Fiamma escrita por Akahana
Notas iniciais do capítulo
ESSE CAP NÃO SIGNIFICA QUE AS FICHAS ESTÃO FECHADAS, CONTINUEM FAZENDO FICHAS!!!!!!
Eu tinha nove anos quando a vi pela primeira vez, seria a minha futura Boss, mas naquele momento, eu era uma criança e ela era uma criança. Não sei por que o pequeno morcego saiu de meus braços no momento em que pisei naquela clareira. Era tarde da noite e a escuridão reinava na floresta.
Quando o pequeno animal pousou na frente dela eu pensei em fazer uma pequena ilusão para afastá-la do medo que estaria sentindo. Não foi necessário. Aliás, depois que me tornei seu Guardião (o que só aconteceu muitos anos depois), achei a idéia de usar uma ilusão por causa de medo de animais completamente estúpida. Mas, naquele momento, eu não sabia do que hoje sei sobre a garota de olhos verdes parada na minha frente, e eu me lembro de que eu fiquei extremamente surpreso ao vê-la, sem hesito algum, levantar a mão para acariciar o bichinho que sobrevoava a cabeça dela.
Ela segurou o morcego com as duas mãos, fazendo carinho nele o tempo todo e perguntou, com uma voz melodiosa que só ouvi duas vezes naquela noite e ansiara o restante dos anos para ouvir de novo:
- Como é o nome dele? – Questionou, mesmo ela não tendo olhado para mim nem com o canto dos olhos naquela noite. Me aproximei, mas não respondi. E ela continuou a afagar a pequena cabeça do animal em suas mãos.
Ainda não tinha meu olhar malicioso contínuo, talvez seja por esse fato que ela não recuou quando a olhei no fundo dos olhos, mas, mesmo naquela época eu achava impossível isso. Ela sorriu olhando meus olhos cor de mel e de repente, pareceu se lembrar de algo e pegou uma pedra na pequena bolsa e me entregou, sorrindo diretamente e gentilmente para mim. Era um âmbar, uma pedra pequena e cristalina, mas aquela era adornada por uma “moldura” por algum metal pintado de preto, na forma de um anel.
À essa altura já estava amanhecendo e eu tinha que ir. Agora notava que os seus cabelos eram verdes também, mais escuros que os olhos, mas bonitos igual. Com o braço esquerdo, todo enfaixado, por algum motivo que até hoje não descobri, ela entregou o morceguinho que agora dormia em suas mãos. E fui embora. Quando já estava saindo da clareira, ouvi uma voz suave gritar:
- Oyasumi nasai! – Pensei que naquele momento já era dia, mas deixei para lá. Agora me arrependi de não ter dito uma palavra para ela naquela noite.
- Victor-kun? – Acordei de meus devaneios quando ela me perguntou. Kamiori estava na minha frente, sentada em um sofá lendo algum livro que eu não sabia o nome.
- O que, Kami? – Perguntei a ela de modo sarcástico*, era óbvio o que ia acontecer, sempre que ela me chama assim ela vem com alguma pergunta.
- Se lembra daquela pergunta que eu te fiz quando nos conhecemos que até hoje você não respondeu?
- “Como é o nome dele?”, não é? – Perguntei-a.
- Sim, essa mesmo. – Ela respondeu travessa, largando o livro que se chamava “ Sonhos de uma noite de verão”.
- Até hoje eu não sei. – Respondi sem muito interesse.
Então sua personalidade mudou completamente e ela começou a me dar sermão do “porquê aquele bichinho tão bonitinho não tem nome ainda?” ou algo assim. Então segurei o anel que ela me dera bem forte e pedi aos céus que me desse uma luz para dar um nome à esse morcego.
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* - Ele está brincando com o fato de Kami também significar "Deus".
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