All I Want Is You escrita por Nunah, imagine
Ponto de vista: Annabeth
Sabe, eu já não aguentava mais. Apolo me mandava descansar de cinco em cinco minutos, mas quem disse que é possível isso acontecer quando seu marido está nas mãos de um assassino? E que uma das únicas pessoas que poderiam nos ajudar está lá, preso com ele, provavelmente na mira de uma arma? E, pior, que essa pessoa é o seu sogro?
- Mãe...
- Apolo não te mandou dormir, menina?
- Como se eu conseguisse...
Ouvi minha mãe suspirar.
- Ok. É o seguinte, eu não quero mais ficar aqui, não consigo, não sabendo que eles podem estar mortos.
- Annabeth!
- O que é? É verdade, mãe, você sabe disso. Temos que fazer algo.
- Eu tenho que fazer algo, você tem que fazer terapia – pude vê-la revirando os olhos.
- Ah sim, claro, e eu vou aceitar muito isso.
- Annabeth, aonde quer chegar?
- Eu vou fugir daqui, você vem? – percebi que ela iria começar a protestar, puf puf, sempre bancando a certinha – Eu só vou conseguir fazer a porra da terapia em paz quando souber que ele pagou pelo que fez, ok?
Ela suspirou.
- Ok.
[...]
Nós corríamos pelo estacionamento do hospital como duas desesperadas fugitivas de um hospital e da polícia. Porque é o que nós somos. Enfim.
- Vamos logo. Apolo vai me matar. Droga!
Ela parou bruscamente no meio dos poucos carros.
- O que? O que houve?
- Como é que nós vamos? – ela repetia, com as mãos na cabeça, virando-se, como se procurasse algo.
Aliás, eu não tinha a mínima ideia de como ela estava bem assim, ela não tinha sido ferida no abdomen todo?
E, naquele momento, comecei a achar que ela tinha super poderes. Credo.
- Que tal... Pegarmos um táxi? – falei, como se fosse óbvio.
- Ah sim, com qual dinheiro?
- Mãe, você já matou não sei quantas pessoas e não quer fazer uma coisinha de nada, como... Mentir e sair de um táxi sem pagar?
- Pensando bem... – ela sorriu e deu de ombros – É um caso de vida ou morte mesmo; táxi! – ela chamou.
Sorri.
- O tempo longe do trabalho está afetando sua mente...
- Cala a boca e entra no carro – ela disse, mas sorria. Essa é minha mãe; você nunca sabe quando ela fala sério, pelo menos, comigo é assim.
Ponto de vista: Poseidon
- A gente vai morrer.
- A gente não vai morrer – falei, revirando os olhos. Mas, até eu estava começando a duvidar.
- Quem disse?
- Percy. Vai dar tudo certo.
- Pai, você, mais do que ninguém, sabe que nem tudo dá certo no final.
Suspirei. Fechei os olhos.
- Sim. Eu sei, Percy, eu sei.
- Acha que elas vêm. Não acha?
- Estou começando a me questionar... Além de que, se elas não virem, vai ser melhor. Nós não morremos, elas não morrem, etc.
- Mas, você já pensou na possibilidade de sermos mortos sem elas? De eles armarem uma armadilha? Pai?
- Acho que devíamos parar de pensar nisso e esperar o que vai acontecer... Sabe, pensar nunca foi pra mim. Vamos rezar para não termos visitas...
Percy suspirou.
- Ok.
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