In My Head escrita por IsabelNery


Capítulo 19
Experimentos do Alaska


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!



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P.O.V. 3ª Pessoa

Rosa acordou achando que estava em uma vida pós-morte, Tyler dormia ao seu lado e levou alguns segundos para ela reparar que estava numa espécie de “jaula” com ele. Tudo que se lembrava era de ter perdido todos os sentidos e do frio imenso.

Estavam com as roupas cinzas e, pelas grades metálicas, pode ver uma espécie de laboratório, quando viu um vulto entrar na sala, se deitou novamente e fingiu que estava dormindo, mas estava tão apavorada que queria chorar.

— Well done, Russell! Good boy, who’s the good boy? Yes, it’s you! (Bom trabalho, Russell!! Bom garoto, quem é o bom garoto? Sim, é você! )– Um homem falava com um Husky siberiano. – Didi they Wake up? Let’s do it?their body temperature it’s already normal. Come on, Russell!! (Eles já acordaram? Vamos acordá-los? A temperatura de seus corpos já está normal. Vamos, Russell!) – Rosa o escutava se aproximando junto com o cachorro, não tinha a mínima ideia de como eles seriam acordados, mas cada passo que o homem dava parecia ser uma agulha injetada em seu peito. Até que “BAM”, Tyler gritou e se levantou tão rápido que bateu a cabeça na jaula, fazendo um galo enorme, Rosa se estremeceu por completo, ficou em um estado de choque que não conseguiu respirar por algum tempo, simplesmente havia se esquecido de como o fazia.

— Good morning! It was a pleasure to save you from the death. You know, it was kind of a funny history, Russell was walking and then he start to “scream”, well by the way that dogs can scream, whatever, I came there and what I found, two beautiful bodies, it was perfect! So, you are here since it. But I’m curious, what the hell were you two thinking when decide to go to the snow with light clothes and just lay there, waiting for die? Did you wanna die? Was that a suicide? (Bom dia! Foi um prazer salvar vocês da morte, Vocês sabem, foi uma história meio engraçada, Russell estava andando e começou a “gritar”, bem pelo modo que os cães gritam, tanto faz, eu cheguei lá e o que encontrei, dois lindos corpos, tão perfeito! Então, vocês estão aí desde então. Mas eu estou curioso, o que diabos vocês dois estavam pensando quando decidiram ir para a neve com roupas leves e apenas se deitar lá, esperando pela morte? Vocês queriam morrer? Foi um suicídio?)– O homem usava um jaleco estranho, todo podre e de uma coloração verde esmeralda. Usava um óculos bastante estranho, pois havia apenas uma lente e cobria um olho só, a armação se apoiava no lado do nariz, na orelha e ainda na testa. Seu cabelo era azul, mas não um azul pintado todo estragado, porém um tipo de azul neon que mais parecia da textura das águas-vivas. Seus olhos eram horripilantes, sua íris era branca, uma espécie de cinza tão claro que dependendo da luz, só se via a pupila. Ele tinha um corpo muito franzino, e andava encurvado. Enfim, ele era estranho, e era aterrorizante para Rosa e Tyler.

— I’m waiting (Estou esperando).

— Ahh, err, it wasn’t a suicide, we just.. got lost. (Ahh, err, não foi suicídio, nós apenas.. ficamos perdidos.)– O homem lhes olhou de cima a baixo, “avaliando” se devia ou não acreditar, mas depois de um tempo, decidiu que não importava.

— Ok, You must be hungry, here, eat! (Ok, vocês devem estar com fome, aqui, comam!)– Abriu uma portinha da jaula e enfiou dois pratos cobertos por uma massa pastosa amarelada. – Acctually, I really like your clothes, who made it? I hardly could saw you int the snow, the only thing i saw was your yellow hair. (Na realidade, eu realmente gostei de suas roupas? Quem as fez? Eu dificilmente consegui vê-las na neve, a única coisa que eu vi foi seu cabelo amarelo.) – Realmente, o cabelo de Rosa era perfeito, loiro brilhante, começava liso e terminava em grossos cachos perfeitos, e mesmo assim, Rosa ficou apavorada com a afirmação e quase engasgou com o mingau.

— What do you want from us? (O que você quer de nós?)– A voz rouca de Tyler sibilou em meio ao ar.

— Well my dear, in this times, life is getting hard.. and solitary. I used to have friends while the war was happening. A lot of jews came, all of them with fear in the eyes and in the soul. I did some experiments, but they didn’t made it. Maybe you do. (Bem meu querido, nesses tempos, a vida está ficando difícil... e solitária. Eu costumava ter amigos no tempo que a guerra ocorria. Vários judeus vieram, todos com medo nos olhos e alma. Eu fiz alguns experimentos, mas eles não sobreviveram. Talvez vocês sobrevivam.) – Rosa estremeceu e Tyler apertou sua mão bem forte. Os cabelos do cientista pareciam faíscas puras, e nenhum dos estrangeiros sabia para onde ele estava olhando, pois seus olhos eram estrábicos demais. – Do you wanna be my friends? (Vocês querem ser meus amigos?)

