Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 7
A reunião - parte 2




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Depois do fim da reunião, o grupo de dividiu, por mera coincidência, por sexo, pois as quatro mulheres (Sango, Kagome, Rin e Koharo) foram para uma das salas ao lado onde uma empregada estava cuidando das crianças enquanto os homens ficaram na sala de reunião.

SESSHOUMARU – Eu sei que está chateado, InuYasha.

INUYASHA – Estou mais do que chateado.

TANUKI – Todos nós entendemos que está preocupado com Kagome.

INUYASHA – Isso não é só pela Kagome! É por todos nós.

SESSHOUMARU – Eu não estou desconsiderando suas suspeitas, mas precisamos esperar o posicionamento da polícia.

JINENJI – Isso mesmo InuYasha! Não podemos cometer erros, caso contrário, cometeremos injustiças. (ele percebe o inconformismo de InuYasha) – Olha só InuYasha! Eu posso trazer um desenhista para que fale com Shippou e desenhe um retrato falado.

INUYASHA – Como quiser, mas tenho medo que comecem a pensar como Sango.

SESSHOUMARU – Eu só queria lembrá-lo de uma coisa! Sango perdeu o irmão e o pai do filho dela! Isso não é um concurso de quem sofreu mais, mas se fosse, Sango ganharia.

INUYASHA – E acha que não sei disso?

SESSHOUMARU – Acho que nunca é demais lembrá-lo.

Depois de dar esse sermão no meio irmão, Sesshoumaru sai da sala, Tanuki e Jinenji o seguem, assim deixando InuYasha a sós com Shippou.

INUYASHA – Eu me sinto um inútil.

SHIPPOU – InuYasha! Sabe muito bem o que devemos fazer.

INUYASHA – Eu preciso pensar.

SHIPPOU – Não há o que pensar! Sabe bem disso! Alguém tem que agir.

InuYasha ficou de costas para Shippou, ele estava com medo de admitir que o filho estava certo e enquanto isso, na outra sala, Sango falou para Kagome, Rin e Koharo sobre a conversa que teve com Onigumo.

KAGOME – Outro filho?!

SANGO – Essa é a desconfiança de Onigumo.

KOHARO – Se ele tem outro filho, foi antes do relacionamento de vocês.

SANGO – E na época em que vocês namoraram?

KOHARO – Nunca ouvi falar nada! Ele me confidenciou que apesar do estilo ‘playboy’ que mostrava, era bastante cuidadoso nos relacionamentos! Sempre usou camisinha.

RIN – Eu não acho nenhum absurdo ele ter outro filho! Tomem o exemplo de InuYasha! Como poderíamos imaginar que ele é o pai biológico?

KAGOME – Sango! Essa possibilidade de Miroku ter outro filho te incomoda?

SANGO – Depende! Se ele foi concebido na época do nosso relacionamento, vou ficar muito chateada, mas isso é irrelevante. (ela olha o relógio de pulso) – Eu tenho que ir! Tenho um encontro com Zakira.

RIN – Ah é! Viu Kagome? Tem um namora de vento em popa.

KAGOME – Estou vendo.

SANGO – Algo me diz que ele vai me pedir em casamento.

RIN – Mas é natural! Vocês namoram há três anos! Isso teria que acontecer mais cedo ou mais tarde.

KAGOME – Você vai dizer sim?

SANGO – Eu não sei! Tem muito que pensar não só que é bom para mim, mas também para Tamira. (ela respira fundo) – Não posso ficar presa á lembranças do passado.

KAGOME – Isso mesmo! Infelizmente Miroku está morto, mas você ainda está viva! Todos nós temos direito á felicidade.

KOHARO – Ela tem razão Sango.

SANGO – Obrigada.

Sango foi até Tamira que estava brincando com Sara e a pegou para irem embora, mas antes que pudessem ir, Kagome a detém.

KAGOME – Hei Sango! Você não tinha algo para me dizer sobre Eri, Ayumi e Yuka?

SANGO – Ah sim! (ela volta) – Eu não sei se é importante, por isso não falei na reunião.

KAGOME – Fale agora.

SANGO – Sabia que você e essas suas três amigas tem muito em comum? Por exemplo, assim como você, elas também são inférteis.

KAGOME – Sério?!

SANGO – Sério! Eu fui até Yokohama investigar se tem alguma ligação, mas aí Tamira ficou doente, tive que voltar, mas assim que tiver um tempo, eu vou investigar e...

