Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 6
A reunião - parte 1




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Depois de voltarem da casa de Sesshoumaru, onde aconteceu a uma malfadada festa de aniversário, InuYasha, Kagome, Shippou e Genku tinham chegado em casa, mas o assunto das aventuras heróicas de Shippou não era esquecido.

KAGOME – Amanhã conversaremos com mais calma. (depois ela olha para InuYasha) – Eu vou colocar Genku na cama e depois vou me deitar.

INUYASHA – Ta! Eu vou bater um papo com Shippou.

KAGOME – Ótimo! (ela da um tapa na cabeça de Shippou) – Vê se coloca um pouco de juízo nesse doido.

SHIPPOU – Hunf!

Depois de dar esse sermão no filho adotivo, Kagome guiou Genku para o andar de cima da casa, onde ficava seu quarto, já que desde que InuYasha ficou paraplégico, o quarto do casal ficava no andar de baixo, para facilitar sua movimentação, enquanto observava a esposa levando o outro filho adotivo, InuYasha olhou para Shippou.

INUYASHA – O que tinha na cabeça quando resolveu pegar meu uniforme?

SHIPPOU – Eu juro InuYasha! Eu não queria, mas precisava de um disfarce e o seu estava á mão.

INUYASHA – Olha Shippou! Essa vida de herói eu conheço bem! O preço que se paga é alto e as recompensas são muito poucas.

SHIPPOU – Estou fazendo isso para ajudar Soten e...

INUYASHA – Não minta para mim! (gritando) – Você não está fazendo isso apenas pela Soten! Você quer saber os seus limites, não é? Eu sei disso porque já senti o mesmo.

Shippou nada responde para o pai, mostrando que InuYasha estava certo sobre as motivações do rapaz.

INUYASHA – Sabe que Kagome irá proibi-lo de usar novamente o uniforme de Motoqueiro Noturno.

SHIPPOU – InuYasha! Sabe muito bem que isso não acabou! Agora que sei que essa gente está atrás de Kagome, estou mais convicto de que tenho que continuar a usar esse uniforme. (ele o encara) – Eu posso ver nos seus olhos que sabe que estou certo.

INUYASHA – Temos uma reunião amanhã! Caso não consigamos nada, pensarei no seu caso. (ele se afasta do filho) – Agora trate de descansar.

InuYasha foi para seu quarto deixando Shippou um pouco contrariado, já que pensava que poderia ter o apoio do pai e enquanto isso, no andar de cima, Kagome, sentada na cama, conversava com Genku que já estava deitado na mesma cama.

GENKU – Mamãe! A senhora vai ser prefeita?.

KAGOME – Pelo menos é o que pretendo. (sorrindo)

GENKU – Se a senhora for prefeita, vai ficar mais tempo fora de casa, não é?

KAGOME – É! Não posso negar isso, mas sempre terei tempo para você. (ela faz cócegas na barriga do menino) – Agora tenho que ir e você tem que dormir cedo! Amanhã tem aula. (ela olha o porta retrato com a foto de Kouga e Ayame na cômoda) – Trate de orgulhar Kouga e Ayame.

GENKU – Eu mal me lembro deles.

KAGOME – Claro que não querido! (ela passa a mão no rosto dele) - Você era muito pequeno na época! (ela se levanta) – Agora chega de papo! Amanhã é cedo. (ela da um beijo na testa dele) – Boa noite querido.

GENKU – Ta! Boa noite, mamãe.

Kagome mandou outro beijo de longe para Genku e em seguida saiu do quarto do menino, ela era uma mãe exigente, mas ao mesmo tempo compreensiva e carinhosa, como se quisesse compensar sua infertilidade com amor para o filho adotivo, assim como fez com Shippou.

KAGOME – Mas como filho da trabalho.

Kagome riu de si mesma por aquela observação e quando estava descendo as escadas para o andar superior, seu celular começa a tocar, ao olhar no visor, reconhece o número do celular de Sango, preocupada que pudesse ter acontecido algo de ruim com Tamira, ela atendeu imediatamente.

KAGOME – Sango!? (ela entra no quarto do casal onde InuYasha já estava) - Está tudo bem com Tamira?

SANGO – Está sim! Não se preocupe.

KAGOME – Que bom! (ela coloca a mão no fome e depois olha para InuYasha) – Tamira está bem.