— What you will do to us? (O que você fará conosco?)– Tyler perguntou com a voz mais forte, e um pouco sombria.

— It’s up to you, if you want to be my friends, I’ll do something, and if you do not want to, so I’ll do another thing. (É a sua decisão, se vocês quiserem ser meus amigos, eu farei uma coisa, e se vocês não quiserem, então eu farei outra coisa.)

— And what these things are? (E o que são essas coisas?)

— You are a smart boy, but like you don’t answer my question, I am considering you not my friends. Come on, Russell, we have a lot of work to do with they. (Você é um garoto esperto, mas como vocês não responderam minha pergunta, eu estou lhes considerando não amigos) – Ele saiu da sala com o cachorro lhe seguindo, e assim que a porta se fechou, Rosa começou a chorar, Tyler a abraçou, mas não chorou, em vez disso, observou cada peça do laboratório, estava tentando fazer um plano, ou vários deles, cada um para determinada situação, mas ele não estava esperando pelo que iria acontecer consigo. A porta foi escancarada, e o cientista voltou, carregando uma caixa na mão.

— Excuse me, sir, but what day is it? (Com licença, senhor, mas que dia é hoje?)

— Today it’s the 3th of april of 1949. (Hoje é 3 de abril de 1949)

— Thank you, and what is your name? (Obrigado, e qual é o seu nome?)

— You are really curious, but you can call me Jacques. (Você é realmente curioso, mas pode me chamar de Jacques.)– O cientista tirou de dentro da caixa várias gerigonças que não tinham sentido algum, eram apenas fios, moldes, engrenagens, tubos, e até mesmo uma espécie de toca-discos. Tyler  se acalmou um pouco e começou a analisar um meio de sair dali. Jacques começou a encaixar tudo, construindo uma máquina nova, seu rosto era sombrio, porém nele estava um sorriso de prazer, sádico?

O cachorro rodopiava de um lado para o outro, Rosa começou a rezar para si mesma, e Tyler continuava a montar um plano, poderia fugir quando abrisse a gaiola? Será que ele abriria gaiola? E se abrisse para onde fugiria? – Eram muitos ses e serás, mas continuou, até que Jacques parou. O cientista veio em direção à jaula e perguntou: So, who is coming first? (Então, quem virá primeiro?) – Ambos ficaram calados, embora Tyler quisesse se oferecer. – Ok, come on, pretty girl. (Ok, venha garota bonita.)– Rosa ficou em estado de choque.

— Let me go in her place, please. (Me deixe ir em seu lugar, por favor)– Jacques encarou Tyler, mas por fim abriu a jaula com um pouco de raiva.

—Don’t take so long. (Não demore muito) – Tyler saiu e Jacques o mandou andar à sua frente, pois lhe seguia pelas costas segurando uma máquina de choque na mão. Fez com que Tyler sentasse em uma cadeira e amarrou suas mãos.

— OK, don’t be scared, and blah, blah, blah, i will just do a little brainwash. (Ok, não se assuste, e blá, blá, blá, eu só vou fazer uma pequena lavagem cerebral.) – O Americano engoliu em seco, enquanto um capacete era enfiado na cabeça e o cientista colocou o toca-discos para funcionar com músicas velhíssimas para eles, e da moda, para Jacques. Quando este foi apertar o botão para ligar a máquina, um martelo bateu em sua cabeça e ele desmaiou no chão, estava tão desacostumado a esse trabalho, que deixou a jaula aberta, Rosa levou muito tempo, mas quando criou coragem, saiu da jaula pegou a primeira coisa que viu no chão e tacou na cabeça do maluco, soltou Tyler, este colocou o cientista na jaula e o trancou. Russel começou a latir, ele não era um cachorro normal, saliva escorria em excesso de sua boca, e seus olhos reviravam. Tyler pegou um martelo e a máquina de choque e foi em direção ao cachorro. Russel deu um pulo feroz, mostrando suas garras e dentes afiados, Tyler lhe deu um choque e recebeu parte do mesmo, o cachorro possuía peças de metal, assim que recuou, Tyler lhe deu uma grande martelada, e depois dessa, vieram várias, até que “sangue” verde escuro escorria pelo cachorro e este nada fazia, por fim, o colocou na jaula com seu dono trancou-a e se virou para Rosa.

— Thanks! (Obrigado!) - E lhe deu um abraço de urso.