KAGOME – Não Sango! Deixe isso comigo.

SANGO – Tem certeza? Não deveria cuidar da sua campanha?

KAGOME – Você está atarefada com sua filha! (acariciando o rosto da menina) - Eu tenho mais condições de fazer isso, sem falar que terei a oportunidade de rever as três depois de tanto tempo.

SANGO – Você é quem sabe! Eu vou indo.

Sango, de mãos dadas com Tamira, se afasta das amigas para ir embora da casa, Kagome, Rin e Koharo olham uma para as outras até que Sesshoumaru, Tanuki e Jinenji chegam.

TANUKI – Kagome! Você tem que ir á sede do partido para oficializar sua pré-candidatura.

KAGOME – Ta! (ela fica pensativa) - Tanuki! Minha agenda está cheia?

TANUKI – Se ainda não está, logo estará! Por quê?

KAGOME – Tente consegui uns dois ou três dias vagos! Preciso arranjar um tempo para viajar para Yokohama.

TANUKI – Isso pode ser arranjado, mas isso pode prejudicar sua campanha.

KAGOME – Com a campanha deixa que eu cuido. (ela nota InuYasha e Shippou saindo da sala e depois volta a falar com Tanuki) – Espere um pouco.

Kagome se afasta de Tanuki para ir até onde estavam o marido e o filho adotivo.

KAGOME – Eu sei que o resultado da reunião não era o que esperavam, mas Sango me passou uma informação importante.

INUYASHA – Que informação?

KAGOME – Á noite eu te conto! Agora tenho que ir.

SHIPPOU – Mas...

KAGOME – Nada de mas! Á noite conversamos. (ela sai deixando-os sozinhos)

INUYASHA – Acostume-se Shippou! Daqui para frente será assim.

Enquanto, acompanhada de Tanuki, Kagome ia embora, InuYasha foi falar com Rin e Sesshoumaru.

INUYASHA – Eu já vou indo também! Tenho alguns assuntos pendentes no restaurante.

RIN – Não quer que o Sesshoumaru te dê uma carona?

INUYASHA – Não precisa. (ele olha para Shippou que estava saindo) – O Shippou me leva.

SESSHOUMARU – Tem certeza? Ele nem tem carteira de motorista.

INUYASHA – Tenho sim! (ele volta a olhar para o irmão) - Shippou é quem me trouxe aqui! Ele até pediu licença do trabalho dele para me mostrar que sabia dirigir.

SESSHOUMARU – Como quiser.

InuYasha liga sua cadeira motorizada e segue Shippou até a saída e enquanto isso Satsuki saía muito feliz da loja de roupas femininas depois do seu primeiro dia de trabalho, ela tinha sido muito elogiada pelo gerente da loja e estava comentando isso com sua colega e amiga Maya enquanto ambas andavam.

MAYA – Viu? Sabia que o gerente ia gostar de você.

SATSUKI – Ele disse que sou espontânea e comunicativa! Eu só estou meio cansada depois de ontem.

MAYA – Do que está falando?! Você foi a primeira a ir embora.

SATSUKI – É que eu me lembrei que temos um vestibular para passar.

MAYA – Não me venha com essa desculpa! Nós já estudamos muito e não vai ser um dia de balada que ia nos prejudicar! (parando e encarando a amiga) – Não vai me dizer que se sentiu mal pelo Shippou?

SATSUKI – Um pouco, mas não foi por ele que eu sair da festa.

MAYA – Esquece o Shippou! Agora está sem namorado! Livre, leve e solta! Você tem que um outro gato, nem que seja apenas para ‘ficar’ a não ser que já tenha arrumado, é isso?

SATSUKI – Eu não quero falar disso, ta? (ela da um beijo no rosto da amiga) – A gente se vê amanhã.

Satsuki não queria falar mais nada, o que deixou Maya desconfiada de que a amiga tenha arrumado outro namorado, mas não tinha a menor idéia de quem poderia ser.

MAIS TARDE

Em sua casa, mais precisamente em seu quarto e na frente de um grande espelho, Sango verificava se o vestido que usava era apropriado para um encontro, Tamira, sentada ali perto, observava a mãe.

SANGO – O que você acha, querida? Esse vestido fica bem em mim?

TAMIRA – Fica.