INUYASHA – Que boa notícia. (depois Kagome volta a dar atenção á Sango)

KAGOME – Sango! Vocês duas já estão em casa?

SANGO – Não! O Zakira acha que é melhor ela passar a noite aqui.

KAGOME – Ele deve saber o que faz! (sorrindo) – É muito bom seu namorado ser pediatra de sua filha! Une o útil ao agradável.

SANGO – Não posso negar isso. (sorrindo) – Mas não foi para falar de Tamira que eu liguei para você e sim para saber se está bem! Eu soube do que aconteceu hoje mais cedo.

KAGOME – Nem me fale! Passei um susto danado, mas amanhã na reunião eu conto as coisas com mais detalhes! Temos novidades.

SANGO – Eu também tenho novidades sobre a minha investigação! Na reunião te conto! Vemos-nos amanhã.

KAGOME – Ta! Até amanhã.

Kagome desliga o celular enquanto observava InuYasha se esforçando para deitar na cama.

KAGOME – Não quer ajudar, amor?

INUYASHA – Não! Não! Fique onde está! Eu preciso fazer isso sozinho.

Devido à paralisia nas pernas, InuYasha fazia o máximo esforço para não se mostrar inútil, mesmo nas pequenas coisas, mas em nenhum momento InuYasha deixou que esta situação afetasse seu comportamento, aceitando seu estado e lutando para melhorar.

INUYASHA – Viu? (já deitado) – Eu consigo.

KAGOME – Mas é claro que consegue. (se deitando do lado dele) – Eu te admiro tanto.

INUYASHA – Eu sei! As sessões de fisioterapia que a Shiori comanda estão me fazendo me sentir melhor. (ele da um tapa em uma das pernas) – Eu estou começando a sentir de volta a sensibilidade nas pernas! (ele da um beijo na esposa) – Você vai ver! Um dia vou voltar a andar.

KAGOME – Eu sei que vai, amor! Você tem fibra para conseguir vencer esse desafio e ser exemplo para muitos.

INUYASHA – Mas no momento quero ser exemplo só para você.

InuYasha puxa Kagome contra sim deixando bem claro o que ele estava querendo da esposa.

KAGOME – Eu estou cansada, mas ainda tenho um restinho de energia.

INUYASHA – É bom saber disso! Melhor trancar a porta.

Kagome se levanta da cama e vai trancar a porta para que ninguém os incomodasse, em seguida volta rapidinho para os braços do marido a fim de terem mais uma noite de amor e enquanto isso na clinica, depois de falar com a amiga, Sango voltou para o quarto onde Tamira estava internada, a menina estava sendo examinada por um médico amigo de Zakira, a ex. detetive se aproxima do pediatra.

SANGO – Tem certeza que ela está melhor? (observando o médico examinando a filha)

ZAKIRA – Relaxe Sango! Hekki é um infectologista renomado! Tamira está em boas mãos.

SANGO – Eu nem sei como te agradecer! Você tem sido tão bom para nós duas.

ZAKIRA – Sabe muito bem que é um prazer ajudá-las. (dando um beijo nela) – Eu sei que é inútil pedir que vá para casa e descanse.

SANGO – Sim! É inútil! Só saio daqui com minha filha.

Hekki tinha finalmente acabado de examinar Tamira e em seguida ele se aproxima de Sango e Zakira.

HEKKI – Eu ainda não descobri a causa da alergia, por isso dei alguns medicamentos, mas acho prudente ela passar a noite aqui! Caso ela apresente algum efeito colateral, já estará em boas mãos.

SANGO – Claro doutor.

ZAKIRA – Eu vou pedir que um enfermeiro providencie que coloque uma outra cama no quarto de Tamira, assim poderá ficar o tempo todo com sua filha.

SANGO – Isso vai ser muito bom! Obrigada mais uma vez.

ZAKIRA – Vamos, doutor Hekki.

Zakira e Hekki saíram do quarto e nisso Sango aproveitou que estava sozinha com a filha e foi falar com ela.

SANGO – Se sente melhor, Tamira? (a menina responde afirmativamente com a cabeça) – Que bom! Mamãe ficou preocupada com você.

TAMIRA – Me desculpa mamãe.

SANGO – Desculpá-la pelo que, querida?

