o que deveria fazer. Não entendi quase nada. Mas consegui chegar a tempo. Eu sinto muito.

— E agora ela ainda está lá?

— Sim, ela vai dizer que você está com gripe. – Olhei pro relógio, 13:02. Precisamos sair, meu pai chega daqui a oito minutos, e ele disse que se me vir faltando aula mais uma vez, vai me mandar para um colégio interno.

— Vamos, meu pai vai chegar. – Escondemos nossas mochilas, e ouvimos barulho de carro. Saímos por trás. Corremos bastante dentro da plantação do vizinho. Ele veio de uma fazenda, e estava acostumado com hortaliças e verduras. Plantou um monte, parece um sítio. Chegamos ao centro, era um local que nós marcamos com uma grande pedra.

Não tinha comentado antes, mas não é que eu tenha Amanda e Lorenzo como amigo e seja uma das excluídas da sala. Eu me considero certamente popular, acontece que raramente as meninas vem para a aula, apenas vão quando é uma prova de recuperação para filar dos nerds. Ou quando combinam algo com meninos, como Guilherme e Miranda. E dos meninos, Lorenzo é o mais próximo de amigo que tenho, Guilherme era meu namorado. Mas, nosso namoro era, digamos “aberto”. Por exemplo o resto dos meninos eram ficantes ou algo mais. Porém tinha uma regra bem clara nisso: Apenas era “aberto” durante festas, sem exceções. Voltando a realidade, o fazendeiro que eu sempre esqueço o nome começou a gritar. Fudeu, hora de vazar. Segurei sua mão e corri me esgueirando dentre a plantação. Após algum tempo, não se ouvia gritos. Tínhamos chegado ao fim do seu quintal.

Carros, conversas, passos, cigarros, sons normais para Barcelona. Era o que ouvíamos. Eu não tinha a menor ideia de lugar para ir, e parecia que Lorenzo também não. Por um tempo, demos algumas voltas numa praça, caminhamos contra o fluxo de pessoas de terno. Já estava entediada há horas, quando ele disse que era melhor irmos para sua casa, ele disse que o Teddy ficava na escola á tarde. Pegamos um metrô, andamos um quarteirão e chegamos. Só pra lembrar, eu ainda estava de sapato alto.

Lorenzo não morava num bairro onde todo mundo fazia o que queria como eu, ele morava numa casa “normal”. Eu havia perdido a noção do tempo, olhei pro pequeno relógio vermelho em cima da sua cama. 17:12, só precisava chegar em casa às 19:00, por que meu pai inventou a “hora do jantar”. E, outra coisa, Lorenzo não tinha somente Teddy como irmão, ele tinha mais três. Diogo e Martin, completaram 20 e 18, respectivamente, mês passado, havia Lorenzo e Teddy, que assim como eu tinha 17 anos. E o mais novo, Manuel, 3 anos, amava ele.

Estavam na casa do meu amigo, sua mãe, Manuel, e nós. Acho que passamos uns 15 minutos lá, antes de ele dizer que Martin e Diogo iam chegar da faculdade. Não sabia como eles conseguiram passar no vestibular, tinha certeza que aprontaram alguma coisa. Infelizmente para Lorenzo, eles chegaram.

— Oi maninho, finalmente você tá andando com gente interessante. Não aguentava mais aquelas piranhas. – Falou Martin

— Já estamos saindo, tchau. – Lorenzo disse me puxando pelo braço, correndo dali.

— Cuidado e tenha juízo, não perca essa daí, ela vale ouro, literalmente. – Martin gritou de dentro da casa e começou a gargalhar em seguida. Nós estávamos descendo as escadas para o metrô. Nos esprememos dentre o tumulto, era a conhecida hora do rush. Alguns minutos, e eu já estava enjoada, esse troço não parava de balançar. Finalmente saímos e voltamos para os sons de costume. A cidade escura, iluminada por luzes e pela lua. Caminhamos por algum tempo, mas, na frente da minha casa, encontrava-se o cachorro do meu ex-namorado.

— Rosa, minha vida! O que fazes com este vira-lata? – Falou a criatura.

— Pra sua informação não sou sua coisa nenhuma, e este é meu melhor amigo, tenha respeito. Ele o merece, ao contrário de você. Caso você não saiba, pode voltar para as suas vadias, que já acabou.

— O que ele colocou na sua cabeça? Eu te amo, meu amor. - Minha mente estava pipocando, Guilherme era um ator. Todas flores, bilhetes, presentes, gestos, beijos, tudo que ele fez, foi pelo dinheiro. As cenas de hoje de manhã invadiram-me completamente. Só queria acabar com essa situação, queria ele longe de mim, da minha vida.

Num gesto rápido, puxei Lorenzo pelo colarinho, e lhe dei um beijo demorado, e ele pediu para aprofundar com sua língua, abri espaço. Me sentia mal, estava usando meu amigo para que meu ex saísse dali. Paramos, para recuperar o fôlego.