SANGO – Acho que está bom. (ela olha para a filha) – Mas você também está linda. (segurando as mãos dela)

TAMIRA – Nós já vamos sair, mamãe?

SANGO – Vamos sim. (ela olha bem para a filha) – Tamira! Você gosta do doutor Zakira?

TAMIRA – Eu gosto.

SANGO – Você vai gostar de vê-lo todos os dias?

TAMIRA – Vou.

SANGO – Que bom querida! (ela acaricia o rosto da menina) – Tudo o que faço na vida é por você! Você é a coisa mais importante na minha vida. (naquele momento elas escutam o som da capainha) – É o Zakira. (ela se ajeita) – Como estou?

TAMIRA – Legal.

SANGO – Só legal?! Você ajuda muito.

Sango riu da ingenuidade da filha e em seguida foi até a porta para atendê-la, ao abri-la, Zakira aparece diante dela, como ela mesmo esperava, o pediatra ficou de ‘boca aberta’ ao ver a beleza da namorada.

ZAKIRA – Nossa! Você está linda.

SANGO – Obrigada! Não quer entrar um pouco?

ZAKIRA – Claro.

Sango da passagem para que Zakira adentrasse em sua casa, logo Tamira aparece diante deles.

TAMIRA – Oi doutor.

ZAKIRA – Oi! (ele se abaixa para olhar nos olhos da menina) – Você também está muito bonita. (depois olhou para Sango) – Puxou a mãe.

SANGO – Acha mesmo?! Ela tem os olhos de Miroku.

ZAKIRA – Olha! (ele se levanta) - Como não conheci o pai dela, não posso falar nada.

SANGO – Desculpe-me Zakira! Não devia falar do Miroku e...

ZAKIRA – Tudo bem Sango! Eu não tenho ciúmes desse Miroku.

SANGO – É muito bom tê-lo na minha vida. (eles se beijam) – Vamos?

ZAKIRA – Vamos. (ele pega Tamira no colo) – Fiz uma reserva naquele restaurante do seu amigo.

SANGO – No restaurante do InuYasha?! É lá que fez reserva?

ZAKIRA – Sim! Algum problema?

SANGO – Nada! Vamos então.

Sango ficou receosa por que achava que InuYasha tinha ficado chateado com ela por não ter o apoiado na reunião, assim ela, Tamira e Zakira saíram de casa e enquanto isso Kagome falava com Yamada, presidente nacional do partido trabalhista, em sua sala na sede do partido.

YAMADA – Então está ciente de que o resultado das prévias sairá em um mês?

KAGOME – Estou sim.

YAMADA – E mesmo assim pretende seguir com seu intuito de colocar seu nome?

KAGOME – Está decidido, senhor Yamada! Não tente fazer-me mudar de idéia, pois será perda de tempo.

YAMADA – Estou falando isso, pois um mês é muito pouco para mudar o panorama das coisas! Gakusajin é o nome mais forte do partido nessa cidade! Eu tenho medo que você acabe prejudicando a candidatura dele e no futuro alguns membros a culpem pela derrota dele.

KAGOME – Essa não é minha intenção! Eu apenas quero dar uma escolha para os partidários! Quando percebi que nenhum outro nome ia surgir no partido, resolvi colocar o meu na disputa.

YAMADA – Eu já fiz a minha parte! Já te avisei! Agora agüente as conseqüências do seu ato.

KAGOME – Eu não sou mulher de fugir de um desafio. (ela se levanta da cadeira) – Obrigada por me receber, senhor.

YAMADA – Boa sorte.

Depois de ouvir essas palavras, Kagome vai até a porta para sair da sala, Tanuki, seu assessor, estava do lado de fora esperando por ela, os dois conversam durante o trajeto até o elevador.

TANUKI – Como foi?

KAGOME – Bem que você disse que ele ia tentar me fazer desistir, mas não posso culpá-lo! Ele está pensando no que é melhor para o partido.

TANUKI – Mas nós dois também! Precisamos de uma renovação e essa renovação passa por você.

KAGOME – O problema é que tenho apenas um mês para convencer o partido de que sou a melhor escolha.

TANUKI – Precisa conversar com a base. (eles entram no elevador e continuam a conversar) – O fato das prévias serem curtas, impede que tenha aqueles dias de folga que estava querendo e...

KAGOME – Disso não abro mão! Preciso desses dias para ir até Yokohama.