TAMIRA – Eu não queria ser tão doente assim e...

SANGO – Não fale isso querida. (ela abraça a filha) – Você não tem culpa de nada! O Zakira vai tentar descobrir o que você tem. (ela da um beijo na testa da filha) – Agora tente dormir.

TAMIRA – Ta!

Sango coloca um cobertor em cima da filha e em seguida se senta na cadeira ao lado da cama, onde Tamira estava deitada, á espera da outra cama.

DIA SEGUINTE

Sango tinha passado a noite na clínica á espera da recuperação da filha, na verdade ela tinha dormido com a roupa do corpo e quando finalmente desperta, ela tem uma surpresa ao virar o rosto para ver a filha.

SANGO – Tamira! Onde está a minha filha?

Sango viu o leito vazio e se levantou imediatamente e saiu do quarto á procura da filha e ao dobrar o corredor, ela da de cara com Zakira guiando Tamira pela mão, a menina estava muito sorridente e ficou mais ainda ao ver a mãe.

TAMIRA – Oi mamãe.

SANGO – Tamira. (ela abraça a filha) – Onde você estava? Eu fiquei preocupada quando não te vi na cama! Pensei que tinha piorado ou coisa assim.

ZAKIRA – A culpa foi minha, Sango! Eu estava presente no quarto quando Tamira acordou! Quando a vi que estava bem, resolvi que era melhor deixá-la descansar e por isso levei Tamira para tomar ar fresco.

SANGO – Zakira! Deveria ter me avisado ou pelo menos ter deixado um bilhete.

ZAKIRA – Sango! Eu fui até lá fora! Aqui pertinho! Eu não levei sua filha para o outro lado da cidade.

SANGO – Mesmo assim preciso saber o tempo todo onde está Tamira.

ZAKIRA – Tudo bem! Eu só queria que descansasse um pouco, mas já que quer assim. (ele olha para Tamira) – Está entregue, princesa.

TAMIRA – Obrigada doutor.

Zakira se afasta de Sango e Tamira para voltar até sua sala, percebendo que foi um pouco dura com o namorado, Sango se manifesta.

SANGO – Espera, Zakira! (indo até ele)

ZAKIRA – Sim.

SANGO – Desculpe-me! Eu não queria ser grossa ou mal agradecida! A verdade é que tenho medo de ser uma mãe relapsa! Fiquei nervosa e descontei em você! Não fique bravo comigo.

ZAKIRA – Bravo com você? Isso nunca! Nós somos humanos e esses desentendimentos acontecem, mas se acha que é uma mãe relapsa, o que eu não acho, deveria cuidar mais de si mesma, assim ficará melhor para tomar conta de Tamira.

SANGO – O que quer dizer com isso?

ZAKIRA – Deveria se dedicar menos ao trabalho! Seja o que for que esteja investigando nesse seu novo trabalho de detetive particular, está afetando sua saúde! Lembre-se que não está mais sozinha! Você tem uma filha que precisa de cuidados.

SANGO – Acho que você está certo! Desculpe-me novamente.

ZAKIRA – Eu a desculpo com uma condição.

SANGO – Condição? (sorrindo) – Qual é?

ZAKIRA – Um jantar e pode levar Tamira junto! O que acha?

SANGO – Claro! Combinado.

ZAKIRA – Ótimo! Apanho as duas ás oito.

Zakira, sorridente, voltou para sua sala enquanto Tamira voltou a pegar na mão de Sango, a ex. detetive sorriu para a filha.

TAMIRA – Podemos voltar para casa, mamãe?

SANGO – Nós já vamos.

Sango guiou a filha para fora da clínica e a levou direto para seu carro que estava estacionado ali perto e quando já estavam dentro do veículo, Sango usou seu celular para falar com Jinenji.

SANGO – Capitão.

JINENJI – Sango! Como está sua filha?

SANGO – Ela está bem. (olhando a filha no banco de trás) – O senhor está no departamento?

JINENJI – Não propriamente! Estou no momento do lado de fora! O secretário de segurança promoveu uma entrevista coletiva onde a imprensa abordará o caso do estrangulador das meias de nylon! Isso aqui vai virar um circo.

SANGO – Até imagino! O senhor vai participar da reunião?

