Innocenza escrita por medusa


Capítulo 9
NÃO!


Notas iniciais do capítulo

Aee dessa vez não demorei tanto. Hihi
Sentem na cadeira e preparem o coração porque vem altas emoções por aí.
Espero que gostem!



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– Estava pegando ela? Até que é gostosinha...

– Não, eu estava fazendo trabalho.

– E desde quando você faz essas porras?

– Desde quando eu tive que estudar nessa escola.

– Seu pai não vai te tirar de lá não?

– Seria ruim para os negócios. – Disse Felipe, dando de ombros e voltando a andar para casa.

– Amanhã vai ter uma parada lá no centro.

– Ideia do Tiago?

– Não exatamente. Ele vai lá também, e vai aproveitar e pagar umas dívidas para um cara.

– Parece perigoso – Disse ele, enquanto abria a porta de sua casa.

– Você sabe que perigo é meu sobrenome. Até amanhã.

– Até. – Fechou a porta.

Beatriz entrou no carro.

– Oi filha! – Disse a mãe, animada.

– Oi.

– Foram bons os estudos?

– A gente não estudou.

– O que fizeram então?

– Trabalho, já te falei isso.

– Ah.

No dia seguinte, lá estava Beatriz montando o vídeo no notebook de Felipe.

– Onde estão aquelas imagens que você havia me mostrado? – Perguntou Beatriz certo momento.

– Ah, devem estar no meu pendrive. Está em alguma gaveta, não me lembro onde. Procura aí enquanto ou vou ao banheiro. – Levantou-se.

– Ok.

Beatriz começou a abrir e olhar pelas gavetas da bancada, sem achar o tal do pendrive. Viu uma gaveta entreaberta em uma cômoda ao lado da cama, e resolveu procurar lá. Ao abri-la, viu certo instrumento de metal moldado à mão com um pacote ao lado. Ela pegou os itens com as mãos, até que Felipe voltou ao quarto.

A garota lentamente voltou seu olhar a ele, que foi andando rápido em direção à garota.

Ele pegou rapidamente os objetos da mão dela e os colocou de volta à gaveta, fechando-a rapidamente.

Beatriz foi em direção à bancada e começou a arrumar seus materiais.

– O que você está fazendo? – Perguntou ele.

Ela não respondeu, somente colocou a mala no ombro e foi andando em direção à porta, segurando uma lágrima que teimava cair.

– Ei, me responda! – Falou o garoto, andando atrás dela. – Por favor, volte. – Segurou o braço da garota, que instantaneamente se virou para ele. – Eu posso explicar.

– Você me magoou. – Disse, secando uma lágrima. – Você usa essas porcarias, é um perdido nessa vida. Deve ser por isso que seu pai te odeia, porque você não dá nenhuma alegria a ele.

Ela se soltou da mão de Felipe e virou as costas, continuando a andar. O garoto ficou paralisado com as palavras dela.

Beatriz olhou para trás e viu Felipe chorando, abalado pelo o que ela dissera. Ao ver o garoto naquele estado, as lágrimas caíram mais rapidamente.

– Me desculpe. – Foi andando em direção ao garoto, que não recusou seu abraço.

Ela se desprendeu dos braços de Felipe e se foi.

Felipe tragou o baseado, enquanto andava em encontro ao evento.

– Cadê esse cuzão do Tiago? – Indagou Rodrigo, jogando a pequena parte do que sobrou de seu baseado no chão e pisando em cima.

– Será que ele está ali? – Felipe apontou com a cabeça um amontoado de pessoas, aparentemente drogadas, sem dar muita importância ao que estava acontecendo ao seu redor. Fechou os olhos, pesados pelo efeito da droga. Viu Beatriz chorando enquanto olhava suas pedras de crack. Abriu os olhos e tragou novamente, como se a fumaça daquela ponta levasse junto suas preocupações.

Os dois andaram mais rápido em encontro ao local.

Seu filho da puta, vai me pagar tudo! – Puderam ouvir, a partir de certa distância.

Eu não estou te devendo nada, porra!

Os ruídos se tornaram vozes perfeitamente audíveis.

– Está devendo a camisinha que eu enfiei no cu da sua mãe ontem à noite!

– Está devendo a bala que vai te furar agora!

Felipe e Rodrigo estavam na frente da cena. Um dos envolvidos era Tiago.

– Sai daí, Tiago. – Disse Rodrigo, preocupado.

– Não cara, esse folgado está me desafiando.

– Não estou desafiando, estou te prometendo que essa mão vai quebrar o seu nariz em poucos segundos.

Tiago riu.

– Me mostra – disse, de repente sério.

Os dois partiram para uma briga violenta. As pessoas ao redor apoiavam a briga, como crianças assistindo a uma briguinha de escola.

Todos ouviram uma sirene de carro de polícia.

– Corre, corre! – Todos gritavam juntos, enquanto corriam.

Rodrigo e Felipe fizeram o mesmo.

– Não, eu não vou perder essa oportunidade – disse o homem que brigara com Tiago, ao mesmo tempo em que sacava sua arma e apontava para seu adversário.

– NÃO! – Felipe gritou, por instinto se jogando na frente do colega, que não havia percebido o que acontecia.

Tiro.

Todos olhando.

Sangue no chão.

Felipe vê uma mancha vermelha em sua roupa e seu coração começa a bater mais alto.

Se sentindo estranhamente normal, percebe que aquele sangue na verdade não era seu, mas sim daquele que estava estirado no chão atrás dele.

– Rodrigo! – Gritou de desespero, enquanto todos continuaram correndo, agora mais rapidamente. A bala havia acertado seu amigo, que estava correndo perto dele.

Tiago rapidamente olhou para trás, mas continuou correndo.

Felipe sussurrava seu nome com a visão embaçada por causa das lágrimas, enquanto fitava os olhos do amigo, pavorosamente arregalados e sem vida.

– Vamos, cara! – Gritou alguém, passando por eles rapidamente.

Policiais vinham correndo na direção dele. Ele, assim que raciocinou tudo aquilo, tentou correr também, porém dentro de alguns segundos já havia uma grande luz branca em suas costas e uma algema em seus pulsos.

Abaixou a cabeça, deixando as lágrimas caírem.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Não digam que não avisei sobre as emoções que estavam por vir, hein? HAHAHAH
Sinceramente me falem o que gostaram e o que não gostaram no capítulo, assim posso melhorar mais e mais! (:
E, por favor, quem achar que a história realmente merece isso, recomende-a. Sério, isso ajuda muito na divulgação da história. Pensem no caso, sim? (:

Beijos a todos vocês e... Até o próximo capítulo!