TANUKI – Mas...

KAGOME – Tanuki! Você fala com a base por mim nesses dias! Depois quando voltar, prometo que irei me dedicar como nunca á essa campanha.

TANUKI – Tudo bem Kagome! A carreira que está em risco é a sua! A partir do momento em que aceitou participar de uma prévia, você perdeu o direito de se candidatar á vereadora, ou seja, caso seja derrotada nas prévias, ficará sem cargo.

KAGOME – Por mi tudo bem! Tenho certeza de que InuYasha vai gostar! Ganho de qualquer jeito.

O elevador se abre para que os dois saem dele e enquanto isso, Sesshoumaru estava em sua casa, mais precisamente em seu escritório particular, sentado á frente do computador, escrevendo a atualização do seu blog, nesse momento Rin entra no local.

RIN – Trabalhando desse jeito vai acabar se tornando um ‘workaholic’!

SESSHOUMARU – Não chega a tanto.

RIN – Não mesmo?! (ficando do lado dele) - Deixa-me ver! Você tem um blog na internet! Você escreve a coluna ‘A Voz do Povo’! Está negociando para ser comentarista em um telejornal! Trabalho é seu sobre nome! Assim você deixa sua família de lado.

SESSHOUMARU – Isso não vai acontecer, Rin! Sem falar que esses empregos que citou, não tomam muito o meu tempo, ao contrário da busca pela notícia! Isso sim é trabalhoso.

RIN – Eu sei.

SESSHOUMARU – Já acabei. (depois ele puxa a esposa para que ela sentasse em seu colo) – Agora sou todo seu. (eles se beijam)

RIN – Sesshoumaru! Diz-me uma coisa! Hoje cedo Sara me disse que Satsuki pensa em estudar pessoas tristes! Sabe do que ela está falando?

SESSHOUMARU – Pessoas tristes? (ele pensa um pouco) – Ah sim! É que Satsuki deve ter comentado com Sara que ia estudar psicologia e provavelmente deu essa explicação.

RIN – Psicologia?! Achei que ela ia querer ser jornalista.

SESSHOUMARU – Eu também! Não consigo ver Satsuki como psicóloga.

RIN – Confesso que nem eu, mas se é o desejo dela.

Eles voltam a se beijar, mas tal gesto é interrompido pela súbita entrada de Sara na sala, fazendo seus pais se separarem.

RIN – Viu Sesshoumaru? Agora você pode até ser meu, mas eu não sou mais só sua. (sorrindo enquanto pegava a filha no colo)

SESSHOUMARU – Quem sabe Sara queira ser jornalista?

RIN – Não sei não.

Rin disse isso depois de olhar bem para o rosto alegre da filha, que depois disso saiu da sala, deixando os pais a sós.

RIN – Ela não tem cara de jornalista.

SESSHOUMARU – Pode ser! (ele se levanta e sai até elas) – Então acho que deveríamos encomendar um outro filho! Gostaria de um menino para variar! Sinto-me meio deslocado no meio de tantas mulheres. (sorrindo)

RIN – Quer encomendar um outro filho?! Talvez nem seja preciso.

SESSHOUMARU – O que?! Está dizendo que está grávida?

RIN – Não! (ela da um beijo na boca dele) – Mas ontem você foi tão bom na cama, que não sei não. (ela fica meio corada) – Agora me deixe ir, pois Sara pode estar aprontando algo.

SESSHOUMARU – Tubo bem. (ela ia se afastando e ele a puxa de volta) – Se achou que fui bom ontem, espere por hoje.

Sesshoumaru e Rin se beijaram com muita paixão e em seguida ela foi atrás da filha deixando o marido na sala e enquanto isso Sango, Tamira e Zakira tinham chegado ao restaurante de InuYasha e logo foram atendidos pelo recepcionista do estabelecimento.

RECEPCIONISTA – Boa noite.

ZAKIRA – Boa noite! Meu nome é Zakira e fiz reserva para três.

RECEPCIONISTA – Deixe-me ver. (ele procura o nome na lista) – Ah sim! Aqui está! (ele olha para eles) – Mesa 5.

O recepcionista instrui o garçom a acompanhar os clientes até a mesa indicada, chegando lá, Zakira puxa a cadeira para Sango se sentar, depois faz o mesmo com a pequena Tamira, mostrando-se um cavalheiro.