JINENJI – Eu não sei! O secretário está pegando no meu pé! Até já usou o “Assuntos Internos” para me investigar! Sango! Ele me deu um prazo para que eu capture esse bandido, caso contrário, ele me demite.

SANGO – Puxa! Eu não sabia que a pressão era tanta em cima do senhor.

JINENJI – Mas eu nem me esquento! (ele vê Guy fazendo gestos para ele) - Continuo fazendo meu trabalho, mas agora tenho que ir.

SANGO – Cuide-se, capitão.

JINENJI – Você também.

Jinenji desliga seu celular e vai até Guy para ver o que ele queria.

GUY – Senhor! O secretário quer a sua presença na coletiva! Na verdade ele quer a presença de nós dois.

JINENJI – Mas por quê?

GUY – Acho que ele não quer assumir a culpa sozinho.

Percebendo que não tinha como escapar daquilo, Jinenji foi até o local onde Rakusho, secretário de segurança, estava sendo entrevista, Rakusho interrompe a entrevista ao avistar Jinenji e Guy se aproximando.

RAKUSHO – Aqui estão Jinenji, o capitão do departamento e também Guy, o detetive responsável pela investigação.

Jinenji e Guy pareciam meio constrangidos com aquela situação, eles não estavam preparados para aquilo, assim os jornalistas começaram a fazer perguntas.

REPORTER – Capitão Jinenji! Como o senhor explica a incapacidade da polícia em prender um simples homem?

JINENJI – Esse homem seja quem ele for não tem nada de simples! Muito pelo contrário, é um homem muito esperto.

REPORTER – Isso nem precisava explicar, já que ele fez todo o departamento de polícia de bobo. (sorrindo)

JINENJI – O senhor está rindo? Dez mulheres morreram de forma brutal e a única coisa que sabe fazer é debochar do nosso trabalho? É isso que chama de jornalismo? Acha que está fazendo um bom trabalho para a sociedade?

Jinenji ficou um pouco alterado diante daquela atitude do repórter, mas aí Sesshoumaru apareceu e respondeu no lugar do repórter.

SESSHOUMARU – Com todo respeito capitão! O dever do jornalista é noticiar o fato e comentar, se a sociedade se revoltar ou ficar passiva, isso é problema dela, e sim capitão! Isso é jornalismo sim! O dever do jornalismo é mostrar o que está errado, pois para mostrar o que está certo, há publicidade como seu chefe tentou fazer dessa coletiva.

JINENJI – Do que está falando?

SESSHOUMARU – Essa coletiva foi uma tentativa tola do prefeito Ryukosei de justificar sua incompetência no quesito segurança.

JINENJI – Eu quero que todos saibam que não me importo de isso vai prejudicar a campanha do prefeito! Continuarei fazendo o meu trabalho do mesmo jeito! Com prudência e correção! Não podemos acusar um inocente! Eu não faço isso! Esse não é meu trabalho.

Diante da explanação de Sesshoumaru, o capitão Jinenji se retira da coletiva, muito irritado, Rakusho assume o microfone para responder ao jornalista.

RAKUSHO – Eu quero dizer uma coisa a todos! Caso não saibam, o senhor Sesshoumaru é filho de Inutaicho, que foi um adversário político do prefeito Ryukosei.

SESSHOUMARU – O senhor não está contando nenhuma novidade, senhor secretário.

RAKUSHO – Senhor Sesshoumaru! Em vez de criticar o tempo todo, não seria melhor a imprensa mostrar soluções para os problemas?

SESSHOUMARU – Senhor secretário! Só haverá soluções para os problemas se a gente criticar o tempo todo.

RAKUSHO – A entrevista acabou.

Também irritado, Rakusho saiu do local ignorando as várias perguntas que os repórteres insistiam em fazer, ao entrar no departamento de polícia, o secretário percebe que seu celular estava tocando, ele respirou fundo antes de atender, já sabendo quem era no outro lado da linha.

RAKUSHO – Senhor prefeito.

RYUKOSEI – Mas que diabos foi essa coletiva? (olhando a tela do computador por onde viu a entrevista coletiva)

RAKUSHO – Senhor! Eu queria separa sua figura com a do departamento! Mostrar que apesar do seu empenho, o departamento não conseguiu fazer o trabalho, mostrar que a culpa pela insegurança não é do senhor! Achei que seria uma boa estratégia.