— Vamos salir de aqui. (Vamos sair daqui)– Ele concordou, mas como sairiam se estava congelando lá fora? – Vamos. (Vamos)– Eles andaram pelo laboratório, pegaram dois casacos do cientista, mas tudo parecia fácil demais, a adrenalina estava aumentando em seus corpos, afinal, será que isto estava acontecendo mesmo ou será só um sonho e o cientista está os controlando? – Tyler se perguntava e fez questão de ficar preocupado, para aumentar ainda mais a adrenalina em seu corpo. Rosa tentava respirar devagar, aparentava estar mais calma, porém isto era só por fora. Encontraram a porta, a empurraram com força e após muitos rangidos, finalmente cedeu. Saíram andando na neve, sem ter muito que fazer, às vezes conversavam, o frio era grande e o suportaram. Estavam acostumados ao quarto frio, e com casacos, suportavam essa temperatura. O sol ainda estava no céu, sem esquentar, é claro, e isso ainda borbulhava na cabeça de Rosa, afinal, como o sol pode não esquentar? Mas deixava esse pensamento de lado e voltava a andar ao lado de Tyler, não faziam ideia de por quanto tempo estariam assim, já estavam no automático, e começara a ficar cansativo. Andaram por uma hora ainda, quando escutaram o barulho de animais, correram, mas ao som cessar, voltaram ao ritmo calmo. E no final, adormeceram na neve, com fome, frio e com o sol brilhando no Alaska.

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Filipe acordou primeiro, como na maioria das vezes, desta vez, porém, haviam ganho o que parecia ser um presente dos deuses divinos para eles: Um controlador de temperatura. Era apenas um controle remoto que estava na parede, bastava apontar pra qualquer lugar e apertar em aumentar ou diminuir, isto estava escrito em três línguas: Português, Espanhol e Inglês, e possuía os graus em Celsius e em Fahrenheit. O português viu que estavam a 9 C, e aumentou para 25 C, Tyler acordou com o calor, mas ficou tão feliz com o controle que imediatamente acordou as meninas, estas pularam de felicidade e foram ao banheiro juntas. Como eram de lugares diferentes, estavam acostumados a temperaturas diferentes, mas resolveram que 20 C estava adequado a todos.

— So, where have you been? (Então, por onde estiveram?)– Tyler perguntou.

— It was kind of crazy, we went to Australia, and you? (Foi um pouco louco, nós fomos para a Australia, e você?)– Filipe disse.

— We were at Alaska with an insane scientist. (Nós fomos ao Alaska com um cientista insano)

— Wow, let’s eat! (Uau, vamos comer!)– E se dirigiram a sala das refeições e nos pratos cinzas estavam ovos com panquecas. Depois se dedicaram a exercícios, como nunca se sabe o que esta por vir, é melhor estar sempre preparado. Tyler os treinou, mandou fazerem flexões, abdominais, subirem e descerem a parede de escalada e ele os acompanhava na maioria das vezes. A vida estava boa novamente, pelo menos possuía algum tipo de qualidade e não havia mais choros, eles apenas se conformaram, se adaptaram a medida do possível a viver com 3 estranhos e não ter a menor noção de tempo. Afinal, há quanto tempo estavam ali?

— Vamos fazer uma pausa, por favor. – Isabelle estava completamente acabada, ela não tinha o menor costume de praticar exercícios.

— Vou falar com Tyler. – Filipe disse e se levantou. – Hey Tyler, let’s take a break? Belle is really tired, we can come back after lunch. (Hey Tyler, vamos fazer uma pausa, Belle está realmente cansado, nós podemos voltar após o almoço.)

— Oh, you can take a break, of course, but i’ll continue with Rosa. (Oh, vocês podem fazer uma pausa, é claro, mas eu vou continuar com Rosa) – Saiu sorrindo e deu um grito – ROSA, ARE YOU READY?? (ROSA, VOCÊ ESTÁ PRONTA??)– A loira deu um pulo de medo, mas conseguiu responder: More than you, I bet. (Mais que você, pode apostar) – E foram competir na escalada.

A brasileira mal conseguia se mexer, Filipe cuidou dela, trouxe água, e o almoço que estava na sala de refeições. Comeram na beliche de baixo, Filipe devolveu os pratos para o quarto de refeições, mas antes de voltar, escutou o grito de Isabelle e correu. O buraco negro voltara, Rosa e Tyler correram antes dele e foram para uma beliche, mas Filipe estava lá, no meio do quarto em choque, subiu numa cadeira, e lá ficou. Isabelle pulou para a beliche onde Tyler e Rosa estavam, a brasileira começou a ficar desesperada.

— FILIPE! PULE PARA CÁ! – Ele se ajeitou da melhor forma que pode e pulou. Sua mão conseguiu agarrar a grade da cama, mas o seu impacto na mesma foi muito grande, e fez com que Isabelle caísse da cama, direto no buraco, Tyler tentou segurá-la mas acabou sendo levado junto e Rosa ajudou um Filipe desesperado que chorava copiosamente a subir na cama. Mas este segurou a mão da espanhola e se jogou no buraco, dentro do quarto apenas restou o eco de um grito, uma promessa: BELLE!

 


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