ZAKIRA – Esse lugar é muito agradável! Não sei como nunca me convidou para vir para cá.

SANGO – É que InuYasha era o melhor amigo de Miroku, então achei que pudesse se sentir meio deslocado.

ZAKIRA – Que deslocado que nada! (ele segura a mão dela) – Eu quero fazer parte de sua vida. (depois olha para Tamira) – E da sua também, pequenininha.

Zakira sorria para a menina que retribuía com outro sorriso, Sango sorria junto com eles, perto dali, InuYasha via tudo ao lado de Shippou.

SHIPPOU – Eles parecem uma família, não acha?

INUYASHA – Acho! Talvez seja disso que Sango precisava.

SHIPPOU – O que?

INUYASHA – Alegria na vida! (olhando para o filho) – Desde que Miroku morreu, é a primeira vez que a vejo sorrindo! Talvez eu não tenha entendido os reais sentimentos de Sango. (voltando a olhar para a amiga) – Acho que exigi demais dela.

SHIPPOU – Por que não diz isso á ela.

INUYASHA – Tem razão!

InuYasha liga sua cadeira motorizada e vai até a mesa onde estavam Sango, Tamira e Zakira, que ainda não tinham escolhido o que iam comer, pois ainda estavam vendo o cardápio.

INUYASHA – Oi princesa. (brincando com Tamira)

TAMIRA – Oi tio.

INUYASHA – Como vão todos?

ZAKIRA – Oi InuYasha! Como vai?

INUYASHA – Indo. (ele olha para Sango) – Sango.

SANGO – InuYasha.

INUYASHA – É uma honra recebê-los no meu restaurante.

ZAKIRA – Está de parabéns pelo estabelecimento que tem.

INUYASHA – Obrigado.

Nesse momento o celular de Zakira começa a tocar, ao ver o número no visor, ele já sabe de quem se trata.

ZAKIRA – É da clínica! Parece urgente, mas não queria estragar.

SANGO – Então não atende.

ZAKIRA – Pode ser importante.

INUYASHA – Se quer privacidade, por que não usa meu escritório?

ZAKIRA – Eu gostaria muito, caso não o incomode.

INUYASHA – Se sou eu que estou oferecendo!

ZAKIRA – Então eu aceito. (ele se levanta á mesa) – Onde é?

INUYASHA – Siga o corredor, é a porta a esquerda.

Zakira vai pelo caminho indicado por InuYasha e assim deixando o marido de Kagome falando com suas acompanhantes.

SANGO – Foi muito gentil de sua parte.

INUYASHA – Aproveitando que o Zakira não está aqui, eu queria te pedir desculpas caso eu tenha aparentado estar bravo com você.

SANGO – Eu fico feliz que não esteja bravo comigo, fico mesmo.

TAMIRA – E por que o senhor estaria bravo com minha mãe?

INUYASHA – Bobagens, Tamira.

SANGO – InuYasha! Mesmo não vendo ligação com a conspiração de quatro anos atrás, o que aconteceu com Kagome ontem foi muito grave.

INUYASHA – Eu vou investigar mais de perto.

SANGO – Você?! (ela olha ele em uma cadeira de rodas) – Eu acho que não vai conseguir.

INUYASHA – Você não sabe do que sou capaz.

InuYasha sorriu, Sango, mesmo não entendendo nada, sorriu também, era bom saber que não estavam bravos um com o outro e enquanto isso, Zakira trancou a porta do escritório de InuYasha para em seguida atender o celular.

ZAKIRA – Eu já não falei para não me ligar, Kageroumaru?

KAGEROUMARU – Ligo quando eu quiser.

ZAKIRA – Chega de papo furado! O que você quer?

KAGEROUMARU – Me responda uma coisa, Zakira! Fiquei sabendo que seu relacionamento com Sango está firme, é verdade?

ZAKIRA – Sim! Esse foi um bônus em minha missão que eu não esperava, levando em conta que só tinha que cuidar da filha dela.

KAGEROUMARU – E por falar em sua missão, Sango não desconfia de nada?

ZAKIRA – De nada! Ela confia cegamente em mim. (sorrindo) – A menina fica quase sempre doente e Sango sempre vem procurar a minha ajuda.

KAGEROUMARU – Tenha cautela! Soube que a menina quase morreu! Morta ela não serve para nada.

ZAKIRA – Entendido! Vou diminuir os sintomas para que Sango não desconfie de nada.