RYUKOSEI – Mas não foi! Aconteceu justamente o contrário! Gakusajin usará isso contra mim.

RAKUSHO – A culpa foi de Sesshoumaru! Ele teceu críticas pesadas quanto á sua administração e a opinião dele tem um grande peso se levarmos em conta que a política não é a especialidade dele.

RYUKOSEI – Quanto á Sesshoumaru, pode deixar que dele eu ‘cuido’ depois.

RAKUSHO – O senhor não está pensando em fazer algo contra ele?

RYUKOSEI – Não contra ele e sim contra sua reputação, mas isso e assunto meu! Agora escuta uma coisa, Rakusho! Não quero mais que faça planos mirabolantes sem a minha permissão, estamos entendidos?

RAKUSHO – Sim senhor.

RYUKOSEI – Outra coisa! Soube que estabeleceu um prazo para Jinenji pegar o estrangulador, isso é verdade?

RAKUSHO – Sim senhor! Precisamos de resultados logo, por acaso o senhor é contra?

RYUKOSEI – Não sou! Fez bem em estabelecer um prazo, mas devia fazer isso depois de falar comigo! Não gosto que ninguém trabalhe nas minhas costas.

RAKUSHO – Claro senhor! Isso não se repetirá.

RYUKOSEI – É bom mesmo, Rakusho! Apesar da nossa longa amizade, não hesitarei em demiti-lo.

Ryukosei, muito irritado, desligou o celular deixando Rakusho muito nervoso, pois também podia ser demitido e enquanto isso Sango estacionou seu carro em frente ao local que era seu escritório particular.

SANGO – Fique aqui que a mamãe volta logo! Só tenho que pegar umas coisas minhas.

TAMIRA – Ta.

Sango da um beijo em Tamira e depois sai do carro, ao fazer isso ela percebe que Onigumo estava na porta do seu escritório, fato que chamou a atenção de Sango.

SANGO – Onigumo?! O que faz aqui?

ONIGUMO – Te esperando.

SANGO – Olha! Eu estou com um pouco de pressa, minha filha está no carro. (ela abre a porta do seu escritório) - Caso não se importe em falar enquanto pego minhas coisas. (ela entra no escritório)

ONIGUMO – Ok!

Ao entrar no escritório da detetive particular, Onigumo percebeu que o local era uma bagunça só, com pilhas e pilhas de papeis, uma desordem total, que só piorava quando Sango remexia tudo enquanto procurava algo.

ONIGUMO – Não acha que deveria contratar um ajudante?

SANGO – Sei me virar sozinha. (sem olhar para ele)

ONIGUMO – Poderia usar o dinheiro de Miroku e...

SANGO – Isso não! De jeito nenhum! Esse dinheiro é da Tamira! Não vou tocar em um único centavo dele! Acho que deixei isso bem claro quando te pedi que me ajudasse a abrir uma fundação com a herança de Miroku! No futuro, Tamira irá administrar essa fundação.

ONIGUMO – Como quiser, mas saiba que essa fundação é o motivo de eu estar aqui.

Ao ouvir aquilo, Sango parou imediatamente de fazer o que estava fazendo para prestar atenção em Onigumo.

SANGO – O que houve?

ONIGUMO – O corretor que está me ajudando na criação da fundação me telefonou dizendo que ‘pintou’ um problema! Eu não sei os detalhes, mas seja o que for parece grave, pois impede a criação da fundação.

SANGO – Veio até aqui para me falar isso? Se há algum problema, vai lá e resolva! Esse é seu trabalho! Foi por isso que deixei esse caso em suas mãos.

ONIGUMO – Preciso que assine essa procuração, afinal é a responsável pela única herdeira de Miroku. (ele exibe um papel)

SANGO – Ok! (ela pega o papel e antes que pudesse assinar Onigumo toma de volta) – O que foi?

ONIGUMO – Quero que leia primeiro.

SANGO – Ora Onigumo! Sabe que aquela minha cisma com você ficou no passado quando ajudou a desmascarar Kanna! Não precisa dar provas de confiança e...

ONIGUMO – Preciso sim! Eu sei por experiência própria que quando se há muito dinheiro em jogo todo cuidado é pouco, portanto leia com cuidado.