— O que ainda está fazendo aqui? Vá embora da minha casa. – Falei pra Guilherme. Ele bufou, e saiu de cabeça baixa, andando lentamente, até sua casa no final do quarteirão.

— Melhor você ir, obrigado por tudo. – Disse

— Tchau Rosa, até amanhã. Ei, agradeça a Amanda por mim. – Já tinha esquecido aquela nerd. Ele me deu um abraço e um beijo no rosto, depois foi embora. E eu? Bem, fiquei ali, parada, olhando ele partir, até que não conseguia mais enxergar. Sem demoras, entrei em casa. 18:40, fui pro banho.

No jantar, meu pai e minha mãe falavam sobre negócios e viagens. Papai era dono de uma editora e minha mãe era reitora de uma das faculdades de Barcelona.

— Sabe Teresa, recebi uma ligação do colégio de Rosa, diziam que ela faltou algumas aulas hoje. Pode nos explicar o por que?

— Olha pai, eu não faltei nada. – Menti, havia saído da escola depois do almoço e cheguei bem tarde.

— Tudo bem, e como foi a aula hoje? – Desta vez foi minha mãe

— Boa. – Aí veio um dos empregados, e disse: - Telefone para a senhorita.

— Com licença – Disse e atendi.

— Alô?

— Meu amor, vou lhe dar outra chance.

— Aff, vê se me esquece, e não liga mais. – Desliguei e voltei a mesa. Depois que todos terminaram de comer fomos para os quartos. Minha janela estava aberta, o vento batendo, as cortinas balançando. Quase tomei um susto quando vi uma figura sentada na cadeira.

— Oi.

— O que você está fazendo aqui? – Era Guilherme, com uma faca na mão.

— Ora, estou visitando minha namorada.

— Vá embora agora! Não sou mais sua namorada, você perdeu esse direito quando me traiu. – Por que raios eu não tinha trancado a porta?

— Ui, a garotinha mimada quer mandar em mim. Passou a tarde toda fugindo de mim, também, depois do que aquela vadia aprontou. – Apontou para o outro lado do quarto onde Amanda estava amarrada a uma cadeira. Tentei ir ao seu encontro.

— Parada, mais um passo e sua amiguinha morre. Agora, vem pra cá. Vamos, mexa-se. Sente aqui. – Deu uns tapinhas no seu colo. Andei lentamente até lá. E me sentei. Estava com muito medo.

— Olha, minha gatinha obediente. Dá um beijinho.

— Quem você pensa que é para entrar assim na minha casa. E mandar em mim?

— Sou seu namorado, e estou com sua amiga. Agora, me dá um beijo e me obedece ou ela morre. – Conforme dito, colei meus lábios com os do canalha. Logo, sem permissão, ele aprofundou-o. Eu já não possuía mais fôlego, e quando ele pôs uma mão dentro da minha blusa, parei o beijo.

— Não. – Disse

— Qual é gatinha? Você já é bem grandinha.

— Fala sério, por favor, volta para as outras e me deixa em paz.

— Não tem outras!! Aquela vadia inventou tudo isso, ela não gosta de mim, quer me ver longe de você meu amor. – Até que ele é um realmente um bom ator.

— Então faça o seguinte, volte para a sua casa, e solte Amanda.

— Não posso, eu te amo. - Ele disse enquanto brincava com a faca

— Faria qualquer coisa que eu pedisse.

— Sim - falou com um olhar de súplica nos olhos

— Então se mate. - Sua cara se fechou completamente

— Não. Façamos o seguinte: Você transa comigo, e eu vou embora, deixo a vadia da sua amiga viva. – Golpe baixo, não esperava menos desse canalha.

— Vai mesmo embora? E Amanda vai ficar bem? – perguntei

— Sim, meu bem.

— Tá bom, mas largue essa faca. – Deitou-me na cama. Depois, tapou minha boca e meu nariz com um pano. A última coisa que me lembro antes de apagar foi ouvir um grito fino. Amanda.

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Frio. Acordei num lugar estranho. Tudo era branco, e congelante. O frio era cortante. Onde eu estava?

Ouvia alguns murmúrios, olhei pro lado e vi um garoto conversando com uma menina.

Quem são aqueles? Como diabos vim parar aqui? Eu quero voltar para casa.

— Me tirem daqui! – Ordenei para eles, crianças. Me olharam assustados. Foi aí que percebi, eles também não tinham ideia de onde estavam.

Flashes de ontem à noite me vieram à cabeça, o que aconteceu ontem? Eu desmaiei, mas, e depois? Será que Guilherme teve coragem de me estuprar? E Amanda, estava viva? Como estaria Lorenzo ? Papai?Mamãe?

Quero meu mundo de volta, minha vida. Mas, como sairia dali se eu nem sabia onde estava?


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Notas finais do capítulo

Foi mal a demora, eu tava na semana de provas, e prometo que o próximo capitulo vai sair mais rápido!Por favor, deixem rewies, comentem o que estão achando da fic, o que precisa melhorar!Até o próximo cap., beijinhooos!!



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