KAGEROUMARU – Isso! Sango é esperta! Com seu relacionamento com ela, ficará mais fácil controlar sua missão! Ela é necessária para executarmos o plano de Zuza.

ZAKIRA – Espere aí! Está dizendo que vamos usar a arma X para cuidarmos de Kagome? Ela não seria usada para missão principal?

KAGEROUMARU – Devido ao fracasso de Zuza, tivemos que modificar os planos, mas para a missão principal, já temos um plano B! Estou embarcando de volta aos EUA para cuidar de assuntos pendentes com Natsume.

ZAKIRA – Você é quem sabe, mas agora tenho que desligar.

KAGEROUMARU – Ok! Entro em contato depois.

Zakira desliga o celular para voltar para junto dos outros, ficamos sabendo que ele trabalha para o grupo de Natsume e Kageroumaru, e mais ainda que ele era o responsável pelas doenças que Tamira sofria, mas ainda não dava para saber o motivo para aquilo, depois de falar com Kageroumaru, Zakira volta á mesa onde estavam Sango e Tamira.

SANGO – Quem era?

ZAKIRA – Era da clínica, mas nada importante! A secretária queria saber se estava contratando! Parece que saiu algum anuncio de emprego no jornal! Deve ter sido um engano.

SANGO – Ta.

ZAKIRA – Não viemos aqui para falar de trabalho, mas sim de outra coisa.

SANGO – Outra coisa?

ZAKIRA – Sim. (ele tira do bolso um porta jóia) – Estou falando disso.

SANGO – Zakira.

Zakira abre o porta jóias onde, de dentro dele, tinha um anel muito brilhante, Sango estava certa quanto às intenções de Zakira.

ZAKIRA – Quer se casar comigo? (Sango olha para Tamira)

SANGO – Sim. (ela volta a olhar para ele) – Eu aceito ser sua esposa.

Mal sabendo das reais intenções de Zakira, Sango estava disposta a retomar sua vida em busca da felicidade, ela pensava mais em Tamira do que nela mesma, InuYasha e Shippou observavam a cena.

SHIPPOU – O que acha dele?

INUYASHA – Eu conversei pouco com ele, mas Zakira parece um cara decente! Sango sabe se cuidar! Ela partiu para outra! Deveria seguir o exemplo dela.

SHIPPOU – É diferente! No caso de Sango, ela tinha que partir para outra mesmo! Miroku está morto e nada vai mudar isso, mas quanto a mim, Satsuki está bem viva.

INUYASHA – Eu sei, mas e se ela partiu para outra?

SHIPPOU – Ela não arrumou outro namorado! Eu saberia se arrumasse.

INUYASHA – Acha mesmo?

SHIPPOU – Sim! Ela não apareceu com ninguém novo! Satsuki não é do tipo que esconde relacionamento.

INUYASHA – Sei, mas as pessoas mudam, sabia?

InuYasha sorria para irritar Shippou, que não podia acreditar que Satsuki tinha arrumado outro namorado, mas aquela preocupação passou quando se lembrou de outro assunto que tinha com InuYasha.

SHIPPOU – Vai falar com Kagome sobre o que decidimos?

INUYASHA – Sim! E vai ser hoje! Quando ela chegar, vou conversar francamente com ela.

SHIPPOU – Eu vou estar junto.

INUYASHA – Melhor não Shippou! Deixe que falo com ela primeiro.

Shippou ficou um pouco contrariado com aquela decisão de InuYasha, mas acabou aceitando, pelo menos aparentemente.

MAIS TARDE

Depois que conversou com o presidente nacional do partido trabalhista, Kagome chegava em casa e logo encontrou o marido na sala.

KAGOME – Oi amor! (ela o beija na boca) - Finalmente cheguei.

INUYASHA – Estava esperando por você.

KAGOME – Mesmo?! (ela nota a seriedade no rosto dele) – O que foi? Aconteceu algo?

INUYASHA – Sim, ou pelo menos vai acontecer.

KAGOME – Ai InuYasha! Diga-me de uma vez.

INUYASHA – Melhor se sentar.

Levando a sério o tom de voz do marido, Kagome se senta no sofá para escutar, com atenção, as palavras dele, mas quando InuYasha ia abrir a boca, Shippou aparece na sala e logo se manifesta para a mãe adotiva.