Sango se convenceu e leu atentamente o documento que na verdade era uma procuração para que Onigumo representasse Tamira em uma discussão sobre a herança, fato que estranhou Sango.

SANGO – Por que estão colocando em discussão a herança de Miroku? Por acaso alguém acha que Tamira não é filha dele?

ONIGUMO – Eu acho que não é isso não! (ele se aproxima dela) – Sango! Por acaso sabe se Miroku tinha outros filhos além de Tamira?

SANGO – Não! Pelo menos não que eu saiba. (ela se afasta para pensar) – Acha que é isso? Acha que é possível alguma outra mulher reclamar da herança?

ONIGUMO – Normalmente quando se discute herança é o aparecimento de outro herdeiro e não a contestação de uma paternidade.

SANGO – Ta! (ela assina o documento) – Olha Onigumo! Cuida disso para mim.

ONIGUMO – Ok! Avise aos outros que não poderei aparecer na reunião! Acho que esse assunto vai longe.

SANGO – Ta! E obrigado.

Onigumo apenas sorri e sai do bagunçado escritório de Sango, que ficou pensativa sobre a possibilidade de Miroku ter tido filho com outra mulher.

MAIS TARDE JÁ NO ENTARDECER

Em frente á casa de Sesshoumaru, mais precisamente no jardim da residência, Sango, com Tamira no colo, e Jinenji conversavam.

SANGO – Achei que o senhor não iria aparecer.

JINENJI – Eu dei um jeito de vir.

SANGO – O senhor ainda está chateado pelo que aconteceu hoje cedo?

JINENJI – Estou, mas não vou deixar isso me abater.

Os três chegaram até a porta, Sango apertou a campainha e segundos depois Sesshoumaru apareceu diante deles dando-lhes passagem para entrar e logo o anfitrião pediu a uma empregada que levasse Tamira para uma das salas, onde também estavam Genku e Sara.

SESSHOUMARU – Espero que não tenha ficado muito chateado com minhas críticas, capitão.

JINENJI – Você poderia ser menos crítico, não acha?

SESSHOUMARU – Não! Apesar de achar injusto que está acontecendo com o senhor, é impossível desassociar a figura do departamento com a do prefeito! Eu mesmo avisei ao senhor que o secretário não queria o senhor no cargo! A entrevista era uma armadilha para crucificá-lo e poupar Ryukosei.

JINENJI – E não sei disso.

SANGO – Já chega desse papo, gente! Vamos para a reunião. (ela olha para Sesshoumaru) – Estão todos aqui?

SESSHOUMARU – Com a chegada de você só tem uma ausência.

SANGO – Ah sim! Deve ser de Onigumo! Ele me telefonou hoje mais cedo dizendo que tinha uns assuntos pendentes sobre a fundação, depois ele me fala, mas se tem somente a ausência dele, então quer dizer que Koharo compareceu?

SESSHOUMARU – Isso! Vamos lá.

Sesshoumaru conduziu Sango e Jinenji para uma outra sala onde estavam InuYasha, Kagome, Rin, Tanuki e Koharo, todos sentados em volta de uma mesa, haviam mais quatro cadeiras vazias, três delas foram ocupados pelos que chegaram, ficando apenas uma vazia, a de Onigumo.

Essas nove pessoas se reuniam periodicamente de mês em mês há pelo menos quatro anos, pois todas elas tiveram suas vidas afetadas pela conspiração de cinco anos atrás e como concluíram que essa mesma conspiração não foi totalmente desmantelada, os nove decidiram que deviam continuar uma investigação paralela sobre os casos pendentes, já sabendo que não teriam a colaboração do governo japonês.

SANGO – Que bom vê-la novamente, Koharo! Achei que nunca mais voltaria.

KOHARO – Problemas pessoais.

SANGO – Caso não se importe, gostaria de conversar com você depois.

KOHARO – Ta.

INUYASHA – Vamos começar a reunião logo! Como toda a reunião, vou começar falando as seis perguntas nas quais procuramos respostas! O que é o LPAP que Juroumaru passou para Natsume e Kageorumaru? Por que Ryukosei fez tanto esforço para esconder esse fato? Por que Myuga foi envenenado? Onde está Gatenmaru? Qual a ligação da jóia de quatro almas com a infertilidade de Kagome? E a pergunta mais importante que pode responder todas as outras. (ele pega a jóia de quatro almas e a coloca no centro da mesa) – Qual é o segredo dessa pedra maldita?