SHIPPOU – Eu vou ser o novo Motoqueiro Noturno.

KAGOME – O que?! (ela se levanta)

INUYASHA – Que droga Shippou! Eu tinha que falar primeiro.

KAGOME – Eu ouvi direito? Você disse que vai ser o novo Motoqueiro Noturno?

SHIPPOU – Sim.

KAGOME - Que história é essa?! Você perdeu o juízo? (depois ela olha para o marido) – E você concorda com isso?

INUYASHA – Mas...

KAGOME – Eu não quero saber mais dessa história! (ela começa a se afastar)

SHIPPOU – Eu vou ser o novo Motoqueiro Noturno concordando você ou não. (ao ouvir isso ela volta para encarar o filho)

KAGOME – Você não vai ser nada, moleque! Eu não vou permitir.

SHIPPOU – Por favor, Kagome! Escute-me.

KAGOME – Ok! Fale por que quer ser o novo Motoqueiro Noturno.

Shippou começou a contar que pretendia ser o novo Motoqueiro Noturno para investigar mais a fundo o atentado que ela, Kagome, sofreu e quem sabe achar alguma ligação com a conspiração de cinco anos atrás, ao ouvir as explicações do filho, Kagome começou a se sentir mal e começou a cobrar InuYasha.

KAGOME – InuYasha! Aja como um pai! Aja como um pai e bote juízo na cabeça do seu filho.

INUYASHA – Eu entendo sua preocupação e...

KAGOME – Não entende nada! Se entendesse, nunca permitiria uma sandice desta! Antes de nos casarmos, queria que deixasse a vida de herói, por não poder suporta saber se você ia voltar ou não para casa, agora o que acha que vou sentir quando souber que o Shippou está por aí atrás de vilões? Eu não vou suportar isso. (ela olha para o filho) – Ouviu mocinho! Nada de Motoqueiro Noturno.

SHIPPOU – Eu vou ser o novo Motoqueiro Noturno e não há nada que possa fazer.

Shippou sai da sala deixando Kagome tão irritada que quis ir atrás dele, mas InuYasha segura seu braço, impedindo-a de prosseguir.

KAGOME – Solte-me.

INUYASHA – Você quer me escutar? (ele a solta) – Shippou já tem dezoito anos! Você viu nos olhos dele que ele quer ser o novo Motoqueiro Noturno.

KAGOME – Então tire isso da cabeça dele! Fale com ele! Ele te escuta.

INUYASHA – Agora é diferente, Kagome.

KAGOME – Claro que é, pois você concorda com ele nessa loucura e...

INUYASHA – Você acha que não me preocupo com ele! Quer saber o que penso? No lugar dele faria a mesma coisa! Proteger as pessoas que amo! Se eu não tivesse nessa cadeira de rodas, eu mesmo iria cuidar disso.

KAGOME – Mas o Shippou não é você! Ele pode ser bem treinado, mas não tem suas habilidades e...

INUYASHA – Kagome! Ele vai querer investigar isso de qualquer jeito! Como não posso impedi-lo, posso, pelo menos, ajudá-lo a ser preparar para o perigo.

KAGOME – Eu não vou agüentar isso. (ele segura a mão dela)

INUYASHA – Acredite Kagome! Estou agindo como um pai! Eu fiz um acordo com ele! Ele só vai se tornar o novo Motoqueiro Noturno se passar no vestibular e entrar na faculdade! Ele também tem que agüentar o aumento da carga de treinamento que vou instruir! E ele só vai ser o Motoqueiro Noturno para esse caso especifico, pois o resto é com a polícia.

KAGOME – E você só vai ajudá-lo no treinamento?

INUYASHA – Não! Nós iremos nos comunicar através de ponto eletrônico! Quero acompanhar os passos de Shippou! Eu juro querida, não vou permitir que nada aconteça com nosso filho.

KAGOME – O que estão fazendo comigo, não é justo!

INUYASHA – Quando resolveu ser candidata á candidata á prefeita, também não foi justa com a gente.

Depois de dizer essas palavras, InuYasha ligou sua cadeira de rodas motorizada e se afastou da esposa, deixando Kagome inconformada com aquela situação, mas no fundo ela sabia que o marido estava certo, já que Shippou estava decidido a ser o novo Motoqueiro Noturno, seria melhor se contasse com a ajuda de InuYasha.

Próximo capítulo = Segredo de família – parte 1


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