SESSHOUMARU – É por isso que fazemos essas reuniões! Para comparar o que descobrimos e nós temos novidades. (ele olha para a cunhada) – Kagome.

KAGOME – Como todos sabem, eu sofri um atentado ontem.

SANGO – Está dizendo que o que aconteceu ontem foi obra da conspiração?

KAGOME – Ou parte dela, Sango.

Sem dizer mais nada, Kagome se levanta á mesa para ir até a porta e sair, deixando Sango, Koharo, Jinenji e Tanuki sem entender nada, pois Sesshoumaru, Rin e InuYasha sabiam o que ela iria fazer e segundos depois Kagome estava de volta a sala e trazia Shippou com ela.

SANGO – Eu pensei que sua idéia era deixar Shippou de fora disso, Kagome.

KAGOME – Acontece que ele está mais envolvido do que eu mesma gostaria. (ela se senta em sua cadeira)

INUYASHA – Vai Shippou! Pode dizer a eles tudo o que nos contou! Detalhe por detalhe.

SHIPPOU – Sim senhor.

Shippou contou com detalhes que era o mascarado que desarmou a bomba e também explicou sua motivação, contou tudo sobre as mensagens de Soten e suas visitas á tal fabrica de moveis.

SANGO – Por que acha que isso tem ligação com a conspiração que houve cinco anos atrás?

SHIPPOU – Miroku levou Soten para fora desse país com medo de que a matassem.

JINENJI – E acha que ela está sendo mantida prisioneira?

SHIPPOU – Acho.

SANGO – Explica-me uma coisa Shippou! Se ela é mantida prisioneira como conseguiu enviar essas mensagens? Isso me parece meio surreal, não acha?

INUYASHA – Sango! Eu, Kagome e Genku quase morremos por causa de uma bomba! Não tem nada de surreal no que aconteceu ontem.

SANGO – Pode ser um crime político! Você colocou seu nome na disputa do seu partido, alguém lá de dentro pode não ter gostado e quis te assustar.

TANUKI – Não pode ser! Apenas eu sabia desse desejo de Kagome! Nem InuYasha e nem Shippou sabiam.

SANGO – O que estou querendo dizer é que ainda não temos nada! Não sabemos se foi Soten que enviou as mensagens e se foi, não sabemos onde está e nem como fez isso! Para falar a verdade estou me cansando dessas reuniões.

INUYASHA – O que está querendo dizer, Sango? Está desistindo de fazer justiça?

SANGO – Não InuYasha! Mais do que qualquer um aqui, quero justiça para todos os conspiradores, mas nos reunimos há quatro anos! Há quatro anos todos, cada um de nós está investigando á seu modo! Sesshoumaru tentando tirar algo de Momiji! O capitão Jinenji usando seu cargo! Onigumo falando com seus antigos contatos no crime organizado! Kagome falando com a família dela! Tudo isso e não conseguimos nada! Absolutamente nada.

Depois de fazer esse desabafo, Sango mostrou á todos, o seu abatimento e diante disso um silêncio pairou na sala até que InuYasha se manifestou.

INUYASHA – O fato de não encontrarmos nada é mais um motivo para investigarmos as suspeitas de Shippou.

SANGO – Quem nessa sala quiser correr atrás dessa sua idéia, pode ficar á vontade! Eu estou cansada de seguir pistas falsas.

SESSHOUMARU – InuYasha! Você tem que admitir que nesse caso, Sango está certa! Não podemos concentrar nos esforços de investigação em algo pouco consistente.

INUYASHA – Mas...

KAGOME – Espere InuYasha! (depois de interromper o marido ela olha para Sango) – Sango! Essa sua nova atitude tem haver com a saúde de Tamira?

SANGO – Entre outras coisas.

SESSHOUMARU – Caso ninguém tenha mais novidades essa reunião está encerrada.

Como ninguém mais na sala se manifestou, todos se levantaram da mesa, menos InuYasha que estava em uma cadeira de rodas e Shippou que já estava de pé, ambos estavam visivelmente contrariados com o resultado da reunião.

Próximo capítulo = A reunião - parte 2


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